UMA COISA DENTRO
DA OUTRA – Imagem: Blue and wihte sunday morning, da artista estadunidense Dorothy Iannone. - Olá, gentamiga, um
dia radiante de harmonia paratodos, salve, salve. As coisas parecem andar meio embaralhadas,
de pernas pro ar, ou melhor, desgovernadas mesmo. É que entre uma coisa e
outra, o que aparece é meio insólito, senão, paradoxal. Deveras, é só olhar
direitinho que está duvidoso saber se o que é certo virou errado, ou se o
direito e o justo são apenas acomodações negociadas. Tem muita bravata no ar. É
que enquanto teimam em fazer da oportunidade do presente um passado não muito
distante de infeliz condução, produzem um futuro no capricho dos interesses
escusos. O noticiário quase não deixa qualquer entendimento que não seja a da
discórdia, entender são outros quinhentos. O falso moralismo de plantão
reinante imprmindo o retrocesso, e apenas para satisfação dos que pensam que
sua condição egoísta, retrógrada e vaidosa é imperiosa e urgente, mostra, nada
mais, nada menos, a mais cristalina das constatações de sectarismo raivoso de
trogloditas da barbárie e cultores das trevas para a implementação do
neofundamentalismo canceroso que alastra tenazmente entre nós. Esse despropósito
confunde vida com conforto, arte com baboseira, artista com diletante,
sinceridade com artifício, crença com intolerância. No entanto, apesar da
insegurança impressa por estabanados arrumadinhos que se processas em todas as
esferas da gestão governamental do nosso país, apesar da dubiedade de expressão
entre cordados e conformados, e da escuridão no fim do túnel, a nós que nos foi
concedido o poder de sermos seres pensantes, nos resta seguir, firme e
serenamente, decodificando os acontecimentos e desfechos do momento atual. É preciso,
antes de qualquer coisa, sabermos que não é apenas o umbigo o legítimo
beneficiário das benesses existentes no mundo, muito menos o único detentor do
poder de razão acima de quem quer que seja. O outro e os demais, senão todos,
merecem também partilhar do direito de viver por serem legítimos ocupantes do
planeta Terra. Vale dizer que nunca ouvi dizer que um cavalo, ou um cachorro,
jacaré ou leão, ou o mais peçonhento dos seres ditos irracionais desse mundo,
matasse ou vitimasse o outro da mesma espécie, só pra se apossar ou acumular
aquilo que fosse o seu desejo sobre os demais. Isso nos leva a refletir acerca da
evolução humana ao longo dos séculos e milênios, a avaliar o inventário da
humanidade. A nós, de fato, nos resta entender que a humildade, gentileza e
discernimento são atributos que nos distinguem como seres humanos, portanto, isso
é o que nos faz distinguir no plano cósmico, qual a nossa missão e propósito na
vida. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com o rei do baião Luiz Gonzaga (1912-1989) ao vivo & o show Gonzagão & Gonzaguinha: a vida do viajante ao vivo. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – A força do livro reside em sua capacidade
totalmente específica de ligar a biografia à história, o privado ao público, o
individual ao social, os momentos vivenciados ao sentido da vida. Pensamento
do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925- 2017). Veja mais aqui e aqui.
O SER HUMANO - [...]
a cultura humana, enquanto produto
natural de diferenciação, é uma máquina; primeiro que tudo, uma máquina técnica
que utiliza condições naturais para transformar a energia física e química, mas
também uma máquina psíquica que utiliza condições naturais para transformar
libido. Da mesma forma que o homem conseguiu inventar uma turbina e, conduzindo
o curso d’água para ela, transformar a energia cinética nela contida em
eletricidade, capaz de múltiplas aplicações, assim também conseguiu, com a
ajuda de um mecanismo psíquico, converter os instintos naturais – que, de outra
maneira seguiriam sua tendência natural – outras dinâmicas que tornam possível
a produção de trabalho. [...]. Trechos extraídos da obra Energia psíquica (Vozes, 2002), do
psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung (1875-1961). Veja
mais aqui e aqui.
ESCADA - O município de Escada teve seu
povoamento povoamento iniciado a partir de uma aldeia de índios das tribos Potiguaras,
Tabujarés e Mariquitos, fundado em época indeterminada, porém existentes em 1685,
com a denominação de Aldeia de Nossa Senhora da Escada de Ipojuca. O nome "Escada"
provém da capela erguida por missionários da Congregação do Oratório para
catequese dos índios, que ficou conhecida como Nossa Senhora da Escada. O
distrito foi criado pela Carta Régia de 27 de abril de 1786 e por Lei Municipal
em 6 de março de 1893. A Lei Provincial nº 326, de 19 de abril de 1854, criou o
município de Escada, com território desmembrado do município do Cabo de Santo
Agostinho. A sede municipal foi elevada à cidade pela Lei Provincial nº 1.093,
de 24 de maio de 1873. É formado pela Sede Administativa, distritos de
Massuassu e Frexeiras. A rede hidrográfica da cidade tem o rio Sapucaji e em
grande extensão na cidade o rio Ipojuca. Em Escada, o rio Ipojuca passa pela
sua periferia, cruzando áreas próximas ao centro da cidade, onde se encontra a
Ponte do Atalaia que faz e proporciona a ligação de bairros da cidade ao
centro. Além da rica história e da beleza arquitetônica dos velhos engenhos,
Escada tem atrativos naturais como Quedas d`água, nascentes de riachos, bicas,
corredeiras e alguns resquícios da Mata Atlântica brasileira, isso sem contar
com o artessanto local, a culinária típica e o movimentado calendário de festas
populares da cidade que inclui as festas juninas. Veja mais aqui
NOSTALGIAS - Há tempos escrevi este decassílabo nostálgico: “Acabaram-se os bondes
amarelos!” Tão nostálgico que até hoje ficou sozinho esperando o resto dos
companheiros. Também, não faz muito, escrevi este outro decassílabo:
“Acabaram-se as tias solteironas...” Talvez esses dois solitários se venham um
dia a reunir num mesmo poema. Têm ambos o mesmo ritmo. Causam ambos o mesmo nó
na garganta que me impede de os continuar. Talvez o poema já esteja pronto... e
ninguém notou. Nem eu! Porque ele próprio se completou, cada verso chorando no
ombro do outro... e sem mesmo notar que eram decassílabos. Texto extraído
da obra Porta giratória (Globo,
1988), do poeta, tradutor e jornalista Mário
Quintana (1906-1994). Veja mais aqui, aqui e aqui.
FÁBULA DE UM ARQUITETO - A arquitetura como construir portas, / de
abrir; ou como construir o aberto;/ construir, não como ilhar e prender,/ nem
construir como fechar secretos;/ construir portas abertas, em portas; / casas
exclusivamente portas e tecto./ O arquiteto: o que abre para o homem/ (tudo se
sanearia desde casas abertas) / portas por-onde, jamais portas-contra;/ por
onde, livres: ar luz razão certa. / Até que, tantos livres o amedrontando, / renegou
dar a viver no claro e aberto./ Onde vãos de abrir, ele foi amurando/ opacos de
fechar; onde vidro, concreto;/ até fechar o homem: na capela útero,/ com confortos
de matriz, outra vez feto. Poemas extraídos da obra Poesias completas
(José Olympio, 1986), do poeta e diplomata João Cabral de Melo Neto
(1920-1999). Veja mais aqui, aqui e aqui.
TODO DIA É DIA DE LIVROS PRAS
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A ARTE DOROTHY IANNONE
A arte da
artista estadunidense Dorothy Iannone.