A arte da artista sul-africana Marlene Dumas.
Veja mais aqui.
LIVROS PRAS CRIANÇAS
LITERÓTICA: CHEGADA - Ela
vem nua e linda com os olhos que roubam a minha vida. Nua e linda ela vem e
veio como quem havia de alcançar a última esperança perdida. E eu a tomei tão
contida como quem chega de um fiapo de luz e se faz de bem acolhido com a
querência de terra revolta no ventre pegando fogo, lábios tremendo de rogo, o
sexo de fora e o olhar de desmaio, os desejos todos num balaio com relevos da
carne de peitinhos empinados e nenhuma rédea no juízo. E nua e linda chegou com
gosto de saudade. De lembrança de coisas guardadas e sentidas. Chegou pronta
para ser servida, nua e linda, querente, requerente, quente de pegar fogo, boca
aberta, língua de fora, ah, felação, engolia a minha vida e o que restava de
mim, ávido guerreiro, espada luminosa e pulsante nas estrelas do céu da sua
boca, garganta gulosa, lambidas e sugadas, ah, era ela, tudo dela, louca lambuzada,
fruta boa para ela pronta para a montaria, amazona nua, trotando aos raios dos
cabelos soltos, fera abatida, irrequieta, vingativa, aos pulos e trepadas, ah,
tudo dela, inteiro dentro, gozo afora. Até arriar mansa, vencida. Chegou e
ficou resolvida a morar pro resto da vida dentro de mim. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS – As pessoas não
param de confundir com noticias o que lêem nos jornais. Pensamento do
jornalista estadunidense Abbott Joseph
Liebling (1904-1963).
ALGUÉM FALOU: Nunca terminamos
uma obra, simplesmente somos obrigados a abandoná-la. Pensamento do escritor e roteirista de
cinema Rubem Fonseca. Veja mais aqui.
CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL – [...] Esta herança
secular chamada civilização ocidental foi-nos confiada para a transmissão às
futuras gerações, preservada, protegida, se for possivel, enriquecida e
melhorada; empobrecida se assim tivber de ser; em qualquer dos casos, tão pura
quanto nos é possivel conservá-la. A fé no trabalho, a crença na possibilidade
de salvação e a coragem para a conseguirmos, ninguém nos poderá privar de tudo
isso. Pouco importa quem irá colher os frutos dos nossos suores. [...] A obra continua [...]. Trechos extraídos
da obra Nas sombras do amanhã:
diagnóstico da enfermidade espiritual do nosso tempo
(Armênio Amado, 1944), do professor e historiador neerlandês Johan Huizinga
(1872-1945). Veja mais aqui e aqui.
CRIATIVIDADE & PROCESSO DE
CRIAÇÃO - [...] a criação é um perene desdobramento e uma
perene reestruturação. É uma intensificação da vida. Não haveria como
compreender de outro modo o curso de crescimento nos grandes artistas. Sua capacidade
de se tornar mais amplos e de uma simplicidade no sentido de uma redução ou
eliminação. Trata-se de um adensamento, onde nada fica perdido e tudo é
reelaborado com mais coerencia e maior multiplicidade. [...] Trecho extraído da obra Criatividade e
processos de criação (Vozes, 2002), da pintora, gravadora, desenhista,
ilustradora, professor e teórica de arte brasileira nascida na Polônia, Fayga
Ostrower (1920-2001), trazendo um referencial da arte com temática
interdisciplinar e encarando a criatividade como um potencial próprio de todos
os humanos, notadamente quanto aos processos criativos que em geral importam,
tais como percepção, formas, intuição e imaginação, assim como o crescimento e
a maturidade das pessoas. Veja mais aqui e aqui.
O BILHETE DE AMOR - Logo que colocou
os objetos embaixo da carteira Pitu encontrou o bilhete. Leu, ficou vermelho,
colocou no bolso, não mostrou pra ninguém. De vez em quando, mordia-lhe uma
curiosidade grande, uma vontade de reler pra ter certeza. Era uma revelação que
ele não estava esperando. Não podia dizer que estivesse achando ruim, pelo
contrário... ele estava com vontade de olhar pra trás, para procurar uma
resposta com o olhar. Era um tímido e não encorajava. A professora explicava
num mapa as regiões do Brasil e ele viajava num rumo diferente. Ainda bem que
ela não estava olhando para ele, nem fazendo perguntas, só estava expondo a
matéria. Na hora da verificação, acabaria saindo-se mal. Não gostava de ignorar
as coisas perguntadas. Estava meio perdido nos pensamentos confusos. O bilhete
queimando no bolso. Interessante, não era um bilhete bem escrito, tinha até
erro de Português – porque a curiosidade? Só ele sabia dele, não foi como no
dia do correio-elegante, pai, mãe e seu Francisco do armazém querendo saber,
dando palpites, agora, tinha um bilhete que trazia uma declaração de amor e uma
assinatura. Trazia mais: um convite para um bate-papo na praça, às duas horas,
se ele quisesse namorar de verdade. Marina era bonitinha, ele queria.
Faltava-lhe jeito de dizer, tinha que escrever um bilhete respondendo, era mais
fácil. No intervalo, escreveu o bilhete, fechado no banheiro. Quando ela
chegou, a resposta esperava na carteira. Quase no fim da aula, ele criou força
e olhou para trás. Marina sorria, confirmando. Ele sorria também. Os dois
estavam vivendo uma ternura primeira e não sabiam escondê-la mais. Tanto assim
que a professora pediu que ele virasse para frente, observasse o que ela estava
pedindo pra pesquisa do fim de semana. Naquele fim de semana, ele iria
pesquisar alguma coisa nova que não tinha experimentado, como alguns outros da
sua idade e turma. Conto extraído
da obra As curtições de Pitu (Melhoramentos, 1976), do escritor Elias José (1936-2008).
SKETCHBOOKS
- A obra Sketcbooks:
as páginas desconhecidas do processo criativo (Ipsis. 2010), de Cesar
Almeida & Roger Barreto, reúne o trabalho desenvolvido por Alarcão, Alex
Hornest, Amanda Grazini, Angeli, Artur D’Araujo, Bruno Kurru, Carla Caffé,
Claudio Gil, Eduardo Berliner, Eduardo Recife, Elisa Sassi, Fernanda Guedes,
Guto Lacaz, Hiro Kawahara, Kako
D'Angelo, Kiko Farkas, Leo Gibran, Lollo, Lourenço Mutarelli, Montalvo Machado,
Mulheres Barbadas (Henrique Lima e Julio Zukerman), Orlando, Rafael Grampá,
Roger Cruz, Titi Freak e Yomar Augusto.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS – A obra Dominio público:
literatura em quadrinhos (Organizadores, 2006), organizada por Christiano
Mascaro, João Lin e Mário Hélio, reúne em quadrinhos as histórias de Bram
Stoker, Richard Middleton, Isaac Babel, Guy de Maupassant, Esopo e Henrich von
Kleist, por quadrinistas como Gabriel Goes, Samuel Casal, Mascaro, João Lin,
Fernando Lopes e Guazzelli. Veja mais aqui. Veja mais aqui e aqui.
A IDENTIDADE COMO INTERPRETAÇÃO
Mesmo quando pinto um ser vivo, crio sempre
apenas uma imagem, uma coisa, não um ser humano.
A arte da artista sul-africana Marlene Dumas.
Veja mais aqui.
Veja detalhes aqui.
CANTARAU TATARITARITATÁ
Veja
mais clipes/vídeos aqui.