quarta-feira, dezembro 13, 2017

JUNG, BAUMAN, QUINTANA, GONZAGA, JOÃO CABRAL, DOROTHY IANNONE & ESCADA

UMA COISA DENTRO DA OUTRA – Imagem: Blue and wihte sunday morning, da artista estadunidense Dorothy Iannone. - Olá, gentamiga, um dia radiante de harmonia paratodos, salve, salve. As coisas parecem andar meio embaralhadas, de pernas pro ar, ou melhor, desgovernadas mesmo. É que entre uma coisa e outra, o que aparece é meio insólito, senão, paradoxal. Deveras, é só olhar direitinho que está duvidoso saber se o que é certo virou errado, ou se o direito e o justo são apenas acomodações negociadas. Tem muita bravata no ar. É que enquanto teimam em fazer da oportunidade do presente um passado não muito distante de infeliz condução, produzem um futuro no capricho dos interesses escusos. O noticiário quase não deixa qualquer entendimento que não seja a da discórdia, entender são outros quinhentos. O falso moralismo de plantão reinante imprmindo o retrocesso, e apenas para satisfação dos que pensam que sua condição egoísta, retrógrada e vaidosa é imperiosa e urgente, mostra, nada mais, nada menos, a mais cristalina das constatações de sectarismo raivoso de trogloditas da barbárie e cultores das trevas para a implementação do neofundamentalismo canceroso que alastra tenazmente entre nós. Esse despropósito confunde vida com conforto, arte com baboseira, artista com diletante, sinceridade com artifício, crença com intolerância. No entanto, apesar da insegurança impressa por estabanados arrumadinhos que se processas em todas as esferas da gestão governamental do nosso país, apesar da dubiedade de expressão entre cordados e conformados, e da escuridão no fim do túnel, a nós que nos foi concedido o poder de sermos seres pensantes, nos resta seguir, firme e serenamente, decodificando os acontecimentos e desfechos do momento atual. É preciso, antes de qualquer coisa, sabermos que não é apenas o umbigo o legítimo beneficiário das benesses existentes no mundo, muito menos o único detentor do poder de razão acima de quem quer que seja. O outro e os demais, senão todos, merecem também partilhar do direito de viver por serem legítimos ocupantes do planeta Terra. Vale dizer que nunca ouvi dizer que um cavalo, ou um cachorro, jacaré ou leão, ou o mais peçonhento dos seres ditos irracionais desse mundo, matasse ou vitimasse o outro da mesma espécie, só pra se apossar ou acumular aquilo que fosse o seu desejo sobre os demais. Isso nos leva a refletir acerca da evolução humana ao longo dos séculos e milênios, a avaliar o inventário da humanidade. A nós, de fato, nos resta entender que a humildade, gentileza e discernimento são atributos que nos distinguem como seres humanos, portanto, isso é o que nos faz distinguir no plano cósmico, qual a nossa missão e propósito na vida. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com o rei do baião Luiz Gonzaga (1912-1989) ao vivo & o show Gonzagão & Gonzaguinha: a vida do viajante ao vivo. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIAA força do livro reside em sua capacidade totalmente específica de ligar a biografia à história, o privado ao público, o individual ao social, os momentos vivenciados ao sentido da vida. Pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925- 2017). Veja mais aqui e aqui.

O SER HUMANO - [...] a cultura humana, enquanto produto natural de diferenciação, é uma máquina; primeiro que tudo, uma máquina técnica que utiliza condições naturais para transformar a energia física e química, mas também uma máquina psíquica que utiliza condições naturais para transformar libido. Da mesma forma que o homem conseguiu inventar uma turbina e, conduzindo o curso d’água para ela, transformar a energia cinética nela contida em eletricidade, capaz de múltiplas aplicações, assim também conseguiu, com a ajuda de um mecanismo psíquico, converter os instintos naturais – que, de outra maneira seguiriam sua tendência natural – outras dinâmicas que tornam possível a produção de trabalho. [...]. Trechos extraídos da obra Energia psíquica (Vozes, 2002), do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung (1875-1961). Veja mais aqui e aqui.

ESCADA -  O município de Escada teve seu povoamento povoamento iniciado a partir de uma aldeia de índios das tribos Potiguaras, Tabujarés e Mariquitos, fundado em época indeterminada, porém existentes em 1685, com a denominação de Aldeia de Nossa Senhora da Escada de Ipojuca. O nome "Escada" provém da capela erguida por missionários da Congregação do Oratório para catequese dos índios, que ficou conhecida como Nossa Senhora da Escada. O distrito foi criado pela Carta Régia de 27 de abril de 1786 e por Lei Municipal em 6 de março de 1893. A Lei Provincial nº 326, de 19 de abril de 1854, criou o município de Escada, com território desmembrado do município do Cabo de Santo Agostinho. A sede municipal foi elevada à cidade pela Lei Provincial nº 1.093, de 24 de maio de 1873. É formado pela Sede Administativa, distritos de Massuassu e Frexeiras. A rede hidrográfica da cidade tem o rio Sapucaji e em grande extensão na cidade o rio Ipojuca. Em Escada, o rio Ipojuca passa pela sua periferia, cruzando áreas próximas ao centro da cidade, onde se encontra a Ponte do Atalaia que faz e proporciona a ligação de bairros da cidade ao centro. Além da rica história e da beleza arquitetônica dos velhos engenhos, Escada tem atrativos naturais como Quedas d`água, nascentes de riachos, bicas, corredeiras e alguns resquícios da Mata Atlântica brasileira, isso sem contar com o artessanto local, a culinária típica e o movimentado calendário de festas populares da cidade que inclui as festas juninas. Veja mais aqui

NOSTALGIAS - Há tempos escrevi este decassílabo nostálgico: “Acabaram-se os bondes amarelos!” Tão nostálgico que até hoje ficou sozinho esperando o resto dos companheiros. Também, não faz muito, escrevi este outro decassílabo: “Acabaram-se as tias solteironas...” Talvez esses dois solitários se venham um dia a reunir num mesmo poema. Têm ambos o mesmo ritmo. Causam ambos o mesmo nó na garganta que me impede de os continuar. Talvez o poema já esteja pronto... e ninguém notou. Nem eu! Porque ele próprio se completou, cada verso chorando no ombro do outro... e sem mesmo notar que eram decassílabos. Texto extraído da obra Porta giratória (Globo, 1988), do poeta, tradutor e jornalista Mário Quintana (1906-1994). Veja mais aqui, aqui e aqui.

FÁBULA DE UM ARQUITETO - A arquitetura como construir portas, / de abrir; ou como construir o aberto;/ construir, não como ilhar e prender,/ nem construir como fechar secretos;/ construir portas abertas, em portas; / casas exclusivamente portas e tecto./ O arquiteto: o que abre para o homem/ (tudo se sanearia desde casas abertas) / portas por-onde, jamais portas-contra;/ por onde, livres: ar luz razão certa. / Até que, tantos livres o amedrontando, / renegou dar a viver no claro e aberto./ Onde vãos de abrir, ele foi amurando/ opacos de fechar; onde vidro, concreto;/ até fechar o homem: na capela útero,/ com confortos de matriz, outra vez feto. Poemas extraídos da obra Poesias completas (José Olympio, 1986), do poeta e diplomata João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Veja mais aqui, aqui e aqui.

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A ARTE DOROTHY IANNONE
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