PERSEVERAR MESMO QUE TUDO DÊ COM BURROS N’ÁGUA – UMA, DE PRIMEIRA: NA
PELE DE EINSTEIN: Sabe aquela de pelejar que só e nada dar
certo? Haja boa vontade para levar na caixa dos peitos e, no meio do caminho, ser
empurrado pras quedas do fracasso. Logo aprendi que o inferno está topado e
esborrando de boas intenções. Contudo, persisto; quanto mais persevero, nenhum
êxito na parada. Parece mais: um passo pra frente, não sei quantos para trás. Vôte!
Acordo no maior pique, é hoje! De tarde, aos escombros. Todo dia, recomeço do
zero. Eu na pele de Einstein: Se minha Teoria da Relatividade estiver
correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do
mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que
sou judeu. Pois é, a dele deu; a minha, ainda hoje pulo das pechas
condenado ao osso do mucumbu, ou melhor, ao períneo: imprestável por ninguém
aguentar a catinga do mijo e da bosta. É, sou eu. Quem sabe um dia, hem? DUAS: AB IMO PECTORE - A vida de Chaucer, como a de muitos gênios e
célebres, não foi lá essas coisas todas. Apesar de ser o poeta do rei e o
conselheiro das intrigas, não teve muito lá muito espaço para manter o fôlego
na boa, pelos altos e baixos. Ao se apaixonar pela bela Phillippa de Roet (1346-1387), o coração dele bateu forte e pediu:
Abre-te, gergelim! Ela não teve dúvidas: abriu as comportas e com elas a
glutoneria e a extravagância. Quando deu fé, viu-se em apuros entre os fungados
e tonel sem fundo dos desejos dela. Lá foi, uma peiada e quantas despesas, a
fortuna se esvaía e não dava vencimento. Quase morreu do coração antes da hora,
porque ela delirava insaciável com enfeites e presentes caríssimos. Para ele,
todo dia era sucumbir à morte consecutiva: abotoava o paletó com as contas,
esticava as canelas com as contrapartidas dela e batia as botas toda vez que
ela dizia querer disso ou daquilo. Assim, quase embarcou para melhor antes
mesmo da hora: A paciência é uma virtude
que se conquista. O que vem fácil, vai fácil. Envergou-se todo do empeno
quase quebrá-lo, mas não torou. Meio de lá para cá, balançava inseguro. Quando
escapulia, vagava solitário por gestas para uma musa outra do seu sonho irreal,
não essa. Entre uma piscada e outra, balbuciava: Siga sua lenda, não perca tempo. Vai lá, enquanto pode. E LÁ VAI OUTRA, TRÊS: AB OVO USQUE AD MALA
– Como não desisto nunca, sou dos que não abrem nem prum trem, mantenho-me entusiasta,
nem tanto assertivo, reconheço: planejo tudo, do começo ao fim. Só que uma
circunstância extrovengada se atravessa no meio e findo com uma topada no
catabi, juntando os cacos na queda. Ou errei na dose, ou sei lá o que deu, ora!
Não me dou por vencido, nem desanimo. Levanto, multipotencial, valho-me dos
conselhos de Horácio: Quem começou, tem metade da obra executada. A
duração breve da nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa. E uma
vez lançada, a palavra voa irrevogável. Aproveite
o dia de hoje e nada espere do dia seguinte. É isso aí, o nariz empinado no
vento e no amanhã, eu voo. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
Veja mais abaixo e aqui.
DITOS
& DESDITOS: [...] Enquanto os homens não assumirem
profundamente o respeito pelas mulheres e não considerarem realmente o mesmo, enquanto
as próprias mulheres não acreditarem que são insubstituíveis no privado e se
assustarem com o público, não será assumido que a distribuição de funções é extremamente
injusta e é baseada em princípios ancestrais, que não têm razão de ser nos dias
de hoje. [...]. Trecho
extraído da obra El gran
libro de la mujer: salud, psicología, sexualidad, nutrición, derechos (Temas
de Hoy, 1997), da escritora, ginecologista e ativista espanhola Elena Arnedo Soriano (1941-2015), um
compêndio sobre a vida da mulher por uma cientista da fala e oradora do universo
feminino. Em outra de suas obras, La picadura
del tábano: La mujer frente a los cambios de la edad. (Aguilar, 2003), ela expressa
que: [...] a saúde da mulher sempre foi excessivamente
medicalizada e comercializada, e a nova preocupação com a pré-menopausa é uma
amostra disso [...] Não ter amigos
íntimos ou confidentes pode ser tão prejudicial para a nossa saúde como excesso
de peso e o tabaco [...].
A POESIA DE LYDIA KOIDULA
Minha pátria é meu amor
Meu país é meu amor.
Eu dou meu coração inteiramente
e para ela é a canção da minha felicidade,
Minha Estônia em flor!
Sua dor é a dor da minha alma,
Sua alegria é a alegria que me acalma
Oh meu país!
Meu país é meu amor.
Eu não vou abandoná-la
embora mil vezes para ela
se for necessário eu vou morrer!
Nada importa trotes ciumentos.
Você viverá para sempre no meu intestino,
Oh meu país!
Meu país é meu amor.
Eu gostaria de encontrar descanso
Me colocando para dormir no seu colo
Oh chão reverenciado!
Que seus rouxinóis cantem para mim,
das minhas cinzas que nascem suas flores,
Oh meu país!
LYDIA KOIDULA – Poema da poeta estoniana Lydia Koidula (Lydia Emilie Florentine Jannsen 0
1843-1886). Veja mais aqui.
A ARTE DE TINA MARIA ELENA
Sempre desenhei e pintei, mas principalmente com tinta
acrílica. Por alguns anos, fiz apenas colagens e não
senti vontade de pintar, até encontrar uma maneira de fazer peças cortadas à
mão com casais fazendo amor. Depois disso, comecei a
pintar imagens de fazer amor com aquarelas e, de tempos em tempos, criava peças
cortadas à mão. Quando publiquei minha primeira pintura
em aquarela, recebi uma resposta muito impressionante de meus seguidores e de
outras pessoas, e definitivamente senti que muitas pessoas gostavam da sensação
sensual e da fluidez que a aquarela poderia proporcionar.
TINA MARIA ELENA - A arte a
aquarelista e artista visual dinamarquesa Tina Maria Elena
Baunsgaard Bak-Nielsen, que por meio de sua expressão em colagens, pintura em
acrílico e aquarelas, revela revela camadas intensas do erotismo e daquilo
que provoca dessa suave contradição entre a fragilidade de suas pinturas e a
força do tema. Veja mais aqui.
A ARTE PERNAMBUCANA
Agá de Hermilo Borba
Filho (1917-1976) aqui.
Horas inúteis de Edwiges de Sá Pereira (1884-1958) aqui.
O cordel
de Antônio Pereira (1891-1982) aqui.
A obra de Arnaldo Tobias (1939-2002) aqui.
A música
de Ayrton Montarroyo aqui.
A cabra
cabriola aqui.
&
OFICINAS ABI