O QUE ROLOU? UMA: PINTANDO NA PRAÇA – No último sábado eu saí das minhas atividades
livroterápicas & de solidariedade aos chilenos que foram para a rua
protestar contra o governo chileno, marcando presença no palco do “Pintando na
Praça”. Pintamos na maior! Zé Linaldamigo abriu a festa, como sempre, com o seu
carisma & talento de sempre! Arretado, sou fã desse cara! Depois, subi ao
palco e lavei a alma cantando a minha Nênia de Abril & outros dedilhamentos trastejados & desafinados, ô, meu,
não tomo jeito, mesmo. Pelo menos, para mim, foi um êxtase ver e rever tanta
gente, daqui e de fora, coroando de êxito a iniciativa do poetamigo Paulo
Profeta. Bão demais descer do palco, presenciar o poetamigo Adriano Sales,
quanticamente inspirado, mandar ver na poesia violada; o poetamigo e artesão Zé
Ripe encantar a plateia com suas canções de terra e amor; e sair conferindo
cada pincelada dos artistas que estavam lá expressando suas ideias pictóricas.
Como sempre, o destaque vai para o pintor Isaac Vieira; o imaginauta Ghugha
Távora - que fez um cenário improvisadamente lindo e aprontou das suas boas
tiradas e traquinadas; a poetamiga Rute Costa com sua leiturada na praça; o
poetamigo e pintor paisagista, José Durán y Durán; a conversada com a educadora
Sil Neves, poeta Vilmar Carvalho, bibliotecáriamigo João Paulo, a bicicletada
engajada de Calheiros e tanta & muita gente nas tendas, passantes e
curiosos. E para fechar com chave de ouro o evento, conheci pessoalmente a
fotógrafa Natalí Paiva. A festa foi linda, apoteótica. O IbaValeUna & o
Funcultura de parabéns! Veja mais aqui. DUAS?
SIM, FEARP! BÃO DEMAIS! – Aí, de noite, o paradisíaco momento do Festival
de Artes do Engenho Paul, começando pelo aplaudidíssimo monólogo Mulher da
Sombrinha, com a atriz Paula Mendes. Depois, recitais de Adriano Sales, Ricardo
Cordel e de integrantes do Grucalp. Em seguida, a minha vez de cantar, recitar
e contar histórias. Fechando a noite, a banda Os Seres da Mata arrasaram e
botaram os presentes para dançar. Outros destaques, a exposição Barrofino, do
artista Flávio Rufino e outros integrantes do IbaValeUna, a exposição de
artesanatos e o reencontro com o cantor e compositor Ozi dos Palmares. Veja
mais aqui. AH, TEM QUE TER A TERCEIRA,
ORA SE, LÁ VAI: Ah, essa é boa! Seguinte: o artistamigo dos bons, Rivail
Tavares, me fez uma encomenda assim: Ô, Nito, rapaz, quando tu tiver sem fazer
nada, cara, faz uma música pra mim, ô? Hehehehehe! Tem amigo safado quem pode.
Topo. Estou fazendo umas trilhas melódicas prum ótimo projeto do amigimaginauta
Ghugha Távora, Una-se (Veja aqui, aqui e aqui), e vou fazer uma música que
penso intitulá-la de Agrestina (veja
aqui, aqui & aqui), e dedicá-la ao Riva & o povinho bom de lá. Mas o
quero mesmo é integrar o arretado grupo Imaginauta! Será que o eletricartista
Ghugha aceitará entre os dos seu grupo um véio alquebrado que, acima de tudo, é
baixim, buchudim, tronchim & bunitim que nem que eu na tchurma? Acho que
não, melhor eu ocupar minha insignificância de metido a besta e cheio de nó
pelas costas. Vamos aprumar a conversa, gente! © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS: [...] Levo muito a sério esse negócio de
santidade! Veja só e acompanhe a minha linha de raciocínio... sim, porque eu a
exercito todos os dias, impreterivelmente. Agora mesmo tive um lampejo enquanto
teclava e queria escrever a palavra do nosso vernáculo do verbo exercitar em
primeira pessoa do singular: exercito ! E o corretor talvez muito acostumado a
esses tempos vividos por nós ,teimava em sapecar: exército! Eu exercito, ele
exército! E foi com muito custo que agora estou me
exercitando no meu mote de hoje, que é falar de Santos! Talvez por ter sido
criada com uma avó austera e católica extremada e ter dividido com ela o quarto
até os sete anos... quarto esse que era decorado com duas camas e uma cômoda
imensa de Sucupira, já centenária na época da minha meninice , abarrotada de
Santos... Era o coração de Jesus ao Centro, do outro o de Nossa Senhora na
parede e sobre o supracitado móvel os Santos! Razão do meu deleite infantil e
uma soberba devoção pra ela! E tome reza pra tudo! Alguém enchia o saco dela?
Ela sapecava um: "minha filha , minha vingança é rezar," já contei
esse causo por aqui... E triste daquele embuste abusante dela... se atolava,
todinho! Assim foi! E muito triste quando ela começou a conhecer os
pretendentes que eu arranjava, todos sem exceção pobres com um violão na mão...
Oh, muié pra gostar de vagabundo de viola era Eu... Vovó se vingava da minha
afronta na reza! E não é que meus namoros acabavam? Até noivado... acabou! Até
hoje tô aqui solteira sem namorado e sem serenata aos ouvidos... acho que vovó
em algum lugar continua achando que nada do que me chega é suficientemente bom
pra neta dela! Agora, meus namoros não chegam a durar quatro luas... ou menos ,
pra eu finalmente concordar com ela. Mas vejam só minhas três leitoras, enchi
tanta linguiça no meu texto, misturei banana com desodorante, exército com
exercício, Santos com namoro e terminei sem falar do que eu queria mesmo....
que era saber se alguém sabe o protetor dos doidos? Pois São Roque protege os
cachorros, Santa Luzia os nossos olhos, Santa Apolónia os dentes e os dentistas
e os doidos? É quem? Beijos estalados nas bochechas de todos vocês! Bom Domingo. Texto Banana com
desodorante, da escritora Izabel
Marques que, segundo ela mesma, Foi
desinformada no Curso de Letras apagadas na Universidade Caótica! É
arteterapeuta por formação. Terapeuta Holística Contadora de histórias e
estórias. Cantriz aposentada Vagabunda de Deus. Artista arte recicladora, na
confecção de bonecos e estatuetas em Machê e Mulungu.
SANTA DYMPHNE – [...]
os doentes chegavam aqui e eram
conduzidos a um pequeno barracão construído ao lado da igreja conhecido por
quarto dos doentes ou “Líber Innocentium”, onde permaneciam por nove dias, sob
‘tratamento’. Terminada a novena, independente do doente estar ‘curado’ ou não,
ele voltava para sua família ou permanecia alojado, albergado ou internado
junto às famílias e aos próprios moradores da vila [...]. Em muitos casos, os pacientes passaram a
viver aqui definitivamente, criando assim, de maneira espontânea, uma
alternativa para os então tenebrosos tratamento que eram aplicados aos
enfermos-da-mente. Em 1861, 700 doentes vivam ‘integrados’ à comunidade de uns
10 mil habitantes. [...]. Trechos extraídos da obra Dymphne, a santa protetora
dos loucos (Clepto, 2000), de Ezio Flavio Bazzo, tratando sobre a Santa Dimpna, Santa Dinfna ou Santa
Dymphna do século XIII, sobrevivente da tradição oral muito antiga e em persistentes
histórias de curas milagrosas e inexplicáveis de pessoas acometidas por doenças
mentais, cujo dia é comemorado pelas Igreja Católica e Igreja Ortodoxa em 15 de
maio. Após a morte de sua mãe assassinada por seu próprio pai, ele queria
casar-se com ela que fugiu com o sacerdote Gereberno e desembarcou em Antuérpia,
atualmente Bélgica. Ficou refugiada na aldeia de Geel. Os mensageiros de seu
pai, no entanto, descobriram o seu paradeiro, e ele dirigiu-se para lá e
renovou sua oferta, ordenando seus servos para matar o padre, enquanto ele
degolava a cabeça de sua filha. Os cadáveres foram colocados em um sarcófago e
sepultado em uma caverna onde foram encontrados mais tarde.
A MÚSICA DE TITANE
Tradição e modernidade parecem coisas opostas. Mas, pelo menos dentro de
mim, não são. Isto me parece mais uma falsa questão ou, no mínimo, uma
contradição superada. Vivo, sinceramente, envolvida por uma simultaneidade de
tempos, de culturas, de significados que chega a me sufocar. Chego a duvidar da
existência de uma força gravitacional em meio a tantos fragmentos se
movimentando em tantas direções. Minha carreira ganha com isto um público que,
mesmo querendo se entreter, se divertir, quando me ouve, aciona o seu lado que
é inquieto e curioso como eu.
TITANE – Trecho de entrevista concedida ao jornalista Eduardo
Tristão Girão (Pensar, Estado de Minas, 27/jun/2009), pela cantora Titane que possui uma discografia
extensa: Titane e o Campo das Vertentes (2012), Sá rainha (2000), Verão de 2001
(1999), Titane (1999), Prato feito (1997), Inseto raro ao vivo (1996), Titane
(1986) e Arraial (1985). Ela começou sua carreira no grupo Mambembe, em 1979. Em
1981 ela participou do disco Travessia, da Fundação Clóvis Salgado. A partir de
então, começou a trabalhar seus álbuns e a realizar shows, além de lançar o
livro, em 2015, Titane e o campo das vertentes. Veja mais aqui.
A ARTE DE JANE BOTALIA NUNES
A arte da artista visual pop Jane Botalia Nunes. Veja mais aqui.
A OBRA DE DARCY RIBEIRO
Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou
me resignar nunca.