A arte do
pintor e ilustrador britânico John
Everett Milais (1829-1896). Veja mais abaixo e aqui.
OPHELIA DE MILLAIS – Sobre Ofélia ou Ophelia eu sabia do único
amor de Fernando Pessoa, a da
personagem shakespereana de Hamlet –
aquela da tragédia romântica, que se desequilibrou, ou melhor, que por causa de
uma decepção amorosa suicidou-se -, a do poeticoperístico filme de Abiola
Adams, a dos Dei Lieder op. 67 de Strauss, a de Gabriel Fauré, a do
Osvaldo Lacerda, o poemeto lírico de Henrique Oswald e a composta por Willy
Corrêa de Oliveira. Agora que soube da John Everett Millais, a retratada
cantando antes de se afogar em um rio na Dinamarca shakespereana, Lizzie Siddal, que coincidentemente foi
envolvida numa trágica história de suicídio, ao ser descoberta enquanto
trabalhava numa chapelaria, para se tornar modelo de pintores como Dante
Gabriel Rossetti, William Holman Hunt, Walter Howell Deverell e do próprio
Millais. A bela esbelta, esguia e ruiva se encaixava nos padrões de beleza,
exceto por sua magreza. Deixou o emprego para ser modelo de artistas não era lá
uma profissão bem vista à época, mas ganhava mais que na chapelaria. Ela
envolveu-se com Rossetti que, após muitos altos e baixos, casou-se com ela. A
vida deles era bastante conturbada, a ponto dela mesma tentar a vida como
pintora. Nas idas e vindas, o casal com o tempo perdeu um filho e, ao
engravidar novamente, viciada em láudano, ela cometeu suicídio deixando uma
carta para o marido, transformando-se num ícone gótico. A sua carta foi
queimada para não atrapalhar o sepultamento juntamente com os seus poemas
escritos. Registros dão conta de que o marido enlouquecera e ousadamente o agente
aproveitou-se disso para desenterrá-la, constatando-se que ela estava cada vez
mais bela com cabelos crescidos e uma reluzente aura que formou o mito advindo
da publicação dos seus poemas. A história virou livro e tem um trecho da autora
logo abaixo. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais abaixo.
DITOS & DESDITOS - Em
nossas vidas bagunçadas, o mais próximo que podemos chegar à verdade é através
da consistência. Consistência é a base do método científico. Cientistas se
aproximam da verdade através da realização de experimentos controlados,
tentando observar resultados consistentes. Em nossa vida não científica,
fazemos a mesma coisa, mas não de maneira tão impressionante ou confiável. Os
trabalhadores mais incapazes são sistematicamente promovidos para o lugar onde
possam causar menos danos: a chefia. A maioria dos sucessos brota de um
obstáculo ou fracasso. Eu me tornei um desenhista porque eu falhei em minha
meta de me tornar um executivo de sucesso. Não há nada mais perigoso do que um
idiota inventivo. Nada mata tanto o humor como uma verdade geral sem graça.
Pensamento do cartunista estadunidense Scott
Adams. Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Vim
ao mundo para apimentar as histórias. Calcinha e sutiã me dão falta de ar. Frase da atriz Sônia Braga.
Veja mais aqui.
OPHELIA – [...] Na noite
de 10 de fevereiro de 1862, o casal saiu para jantar com o poeta Algernon
Charles Swinburne. Quando voltaram, Rossetti saiu para dar aula na Working Men's
College, um centro para a educação de adultos. Antes de sair, viu Lizzie deitar
e tomar sua dose costumeira de láudano. Ao retornar, deparou-se com o frasco
vazio e um bilhete. Sem conseguir acordar a esposa, gritou para a proprietária
do imóvel pedindo que chamasse um médico o mais rápido possível. Quatro médicos
tentaram reanimá-la, sem sucesso. Lizzie Rossetti morreu nas primeiras horas do
dia 11 de fevereiro de 1862. Ela estava grávida novamente. Aconselhado pelo
amigo Ford Madox Brown, Rossetti queimou a carta de suicídio da esposa. Ela não
poderia ter um enterro cristão se fosse considerada suicida. Sua história,
entretanto, não acaba com sua morte. Eventos posteriores ao sucídio a
transformaram em uma espécie de ícone gótico. Rossetti havia enterrado com a
esposa as únicas cópias dos poemas que ela escrevera. Sete anos depois, mudou
de ideia e decidiu recuperá-los. Secretamente, em uma noite de outono de 1869,
o caixão de Lizzie Siddal foi desenterrado do cemitério de Highgate, em
Londres. Rossetti, a essa altura considerado "louco" por alguns de
seus conhecidos, não estava presente. Toda a operação foi planejada por seu
agente, Charles Augustus Howell, conhecido por ser um extravagante contador de
histórias. Nesse caso, ele não deixou de fazer jus à fama. Contou ao amigo que
o corpo da esposa estava perfeitamente preservado. Ela não era um esqueleto,
ele disse, mas continuava tão linda quanto havia sido em vida. O cabelo havia
crescido e inundava o caixão com um brilho acobreado que reluzia como o fogo.
Da história fantasiosa surgiu o mito de que a beleza da modelo havia
permanecido intocada mesmo após a morte de Lizzie? o que leva algumas pessoas a
acreditarem, até hoje, que ela estaria viva. A artista morreu aos 32 anos, mas
seu legado permanece até hoje, inclusive através de seus poemas, imensamente
aclamados quando foram publicados ? a história sobre como eles voltaram a ver a
luz do dia, entretanto, foi mantida segredo por muito tempo. [...], Trecho
extraído da obra Lizzie Siddal, the
tragedy of a pre-raphaelite supermodelo (Andre Deutsch, 2008), da escritora
Lucinda Hawksley.
NOITE EM JANEIRO – Tarde,
depois de caminhar por horas na praia, / Uma tempestade chega, com vento, chuva
e relâmpagos / Na minha frente, na escrivaninha / Estão máquina de escrever e
papel, / E meu belo e denteado / Cristal, maior que um crânio, / E além, a
janela negra, / Emoldurando o úmido e aglomerado / Pontilhado da cidade / Na
noite, no vale / E se espalhando pelas montanhas ao longe / Sob a chuva, e
além, pequenos riachos relampejantes / Escorrem céu abaixo, / E todo o ar que
atravessa / Regado com a fecundidade / Do tempo e de promessas / Da Terra e de
sua rotina / Anual e diária / Nos anos e nos dias / Imóvel; e uma vez mais
minhas horas / Se movem, através do inverno / Escalando em direção ao sol. Poemas
do poeta, tradutor e ensaísta crítico estadunidense Kenneth Rexroth (1905-1982). Veja mais aqui.
APRENDER A APRENDER - O aprender a aprender é o processo pedagógico que fomenta o aprendizado sozinho, exigindo uma autonomia moral e intelectual que possibilite a decodificação das informações durante a transmissão dos conhecimentos Nesse sentido, é de fundamental importância que a educação transmita saberes que se encontrem dentro da pratica do saber-fazer e que se encontrem adaptados e se mostrem evolutivos dentro da cognição, não bastando a acumulação dos conhecimentos, mas o enriquecimento destes na adaptação da vida e das mudanças do mundo. Para tanto é importante que o conhecimento seja desenvolvido por meio dos pilares do aprender a aprender, solidificados no aprender a conhecer, a fazer, a viver juntos e a ser. Aprender traz uma conceituação que se aproxima de viver, tomar conhecimento, se informar, ter ciência e, com isso, conduzir-se melhor na vida. A seleção de dados que são jogados pela variedade dos canais de informação e dos avanços tecnológicos de armazenamentos e transmissão, é um dos papéis fundamentais do verdadeiro aprendizado. Aprender por meio da transmissão da informação e do conhecimento, deve possibilitar a auto-educação que, por sua vez, traga a descoberta e desperta da consciência individual e, por conseqüência, robusteça a sensação da responsabilidade de cada diante dos problemas e valores essenciais da vida. A promoção de elaboração de um método de descoberta, é um dos fundamentais aspectos e objetivos no desenvolvimento de um processo próprio que deve ser explorado pela ação pedagógica, no sentido de direcionar o educando ao disciplinamento metodológico da descoberta, por meio da construção intelectual e por conta própria, da elaboração de soluções. Essa deve ser a relação da ação didática com o processo educativo na formação da identidade, promovendo o aprender a aprender, para aprender a conhecer, a fazer, a ser e a viver juntos. O aprender a conhecer objetiva a compreensão do mundo e de seus diversos aspectos estimulando o sentido critico, supondo o aprender a aprender por meio do exercício da memória, da atenção e do pensamento, treinados desde a infância para beneficio ao logo da vida. O aprender a fazer deve promover a atuação do individuo sobre o meio envolvente e está articulado com a formação profissional, na aquisição de competências, no trabalho participativo e em grupo, na qualificação, no domínio das técnicas e na autonomia do desenvolvimento de suas atividades. O aprender a viver juntos configura a aprendizagem de viver com os outros, respeitando o outro, cooperando e participando das atividades humanas. Essa é uma das missões da educação em transmitir no processo de aprendizagem o conhecimento da diversidade humana e da pluralidade cultural, conscientizando as semelhanças e diferenças por meio do diálogo. O aprender a ser diz respeito à identidade e à personalidade, no agir com autonomia, capacidade, espiritualidade, inteligência e responsabilidade pessoal.
A
APRENDIZAGEM E O PROTAGONISMO - A aprendizagem merece atenção especial no
processo educacional, uma vez que se deve respeitar o potencial de cada
indivíduo, tendo em vista que o ser humano possui a capacidade de se adaptar e
se adequar ao meio, possibilitando a sua auto-realização. Nesse sentido é de
fundamental importância abordar-se acerca das idéias de Carl Rogers e de
Abraham Maslow no sentido de melhor articular a prática pedagógica às
necessidades de aprendizagem do educando. Nos estudos da teoria humanista de
Carl Rogers ele apresenta que a aprendizagem e o conhecimento teriam um papel
fundamental na maneira como a educação pode transformar e influenciar um
indivíduo. Nesse sentido, as idéias do autor enfatizam a realização do potencial
individual de crescimento. Essa avaliação comportamental inserida nos dezenove
princípios que envolviam desenvolvimento da noção da realidade, forças que
levam o individuo a agir e desenvolvimento da própria auto-imagem Para ele, o
homem é perfeitamente capaz de se adaptar visando crescimento e o
engrandecimento do seu ser. Esse crescimento pode entretanto ser travado ou
direcionado de forma inadequada a outro sentido se a idéia que o indivíduo tem
da realidade não é coerente com a realidade em si. Para o autor o ser humano é
inerentemente bom por natureza e a forma como o indivíduo percebe o que é
necessário para realizar-se é à base de seu comportamento. A pirâmide de Maslow
estabelece o processo hierárquico das necessidades para atingir a auto-realização.
Essas necessidades estão relacionadas com o aspecto piramidal empregado pelo
autor, colocando em primeiro lugar, as necessidades básicas do ser humano como
fisiológicas, tais como fome, sede, sono, sexo, excreção, abrigo. A necessidade
de segurança é entendida como a necessidade de se sentir seguro, seja no
recinto do lar, no emprego estável, no seguro de vida. As necessidades sociais
são aquelas atinentes ao amor, afeto, afeição e sentimento de pertencer a uma
classe ou grupo. As necessidades de estima se enquadram no reconhecimento das
capacidades pessoas e dos outros frente as capacidades de adequação e
adaptação. E as necessidades de auto-realização com relação aos seus anseios e
desejos.
CONCLUSÃO
- O aprender a aprender é o resultado de uma experiência que deve ser
manifestada e praticada em conjunto na escola e nos demais segmentos sociais,
no sentido da necessidade continua, dialética e dinâmica de aprender a
re-aprender. É papel da educação contribuir para o desenvolvimento individual
da capacidade e da iniciativa da busca por si mesmo de novos conhecimentos e,
por conseqüência, promover o aumento da autonomia do individuo. A partir do
fato de que o aprendizado ocorre numa circunstância ininterrupta, possibilita
que o individuo interfira nesse processo para aproveitar melhor e de forma
vantajosa de si mesmo.
O
papel da educação na promoção e valorização do ser humano se reflete nos
questionamentos que submete toda a população planetária aos problemas mais
agudos, como as questões da concentração de renda, da pobreza, da desigualdade
social, da discriminação de gênero, da violência e de tantos outros, diante da
necessidade de se implantar uma sociedade de paz, solidária, isonômica, plural
e emancipada.
A
violência, a pobreza, a desigualdade social, a injustiça, a discriminação de
gênero, a destruição, a degradação, entre outros graves problemas que acometem
a sociedade humana, são vistos como fatos que não são isolados em si, mas que
se articulam e se misturam dentro da cadeia de problemas da humanidade. Em
razão disso, se faz necessário que a escola atue no debate desses problemas,
buscando por meio de uma abordagem histórica e contextualizada da origem,
causas, conseqüências e propostas de solução, no sentido de instaurar um
diálogo que se encontre articulado com as necessidades do educando e a sua
realidade local. Nesse sentido, a educação precisa atuar conteúdistica e
transversalmente por meio de questões como ética, multiculturalidade, meio
ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho, consumo e paz, no sentido de
trazer à tona o debate entre os educandos, no sentido de possibilitar uma
reflexão dialógica que leve ao processo de conscientização. É preciso articular
a questão ambiental com as demais áreas transversais, uma vez que a educação
ambiental torna-se uma pratica política e social na qual há a possibilidade de
interferência dos indivíduos para a transformação participativa do seu meio. Essas
articulações pedagógicas promovem a consciência solidária para enfrentamentos
dos problemas conexos que permeiam a existência humana, possibilitam o
conhecimento que valoriza a compreensão básica da presença e função da
humanidade, produzindo atitudes que impulsionem a participação ativa do
indivíduo na sociedade, promovem aptidões para resolução de problemas
individuais e coletivos na capacidade de avaliação em função de fatores
políticos, ecológicos, sociais, econômicos, educacionais e estéticos. Enfim,
levam a participação do individuo no seu meio no sentido de transformá-lo
dentro de uma cultura de paz, solidariedade, respeito e sustentabilidade.
CONCLUSÃO
- Tendo em vista que o individuo é produtor e co-produtor mutua e
democraticamente que se formam na condução da vida para se formarem, atuarem,
desenvolverem-se e alcançarem seus objetivos e metas, tornando-se planejadores
e executores da formação identitária que se forma por meio da promoção do
protagonismo da auto-realização. A educação tem um papel relevante na promoção
e valorização do ser humano por meio de ações que proporcionem conscientização
individual, social, emancipatória, ambiental e sustentável, centrada nas necessidades
individuais para descoberta dos anseios e desejos coletivos. Por essa razão a
educação deve promover a sensibilização do educando no sentido de que seja
despertada, ensinada e ativada a necessidade de participação com
responsabilidade social, desvelando o sentido da realidade. Interpretando o
meio e a forma de vida e problematizando as diversas e diferentes forças
sociais que atuam, interferem e se tornam complexas na vida do individuo. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
DELORS, J. Educação:
um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia
da autonomia – saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra,
1996.
MORETO, P. Construtivismo. Rio de Janeiro. DP&A,
2000.
SANT’ANNA,
I.; MENEGOLLO, M. Didática: aprender a ensinar. São Paulo: Loyola, 1989. Veja mais aqui e
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