segunda-feira, fevereiro 15, 2016

RENATA PALLOTTINI & CARL ROGERS



AS LEIS DO DRAMA – No livro Introdução à dramaturgia (Brasiliense, 1983), da poeta, dramaturga, ensaísta e tradutora paulista Renata Pallottini, trata, entre outros assuntos, acerca das leis do drama, embasada nas teorias de Hegel e de Augusto Boal, quais sejam elas: a lei do conflito, da variação quantitativa (ação dramática), variação qualitativa e interdependência. Segundo a autora, o teatro é conflito: todo drama pressupõe conflito, confronto de vontades, ideias, pontos de vista, ações. Onde não há conflito, não há drama; a ação dramática, o movimento interior, o devir, constituem a própria essência de uma peça de teatro e são consequência do conflito; a variação qualitativa é o ponto de mudança para o qual caminha o conflito, em sua intensificação; e tudo isto, conflito, ação dramática, variação quantitativa e salto qualitativo, deve estar submetido a uma unidade fundamental do todo, à interdependência de todos os componentes, à constância da ideia central, espinha dorsal da obra, e que é, outra vez, o correspondente à regra aristotélica da unidade da ação. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.


UM JEITO DE SER, DE CARL ROGERS - [...] Creio que sei por que me é gratificante ouvir alguém. Quando consigo realmente ouvir alguém, isso me coloca em contato com ele, isso enriquece a minha vida. [...] Quando efetivamente ouço uma pessoa e os significados que lhe são importantes naquele momento, ouvindo não suas palavras mas ela mesma, e quando lhe demonstro que ouvi seus significados pessoais e íntimos, muitas coisas acontecem. Há, em primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se sente aliviada. Quer falar mais sobre seu mundo. Sente-se impelida em direção a um novo sentido de liberdade. Torna-se mais aberta ao processo de mudança. [...] Assim, estimar ou amar e ser estimado e amado são experiências que promovem crescimento. [...] considero a morte como uma abertura para a experiência. Ela será o que tiver que ser, e estou certo de que a aceitarei, quer ela seja um fim, quer uma continuação da vida. [...] Os indivíduos possuem dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo. Esses recursos podem ser ativados se houver um clima, passível de definição, de atitudes psicológicas facilitadoras. Há três condições que devem estar presentes para que se crie um clima facilitador de crescimento. [...] Essas tendências, que são a recíproca das atitudes do terapeuta, permitem que a pessoa seja uma propiciadora mais eficiente de seu próprio crescimento. Sente-se mais livre para ser uma pessoa verdadeira e integral. [...] quando criamos um clima psicológico que permite que as pessoas sejam sejam elas clientes, estudantes, trabalhadores ou membros de um grupo não estamos participando de um evento casual. Estamos descobrindo uma tendência que permeia toda a vida orgânica uma tendência para se tornar toda a complexidade de que o organismo é capaz. Em uma escala ainda maior, creio que estamos sintonizando uma tendência criativa poderosa, que deu origem ao nosso universo, desde o menor floco de neve até a maior galáxia, da modesta ameba até a mais sensível e bem-dotada das pessoas. E talvez estejamos atingindo o ponto crítico da nossa capacidade de nos transcendermos, de criar direções novas e mais espirituais na evolução humana. [...] Está-se chegando à compreensão de que a pessoa é um processo e não um conjunto fixo de hábitos, o que provoca maneiras diferentes de comportamento, aumenta as opções. UM JEITO DE SER – O livro Um jeito de ser, de Carl Rogers, trata na primeira parte das experiências e perspectivas pessoas, abordando experiências em comunicação, crescer envelhecendo ou envelhecer crescendo, a dimensão física, atividades, cuidando de mim, abertura para novas ideias, intimidade, alegrias e dificuldades pessoais, reflexões sobre a morte, vivendo o processo de morrer, atividade e risco e assuntos pessoais. Na segunda parte trata dos aspectos de uma abordagem centrada na pessoa, abordando os fundamentos de uma abordagem centrada na pessoa, a formação de comunidades centradas na pessoa: implicações para o futuro, seis vinhetas, características, as evidencias que fundamentam, um processo direcional na vida, provas fornecidas pela teoria pratica modernas, uma base na confiança, uma concepção mais ampla: a tendência formativa, a função de consciência nos seres humanos, estados alterados de consciência, a ciência e o misticismo e uma hipótese para o futuro. A terceira parte do livro trata do processo educacional e seu futuro, abordando para além do divisor de águas: onde agora, o que aprendemos com os grandes grupos: implicações para o futuro, a formação de comunidades centradas na pessoas, o que aprendemos com os grandes grupos, uma descrição de ciclos, o conteúdo dos ciclos, o processo grupal, a função da equipe e a dinâmica de grupo, implicações para a educação no futuro. Na quarta e última parte, trata do tema olhando à frente: um cenário centrado na pessoa, abordando o mundo do futuro e a pessoa do futuro, o mundo do amanhã, o significado das tendências, a pessoa do amanhã, características das pessoas do futuro e se ela sobreviverá, uma visão otimista, entre outras ideias do autor. Veja mais aqui e aqui.

REFERÊNCIAS
ROGERS, Carl. Um Jeito de Ser  São Paulo: EPU, 1987.


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