
PENSAMENTO DO DIA – A
verdade da obra de arte é a expressão que ela nos transmite. Nada mais do que
isso. Pensamento do pintor Iberê Camargo (1914-1994), Veja mais
aqui.
ENSINO & PESQUISA - [...] Não
há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um
no corpo do outro. Enquanto ensino continuo, buscando, reprocurando. Ensino
porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para
constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para
conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. Trecho
de Pedagogia da autonomia: saberes
necessário à pratica educativa (Paz e Terra, 1995), do educador,
pedagogista e filósofo Paulo Freire (1921-1997). Veja mais aqui.
AS MOIRAS – [...] Moiras
– as fianderiras responsáveis pelo destino; filhas de Thêmis (deusa da justiça
divina) com Zeus ou de Nix com Zeus. O destino humano é filho da Noite porque
nasce do simbólico. Essas entidades são assim caracterizadas: a primeira,
Cloto, é responsável por preparar o fio. É aquela que segura o fio e o puxa. Preside
o nascimento dos homens. A segunda, Láquessis, é a que estende o fio e deixa-o retilíneo.
É também aquela que sorteia o nome de quem vai morrer, porém sem definir
quando. Ela é identificada também como aquela que preside o casamento. A terceira,
Átropos, é quem corta o fio da vida. É chamada de inflexível porque preside a
morte. Essas entidades, na inconografia mítica renascentista, são identificadas
como mulheres majestosas, belas, formosas, inteligentes, e que sabem
perfeitamente o que querem. Então, as Moiras, se são responsáveis pela
tessitura da existência humana, irão ter a responsabilidade – aparente – de traçar
todo o destino. Mas o tecem à medida em que percebem que não há consciência da existência.
Ou seja, enquanto a razão não tomar corpo, não evidenciar, não eluciar a
existência, elas estarão presentes e tecerão a existência dos mortais e dos
imortais. [...]. Trecho extraído da obra Do simbólico ao racional: ensaio
sobre a gênese da mitologia grega como introdução à filosofia (SCT/Fundação
Cultural/EGBA, 2001), do professor universitário Lourenço Leite. Veja mais aqui,
aqui e aqui
A MULHER, AS PESSOAS - [...] Na
dialética das relações sociais, as pessoas formam-se no contraponto das imagens
recíprocas, como em um jogo de espelhos, compreendendo-se ou opondo-se,
contemplando-se ou estranhando-se. Aí se revelam identidades e alteridades,
diversidades e desigualdades, acomodações e oposições. [...] Trecho de A figura da mulher (SENAC, 2004), do
sociólogo e professor Octavio Ianni
(1926-2004). Veja mais aqui.
CIGANA - [...] Todo
cigano tem uma história para contar. Mas é aquese sempre a mesma história.
[...] É difícil ver um cigano que não
saiba fazer uma arte. A gente nunca esquece nossa tradição. [...] O povo cigano é um povo que Deus escolheu
para ser livre. Quando Ele subiu ao céu, deixou os ciganos para continuarem os
sofrimentos dele. [...] Para todos
existe um dia, mas os ciganos eram esquecidos do mundo, viviam na Terra só por
viver. [...] A gente é um povo inteligente e honesto, que só precisa de
oportunidade. [...]. Depoimento de Rejane Soares Cavalcanti,
extraído da obra Caderno de narrativas da
cultura pernambuca: Série Festival Pernambuco Nação Cultural 2012/1
(Secretaria de Cultura, 2013), organizado por Olivia Mindêlo e Chico Lidemir.
MEMÓRIA –[...] Um dia trepei
na mangueira monstro, de uma cabeleira de erva-de-passarinho, à única que ainda
frutificava. Lá de cima, ouvi um grito esganiçado e, espiando para baixo,
distingui um vulto que sópodia ser a velha. Bracejava e bradava. Fui subindo
até o olho e a voz gritante, cortando as palavras, parecia chicotear-me. Pulei
para outro galho que vergou, se quebrou e despencou comigo daquela altura, como
um pára-quedas. Larguei-me de cima abraçado com os ramos que amorteceram a
queda. Ia levando a breca. Desmenti um pé no tombo; e, debaixo de gritos,
chispei, a manquejar. Quanto mais corria, mais ouvia a fala fina, a praguejar.
Trechos extraído de Memórias: antes que
me esqueça (Francisco Alves, 1976), do escritor, advogado, professor,
folclorista e sociólogo José Américo de Almeida (1887-1980).
O
FUMO – Nas horas de descrença ou triste
desengano, / meu cachombo a fumar, bem junto da lareira, / às vezes permaneço,
abstrato, a noite, / justo prêmio a gozar, após labor insano. / No dia de
amanhã, no eterno anseio humano, reflito, penso e, ao fim, numa ilusão
fagueira, / eu me vejo senhor de uma nação guerreira, / forte como o mais forte
imperador romano. / Mal em cinza, porém, eis se desfaz o fumo, / recaio no
torpor, retomo o antigo rumo, / novam,ente me abismo em meu velho tormento. /
Nenhuma diferença a minha mente alcança / e fumar o tabaco ou viver de
esperança: / um é simples fumaça, a outra apenas vento... Poema do poeta
francês Marc-Antoine de Saint-Amant (1594-1661).
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CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
CANTARAU
TATARITARITATÁ
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.