TODO DIA É DIA DA MULHER – UMA: A FOLIA DO CARNAVAL TRAZ DUAS BOMBRAS PRO
BRASIL - A primeira bomba é a de que o Coisonário & sua
coisada trupe, convocaram seu batalhão de coisominions no carnaval, para
protestarem no próximo dia 15 de março, contra o Congresso Nacional e o STF.
Como a estupidez, a desinformação e a indiferença de grande parte da população
e da maioria das autoridades constituídas estão no pico do sensômetro beirando o
descabível, faz-se necessário observar que tal ato conflita com o previsto no inciso
II do art. 85 CF/88, que dispõe: São
crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: [...] II - o livre
exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e
dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; [...]. Como tem
muita gente levando nas coxas e deixando essas coisas pra lá, uma sacadinha só:
para qualquer simples entendedor isto significa: golpe! Ou não? Nesse caso,
mais um, né? Huummmm... A segunda: são as notícias calamitosas de supostos
casos do coronavírus no Brasil, sobretudo em São Paulo e em Pernambuco. Eita! Em
tempos sombrios como os atuais, não seria nunca demais recorrer a quem entendia
do riscado, como o caso da Marie Curie
(1867-1934): “A vida não é fácil para
nenhum de nós. Temos que ter persistência e, acima de tudo, confiança em nós
mesmos. Cada pessoa deve trabalhar para o seu aperfeiçoamento e, ao mesmo
tempo, participar da responsabilidade coletiva por toda a humanidade”. É
isso aí. DUAS: EM TEMPOS SOMBRIOS, ONDE
O AMOR? – De 2015 para cá a coisa começou mesmo a desandar dum jeito
desarrumado. A bronca tem ficado séria demais: lapadas de golpes, umas atrás
das outras, tem deixado tudo muito imprevisível. Mesmo com tudo isso, das duas,
uma: ou os corações apaixonados estão roendo a maior dor de cotovelo de não
verem mais nada; ou estão amando com urgência demais que não conseguem sacar a
situação desesperadora que estamos atravessando. Da minha parte, vou de Adélia Prado: “Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro
doida, ou santa”. Acho que já endoidei o suficiente na vida, nunca tive vocação
para santo. Estou, portanto, num mato sem cachorro. Como não vejo solução para
o meu caso, melhor levar o assunto para o coração e destacar outro recado dela:
“Amor pra mim é ser capaz de permitir que
aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. Isso é o mais pleno amor.
Dar a liberdade dele existir ao meu lado do jeito que ele é”. Assim, sim. TRÊS: RAZÃO X EMOÇÃO - Nunca é demais
levantar a bola dos equívocos que a gente costuma secularmente meter o bedelho.
O mundo ocidental – leia-se: esse mesmo que a gente vive, ora! -, não encontra
conciliação entre o que deve prevalecer: a razão ou a emoção. A segunda ganha
de feio, razão pela qual a gente flagra todo dia muita pisada na bosta no
noticiário, parecendo mais que a gente gosta mesmo de fazer muita merda. A
primeira, por sua vez, uma frieza que sai da academia com despreparados de
nariz empinado, só para contaminar a indiferença daqueles que se acham os
sabidos intelectuais acima da mundiça. Coisa de ficar puxando prum lado ou pro
outro, no desgraçado maniqueísmo dos sectários. Melhor, acho eu, a da sábia Mayana Zatz: “Um olho na razão, outro no coração”. Aí, sim, ora, ora, vamos
aprumar a conversa, gente! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
Veja mais abaixo e aqui.
DITOS
& DESDITOS: [...] PLÁCIDA – Se voltarmos a levar comédias dell’arte, estaremos bem
arranjados. O mundo está farto de ver sempre as mesmas coisas e de ouvir sempre
as mesmas palavras; o público já sabe de antemão o que Arlequim vai dizer,
antes mesmo que abra a boca. Por mim, senhor Horácio, digo francamente que em
poucas peças antigas ainda trabalharei; estou encantada com o novo estilo. [...] PLÁCIDA
– Meu caro poeta, o senhor é um louco. (Sai)
[...]. Trechos da Cena 2 do 1º Ato da peça teatral O teatro
cômico (Companhia
Teatro de Almada, 2011), do dramaturgo veneziano Carlo Goldoni (1707-1793), escrita em 1743 para a grande atriz florentina, Anna
Boccherini, La donna di Garbo, sua primeira comédia regular
totalmente escrita, entregando aos atores o texto completo, da primeira à
última palavra. Trata-se da primeira das dezesseis comédias, a peça representa uma
inovação na produção do autor, na qual discute o estado atual da comédia,
corrompido e muitas vezes vulgar, e apresenta seu projeto para colocar em nova
honra as boas práticas da tradição, enquanto mostra cenas e personagens fiéis à
vida real. É uma comédia metateatral que enfatiza o status da peça como
encenada. Os personagens são atores que, para interpretar uma comédia, colocam
máscaras e nomes da tradicional Commedia dell'Arte, revelando as
problemáticas do tempo em que a peça foi escrita: a precariedade da vida dos
atores, a crise do melodrama, o desemprego, a fome que atormenta a classe dos
artistas, mostrando a solidariedade que une os trabalhadores do teatro e que dá
sentido à aventura humana e teatral. O espaço cênico exibe o trabalho que cada
ator deverá levar a cabo – ou seja, trata-se aqui do teatro dentro do teatro,
de uma viagem entre o imaginário e a realidade, na forma de uma alegoria que
desvenda os processos do teatro para aproximá-lo do seu público. Veja mais
aqui, aqui & aqui.
RESISTIR
É PRECISO - Não nos
calaremos, somos a sua consciência pesada; a Rosa Branca não os deixará em paz!
O que escrevemos e falamos é o que muitas pessoas pensam, mas não têm coragem
de dizer. Como podemos esperar que a justiça prevaleça, quando dificilmente
alguém se dispõe a se entregar por uma causa justa? Levante-se pelo que você
acredita, mesmo que isso signifique levantar-se sozinho. O que importa a minha morte se,
através do nosso exemplo, milhares de pessoas acordarão e começarão a agir. Palavras
da pacifista alemã Sophie Scholl
(1921-1943), a jovem que enfrentou Hitler, como membro do movimento de
resistência antinazista, Rosa Branca, que se opôs ativamente ao Terceiro Reich
durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi presa pela Gestapo, em 18 de
fevereiro de 19043, enquanto distribuía panfletos na Universidade de Munique e
na Baviera com trechos apocalípticos da Bíblia, condenada por traição e
executada na guilhotina, tornando-se mártir e heroína alemã da causa,
juntamente com seu irmão, Hans Scholl, e um colega universitário, Christoph
Probst, 24 horas depois de condenados. Esse fato foi tema do filme A Rosa Branca (Die Weiße Rose - 1982),
de Michael Verhoeven, baseado na história dos estudantes alemães que
protestaram contra o regime nazista. Em seguida, a atriz Lena Stolze, que interpretou Sophie Scholl, reprisou seu papel em The Last Five Days (1982) e, logo após,
no Sofphie Scholl: The Final Days
(2005). Outro filme também retrata a cena vivida, a exemplo do premiado Shophie Scholl – Diez letzten Tage (Uma
mulher contra Hitler, 2005), dirigido por Marc Rothermundo e Fred
Breinersdorfer, estrelado por Julia
Jentsch.
A ARTE TEATRAL DE TALLULLAH BANKEHEAD
Se eu pudesse voltar à juventude, cometeria todos aqueles erros de novo.
Só que mais cedo. Eu sou séria sobre o amor. Estou bem
séria sobre isso agora... Não tive um caso por seis meses. Seis meses! É bem
longo... Se há alguma coisa comigo agora, não é o estado de espírito de
Hollywood ou Hollywood... O assunto comigo é, quero um homem!... Seis meses é
muito, muito tempo. Eu quero um homem! Ninguém
pode ser exatamente como eu. Algumas vezes eu mesmo tenho problemas sendo assim.
São as boas garotas que escrevem diários;
as más nunca têm tempo. Já não se fazem espelhos como antigamente.
TALLULLAH BANKEHEAD - A arte da atriz estadunidense Tallullah Bankehead (1902-1968),
conhecida por sua atuação no teatro em comédias e dramas, personalidade
vibrante, sagacidade devastadora e voz rouca, tornando-se um ícone de
personalidade e atuação tempestuosa e atraente, com uma voz única e maneirismos
que costumavam beirar a imitação e a paródia. Teve marcante participação em
causas como os movimentos por direitos civis, abrigos para crianças abandonados
e às famílias vítimas da Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial.
Atuou também no cinema, no rádio e na televisão. Teve uma vida sexual
desinibida, lutando contra o alcoolismo e o vicio em drogas. Veja mais aqui.
&
A ATRIZ MILENA MORAES
Se o que você faz não é relevante de fato, não tem por que fazer. Eu
comecei a fazer teatro em 1994, mas foi a partir de 2001 que considero o
primeiro trabalho profissional com ‘Uma Mulher Só’, solo que tratava de uma
personagem que sofre violência doméstica e é presa em casa. Gosto de trabalhar
com espaços não convencionais, esse deslocamento é potente. O teatro não
precisa acontecer no teatro. E também acho importante manter o intercâmbio com
autores latinos vivos por que afinal, somos todos latinos, e dessa maneira
conseguimos manter o diálogo aberto. Quem faz humor faz qualquer coisa. Em
todos os meus trabalhos vai ter uma pitada de humor. Na vida é assim, tem humor
em tudo. Para que o drama tenha densidade também é necessário que existam
momentos de leveza e ironia. Como vou saber o que é triste se não sei o que é
ser alegre?
MILENA MORAES - A arte da atriz Milena Moraes, fundadora da companhia teatral Cia La Vaca,
participando por festivais e tendo integrado o Teatro de Quinta. Ela já
representa em Mi Muñequita (2008), Kassandra (2012), UZ (2014) e Odiseo.com
(2014). Veja mais aqui e aqui.
A FOTOGRAFIA DE BEM MAGID RABINOVITCH
A arte do fotógrafo e
pedagogo ucraniano Ben
Magid Rabinovitch (1884-1964), autor da monografia instrutiva, How To Learn Photography, que permaneceu
impressa durante sua vida. Veja mais aqui.
TODO DIA É DIA DA MULHER PERNAMBUCANA
Ana Lins & a Revolução Pernambucana de 1817 aqui.
A Cronologia pernambucana, do jornalista, historiador, pesquisador, lexicógrafo e
compositor Nelson Barbalho (1918-1993) aqui, aqui & aqui.
A pintura de Marisa Lacerda aqui
A cigana Rejane Soares Cavalcanti aqui
O blog da professora e ativista cultural Tereza Lima aqui.
&
OFICINAS ABI