CRIATIVIDADE
& INOVAÇÃO NA PRÁTICA EDUCATIVA – Imagem: Luta dos índios Kalapalo (1951), do
escultor Victor Brecheret (1894-1955)
- Ao longo dos últimso trinta anos, tive algumas experiências que reputo como exitosas,
senão satisfatórias, na utilização dos mais diversos recursos artísticos e
lúdicos na educação, embasado nas ideias Paulo Freire, Huizinga, Olga Reverbel,
Vygotsky, entre muitos outros. A partir da publicação do meu segundo livro
infantil Falange, Falanginha, Falangeta, pelas Edições Nascente, em 1995
– mais seis títulos publiquei subsequentemente para esta faixa de leitores -, comecei
a realizar uma série de recreações que redundaram em palestras, oficinas e
outras atividades pedagógicas e recreativas, destinadas a professores e alunos
da Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio, Educação de Jovens e Adultos
(EJA), entre outros, principalmente a partir das edições do Prêmio Nascente de Arte Infanto-Juvenil,
que organizei entre os anos de 1996/1999, culminado com a edição de duas
antologias Brincarte, publicadas
pelas Edições Nascente, com os melhores trabalhos desenvolvidos pela
estudantada inscrita. A partir de então, articulando as bandeiras da Ética,
Cidadania, Respeito às Difernças, Pluralidade Cultural e Meio Ambiente, tive a
oportnidade de desenvolver e apresentar trabalhos acadêmicos para estudantes e
professores, desde a Educação Básica até a Educação Superior, e que foram
publicados em diversos veículos impressos e da internet. Entre esses trabalhos,
lembro-me bem das apresentações das palestras, oficinas e recreações que
desenvolvi durante o mês de agosto de 2008, na Escola Estadual Josefa Conceição
da Costa, em Maceió, culminando com a publicação de livros e tornando-se objeto
de estudo da disciplina Psicologia Social, ministrada pelo Professor Ms Cláudio
Jorge Gomes, no Cesmac, em Maceió. Também a exitosa experiência no Colégio Imaculada
Conceição, em Maceió, quando desenvolvi Oficinas de Literatura de Cordel, com
os estudantes e utilizando conteúdos das mais diversas disciplinas dos Ensinos
Fundamental e Médio, em 2010. Em 2012 passei a desenvolver atividades teatrais
com o objetivo de investigar a sua contribuição para o desenvolvimento da
formação em crianças e adolescentes da rede pública de ensino de Maceió, resultando
no projeto A contribuição do teatro no
desenvolvimento da linguagem da criança: uma obordagem sobre a perspectiva sócio-cultural
de Vygotsky, orientado pela Professora MS Fátima Pereira, aprovado no IV
Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão e apresentado na
Uninove, em 2014, na cidade São Paulo. Também os trabalhos
desenvolvidos com estudantes das Escolas Estaduais Moreira
e Silva & Pricesa Izabel, no Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (CEPA),
durante o ano de 2014, nas atividades do Grupo de Pesquisa de Neurofilosifa e
Neurociência Cognitiva, do Cesmac, Maceió, resultando numa série de palestra
que apresentei em diversas faculdades. Não menos importate
os resultados do Projeto de Extensão Imagem,
Infância e Literatura que desenvolvi em 2015, juntamente com alunos do
curso de Psicologia & Jornalismo do Cesmac, sob a coordenação do Professo
Claudio Joge Gomes, na comunidade do Jacaré – Recanto da Ilha, na cidade de
Marechal Deodoro – AL, como também o projeto de campo na disciplina Psicologia
Ambiental, sob a orientação da Professora Drª Daniela Botti, com a comunidade
do Riacho Salgadinho, em Maceió. Outra experiência a partir do contato com o
professor e poeta Janduhi Dantas, da Paraíba, me levando, inclusive, a escrever
minhas impressões a respeito no posfácio do livro A gramática no cordel (Sal da Terra, 2005), obra essa que me chamou
muito atenção: uma experiência inovadora, inusitada e para lá de original, em
que o professor fazia uso da poesia de cordel para passar os conteúdos da
disciplina. Da mesma forma ocorreu quando da realização da entrevista com o
Professor e escritor, Arantes Gomes do Nascimento, ao me apresentar a sua
experiência com o projeto Dominando a
acentuação gráfica, com a criação de um jogo de dominó como instrumento
pedagógico que envolveu alunos da Escola Estadual Pedro Afonso de Medeiros, em
Palmares – PE, avaliando o rendimento da aprendizagem dos estudantes do Ensino
Fundamental. Tive, inclusive, de experimentar o jogo com o próprio professor e,
realmente, constatei ser um excelente recurso para maximização da vontade de
aprender por parte do aluno. Estas e muitas outras experiências renovam a
esperança de se tornar possível uma futura educação efetiva e de qualidade no
Brasil. Posso sonhar porque entendo a possibilidade de tornar realidade os meus
sonhos e anseios. Vamos juntos & sempre. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a pianista Guiomar
Novaes (1894-1979): Grande
Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, Les Préludes Debussy Live
& Philharmonic Hall NYC; e o violonista e compositor Sebastião Tapajós:
Villa-Lobos & El arte de La guitarra. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA - [...]
A educação autêntica não se faz de A para
B ou de A sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo. Mundo que
impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de vista
sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de esperanças ou
desesperanças que implicitam temas significativos, à base dos quais se
constituirá o conteúdo programático da educação [...]. Trechos extraídos da
obra Pedagogia do oprimido (Paz e
Terra, 1978), do educador, pedagogista e filósofo Paulo Freire
(1921-1997). Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.
CRISE DA EDUCAÇÃO - [...]
O professor e o aluno são o centro do
universo do ensino. Em um sentido bastante real, tudo o mais gira em torno
deles, visando ajudá-los a se aperfeiçoarem como indivíduos e faclitar seu
relacionamento construtivo. [...] Os
bons professores devem desempenhar um papel muito importante fora da sala de
aula, tornando-se uma significativa força de desenvolvimento social e
participando dos esforços para o aperfeiçoamento das comunidades emque
trabalham. O professor e a sala de aula precisam tornar-se parte integrante do
processo de transformação da sociedade. Esta missão não pode ser ignorada
[...] Os próprios estudantes precisam
tomar parte mais ativa no processo de ensino. Eles não só podem fazer muito
para manter ativa a escola, como tambpem sua atitude com relação a seu
aperfeiçoamento pessoal será um fator decisivo para sua própria formação [...]
preparados para manehar uma grande
variedade de instrumentos de auto-aprendizagem, prontos e até mesmo ansiosos
para trabalharem por conta própria e preparados para usarem a escola de
formação em benefício de seu próprio desenvolvimento. [...]. Trechos da
obra A crise mundial da educação
(Perspectiva, 1976), do professor e educador estadunidense Philip Hall Coombs (1915-2006).
QUESTÕES DE ALICE - [...] “Eu não sei o que você quer dizer com ´glória`, diz Alice. Humphty
Dumpty sorriu com desdém. “É claro que não, até que eu lhe diga. Significa: há
um belo argumento decisivo para você”. “Mas ´gkória` não significa ´um belo
argumento decisivo`”, objetou Alice. “Quando eu uso uma palavra”, disse Humphty
Dumpty, num tom de deboche, “ela significa apenas aquilo que eu quero que ela
signifique, nem mais, nem menos”. “A questão é”, disse Alice, “se você pode
fazer com que as palavras signifiquem tantas coisas diferentes”. “A questão é”,
disse Humphty Dumpty, “quem é o senhor – isso é tudo”. Trecho extraído da
obra Alice no País das
Maravilhas (Ática, 1989), do
escritor, desenhista, fotografo e matemático Lewis
Carroll (1832-1898). Veja mais aqui.
A MULATINHA - Estava
de noite / na porta da rua, / provetando a fresca / da noite de lua, / quando
vi passar / certa mulatinha, / camisa gomada, / cabelço entrançadinho. / Peguei
o capote, / saí atrás dela, / no virar do beco / encontrei com ela. / Ela foi
dizendo: / “Senhor, o que quer?” / Eu já não posso / estar mais em pé. /
Olhei-lhe pras orelhas, / vi-lhe uns brincos finos, / na réstea da lua /
estavam reluzindo. / Olhei pro pescoço, / vi um belo colar; / estava a mulatinha
/ boa de se amar. / Olhei-lhes pros olhos, / vi bem foi ramela; / de cada um
torno / bem dava uma vela. / Olhei-lhe pra cara, / não lhe vi nariz; / n meo do
rosto / tinha um chafariz. / Olhei-lhe pra boca / não vi-lhe um só dente; /
parecia o diabo / em figura de gente. / Olhei-lhe pros peitos, / eram de
marmota; / pareciam bem / peitos de uma porca. / Olhei-lhes pras pernas, / eram
de vaqueta; / comdas de lepra, / e cheias de greta. / Olhei-lhe pros pés, /
bezi-me de medo; / tnha cem bichos / em cada dedo. Recolhido da obra Cantos populares do Brasil (José
Olympio, 1954), do advogado, jornalista,
poeta, historiador, filósofo e escritor Silvio
Romero (1851-1914), uma versão de Sergipe da mesma Modinha, que é uma chula
recolhida no Folclore Pernambucano de Pereira da Costa. Veja mais aqui.
A POESIA DE FÁBIO DE CARVALHO
Vejo que é hora do mar.
As ondas são muitas, como eu.
Eu fui muitos em um só corpo.
Divido-me e compreendo essas marés.
No mar sei que busco a vastidão.
Largueza de segredos em sonho de intrepidez.
Diante da noite longe do farol
encontro a incerteza que me faz procurar.
O Pontal é o começo do desconhecido.
Abrindo meus braços eu meço o oceano.
Sou parte daquilo que contemplo e que sinto.
Por isso me encontro em águas um tanto
audazes.
Apenas no olhar das marés compreendo.
Vejo em mim estas breves vindas e as idas.
O recomeço e as distâncias do mar sempre
permanecem
tristes e fartas de próprias esperanças.
E este mar que recebe tantos marinheiros?
É a vida que passa como os dias em ondas.
Aproximam-se do cais tantos sonhos e desejos,
mas as ondas carregam para longe toda vaidade.
E o navio que a pouco o cais despediu?
São os homens que chegam à hora de acaso.
Para todos virá o momento navegante.
Quem nauta é o homem, quem conclui é o
destino.
Poema Navegante, extraído da obra Poema limpo: eu,
dentro de mim (Amazon, 2017), do poeta, historiador, professor,
arte-educador, blogueiro, compositor e músico Fábio de Carvalho Maranhão. Veja mais aqui.
Veja mais:
&
ENTREVISTA ARANTES GOMES DO NASCIMENTO
O professor, escritor
e pesquisador na área de linguagem, Arantes
Gomes do Nascimento, é pós-graduado em Língua Portuguesa e autor de
diversos públicados. É militante em movimento sindical, no segmento da educação,
servidor Público Estadual de Pernambuco e Municipal de Caruaru. Elaborou os
Jogos Pedagógicos “Dominando a Acentuação Gráfica” em 2007 e “Desembaralhando
Verbo” em 2008. Por conta disso ele concedeu uma entrevista falando de sua
arte, seu trabalho acadêmico e artístico, trajetória e muito mais. Confira aqui.
A ARTE DE
BRECHERET
A arte do
escultor Victor Brecheret (1894-1955). Veja mais aqui.