CRÔNICA DE AMOR POR ELA
OS SEUS VERSOS, DANÇAS & CANTOS DO CACREQUIN - Imagem: foto/arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez. - Um belo dia ela, Iaravi
do Dia, Freya da Noite, me contou do caiurucrê que vagava no mato e, aos
encontrar um cacrequin, o atacou com um cacete e a vítima se transformara de um
tamanduá-mirim em uma bela cunhã que se punha nua a bailar cantando e dançando
os versos Emi no tin, vê ê ê ê, Andô chô
caê boá, a há, há, há, emi no tin, ê ê ê ê, Emi no tin, vê ê ê ê doi cama vorô
é que ahnan kanan bang goyogda emi no tin é que matin, é que matin. Ao
término da dança e do canto, ela tornou à sua forma original e serviu de
sacrifício para satisfação do seu algoz. No local do incidente nascera um pinheiro
que até hoje a sua pujança reina em terra batida e limpa. Reina sozinho que em
noites de lua cheia é cercado por varas com cabaças que saltitam de um para
outro lado, emitindo sons em rumores harmoniosos como vozes que entoam uma
música que nasceu de uma porunga seca com algumas sementes dentro, a mesma que
o tamanduá cantou e dançou pro caiurucrê. E ela cantou e dançou recitando
versos enquanto me trazia licores giofá, quiqui e giucupri para animar meu
sangue pro amor. Ao ingerir os licores trazidos, ela ia ao lado e mexia em
alguns instrumentos nativos que se encontravam repousando encostados na parede,
testando o caquire, o coque, o maracá e o otorerê, até pegar do coque e tirar
um mavioso silvo para mais encantar meu coração. Ao tocar tão eternecida
melodia, eu via expressa a imagem do tamanduá abraçando o caiurucrê e ela me
explicava a cena de que esse abraço é motivo de rejozijo porque prenuncia
felicidade. Nada poderia ser melhor, os seus versos, cantos e danças mais me
enfeitiçavam. Assim ela me ensinou a observar a Natureza que tudo ensina e que
dela, em nós e ao nosso redor, estão os modelos e forças de tudo e todas as
coisas. Eu aprendia da vida e ela, Freyaravi de sempre, beijou-me
apaixonadamente para que eu visse a sua rosa magnífica e perfumada desabrochar
pro meu prazer e para que eu me nvolvesse cada vez mais apaixonado aos encantos
do seu amor. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Curtindo os álbuns Don't Want Money (1990) & I Just Want To Hold You(1990), da
cantora, atriz, dançarina e cineasta estadunidense Jasmine Guy.
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Fecamepa, Torquato
Tasso, Georges Bataille, Ástor Piazzolla, Viviane Mosé, Bernardo Bertolucci & Dominique Sanda, Mary Louise Brooks
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patriarcado & violência, Ari Lins Pedrosa, Ana Paula Fumian, Frederico
Spencer, Suzana Jardim & Marta Nascimento aqui.
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A arte da pintora Renata Domagalska.
DESTAQUE: QUEM MATOU ELOÁ
O documentário Quem matou Eloá? (2015), da diretora Lívia Perez, é baseado na cobertura midiátia do sequestro
transformado em reality-show, debatendo acerca do feminicídio,
espetacularização, banalização e naturalização da violência de gênero. Traz à
tona o caso da jovem Eloá, de 15 anos, em 2009, de repercussão nacional pelo
envolvimento de repórteres e apresentadores de TV, por telefone, em razão do
ex-namorado, inconformado com o fim do relacionamento, invadir o apartamento,
tornando-a refém por cinco dias e assassinando-a com um tiro na cabeça e outro
na virilha, por ocasião da invasão da polícia no recinto, após mais de dez
horas de negociações. Veja mais aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Não vou falar de saudade, porque a saudade é sinônimo de
distância e você não está longe de mim. Não! Você está em mim todos os dias,
mas o corre-corre atarefado das horas não me permite 'senti-la' em todos os
momentos. Felizmente temos na memória mecanismos que disparam as lembranças,
como aconteceu nesta manhã enquanto eu ia para o trabalho. Hoje você faria 94
anos e certamente seria mais um aniversário feliz como tantos que comemoramos
juntas. Confesso que foram poucos os que eu passei contigo, afinal eu já vivi
mais tempo sem você aqui do que o tempo que passamos juntas, mas isso não
impediu ou apagou as lembranças. Hoje eu consigo entender o seu amor e percebo
claramente a grandeza do seu coração e a certeza de que vamos estar juntas
novamente não me permite lembra-la com tristeza nem mesmo quando os pardais
fazem revoada no céu violáceo de fim de tarde, ou quando sinto o vento trazer o
cheiro da terra molhada pela chuva fria ou como hoje - um gramado coberto de
flores de paineira. Por alguns momentos eu me senti 'em casa', na nossa casa e
por alguns instantes eu tive novamente 5 anos e as flores caiam da grande
paineira e enfeitava o nosso jardim. O tempo passou e eu já não sou mais
criança mas ainda posso caminhar pelas lembranças e sentir a sua mão segurando
a minha...
Mãe, texto e
imagens da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada à amiga Vera Lúcia Regina.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.