AS LEIS DO DRAMA – No livro Introdução à dramaturgia (Brasiliense, 1983), da poeta, dramaturga, ensaísta e tradutora
paulista Renata
Pallottini, trata, entre outros assuntos, acerca das leis do drama,
embasada nas teorias de Hegel e de Augusto Boal, quais sejam elas: a lei do
conflito, da variação quantitativa (ação dramática), variação qualitativa e
interdependência. Segundo a autora, o teatro é conflito: todo drama pressupõe
conflito, confronto de vontades, ideias, pontos de vista, ações. Onde não há
conflito, não há drama; a ação dramática, o movimento interior, o devir,
constituem a própria essência de uma peça de teatro e são consequência do
conflito; a variação qualitativa é o ponto de mudança para o qual caminha o
conflito, em sua intensificação; e tudo isto, conflito, ação dramática,
variação quantitativa e salto qualitativo, deve estar submetido a uma unidade
fundamental do todo, à interdependência de todos os componentes, à constância
da ideia central, espinha dorsal da obra, e que é, outra vez, o correspondente
à regra aristotélica da unidade da ação. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
UM JEITO DE SER,
DE CARL ROGERS - [...]
Creio que sei por que me é gratificante ouvir
alguém. Quando consigo realmente ouvir alguém, isso me coloca em contato com
ele, isso enriquece a minha vida. [...] Quando
efetivamente ouço uma pessoa e os significados que lhe são importantes naquele
momento, ouvindo não suas palavras mas ela mesma, e quando lhe demonstro que
ouvi seus significados pessoais e íntimos, muitas coisas acontecem. Há, em
primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se sente aliviada. Quer falar mais
sobre seu mundo. Sente-se impelida em direção a um novo sentido de liberdade.
Torna-se mais aberta ao processo de mudança. [...] Assim, estimar ou amar e ser estimado e amado são experiências que
promovem crescimento. [...] considero
a morte como uma abertura para a experiência. Ela será o que tiver que ser, e
estou certo de que a aceitarei, quer ela seja um fim, quer uma continuação da
vida. [...] Os indivíduos possuem
dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para modificação de seus
autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo. Esses recursos
podem ser ativados se houver um clima, passível de definição, de atitudes
psicológicas facilitadoras. Há três condições que devem estar presentes para
que se crie um clima facilitador de crescimento. [...] Essas tendências, que são a recíproca das atitudes do terapeuta, permitem
que a pessoa seja uma propiciadora mais eficiente de seu próprio crescimento.
Sente-se mais livre para ser uma pessoa verdadeira e integral. [...] quando criamos um clima psicológico que
permite que as pessoas sejam — sejam elas clientes, estudantes, trabalhadores ou
membros de um grupo — não estamos participando de um evento casual. Estamos
descobrindo uma tendência que permeia toda a vida orgânica — uma
tendência para se tornar toda a complexidade de que o organismo é capaz. Em uma
escala ainda maior, creio que estamos sintonizando uma tendência criativa
poderosa, que deu origem ao nosso universo, desde o menor floco de neve até a
maior galáxia, da modesta ameba até a mais sensível e bem-dotada das pessoas. E
talvez estejamos atingindo o ponto crítico da nossa capacidade de nos
transcendermos, de criar direções novas e mais espirituais na evolução humana. [...] Está-se chegando à compreensão de que a pessoa é um processo e não um
conjunto fixo de hábitos, o que provoca maneiras diferentes de comportamento,
aumenta as opções. UM JEITO DE SER – O livro Um jeito de ser, de Carl Rogers, trata
na primeira parte das experiências e perspectivas pessoas, abordando experiências em comunicação,
crescer envelhecendo ou envelhecer crescendo, a
dimensão física, atividades, cuidando de mim, abertura para novas ideias,
intimidade, alegrias e dificuldades pessoais, reflexões sobre a morte, vivendo
o processo de morrer, atividade e risco e assuntos pessoais. Na segunda parte
trata dos aspectos de
uma abordagem centrada na pessoa, abordando os fundamentos de uma abordagem
centrada na pessoa, a formação de comunidades centradas na pessoa: implicações
para o futuro, seis vinhetas, características, as evidencias que fundamentam,
um processo direcional na vida, provas fornecidas pela teoria pratica modernas,
uma base na confiança, uma concepção mais ampla: a tendência formativa, a
função de consciência nos seres humanos, estados alterados de consciência, a
ciência e o misticismo e uma hipótese para o futuro. A terceira parte do livro
trata do processo
educacional
e seu futuro,
abordando para além do divisor de águas: onde agora, o que aprendemos com os grandes
grupos: implicações para o futuro, a formação de comunidades centradas na
pessoas, o que aprendemos com os grandes grupos, uma descrição de ciclos, o
conteúdo dos ciclos, o processo grupal, a função da equipe e a dinâmica de
grupo, implicações para a educação no futuro. Na quarta e última parte, trata
do tema olhando à frente: um cenário centrado na pessoa, abordando o mundo do
futuro e a pessoa do futuro, o mundo do amanhã, o significado das tendências, a
pessoa do amanhã, características das pessoas do futuro e se ela sobreviverá,
uma visão otimista, entre outras ideias do autor. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
ROGERS, Carl. Um Jeito de Ser São Paulo: EPU, 1987.
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