quinta-feira, janeiro 29, 2015

TCHEKHOV, GNATALLI, LINDA BUCK, GERMAINE GREER, EMMANUELLE SEIGNER & GRACIANO.


A ARENGA PELA CORRUPÇÃO – Como era todo dia, Tolinho estava fulo da vida arengando com Bestinha sobre os escândalos de corrupção da Era PT da Petrobrás, dinheirama na cueca, etc e lá vai teibei. Bestinha não se fazendo de rogado, distribuía na lata do desafeto o mesmo tanto de escândalos do período FHC: - Num s´alembra das privatização nem do secretário dele, o Eduardo Jorge? -, e desfiava uma a uma das contas do rosário das escandalosas notícias que reinaram no período. E o puxa-encolhe mais parecia enredo sem fim de tanto debulharem coisas e fatos de quase chegarem ao ponto de trocar tapa, já com mãe no meio, xingamentos e outros impropérios. A turma do deixa-disso lá de vigia, não deixando os dois se arranharem além da reputação. Mas queriam mesmo era emendar os bigodes num arranca-rabo, já na conta do iminente a cada tarde depois do expediente. Doutor Zé Gulu, num canto, calado, recostado na sua mudez dizia na dele pra si mesmo: - Esses cabeças de fósforo gostam de jogar conversa fora. A corrupção começou muuuuuuuito antes, já faz parte da alma brasileira! E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá! Veja mais aqui e aqui.


Imagem: Nu (1939) do pintor, desenhista, cenógrafo, gravador e ilustrador brasileiro Clóvis Graciano (1907-1988). Veja mais aqui.

Ouvindo Brasiliana 7, do compositor brasileiro Radamés Gnatalli (1906-1988), com Leo Gandelman e Orquestra Sinfônica Brasileira, sob regência de Roberto Duarte. Veja mais aqui e aqui

O BEIJO E OUTRAS HISTÓRIAS - O médico, dramaturgo e escritor russo Anton Pavlovitch Tchekhov (1860-1904) dzia que a medicina era a sua legítima esposa e a literatura a sua amante. Ele renunciou ao teatro depois da fraca recepção de sua peça A Gaivota que se tornou posteriormente um sucesso com a montagem de Constantin Stanislavski, o que levou o encenador a montar três outras de suas peças que trazia uma novidade denominada Teatro de Humores, realizando no teatro e na literatura inovações formais, utilizando-se da técnica de fluxo de consciência. Para eleo papel do artista é deixar perguntas no ar, cabe ao leitor respondê-las. No seu conto O Beijo encontramos: [...] Apoderou-se dele uma pesa inquietude. Deitou-se, depois se levantou e espiou pela janela a ver se não vinha um homem a cavalo. Mas este não dava sinal de vida. [...] Chegando ao jardim, Riabóvitch espiou pelo portão. No jardim, tudo estava escuro e quieto... apareciam apenas os troncos brancos das bétulas mais próximas, além de um pedacinho de alameda, tudo o mais fundia-se em massa negra. [...] Acercou-se do rio. Diante dele, branquejavam a casa de banhos do general e os lençóis pendentes no balaustre da ponteziznha... subiu para esta, parou um pouco ali e, sem nenhuma necessidade, tocou um lençol. Este era áspero e frio. Olhou para baixo, para a água... o rio corria rápido e murmurava quase imperceptivelmente junto às pilastras da casa de banhos. A luz vermelha refletia-se em partes e pareciam querer levá-lo embora. “Como é estúpido! Como é estúpido!”, pensou Riabóvitch, olhando a água veloz. “Como tudo isto é pouco inteligente!”. Agora, quando ele não esperava nada, a história do beijo, a sua impaciência, as esperanças vagas e a decepção apresentaram-se sob uma luz clara. Não lhe parecia já estranho não ter esperado o cavaleiro enviado pelo general, bem como o fato de que jamais veria aquela que o beijara em lugar de um outro; pelo contrario, o estranho seria se ele a encontrasse... A água corria não se sabia para onde e para quê. Correra de maneira idêntica em maio; ainda em maio [...] e talvez fosse a mesma água que nesse instante corria aos olhos de Riabóvicth... para quê? Com que fim? E o mundo inteiro, toda a vida, pareceram a Riabóvitch uma brincadeira incompreensível, sem objeto... mas, afastando os olhos da água e olhando o céu, lembrou novamente como o destino, na pessoa de uma mulher desconhecida, acarinhara-o sem querer, lembrou seus devaneios e imagens do verão, e a vida que levava pareceu-lhe tosca, miserável, incolor... Ao voltar para o isbá, não encontrou nenhum dos companheiros. O ordenança comunicou0lhe que todos tinham ido à casa do General Fontriabkin, que mandara chamá-los por meio de um criado a cavalo... Por um instante, a alegria acendeu-se no peito de Riabóvitch, mas ele a apagou imediatamente, deitou-se na cama e, por pirraça ao seu destino, como que desejando fazer-lhe birra, não foi à casa do general. Veja mais aqui e aqui.

A MULHER PERSISTE NO SEU CAMINHO - A escritora australiana Germaine Greer é autora de diversos livros que a consagraram como importante feminista do século XX internacionalmente, ao tratar de questões acerca da inexistência da igualdade de gêneros, ao que ela prevê de forma provocativa, excêntrica e estimulante um futuro angustiado, de solidão, culpa e desorientação, cansaço e exaustão, heranças que fortalecem na liberação feminina, tornando-se inevitável a indignação e a busca por soluções concretas e práticas. Os temas apresentados em seus livros vão desde os domínios do corpo, amor, poder, bem como tratamentos de infertilidade e reposição hormonal, cirurgia plástica, cesarianas, trabalho doméstico, consumo, maternidade e distanciamento dos homens. No Brasil foram traduzidos os livros Sexo e destino: a política da fertilidade humana (Rocco, 1987), Mulher: maturidade e confiança (Augustus, 1994), A mulher inteira (Record (2001) e em Portugal A mulher eunuco (Betrand, 1976) e a Mulher total (Notícias, 2000). Veja mais aqui e aqui.

OS PRÊMIOS DE UMA MULHER - A bióloga estadunidense Linda Buck é graduada em Psicologia e Microbiologia pela Universidade de Washington, tornando-se PhD em Imunologia pela Universidade do Texas, passando a atuar como pesquisadora no Centro de Pesquisa sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seatle, foi professora e pesquisadora da Faculdade de Medicina de Havard e da Universidade de Columbia, ganhando diversos prêmios, entre eles o Takasago por suas pesquisas sobre o olfato, em 1992; o The Unilever Science Award em 1996 e The Perl/UNC Neurocience Prize em 2003. Além disso, ela realizou pesquisas sobre o envelhecimento e o mapa genético dos receptores olfatórios, os feromônios e os odores detectados pelo nariz, razão pela qual foi agraciada com o Premio Nobel de Medicina de 2004, com o também compatriota Richard Axel. Ela é membro da Academia de Ciências dos Estados Unidos, desde 2003. Veja mais aqui.

E como todo dia é dia da mulher, hoje é dia de homenagear a belíssima atriz e modelo francesa Emmanuelle Seigner por sua atuação em filmes como Lua de Fel e A Pele de Vênus, entre outros.Veja mais aquiaqui.


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