A arte de Osamu Obi.
LITERÓRICA: RAPIDINHA
- Toda sexta-feira, meio-dia
em ponto, ela chega do trampo toda avexadinha. Logo desalinha a me soltar corda
na vontade que engorda com sua boca cangula. E me abocanha com gula, me agarra
e me beija, começando a peleja no maior pega-pega. Ela esfola e se esfrega
enquanto se despe. E eu com a peste a romper seus atalhos, me apegando ao seu
talho, a maior sopa quente. Tudo bem rente na sua carne guisada pras minhas
dentadas e pro meu repasto. Eu vou de arrasto arrancando a calcinha, o sutiã e
a blusinha, tudo jogado. E começo o impado enchendo a pança com folia e
festança de cabo a rabo. Não há menoscabo, inteira tigela. Ela que se escalpela
aos grandes bocados. Eu viro ajegado quando o beijo debréia, eu pulo na boléia
da sua caçarola. Ela cai de gabola e me faz seu cambão, acende a ignição a toda
voltagem. Pego bigu na viagem e engato a primeira, ela enverga a traseira e me
deixa tantã. E vou tal bambambam botando a segunda no rego corcunda do seu
cardam. E arreia no divã toda fagueira, eu sacudo a terceira a lhe dar o que
falta. E mais se engata, balança a rabeira e de forma matreira sacudo na
quarta. Pra ela não basta, acelero pra quinta, ela quer mais a pinta e eu mais
atolado. Bem mais que socado no seu labirinto, ela quer mais meu pinto, quer
toda bilôla. Porque não é tola ela fica sapeca na minha munheca e o mundo pega
fogo. Isso vai só no rodo da maior safadeza. E com toda esperteza atrepo o seu
capô com cheirinho de fulô no fundo do prato. Como desiderato tomo a dianteira,
ela vira farofeira, se lambuza demais. E não se satisfaz, de ré me atenta,
quando se arrebenta, toda disminliguida. E como é sabida me dá seu roçado que
ancho e tão pabo eu mato a pau. Já me faz seu mingau e seu acostamento, a reta
é o firmamento, odisséia sem fim. Provo o seu bocadim pelo escape aprumando o
tacape pelos catabis. Atravesso o menir quando ela odalisca se vira e se
arrisca e chora na rampa. Eu atiro às pampas sem protocolo e a trago pro meu
colo amolegando seu seios. Eu desço sem freio ladeira abaixo, seu chassi eu
encaixo no maior xambrego. E nesse brinquedo está emboscada, até sentir a
varada no bocal da quartinha. E mais quero mais minha e arregaço o tareco
dentro do caneco aos golpes fustigantes.É mais minha amante, fêmea vezes mil,
minha puta servil, linda meretriz. Não faz o que diz se entregando inteira,
maior quenga rameira cheia dos ardis. E goza o que quis com a carinha mais lisa
onde o olhar só reprisa a gente numa conchinha feliz. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS &
DESDITOS – É impossível
sobrepor, no homem, uma primeira camada de comportamento que chamaríamos de “naturais”
e um mundo cultural ou espiritual fabricado. No homem, tudo é natural e tudo é
fabricado, como se quiser, no sentido em que não há uma só palavra, uma só
conduta que não deva algo ao ser simplesmente biológico – e que ao mesmo tempo
não se furte à simplicidade da vida animal. Pensamento do filósofo fenomenólogo francês Maurice
Merleau-Ponty (1908-1961). Veja mais aqui.
MULHERES &
FEMINISMO – [...] No feminismo, pensamento e ação juntam-se com vistas à construção de uma
presença cada vez maior da mulher no espaço público, à denúncia da hegemonia
masculina, à revisão dos papéis tradicionais de homem e de mulher, ao abalo da
moral patriarcal. Até que ponto as demandas feministas pavimentam o caminho da
desconstrução? É até que ponto este pensamento deixa suas marcas nas teorias
feministas? [...] O talento
criador não é exclusivo dos homens bem postos na escala social, mas os meios
para desenvolvê-lo, quase sempre, sim. Logo, o imperativo de se ter o teto todo
seu vincula-se não apenas ao aprimoramento de uma vocação artística. Mais que isto,
diz respeito à própria afirmação da mulher como sujeito de sua história [...].
Trecho extraído de Gênero e representação: teoria, história e crítica (FALE,
UFMG, 2002), da professora e pesquisadora Constância
Lima Duarte. Veja mais aqui.
O REI SAPO OU
HENRIQUE DE FERRO – [...] Não tinha jeito, ela tinha de satisfazer a
vontade do pai, mas sentia imensa raiva em seu coração. Pegando o sapo com dois
dedos, levou-o ao seu quarto, deitou-se na cama e, em vez de coloca-lo ao lado
dela, atirou-o contra a parede, ploft. “Pronto, agora bocê vai me deixar em
paz, sapo asqueroso!” Ma o sapo não morreu e antes de cair se transformou num
belo e jovem príncipe. Este, sim, era seu querido companheiro e, cumprindo a
promessa, os dois adormeceram felizes lado a lado [...]. Trecho do contro
extraído da obra Contos maravilhoso infantis e domésticos (Cosac Naify, 2012),
dos irmãos escritores Jacob e Wilhelm
Grimm. Veja mais aqui e aqui.
RISCOS - O nosso quarto habitual. As paredes erguem-se tal
qual / como combinado. A janela desdobra-se, completa / com os cortinados
fechados. Poderia ser ao princípio da noite ou / ao fim do dia. Penumbra
inalterável. / algumas chalaças sobre a luz do dia que menos e menos suporta. /
O odor a madeira e a tangerinas muito maduras. / Olha, ali surgem os armários,
a cama de casal delineia-se / com os seus lençóis e os cobertores, / a colcha
com a mancha exactamente no mesmo sítio. Lá / em baixo recompomos as nossas
caras, sentamo-nos à mesa / e a vista enche as ombreiras: quintas, três árvores
a abanar. / Sabemos de antemão o que iremos agora comer: / a entrada, que é
sempre um desapontamento, o bife e a tarte de maçã. / Estamos mais velhos,
entretanto podemos pagar / uma coisa melhor. Aqui chove a maior parte do ano. /
O perigo maior envolve-nos com / o mesmo lugar, o mesmo quarto. Arriscamo-nos a
ter hábitos, / amamo-nos. Repetimo-nos. Poema da
premiada poeta holandesa Ester Naomi
Perquin. Veja mais aqui e aqui.
A arte de Osamu Obi.
MUSA DA SEMANA: SIMONE HAYASHI – Sy, Sissi ou Simone Hayashi é uma senhora santista muito bela e encantadora que mora há 15 anos no Japão. Ela cursou Nutrição e trabalha colocando preços em comidas que vão para um grande supermercado nipônico.
LAM - Quais as influências familiares e do lugar que você nasceu que mais contribuiram para a sua formação? O que mais marcou na sua vida da sua cidade natal?
SIMONE - Sou neta de japonês, No Brasil ,Santos só me divertiam nao pensava muito em formacão...
LAM - O que contribuiu para sua definição profissional?
SIMONE - Nem tive tempo, parei para vir para cá e daqui não saio mais...
LAM - O que levou você a residir no Japão?
SIMONE - Minha irmã queria separação do marido e ele se julgava a dar e disse que falaria para o juiz que minha irmã se separou de casa, mas não de cama. Ai viemos para cá para ficar só um ano. Ela ficou e eu conheci meu marido com 3 meses e não voltei... só voltei depois de 2 anos e fiquei 2 meses no Brasil, voltei e casei.
LAM - Como você vê a situação de brasileiros no Japão?
SIMONE - Normal para os que não perderam o emprego.
LAM - Como você avalia a vida e a tradição japonesa?
SIMONE - Bem diferente do nosso pais,tanto economia como tradicão.
LAM - Que diferenças pontuais você nomeia distinguindo o Brasil do Japão?
SIMONE – Ladrão no governo aqui tambem tem, mas tentam distribuir o que você paga para o governo...
LAM - Como o Brasil é visto pelos japoneses?
SIMONE - De varias formas ,para cada cidade, tem uns que moram no interior que pensam que Brasil e só Amazonia. Outros já não, mas acho que todos pensam que brasileiro é um povo alegre que os brasileiros são como o Carnaval...
LAM - Qual a sua impressão sobre o Brasil de hoje e quais as suas perspectivas quanto ao futuro do Brasil?. Você tem esperança de que o Brasil possa dar certo, ou não tem mais jeito?
SIMONE - Sei lá, sou meia lerda com política,mas acredito que o Brasil tem jeito sim e uma grande potencia ,ainda aparecerá alguem que saberá lidar com isso...
LAM - Como a arte brasileira (música, teatro, literatura, etc) é recebida pelos japoneses? Quais artistas brasileiros brilham no Japão?
SIMONE - Japones ama Bossa nova e para os brasileiros que moram aqui já vieram fazer show alguns cantores populares...
LAM - Quais os projetos que você tem por perspectiva realizar na sua vida?
SIMONE - Minha vida tá tranquila, penso nos meus filhos ,criar eles aqui e bem melhor acho que aqui se tem mais expectativa para futuro...
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