quinta-feira, setembro 14, 2006

GUILHERME VAZ, ALENCAR, HERNÂNI DONATO, MOIRA, STELA FREITAS, SERGIO BERNARDES, SIMONE MOURA MENDES & MARIZA LACERDA!




A TERRA É REDONDA. E AINDA TEM GENTE QUE CAGA PELOS QUATRO CANTOS DO MUNDO - Tudo começou porque eu nasci em Palmares. Isso mesmo, não existe no mundo lugar melhor que Palmares e isso nem na China, nem na África, nem no Iraque, nem no Afeganistão, nem alhures, muito menos aqui nem depois do rebaixamento de Plutão. Quer prova? Basta ler a obra de Hermilo Borba Filho, de Ascenso Ferreira, de Luiz Berto e você logo saberá por que o Juarez Correya fez uma parceria musical com o Marco Ripe que dizia: “Preciso urgentemente voltar pra Palmares City. Preciso dessa urgência como de uma bronquite”. E o próprio Juarez vive alardeando por aí que melhor do que Palmares só Paris e à noite! Esse um detalhe relevante: só de noite, porque de dia Palmares dá de mil a zero. É verdade, assino embaixo. Palmares também foi o cenário que me permitiu conhecer toda sorte de doido, farsante, embusteiro, caboeta, fuleiro e safado, sem contar os menores que o próprio tamanho e os gigantes que não passavam de pigmeus enrustidos. Lá, usando mais uma vez o Juarez, tem mais poeta que poste pra cachorro mijar. Como também tem gente da melhor estirpe, claro, que dá pra contar nos dedos. Por isso tem amigo pra todo gosto: barrunfeiros, sabotadores, enrolões e mequetrefes. Tem fulano de toda titulatura: insone, enredeiro e invisível. Mas garanto que, apesar disso tudo, é um lugar aprazível, claro tirante todas as tramóias, balas perdidas, ingresias e as raras paragens paradisíacas. Foi lá que aprendi a ser o xexéu que sou hoje, copiando e imitando descaradamente cada conterrâneo, do mais ilustre ao mais rasteiro. Devo, portanto, à cidade dos Palmares este gesto de gratidão. Tanto é que se não fosse ela, não teria eu conhecido as loas do seo Maurício Baita-tal Melo e de seus filhos Gilberto-Giba e Mauricinho Baita-júnior – no dizer do D. Berto I, o papa da ICAS e da Besta: os irmãos metralhas -, a quem me apropriei deslavadamente do título dessa mercadoria toda. Por isso, também, esta homenagem a eles, os verdadeiros detentores da marca por mim escamoteada e devidamente apropriada. É preciso também mencionar outras participações especiais e indiretas nessa minha desproposital empreitada, como a de Pai Lula, Gal-do-caixão-de-seo-Guedes, o irmão dele Gold-risadinha-zoneira, Dudu-bode-branco, Paulo-chaba-Cabral, Juarez-Baixim, Zé-Ripe, Célio Carneirinho, Dr. Gulu Braga, Ozi, Mazinho, Ângelo (o Chicanjo-arrumadinho), Fernando Bigodim-Melo, João-Patinha-Lins, o memorável Tininho, o também memorável Givanilton Mendes, o Afonso Paulins, o Eduardo-Gautama-priquitim, o Joab-de-Iolita, Erasmo-chinho, o Arnaldo-de-Elita, o Wilson do Foto, o Genésio-da-farmácia-a-mulé-do-vizinho, o meu primo Maiquim-Ôi-de-ximbra, o Paulo Profeta, o Paulinho Caldas e mais uma recada de gente que mora no meu coração, sem contar com as contribuições inestimáveis do padre Bidião, do Doro e de outros lêmures vivinhos e imaginários. Poupo, porém, desse vexame, as minhas diletas amigas mulheres palmarenses porque merecem muito mais que o meu respeito e consideração. Foi, reitero, em Palmares que conheci a vida e o Brasil. Pra falar a verdade, nem precisa sair de lá para conhecer o Brasil: o país todo está dentro dela. O Brasil só não, o mundo todo está ali dentro, ao vivo e em cores sem tirar nem pôr. Esta a razão da minha petulância moleirada e da minha vesguice cheia das pregas. De mesmo, foi lá que aprendi o mundo, mais um motivo para homenageá-la. E vamos aprumar a conversa aqui, aqui e aqui

Imagem: Nu, da artista plástica Mariza Lacerda.


Curtindo o álbum O homem correndo na savana (2003), do compositor pioneiro da arte conceitual e sonora, introdutor da música concreta no cinema brasileiro e autor de trilhas premiadas, Guilherme Vaz. Veja mais aqui e aqui.

EPÍGRAFECachorro cotó não passa pinguela, provérbio recolhido do livro Cem ditados rurais paulistas, do escritor, historiador, jornalista, professor, tradutor e roteirista Hernâni Donato, oriundo da parábola os não iniciados deixarão de entender que quem não se aparelha não faz bom serviço, ou quem não tem competência não se estabelece. Veja mais aqui.

CAIR DO CÉU – No romance histórico Guerra dos Mascates (Vol. 1 – 1871/ Vol. 2-1873), do escritor e fundador do romance de temática nacional, José de Alencar (1829-1877), narrando o episódio homônimo ocorrido em Pernambuco nos anos de 1710-1711, contando as mesquinharias dos motivos políticos que ganham relevo no período histórico compreendido, o autor cita: [...] Mas nunca um tagarela caiu-mne tão a proposito do céu como aquele. Caiu do céu com arroz, isto é, como um prato já feito. [...], com base no propósito bíblico de chegar inesperadamente e em momento oportuno. Veja mais aqui, aqui e aqui.

TODO DIA É DIA DA MULHER: SIMONE MOURA MENDES – A escritora, administradora de Empresa e Analista Judiciário, Simone Moura e Mendes, edita o sítio Uma vida em poesia e desenvolve o projeto Justiça à Poesia. De seus poemas destaco o seu poema Musa da inspiração: Seu jeito calado seu olhar desconfiado / de todos chama atenção / Atrás de seus lábios esconde-se um largo sorriso / seu rosto não é transparente / e a gente nunca sabe o que ela sente / Sua tez morena / mostra o fascínio da mulher brasileira / cartão de visita para aqueles que a rodeiam / elemento que tonteia / a viola que ponteia a canção popular / canção de versos negros / brilho dos olhos seus / Musa do adeus / índia camuflada / amizade retratada / retrato da solidão. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.




O ÚLTIMO SUSPIRO DA PALMEIRA – Tive oportunidade de em 2000 assistir na Casa da Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro, à montagem do espetáculo O último suspiro da palmeira, de Carlos Thiré, dirigido por Cecil Tiré, contando a história de cotidiano agitado de três gerações de uma família de classe média que dividem o mesmo apartamento um neto ator, um biólogo, a mãe diretora e de uma ONG e o avô aposentado. O destaque da peça teatral ficou por conta da performance da atriz e diretora Stela Freitas. Veja mais aqui e aqui.

DOCUMENTÁRIOS – Oportunidade ímpar essa minha de assistir duma vez aos premiados documentários Os guardiões da floresta (1990) contando sobre a vida na comunidade do Céu do Mapiá e a doutrina do Santo Daime; Panthera Onca (1991), sobre a matança das onças pintadas no pantanal; Cauê Porã (1999), sobre a expressão índigena 'como é bela nossa floresta', percorrendo a região selvagem da Amazônia terminando em Belém do Pará; Nós e não nós (2003) e Amazônia (2006), todos do cineasta Sergio Bernades com trilha sonora de Guilherme Vaz. Veja mais aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da atriz estadunidense Moira Kelly.


Veja mais Cantilena, Goethe, Pierre-Joseph Proudhon, Fodéba Keïta, José Régio, Alexandre Dumas, Nick Cassavetes, Lev Tchistovsky, Tears For Fears, Robin Wright, Jean-Francois Painchaud & Graça Lins aqui



E mais também Heitor Villa-Lobos, John dos Passos, Georges Bataille, Kiri Te Kanawa, Alain Robbe-Grillet, Berthe Morisot & Marie Espinosa aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Veja aqui e aqui.



CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.

TODO DIA É DIA DA MULHER
Veja as homenageadas aqui.


PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

  Imagem: Foto AcervoLAM . Ao som do show Transmutando pássaros (2020), da flautista Tayhná Oliveira .   Lua de Maceió ... - Não era ...