terça-feira, janeiro 15, 2019

RAJNEESH, MOZART GUERRA, DOCUMENTÁRIO DE TORITAMA & ALAGOINHANDUBA


A GESTÃO PÚBLICA EM ALAGOINHANDUBA - Olhando bem, a gestão pública de Alagoinhaduba é exemplar. Quer dizer, assim como é lá é em qualquer municipío do território brasileiro. Por exemplo: o prefeito Zé Peiúdo chegou na ciadde puxando uma gata que era só pelanca de tão magra e esfomeada, sem ter onde cair morto; levou todo mundo no papo e lavou a jega, não ganhou, mas elegeu-se: usou de escusa artilharia pesada, engalobou todo mundo, passou a perna, comprou e passou troco, tomou posse sob as mais extravagantes promessas e tome macacada e tralalá. Quais? Salário mínimo de 5 mil reais para todos os servidores! Danou-se, não deu. Culpou o atual Coiso Presidente de reduzir para a mixaria de sempre, mesmo tendo sido cabo eleitoral dele na campanha. Premiou-se com pontos simpáticos, por isso, alvoroço na mundiça. E meteu bronca prometendo o de sempre: acabar com a violência, erradicar a deseducação, promover o progresso, enricar todo mundo, melhorar a água e despoluir o rio, cuidar das praças e da periferia miserável, limpar o eixo do Sol, botar a lua mais brilhante de noite, fazer a Terra girar ao contrário para corrigir as coisas desagradáveis, dar fim aos coprólitos e lixo com o estalo dos dedos, enretar o desinretado, fazer isso e aquilo, pei bufe, etc e coisa e tal. Pois é, pintou e bordou com o que dizia e desdizia, maior enrolação. Promessas e escusas, tome lábia pra cima, valendo-se de todos os artifícios possíveis para sair bem na fita, invocando palavreado rebuscado e imbróglios, maior blábláblá. Ao tomar ciência que o juiz Teje Preso promoveu uma intervenção para remover o magistrado anterior e todo Judiciário local por conta da leniência reprovável e outras práticas antijurídicas, o Zé Peiúdo não perdeu tempo: embolsou a módica quantia de 280 milhões em espécie e moeda vigente, juntou os panos de bunda e arribou, tudo porque na posse da magistratura, o tal bufador de anel no dedo tinha dito em alto e bom som no Fórum: Vou pegar esse salafrário. Ninguém espera por tempo ruim, né? Oxe, quem é besta de ficar pra ver o circo pegar fogo, ora. Ao chegar à prefeitura o justiceiro encontrou o lugar mais limpo. Aí aproveitou e impugnou o vice, dissolveu a Câmara de Vereadores e destronou o bispo, autoelegendo-se Imperador com as mãos absolutas sobre o Executivo, Legislativo, Judiciário e religiosidade geral, colocando todas as demais seitas na clandestinidade: a lei e a fé só dele. Maior carreira de pé na bunda dos espíritas, pais e mães de santos, protestantes e afins. Com isso, transformou cada casa da cidade num presídio domiciliar já que não cabiam todos presos por coisa de pouca monta na cadeia local; isso sem contar alguns abusos para botar moral: degolou uns quatro, aleijou uns 15, matou uns 30 de choque elétrico e outros tantos do coração: não aguentaram o pipoco da ameaça e babau. Fez construir uma muralha maior que a da China nos limites do território: Daqui ninguém sai, daqui ninguém me tira. E aos poucos deixou a cidade mais isolada, sem que se soubesse o que acontecia nem na vizinhança, nem no país inteiro. Pelo menos o povo tinha o que falar dele mesmo: vivem de escalpelar uns aos outros, arreiam a lenha, descascam a ponto de se autodilacerarem com o dedo na ferida, todos na guilhotina alheia, não escapando ninguém, nem os próprios e, assim, tudo vai correndo na maior normalidade e como se não houvesse nada por consertar ou corrigir. Enquanto uns acham certo, outros acham errado, mas nada fazem além de arengar, se indignar e apontar soluções nas suas carradas de razões assim assado, afora só se esculhambarem entre si e ficar tudo por isso mesmo até o dia em que o deus deles dê cabo de dar jeito no que tiver troncho ou desacertado, ou ficar tudo assim mesmo até quando deus quiser. Eta vida besta, Deus meu. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS
[...] O corpo possui muitas rotas. É um grande mundo em si mesmo. Você pode trabalhar com a respiração e através da respiração dar o salto. Você pode trabalhar com o sexo e através do sexo dar o salto. Você pode trabalhar com o estado de alerta – isto é, diretamente com a consciência – e dar o salto. Esse trabalho direto com a consciência tem sido uma das rotas mais profundas. Uma única rota pode ser usada de muitos modos. [...] Para o mundo vindouro e também para o mundo de hoje, apenas os métodos flexíveis podem ser usados, porque há muitos tipos de gente agora. [...] Agora isso é muito difícil. As mentes estão confusas. Não existe apenas mais de um tipo, mas cada indivíduo em si mesmo já é múltiplo. Existem muitas influências, influências contraditórias. [...] Se muitos métodos forem experimentados, nenhum será usado completamente. Mas ahora todo mundo está confuso e não há nada que possa ser feito para se evitar isso. Não há nenhum tipo único para ser protegido da confissão assim, necessitamos agora de novos métodos que não pertençam a nenhum tipo e que possam ser usados por todos. [...].
Trechos de Meditação: Uma morte sutil, extraído da obra Eu sou a porta: o sentido da iniciação e do aprendizado (Pensamento, 1975), do filósofo místico hindu Bhagwan Shree Rajneesh (1931-1990). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR
O documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar, do diretor Marcelo Gomes e produção da Carnaval Filmes, narra a história de uma cidade que viu sua população ser multiplicada de forma desordenada e desumana, sob o alvoroço de produzir e se tornar a capital do jeans, demonstrando o regime que os próprios trabalhadores impõem, com uma pausa apenas para o Carnaval. Foi gravado mostrando os bastidores da produção de mais de 20 milhões de jeans anualmente na cidade pernambucana de Toritama, em fábricas caseiras. O documentário será exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Alemanha, entre os dias 7 a 17 de fevereiro de 2019. Veja mais aqui e aqui.

A ESCULTURA DE MOZART GUERRA
O premiado escultor Mozart Guerra estudou Arquitetura na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trabalhou como cenógrafo para teatro, cinema e televisão e, desde 1992, está radicado em Paris, tendo participado de exposições individuais e coletivas em galerias da França, Luxemburgo, Itália, Portugal, Canadá, Holanda, Áustria, Suiça, Espanha e Costa Rica. O artista é representado pela Sérgio Gonçalves Galeria do Rio de Janeiro e São Paulo, e foi parceiro do renomado designer japonês Yasumichi Morita por três anos em Hong Kong, Tóquio e Osaka. Para conhecer o seu trabalho confira aqui. E veja mais aqui
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CHRISTINA VASSILEVA, KATHERINE JOHNSON, MARTÍN-BARÓ, JOÃO CABRAL & MATA SUL INDÍGENA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Mistérios do Rio Lento (The Voice of Lyrics, 1998), Santiago de Murcia: a portrait (Frame,...