quinta-feira, janeiro 07, 2010

MADELEINE DE SCUDÉRY, SADE, BARBARA PYM, ANA CRISTINA CÉSAR, FUTURO DAS METRÓPOLES & BIG SHIT BÔBRAS


ÓI NOIS AQUI TRAVEIZ – Tudo andava nos conformemente após o anúncio das previsões do Doro para todos os signos do zodíaco e, de lambuja, inventou de anunciar a simpatia da viradaA trupe toda participante estava de num piscar nem o olho prestando atenção a tudo. Quando o candidato presidencial findou de anunciar sua famosa simpatia, oxe, num ficou um pé de gente. Ele então arrumou seus apetrechos., todos os mijados de bunda e foi caçar um local para ver o foguetório. Quando o pipoco explodiu a zero hora, ele chega impou de feliz fazendo o sinal da cruz, uns passes de crendices e umas gingadas de capoeira. Assistiu todo espetáculo pirotécnico e depois de umas goeladas boas da-que-matou-o-guarda, ele ouviu um estrondo medonho pras bandas de alhures. Foi assustador. Porque depois do estampido, só se ouviu um grito de mulher acompanhado de uma gritaria infernal. Não demorou mito estava todo mundo ao redor dele à procura do Padre Bidião e de explicações acerca do ocorrido. Doro, sabido como sempre, contou nos dedos um a um dos adversários presentes: 1,2,3,4,5, hum... deu por falta de... Cadê a Prazeres do Céu? Foi ai que as mulheres começaram um renhenhém danado, mil suposições e correria para tudo quanto era lado. - Acho que ela tá entalada na boquinha da garrafa! -, gritou zombeteiro Zé-Corninho. - Vixe!!! Daqui a pouco outro grito. Este ratificou ser a Prazeres do Céu. - Onde boba-torreira que esta cega-Dedé está, hem? -, praguejou Doro. - Oxe, ela deve de estar se espremendo toda com a simpatia dele! -, asseverou Biritoaldo! - Eita-porra!!!! O negócio enfeiava de ninguém saber o paradeiro dela. Caçaram por todo canto, pelejaram que só por encontrá-la e nada. A madrugada comendo no centro e quase amanhecendo lá vem a Prazeres do Céu toda aos farrapos, corpo seminu a mostra e com uma careta dos diabos de boca aberta. - Que droga é nove? -, perguntou Tolinho. - Acuda que ela tá com uma vela de sétimo dia acesa e enfiada no cu! - Se avia, gente! E na intervenção da tropa toda para retirar a enfiada do toba dela, ela gritava: - Ai! Não, tira não! Ai! Deixa! Era o povo fazendo corrente de mãos dadas para juntar a força e arrancar a maldita do quiba dela e nada. Ela aos gritos: - Não, tira não! Ai! Deixa! Ai! Foi aí que a Marcialita com os braços de açucareiro, bateu o pé, arredou todo mundo de cima, levantou a dita pelo gogó e encarou: - Por que você não quer que tire, abestada? - Ai, deixa! Ui, não tira! Ai! - Diga logo senão a gente mete-lhe o cacete, sem-vergonha! Aí, depois de muito se contorcer, revirar os olhos, gritar e espernear, Prazeres do Céu voltou a si e quando flagrou todo mundo ao redor, soltou essa com ar de desavergonhada: - Que foi? Nunca viram uma mulher gozar não? Eu quero é ficar rica, ora! E saiu com o pitoco no rabo toda reboladeira, nem aí. Os machos tudo babando. As mulheres, tudo resmungando e aplicando corretivos nos seus respectivos adiantados. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja todos os detalhes do Big Shit Bôbras aqui


DITOS & DESDITOS - As paixões humanas não passam dos meios que a natureza utiliza para atingir os seus fins. Pensamento do escritor libertino francês Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade (1740-1814). Veja mais aqui e aqui.

ALGUÉM FALOU: O amor é um não sei quê, que surge de não sei donde e acaba não sei como. Perdoa-se tudo aos amantes... e aos doidos. Pensamento da escritora francesa Madeleine de Scudéry (1607-1701).

O FUTURO DAS METRÓPOLES – [...] A globalização caracteriza-se, portanto, como uma etapa de transformação do capitalismo planetário que, mais do que outras etapas de transição, produz um quadro de incerteza quanto ao futuro, pois hoje não é claro o tipo de sociedade que dele resultará. Tal incerteza é aumentada pelas disputas intelectuais e ideológicas em torno da interpretação sobre sua natureza e seus impactos. Discursos catastrofistas e triunfalistas quantos às taras e virtudes da globalização estão presentes no mundo acadêmico e no senso comum erudito como verdades demonstradas erigindo verdadeiros mitos explicativos [...]. Trecho extraído da obra O Futuro das Metrópoles: desigualdades e governabilidade (Revan, 2000), organizado pelo professor Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro e com diversos colaboradores que abordam, na primeira parte, os impactos territoriais da reestruturação produtiva (Clélio Campolina Diniz), a cidade desigual ou cidade partida? Tendências da metrópole do Rio de Janeiro (Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro), divisão social e desigualdades: transformações recentes da metrópole parisiense (Edmond Preteceille), globalização e metropolização: Santiago, uma história de mudança e continuidade (Carlos A. de Mattos), economia e ocupação no espaço metropolitano: transformações recentes de Porto Alegre(Rosetta Mammarella), economia, emprego e desigualdade social em Madri (Jesús Leal Maldonado). Na segunda parte tratam sobre o que há de novo na clássica dualidade núcleo-periferia: a metrópole do Rio de Janeiro(Luciana Corrêa do Lago); estrutura social e desigualdades socioespaciais: a metrópole de Buenos Aires (Gustavo A. Kohan); a cidade dos anéis: São Paulo (Suzana Pasternak e Lucia Bógus); organização metropolitana e estrutura social: o caso de Belo Horizonte (João Gabriel Teixeira e José Moreira de Souza); mercado imobiliário e segregação: a cidade do Rio de Janeiro (Adauto Lucio Cardoso); as vilas favelas em Belo Horizonte: o desafio dos números (Berenice Martins Guimarães); e favela, favelas: unidade ou diversidade da favela carioca (Edmond Preteceille e Licia Valladares). Na terceira parte abordam a conectividade das redes de infraestrutura e o espaço urbano de São Paulo (Ricardo Toledo Silva); mercados, regulação e gestão dos serviços urbanos: a metrópole de Santiago do Chile (Oscar Figueroa); universalização e privatização: os dilemas da política de saneamento na metrópole do Rio de Janeiro (Ana Lucia Britto e Helio Ricardo Porto); e descentralização e privatização: os dilemas da política de saneamento na metrópole de Buenos Aires (Andrea C. Catenazzi). Na quarta parte tratam sobre acumulação global e ingovernabilidade local (José Luís Fiori), reforma do Estado e federalismo: os desafios da governança metropolitana (Sérgio de Azevedo e Virgínia R. dos Mares Guia); a perspectiva da economia popular urbana: base para uma nova política socioeconômica na cidade (José Luís Coraggio); gestão urbana, associativismo e participação nas metrópoles brasileiras (Orlando Alves dos Santos Junior) e desigualdades sociais e iniquidades fiscais na metrópole do Rio de Janeiro (Luis Gustavo Martins). Veja mais aqui.

MENOS QUE OS ANJOS & MULHER EXCELENTE - [...] As pequenas coisas da vida eram muitas vezes muito maiores do que as grandes, ela decidiu, imaginando quantos escritores e filósofos haviam dito isso antes dela, os prazeres triviais como cozinhar, o lar, pequenos poemas especialmente tristes, caminhadas solitárias, coisas engraçadas visto e ouvido. [...]. Trecho extraído da obra Less than Angels (1955), da escritora britânica Barbara Pym (1913-1980), que em outra de suas obras, Excellent Women (1952), ela expressa que: Meus pensamentos giravam sem parar e me ocorreu que se eu escrevesse um romance, seria do tipo 'fluxo de consciência' e lidaria com uma hora na vida de uma mulher na pia.

DOIS POEMAS - I –Acreditei que se amasse de novo / esqueceria outros / pelo menos três ou quatro rostos que amei... / organizei a memória em alfabetos / como quem conta carneiros e amansa / no entanto flanco aberto não esqueço / e amo em ti os outros rostos. II - Também eu saio à revelia / e procuro uma síntese nas demoras / cato obsessões com fria têmpera e digo / do coração: não soube / e digo da palavra: não digo (não posso ainda acreditar na vida) / e demito o verso como quem acena / e vivo como quem despede a raiva de ter visto. Poemas da escritora e tradutora Ana Cristina César – Ana C. (1952-1983). Veja mais aqui e aqui.




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