sexta-feira, janeiro 29, 2010

ESTER NAOMI PERQUIN, MERLEAU-PONTY, IRMÃOS GRIMM, OSAMU OBI, MULHERES & FEMINISMO, SIMONE HAYASHI & LITERÓTICA

A arte de Osamu Obi.

LITERÓRICA: RAPIDINHA - Toda sexta-feira, meio-dia em ponto, ela chega do trampo toda avexadinha. Logo desalinha a me soltar corda na vontade que engorda com sua boca cangula. E me abocanha com gula, me agarra e me beija, começando a peleja no maior pega-pega. Ela esfola e se esfrega enquanto se despe. E eu com a peste a romper seus atalhos, me apegando ao seu talho, a maior sopa quente. Tudo bem rente na sua carne guisada pras minhas dentadas e pro meu repasto. Eu vou de arrasto arrancando a calcinha, o sutiã e a blusinha, tudo jogado. E começo o impado enchendo a pança com folia e festança de cabo a rabo. Não há menoscabo, inteira tigela. Ela que se escalpela aos grandes bocados. Eu viro ajegado quando o beijo debréia, eu pulo na boléia da sua caçarola. Ela cai de gabola e me faz seu cambão, acende a ignição a toda voltagem. Pego bigu na viagem e engato a primeira, ela enverga a traseira e me deixa tantã. E vou tal bambambam botando a segunda no rego corcunda do seu cardam. E arreia no divã toda fagueira, eu sacudo a terceira a lhe dar o que falta. E mais se engata, balança a rabeira e de forma matreira sacudo na quarta. Pra ela não basta, acelero pra quinta, ela quer mais a pinta e eu mais atolado. Bem mais que socado no seu labirinto, ela quer mais meu pinto, quer toda bilôla. Porque não é tola ela fica sapeca na minha munheca e o mundo pega fogo. Isso vai só no rodo da maior safadeza. E com toda esperteza atrepo o seu capô com cheirinho de fulô no fundo do prato. Como desiderato tomo a dianteira, ela vira farofeira, se lambuza demais. E não se satisfaz, de ré me atenta, quando se arrebenta, toda disminliguida. E como é sabida me dá seu roçado que ancho e tão pabo eu mato a pau. Já me faz seu mingau e seu acostamento, a reta é o firmamento, odisséia sem fim. Provo o seu bocadim pelo escape aprumando o tacape pelos catabis. Atravesso o menir quando ela odalisca se vira e se arrisca e chora na rampa. Eu atiro às pampas sem protocolo e a trago pro meu colo amolegando seu seios. Eu desço sem freio ladeira abaixo, seu chassi eu encaixo no maior xambrego. E nesse brinquedo está emboscada, até sentir a varada no bocal da quartinha. E mais quero mais minha e arregaço o tareco dentro do caneco aos golpes fustigantes.É mais minha amante, fêmea vezes mil, minha puta servil, linda meretriz. Não faz o que diz se entregando inteira, maior quenga rameira cheia dos ardis. E goza o que quis com a carinha mais lisa onde o olhar só reprisa a gente numa conchinha feliz. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.


DITOS & DESDITOSÉ impossível sobrepor, no homem, uma primeira camada de comportamento que chamaríamos de “naturais” e um mundo cultural ou espiritual fabricado. No homem, tudo é natural e tudo é fabricado, como se quiser, no sentido em que não há uma só palavra, uma só conduta que não deva algo ao ser simplesmente biológico – e que ao mesmo tempo não se furte à simplicidade da vida animal. Pensamento do filósofo fenomenólogo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961). Veja mais aqui.

MULHERES & FEMINISMO – [...] No feminismo, pensamento e ação juntam-se com vistas à construção de uma presença cada vez maior da mulher no espaço público, à denúncia da hegemonia masculina, à revisão dos papéis tradicionais de homem e de mulher, ao abalo da moral patriarcal. Até que ponto as demandas feministas pavimentam o caminho da desconstrução? É até que ponto este pensamento deixa suas marcas nas teorias feministas? [...] O talento criador não é exclusivo dos homens bem postos na escala social, mas os meios para desenvolvê-lo, quase sempre, sim. Logo, o imperativo de se ter o teto todo seu vincula-se não apenas ao aprimoramento de uma vocação artística. Mais que isto, diz respeito à própria afirmação da mulher como sujeito de sua história [...]. Trecho extraído de Gênero e representação: teoria, história e crítica (FALE, UFMG, 2002), da professora e pesquisadora Constância Lima Duarte. Veja mais aqui.

O REI SAPO OU HENRIQUE DE FERRO – [...] Não tinha jeito, ela tinha de satisfazer a vontade do pai, mas sentia imensa raiva em seu coração. Pegando o sapo com dois dedos, levou-o ao seu quarto, deitou-se na cama e, em vez de coloca-lo ao lado dela, atirou-o contra a parede, ploft. “Pronto, agora bocê vai me deixar em paz, sapo asqueroso!” Ma o sapo não morreu e antes de cair se transformou num belo e jovem príncipe. Este, sim, era seu querido companheiro e, cumprindo a promessa, os dois adormeceram felizes lado a lado [...]. Trecho do contro extraído da obra Contos maravilhoso infantis e domésticos (Cosac Naify, 2012), dos irmãos escritores Jacob e Wilhelm Grimm. Veja mais aqui e aqui.

RISCOS - O nosso quarto habitual. As paredes erguem-se tal qual / como combinado. A janela desdobra-se, completa / com os cortinados fechados. Poderia ser ao princípio da noite ou / ao fim do dia. Penumbra inalterável. / algumas chalaças sobre a luz do dia que menos e menos suporta. / O odor a madeira e a tangerinas muito maduras. / Olha, ali surgem os armários, a cama de casal delineia-se / com os seus lençóis e os cobertores, / a colcha com a mancha exactamente no mesmo sítio. Lá / em baixo recompomos as nossas caras, sentamo-nos à mesa / e a vista enche as ombreiras: quintas, três árvores a abanar. / Sabemos de antemão o que iremos agora comer: / a entrada, que é sempre um desapontamento, o bife e a tarte de maçã. / Estamos mais velhos, entretanto podemos pagar / uma coisa melhor. Aqui chove a maior parte do ano. / O perigo maior envolve-nos com / o mesmo lugar, o mesmo quarto. Arriscamo-nos a ter hábitos, / amamo-nos. Repetimo-nos. Poema da premiada poeta holandesa Ester Naomi Perquin. Veja mais aqui e aqui.


A arte de Osamu Obi.


MUSA DA SEMANA: SIMONE HAYASHI – Sy, Sissi ou Simone Hayashi é uma senhora santista muito bela e encantadora que mora há 15 anos no Japão. Ela cursou Nutrição e trabalha colocando preços em comidas que vão para um grande supermercado nipônico.


LAM - Quais as influências familiares e do lugar que você nasceu que mais contribuiram para a sua formação? O que mais marcou na sua vida da sua cidade natal?

SIMONE - Sou neta de japonês, No Brasil ,Santos só me divertiam nao pensava muito em formacão...

LAM - O que contribuiu para sua definição profissional?

SIMONE - Nem tive tempo, parei para vir para cá e daqui não saio mais...




LAM - O que levou você a residir no Japão?

SIMONE - Minha irmã queria separação do marido e ele se julgava a dar e disse que falaria para o juiz que minha irmã se separou de casa, mas não de cama. Ai viemos para cá para ficar só um ano. Ela ficou e eu conheci meu marido com 3 meses e não voltei... só voltei depois de 2 anos e fiquei 2 meses no Brasil, voltei e casei.

LAM - Como você vê a situação de brasileiros no Japão?

SIMONE - Normal para os que não perderam o emprego.




LAM - Como você avalia a vida e a tradição japonesa?

SIMONE - Bem diferente do nosso pais,tanto economia como tradicão.

LAM - Que diferenças pontuais você nomeia distinguindo o Brasil do Japão?

SIMONE – Ladrão no governo aqui tambem tem, mas tentam distribuir o que você paga para o governo...




LAM - Como o Brasil é visto pelos japoneses?

SIMONE - De varias formas ,para cada cidade, tem uns que moram no interior que pensam que Brasil e só Amazonia. Outros já não, mas acho que todos pensam que brasileiro é um povo alegre que os brasileiros são como o Carnaval...

LAM - Qual a sua impressão sobre o Brasil de hoje e quais as suas perspectivas quanto ao futuro do Brasil?. Você tem esperança de que o Brasil possa dar certo, ou não tem mais jeito?

SIMONE - Sei lá, sou meia lerda com política,mas acredito que o Brasil tem jeito sim e uma grande potencia ,ainda aparecerá alguem que saberá lidar com isso...




LAM - Como a arte brasileira (música, teatro, literatura, etc) é recebida pelos japoneses? Quais artistas brasileiros brilham no Japão?

SIMONE - Japones ama Bossa nova e para os brasileiros que moram aqui já vieram fazer show alguns cantores populares...

LAM - Quais os projetos que você tem por perspectiva realizar na sua vida?

SIMONE - Minha vida tá tranquila, penso nos meus filhos ,criar eles aqui e bem melhor acho que aqui se tem mais expectativa para futuro...



Confira mais: MUSA TATARITARITATÁ
 



Veja mais sobre:
A Síndrome de Burnout & o professor, John Donne, Anita Malfatti, Paul Hindemith, Kama Sutra de Vātsyāyana, Judith Ermert, Walter Hugo Khouri, Alan Moore, Gerontodrama & O lado obscuro e tentador do sexo aqui.

E mais:
Movimento sindical no Brasil aqui.
A poesia digesta de Glauco Mattoso aqui.
Função das agências reguladoras aqui.
Direitos Humanos Fundamentais aqui.
A responsabilidade do agente político aqui.
Educação no estruturalismo marxista aqui.
Meio ambiente: significação jurídica contemporânea aqui.
Direitos fundamentais e a Constituição Federal aqui.
Literatura de cordel: A mulher, de Oliveira de Panelas aqui.
O trabalho aqui.
Ética e Moral aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.


CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.