LEVAR TUDO NOS PEITOS: JUÍZO QUE É BOM, JÁ ERA – UMA: DAS IDEIAS,
SACADAS & ERRADAS - Sempre tenho muitas ideias e desconfio da
validade de todas elas. São estalos assim do nada, só com o tempo é que posso
avaliar. Quando intuição, maior valia; se contaminada pelo intelecto, efêmera. Levo
em conta que não tenho lá sanidade mental que se diga confiável, enlouqueço
quase sempre. É aí que, na cagada, acerto. Assim no bambo. O que me espanta é
quando ouço alguém consternado reclamando por falta de reconhecimento ou de
sorte. Ora, se eu levasse em consideração a indiferença e meu apequenado
talento, já teria desistido há muito tempo. Isso porque acho que estou me
lapidando, aprendendo, dando minhas tacadas, acertando vez em quando e olhe lá.
Vou sempre naquela do Copérnico: Não estou tão apaixonado por minhas próprias
opiniões para ignorar o que os outros podem pensar sobre elas. E olhe que
aos 68 anos de idade, ele mesmo achava que ainda não estava pronto. Imagine eu
ainda longe disso! E quando publicou sua De Revolutionibus Orbium Coelestium,
ela foi rechaçada por todo lado, causando alvoroço: foi recebida com ceticismo
pelos colegas, foi condenada pelos protestantes e banida por três séculos pelos
católicos. Ninguém é perfeito, quanto mais eu. DUAS: DA CARA LISA, É ISSO AÍ – Outra que me dá uma corda boa daquela
de roscofe com cara de paisagem é aquela do Breton: Não é o
medo da loucura que nos forçará a largar a bandeira da imaginação. Afinal,
tenho intimidade com as doidices, fato que me faz acertar o alvo quando menos
espero. Taí. E ele me dá mais fundamento, avalie: Passarei a minha vida a provocar as confidências dos loucos. São
pessoas de uma honestidade escrupulosa e cuja inocência só encontra um igual em
mim. Salve, Breton, fui salvo pelo gongo, ora se. TRÊS: É ISSO AÍ & VAMOS NESSA – Gratificante mesmo é aquela do Umberto Eco: Apenas os pequenos homens parecem normais. Eita! Ora, não sou lá um
pigmeu, mas tenho vontades maiores que o meu próprio tamanho. Pelo menos. Por isso,
estou livre disso, já que nunca fui lá bom da bola – juízo frouxo mesmo, ou
como diziam meus parentes: sempre tive um parafuso a menos no quengo -, ou achegado
a ser todo arrumadinho nos trinques, nem empatotado na defesa de sectários.
Nada demais dar uma de xexéu com mais uma sacada do Eco: Fundamentalistas dão um toque de arrogante intolerância e rígida
indiferença para com aqueles que não compartilham suas visões de mundo. Eu,
hem? Nunca tive vocação para ser oracular dono da verdade, sempre aprendendo,
ralando mesmo. Como dizia minha tia Conça: Aprenda, viu, seu coisinha! E vamos
aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais abaixo e aqui.
DITOS
& DESDITOS: [...] As mídias
sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam
só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam
imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito
à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. No momento que a internet permite que
todos falem, permite que um grande número de imbecis falem. Eu comecei a
acreditar que o mundo inteiro é um enigma, um enigma inofensivo que se torna
terrível pela nossa própria tentativa furiosa em interpretá-lo como se ele
tivesse uma verdade secreta. Nem todas as verdades são para todos os ouvidos.
Nem todas as mentiras podem ser suportadas. Certas coisas se sentem com o
coração. Deixa falar o teu coração, interroga os rostos, não escutes somente as
línguas... Talvez a missão daqueles que amam a Humanidade seja fazer com que as
pessoas se riam da verdade, porque a única verdade consiste em aprender a
libertar-nos da paixão insana pela verdade. A arte só oferece alternativas a
quem não está prisioneiro dos meios de comunicação de massa. Pensamento do
escritor, filósofo e bibliófilo italiano Umberto Eco (1932-2016). Veja mais
aqui.
QUATRO POEMAS – I - durante o teu sonho / eu brinco com as nuvens
/ e tu não sabes de nada. II - minhas mãos te olham / estranha fotografia / onde
meus olhos te tocam. III - tu conheces pelo coração / a gramática do meu corpo
/ e seu dicionário. IV - tuas mãos na minha pele / entre os raios de luar / fazem
cinema. Poemas da escritora canadense Lisa Carducci.
AVÔ TORTO, AVÓ-TORTA
Bastante fundamento tinha minha avó-torta, para dizer-me depois de uma
grande maçada: meu netinho não há mal que sempre dure, nem bem que nunca finde.
AVÔ OU AVÓ-TORTA – O marido ou esposa de um dos avós legítimos,
que enviuvando passam a segundas núpcias, como avô-torto, ou avó-torta. Extraído
da obra Vocabulário pernambucano
(Coleção Pernambucana/SEC-PE, Volume II, 1976), do historiador, jornalista e
advogado Francisco Augusto Pereira da Costa (1851-1923). Veja mais aqui.
A ARTE DE LUANNA GONDIM
Comecei a dançar no Recife, aos 7 anos. Inicialmente, entrei numa escola
e passei para uma academia quando a coisa estava mais séria. Mas desde o
princípio eu já sabia o que eu queria ser.
LUANNA GONDIM - A arte
da bailarina clássica Luanna Gondim,
que atua no Tetro de Ópera e Ballet de Perm, da Rússia. Veja mais aqui.
A ARTE PERNAMBUCANA
Tempo de Pernambuco – ensaios críticos, do advogado, crítico
literário, tradutor e escritor Oscar
Mendes (1902-1983) aqui.
A arte
de Mozart Guerra aqui.
O cinema
de Simião Martiniano aqui.
A arte
de Irene Duarte aqui.
&
O Museu
de Una aqui.
&
OFICINAS ABI
Oficina de Cineclube – 22/02
Oficina de Neuroeducação & Livroterapia – 07/03
Oficina de Pesquisa & Metodologia Científica – 14/03
Oficina de Iniciação Teatral – 21/03
Oficina de Práticas Pedagógicas em EJA – 04/04