ANJANA DA CANTÁBRIA – O dia
ainda não amanhecera e saí numa caminhada. Ideias às passadas, imaginação à solta.
O prazer da andança, lonjuras sobrepujadas. Fui levado pelos pensamentos e nem
me dera conta: havia muito me afastado e me muito, a me deparar em um ermo
nunca antes visto. A escuridão reinava e mal conseguia distinguir o caminho. Vi-me
perdido: em apuros e sem saída, a quem pedir ajuda, o Sol logo surgiria. Fiquei
imóvel, coração em disparada. Era equinócio da primavera. Logo percebi um vulto
se aproximando: Seria uma moura da Galiza ou Lâmia basca, acho que não, ou
coisa parecida, talvez. Pelo andar era mesmo uma mulher que esplandecia. Dava pra
ver seus olhos brilhantes como longínquos faróis das embarcações distantes: um olhar
sereno e amoroso, mais de perto. Tinha lá suas semelhanças com Xana das
Astúrias. Deu até pra ver uma cruz vermelha na testa, quase encoberta pelos cabelos
longos de azeviche, coroada por decoração floral e laços de seda na cabeça. Vestia
uma túnica branca com manchas cintilantes e uma capa azul destacando sua pele
branca reluzente. Sua voz suave e doce, um rouxinol aos ouvidos: Não se
apavore, venha! Siga-me. O seu encanto iluminava ao redor e ela levitava, parecia
possuir asas invisíveis, só sendo. Deixava à mostra, a cada pisada, as sandálias
marrons de pele de doninha com fivela fulgurante. Não demorou muito e logo se
insinuavam os primeiros raios clareando o dia e a vi saudada pelo chilreio
buliçoso dos passarinhos. Ouvi que cantarolava uma música muito alegre como se
quase dançasse, conversando com tudo que encontrasse pela estrada: pássaros,
árvores, fontes e águas que se agitavam com sua presença, aumentando o sopro
dos ventos. Remotas vozes cantavam: Anjana de compaixão \ alivia meu coração\
me dê um pouco de conforto\ daquele que diz que você desceu do céu\ me dê um
pouco de alegria\ nas horas deste dia\ me dê um pouco do mel\ e fazer a dor
estil \ Anjana garota de sorte\ minhas tristezas são de morte\ me dê sua bênção\
e alivie meu coração. Outra voz oculta, sei lá, entoou: Anjana Branca, tenha piedade de mim. \ Guie-me
através da escuridão e da neblina. \ Livra-me dos perigos e dos maus pensamentos... Algumas vozes femininas incógnitas ecoavam
cantantes: Que venham as
anjanas \ Com os reis sagrados, \ Vamos alegrar a manhã \ Para as meninas e
meninos. \ Rezaremos \ Pelas suas alegrias \ Rezaremos, \ Pelas noites e pelos
dias… Seguia embalado
por aquele ritual matinal e logo a vi espalhando pétalas de rosas na
brisa. Ao ouvido soou-me um cochichado ábdito, não sei se de fantasmas ou seres
de outro mundo, que repetiam reiteradamente: Quem encontrar uma dessas pétalas
será feliz. Desconfiado olvidei, seguia incontinenti. Ela mudou de direção e
seguiu por um atalho de difícil acesso, virou-se pra mim: Venha, não tenha
medo. Não hesitei e continuei a segui-la: Aqui é a gruta Fuentona de Ruente,
seja bem-vindo! Uma tempestade despencou do céu com raios e trovões, tudo
escurecera novamente. Convidou-me a entrar. Lá dentro testemunhei um piso
revestido de ouro e as paredes de prata. Tanta riqueza, disse-me: para
distribuí-la aos pobres. Não acredito. A anfitriã sorriu e a vi desfazer-se de
utensílios que trazia escondido às mãos. Explicou-me: era o báculo– que parecia
mais um cajado verde com uma estrela brilhante na ponta e com poderes mágicos para
apascentar feras e mudar qualquer situação, com certeza. Também depositou sobre
a mesa uma estranha garrafa que retirou debaixo da túnica e continha um líquido
curativo, o elixir da saúde. Estava cada vez mais curioso com a anfitriã que logo se pôs a contar dos seus afazeres,
penteando os cabelos com pentes de coral, diante de um enorme espelho: há quatro séculos a Ninfa da montanha...
Depois colocou sobre a cabeça laços de seda, falando que possuía poderes de se transformar
no que quisesse e até tornar-se invisível. Havia quem dissesse se tratar de uma
bruxa celta, contrastava com sua natureza altruísta, meticulosa, inteligente,
bela. De fato, era um dos espíritos elementais, que compreendiam todos os
segredos e forças da natureza. Disse-me que gostava de dar presentes e todos os
dias secava lágrimas dos amantes
em apuros, aliviava a angústia dos caminhantes perdidos no nevoeiro e na neve. Mas
não era tão boa assim: punia quem desobedecesse. Nesse momento olhei
pela porta aberta e a chuvada se mantinha intensa. Fique calmo, o temporal não
vai parar tão cedo, relaxe. Vi-a desaparecer recinto adentro, ajeitei-me no
luxuoso divã e lá fiquei pensando como me metera naquilo tudo. Acho que
adormeci e só despertei não sei quanto tempo depois. Levantei-me até a porta e
o panorama estava ensolarado. Ao sair logo a vi descansando pacificamente na
margem de um riacho perto. Comia morangos e me ofereceu. Estava mais linda do
que a vira antes, com uma coroa de flores silvestres na cabeça. Fez um gesto
para que eu me aproximasse e falou-me de paixão, com uma voz harmoniosa.
Levantou-se descalça e me disse que seu coração era uma rosa grandiosa, com muitas
gotas de mel nas folhas e orvalho das lágrimas de mãe Dana. Depois virou-se e
veio de volta, em minha direção, falando-me do báculo, não mais a satisfazia na
cópula. Apenas servia de calçadeira para deslizar macio com a fricção. Precisava
de algo real. Sim? Disse que eu possuía o que ela queria. Claro, em retribuição
à hospitalidade. Então, ela colou seus lábios aos meus e apalpou meu sexo com firmeza.
Depois sussurrou ao meu ouvido: É isso que eu quero! Venha. E me puxou pelo
pênis porta adentro, atravessamos corredores e me empurrou numa alcova
iridescente. E se deitou sobre mim e me amou como nunca. Horas, beijos, pernas,
braços e entregas. Estava ainda enlevado com o prazer dela, quando mencionou
que ela não poderia se apaixonar: perderia sua essência. E toda sua juventude. Já
era tarde e eu completamente enfeitiçado pela paixão. Veja mais aqui, aqui e
aqui.
DITOS & DESDITOS - Tarefa
internacional das mulheres: criar coisas novas e de acordo com seu próprio
espírito... É inaceitável que metade da humanidade continue a ser descartada...
O cinema comercial e de vanguarda, ou a arte e a indústria cinematográfica,
formam um todo inseparável. Na verdade, tive vontade de ser dramaturga, mas
quando algumas circunstâncias pecuniárias me obrigaram a abandonar este
primeiro caminho para escolher aquele, na altura mais lucrativo, do cinema, não
me arrependi. Porém, no início não compreendi a importância da expressão
cinematográfica na sua totalidade. Só com recurso às ideias, às luzes e à
câmara é que consegui, na altura em que fiz o meu primeiro filme, compreender o
que era o cinema, arte da vida interior e da sensação, nova expressão dada ao
nosso pensamento… uma arte não tributária do as outras artes, uma arte original
com significado próprio, uma arte que faz realidade, foge dela ao mesmo tempo
que a incorpora: o espírito cinematográfico dos seres e das coisas! Acredito
que o trabalho cinematográfico deve nascer de um choque de sensibilidade, de
uma visão de um ser que só se expressa no cinema. O diretor deve ser um
roteirista ou o roteirista um diretor. Como todas as outras artes, o cinema
provém de uma emoção sensível… Para valer alguma coisa e “trazer” alguma coisa,
essa emoção deve vir de uma única fonte. O roteirista que “sente” sua ideia
deve ser capaz de encená-la. A partir disso, a técnica segue... Pensamento
da cineasta, roteirista, produtora e crítica de cinema francesa Germaine
Dulac (Charlotte Elisabeth Germaine Saisset-Schneider, 1882-1942).
ALGUÉM FALOU: O pior
governo é o mais moral. Um governo composto de cínicos é frequentemente mais
tolerante e humano. Mas quando os fanáticos tomam o poder, não há limite para a
opressão. Todo homem decente se envergonha do governo sob o qual vive. Pensamento do jornalista, ensaista,
satirista e crítico cultural estadunidense Henry
Louis Mencken (1880-1956). Veja mais
aqui, aqui e aqui.
VISITAÇÃO - […] Lar. Quando chove, você
pode sentir o cheiro das folhas da floresta e da areia. É tudo tão pequeno
e ameno, a paisagem ao redor do lago, tão administrável. As folhas e a areia
estão tão próximas que é como se você pudesse, se quisesse, puxá-las pela
cabeça. E o lago sempre
bate na margem tão suavemente, lambendo a mão que você mergulha nele como um
cachorrinho, e a água é macia e rasa. [...] O que
significa que no final há certas coisas que você pode levar quando fugir,
coisas que não têm peso, como música [...] mas a
cada passo que você dá enquanto foge, sua bagagem cresce cada vez menos, com
mais e mais coisas deixadas para trás, e mais cedo ou mais tarde você
simplesmente para e fica sentado ali, e então tudo o que resta da vida é a
própria vida, e todo o resto é jazendo em todas as
valas ao lado de todas as estradas numa terra tão enorme quanto o ar, e
certamente aqui também você pode encontrar aqueles dentes-de-leão, essas
cotovias. [...] Uma casa é a sua terceira pele, depois da
pele feita de carne e roupas. [...] Nada é mais
agradável do que mergulhar de olhos abertos. Mergulhando até as
pernas brilhantes de sua mãe e de seu pai que acabaram de voltar da natação e
agora estão caminhando para a costa em águas rasas. Nada mais divertido
do que fazer cócegas neles e ouvir, abafados pela água, como eles gritam porque
sabem que isso deixará seu filho feliz. [...]. Trechos
extraídos da obra Visitation (New
Directions, 2010), da escritora e diretora de ópera alemã Jenny
Erpenbeck.
TRÊS POEMAS – FONTE - Olhando
pela janela, \ seus olhos formam um afluente \ que se funde com os canais
externos. \ Este olhar turva \ o que eram águas cristalinas. \ E embaça o vidro
\ e faz cair uma nuvem quebrada. \ Rio tempestuoso \ que também carrega troncos
de árvores e restos \ de animais em decomposição. \ Move-se sobre a página em
branco \ com uma varinha mágica \ até encontrar o fluxo, a fonte. MISTÉRIOS DOLOROSOS - Se eu esconder os cobertores
debaixo da cama \ Se eu cobrir o colchão com a colcha \ Se eu enrolar o bebê na
toalha \ Se eu colocar na mochila Se eu \ vestir o uniforme \ Se eu sair para a
escola, como sempre \ Se eu andar devagar \ Se ninguém olha para mim \ Se em
vão chamei-a em vão esperei \ o leite escorrer de seu seio \ um impulso sombrio
tomou conta de minha vontade \ e segui meu caminho desfraldando cavidades, \ orifícios,
poros \ todos abertos para receber. \ De um túnel para outro. \ Eu previ o
prazer de lamber, \ mas as mãos em volta do meu pescoço... \ A paisagem
interior mudou. \ Como bandeiras gastas, \ as membranas \ ondulam sobre a trilha
recém-aberta. \ O prazer agora está trançado para sempre \ com o suspiro
desesperado da morte. ÁGUAS - Ninguém fala dos rios escondidos. \
Ninguém nomeia suas águas \ ou tenta ouvir sua corrente cristalina. \ Permanece
ali \ a reserva e o fundo de outra paisagem. \ As palavras e a água têm esse
pacto secreto, \ um zelo pela expressão \ que cobre a transparência nua. \ Um
zelo por murmúrios impossíveis. Poemas da poeta e professora chilena Rosabetty
Muñoz Serón.
A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL
GUSTAV JUNG – Carl Gustav
Jung (1875-1961) é autor da teoria da personalidade denominada de Psicologia
Analítica, com enfoque no crescimento interior em lugar do cultivo das relações
sociais. Desenvolveu a teoria do Inconsciente Individual, contendo as
lembranças, os impulsos, os desejos, as percepções indistintas e outras
experiências da vida do individuo suprimidas ou esquecidas, como sendo o local
em que se armazena o que em algum momento foi consciente, e do Inconsciente
Coletivo que é o nível mais profundo da psique que contem as experiências
herdadas das espécies humanas e pré-humanas. As tendências herdadas e
armazenadas no Inconsciente Coletivo são os arquétipos que consistem em
determinantes inatos da vida mental que levam o individuo a comportar-se de
modo semelhante aos ancestrais que enfrentaram situações similares. Os
arquétipos que ocorrem com mais fequência são a persona, a anima e o animus, a
sombra e o self. Além disso, desenvolveu os conceitos de introversão e
extroversão, as funções e atitudes dos tipos psicológicos, entre outros. A NATUREZA DA PSIQUE - A obra A
natureza da psique, de Carl G. Jung (1875-1961), trata da sicronicidade, a
função transcendente, considerações gerais
sobre a teoria dos complexos, o significado da constituição e da herança para a
Psicologia, determinantes psicológicas do comportamento humano, instinto e
inconsciente, a estrutura da alma, considerações sobre a natureza do psíquico,
aspectos gerais da psicologia do sonho, da essência dos sonhos, o fundamento
psicológico da crença nos espíritos, espírito e vida, o problema fundamental da
Psicologia Moderna, psicologia analítica e cosmovisão, o real e o supra-real,
as etapas da vida humana e a alma e a morte. PSICOLOGIA DO INCONSCIENTE – O livro Psicologia do inconsciente, de Carl G. Jung, trata acerca da
Psicanálise, a teoria do Eros, a vontade de poder, o problema dos tipos de
atitude, o inconsciente pessoal e o
inconsciente suprapessoal ou coletivo, o método sintético ou construtivo, os
arquétipos do inconsciente coletivo, a interpretação do inconsciente e noções
gerais da terapia, os novos caminhos da psicologia, os primórdios da
psicanálise e a teoria sexual. OS
ARQUÉTIPOS E O INCONSCIENTE COLETIVO – O livro Os arquétipos e o inconsciente coletivo, de Carl. G. Jung, aborda
questões acerca do conceito de inconsciente coletivo, significado psicológico
do inconsciente coletivo, o método de comprovação, o arquétipo com referência
especial ao conceito de anima, aspectos psicológicos do arquétipo materno, o
complexo materno do filho e da filha, a hipertrofia do aspecto maternal, a
exacerbação do Eros, identificação e defesa contra a mãe. MEMÓRIAS, SONHOS, REFLEXÕES – A obra Memórias, sonhos, reflexões, de Carl. G. Jung, trata da infância,
anos do colégio e de estudo, atividade psiquiátrica, Sigmund Freud, confronto com o
Inconsciente, gênese da obra, a Torre, viagens, África do Norte, os índios
Pueblos, Quênia e Uganda, Índia, Ravena e Roma, visões, sobre a Vida depois da Morte, últimos pensamentos, retrospectiva,
cartas, Théodore Flournoy, Richard Wilhelm, Heinrich Zimmer, sobre o
Livro Vermelho e Septem Sermones ad
Mortuos. O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS – O
livro O homem e seus símbolos, de
Carl G. Jung, aborda temas como chegando ao inconsciente, a importância dos
sonhos, o passado e o futuro no inconsciente, a função dos sonhos, a análise
dos sonhos, o problema dos tipos, o arquétipo no simbolismo do sonho, a alma do
homem, a função dos símbolos, curando a dissociação, os mitos antigos e o
homem, o processo de individuação, o simbolismo nas artes plásticas, a ciência
e o inconsciente. ASPECTOS DO DRAMA CONTEMPORÂNEO – O livro Aspectos do drama contemporâneo, de Carl G. Jung, trata sobre
Wotan, depois da catástrofe, a luta com as sombras, o significado da linha
suíça no espectro europeu, a aurora de um novo mundo, Keyserling: a revolução
mundial e a responsabilidade do espírito. O ESPÍRITO NA ARTE E NA CIÊNCIA
– O livro O espírito na arte e na ciência,
de Carl G. Jung, trata sobre Paracelso, Sigmundo Freud: um fenômeno
histórico-cultural, Em memória de Richard Wilhelm, relação da psicologia analítica com a obra de arte
poética, psicologia e poesia, Ulisses & James Joyce: um monólogo, Picasso,
entre outros assuntos. ESTUDOS
PSIQUIÁTRICOS – A obra Estudos
psiquiátricos, de Carl G. Jung, aborda sobre a psicologia e patologia dos
fenômenos chamados ocultos, um caso de sonambulismo com carga hereditária,
relato das sessões, desenvolvimento das personalidades sonambúlicas, os
romances, ciência mística, desfecho, o estado de vigília, o semissonambulismo,
os automatismos, a mudança de caráter, atitude perante o ataque histérico,
relação com as personalidades inconscientes, transcurso, o aumento do
rendimento inconsciente, erros histéricos de leitura, criptomnésia, distimia
maníaca – distúrbios de humor na mania, um caso de estupor histérico em pessoa
condenada à prisão, sobre a simulação de distúrbio mental, parecer médico sobre
um caso de simulação de insanidade mental, vida pregressa, observações na
clínica, sobre o diagnóstico psicológico de fatos. ESTUDOS EXPERIMENTAIS – O livro Estudos
experimentais, de Carl G. Jung, aborda assuntos como estudos diagnósticos
de associações, investigações experimentais sobre associações de pessoas
sadias, análise das associações de um epiléptico, o tempo de reação no
experimento de associações, observações experimentais sobre a faculdade da
memória, psicanálise e o experimento de associações, o diagnóstico psicológico
da ocorrência, associação, sonho e sintoma histérico, a importância
psicopatológica do experimento de associações, distúrbios de reprodução no
experimento de associações, o método das associações, a constelação familiar,
pesquisas psicofísicas, sobre os epifenômenos psicofísicos no experimento de
associações, investigações psicofísicas com o galvanômetro e o pneumógrafo em
pessoas normais e doentes mentais, pesquisas adicionais sobre o fenômeno
galvânico, pneumográfico e a respiração em pessoas normais e doentes mentais,
dados estatísticos de um recrutamento, novos aspectos da psicologia criminal:
uma contribuição ao método empregado no diagnóstico psicológico da ocorrência,
os métodos psicológicos de pesquisa utilizados na clínica psiquiátrica de
Zurique, exposição sumária da teoria dos complexos, sobre o diagnóstico
psicológico da ocorrência. PSICOGÊNESE
DAS DOENÇAS MENTAIS – A obra Psicogênese
das doenças mentais, de Carl G. Jung, trata da psicologia da dementia
praecox: um ensaio, exposição crítica das concepções
teóricas sobre a psicologia da dementia praecox, o complexo de tonalidade afetiva e seus efeitos gerais
sobre a psique, a influência do complexo de tonalidade afetiva sobre a valência
da associação, dementia praecox e histeria: um
paralelo, os distúrbios emocionais, anormalidades de caráter, distúrbios
intelectuais, a estereotipia, análise de um caso de demência paranoide enquanto
paradigma, história clínica, associações simples de palavras, associações
contínuas, a satisfação do desejo, o
complexo de lesão, o complexo sexual, o conteúdo da psicose, a interpretação
psicológica dos processos patológicos, crítica a E. Bleuler: sobre a teoria do
negativismo esquizofrênico, a importância do inconsciente na psicopatologia, o
problema da psicogênese nas doenças mentais, doença mental e psique, a
psicogênese da esquizofrenia, novas considerações sobre a esquizofrenia. FREUD E A PSICANÁLISE – O livro Freud e a psicanálise, de Carl G. Jung,
trata da teoria de Freud sobre a histeria, resposta à crítica de Aschaffenburg,
a teoria freudiana da histeria, a análise dos sonhos, contribuição à psicologia
do boato, contribuição ao conhecimento dos sonhos com números, a teoria da
sexualidade infantil, o conceito de libido, neurose e fatores etiológicos na
infância, as fantasias do inconsciente, o complexo de Édipo, a etiologia da
neurose, princípios terapêuticos da psicanálise, um caso de neurose infantil,
aspectos gerais da psicanálise, questões atuais da psicoterapia,
correspondência entre C.G. Jung e R. Loÿ, a importância do pai no destino do
indivíduo, divergência entre Freud e Jung. SÍMBOLOS
DA TRANSFORMAÇÃO – No livro Símbolos
da transformação, Carl G. Jung aborda sobre as duas formas de pensamento, o
hino ao Criador, o canto da mariposa, sobre o conceito de libido, a
transformação da libido, o nascimento do herói, símbolos da mãe e do
renascimento, a luta pela libertação da mãe, a dupla mãe, o sacrifício. TIPOS PSICOLÓGICOS – No livro Tipos psicológicos, Carl G. Jung trata
sobre o problema dos tipos na história do pensamento antigo e medieval, a
psicologia na antiguidade, Tertuliano e Orígenes, as disputas teológicas na
Igreja Antiga, o problema da transubstanciação, nominalismo e realismo, o
problema dos universais na antiguidade, o problema dos universais na
Escolástica, tentativa de conciliação de Abelardo, a controvérsia entre Lutero
e Zwínglio sobre a ceia, as ideias de Schiller sobre o problema dos tipos, as
cartas sobre a educação estética do homem, a função superior e inferior, sobre
os instintos fundamentais, sobre a poesia ingênua e sentimental, a atitude
ingênua, a atitude sentimental, o idealista e o realista, o apolíneo e o
dionisíaco, o problema dos tipos no conhecimento das pessoas, considerações
gerais sobre os tipos em Jordan, apresentação específica e crítica dos tipos de
Jordan, a mulher introvertida, a mulher extrovertida, o homem extrovertido, o
homem introvertido, o problema dos tipos na arte poética, Prometeu e
Epimeteu de Carl Spitteler, a
tipificação de Spitteler, comparação do Prometeu de Spitteler com o de Goethe,
o significado do símbolo de união, a concepção bramanista do problema dos
opostos, a concepção bramanista do símbolo de união, o símbolo de união como
norma dinâmica, o símbolo de união na filosofia chinesa, a relatividade do
símbolo, culto à mulher e culto à alma, a relatividade do conceito de Deus em
Mestre Eckhart, a natureza do símbolo de união em Spitteler, o problema dos
tipos na psicopatologia, o problema das atitudes típicas na estética, o
problema dos tipos na filosofia moderna, os tipos de James, os pares de opostos
característicos dos tipos de James, crítica à concepção de James, o problema
dos tipos na biografia, descrição geral dos tipos, a atitude geral da
consciência, a atitude do inconsciente, as peculiaridades das funções
psicológicas básicas na atitude extrovertida, o pensamento, o sentimento,
sinopse dos tipos racionais, a sensação, a intuição, sinopse dos tipos
irracionais, as peculiaridades das funções psicológicas básicas na atitude
introvertida, tipos psicológicos, tipologia psicológica. A ENERGIA PSIQUICA – No livro A
energia Psíquica, Carl G. Jung aborda acerca das observações gerais sobre o
ponto de vista energético na Psicologia, a
possibilidade da determinação psicológica quantitativa, o sistema
subjetivo de valores, a avaliação quantitativa objetiva, a aplicação do ponto
de vista energético, o conceito psicológico da energia, a conservação da
energia, a entropia, energetismo e dinamismo, os conceitos básicos da teoria da
libido, progressão e regressão,extroversão e introversão, o deslocamento da
libido, a formação do símbolo, o conceito primitivo de libido. PRESENTE E FUTURO – No livro Presente e futuro, Carl G. Jung, trata
sobre a ameaça que pesa sobre o indivíduo na sociedade moderna, a religião como
contrapeso à massificação, o posicionamento do Ocidente diante da questão da
religião, a autocompreensão do indivíduo, cosmovisão e modo de observação
psicológico, o autoconhecimento e o sentido do autoconhecimento. PSICOLOGIA E RELIGIÃO – No livro Psicologia e religião, Carl G. Jung
aborda a autonomia do inconsciente, dogma e símbolos naturais, história e
psicologia de um símbolo natural. PSICOLOGIA
E ALQUIMIA – No livro Psicologia e
alquimia, Carl G. Jung faz uma introdução à problemática da psicologia
religiosa da alquimia, símbolos oníricos do processo de individuação, o método,
os sonhos iniciais, o simbolismo do mandala, os mandalas nos sonhos, a visão do
relógio do mundo, os símbolos do si-mesmo, as ideias de salvação na alquimia,
os conceitos básicos da alquimia, a atitude espiritual em relação ao opus, meditação e imaginação, alma e corpo, o espírito na
matéria, a obra da redenção, a matéria prima, designações da matéria, o increatum, ubiquidade e perfeição, o rei e o filho do rei, o mito
do herói, o tesouro oculto, o paralelo lapis-Cristo, a renovação da vida, testemunhos a favor da
interpretação religiosa, Raimundo Lulo, o“Tractatus aureus”, Zózimo e a doutrina do Anthropos, Petrus Bonus, a Aurora Consurgens e a doutrina da “Sapientia”, Melchior Cibinensis e a paráfrase alquímica da missa,
Georgius Riplaeus, os epígonos, o simbolismo alquímico no contexto da história
das religiões, o inconsciente como matriz dos símbolos, as fases do processo
alquímico, concepções e símbolos da meta, a natureza psíquica da obra
alquímica, a projeção de conteúdos psíquicos, o tema do unicórnio como
paradigma, o unicórnio nas alegorias da Igreja, o unicórnio no gnosticismo, o
escaravelho unicórnio, o unicórnio nos Vedas, o unicórnio na Pérsia, o
unicórnio na tradição judaica, o unicórnio na China, o cálice do unicórnio. ESTUDOS ALQUIMICOS – No livro Estudos alquímicos, Carl G. Jung trata
sobre “O segredo da flor de ouro”, por que é difícil para o ocidental
compreender o Oriente, a psicologia moderna abre uma possibilidade de
compreensão, os conceitos fundamentais, Tao, o movimento circular e o centro,
os fenômenos do caminho, a dissolução da consciência, animus e anima, a
consciência desprende-se do objeto, a realização (plenificação), as visões de
Zósimo, generalidades sobre a interpretação, ato sacrifical, as
personificações, o simbolismo da pedra, o simbolismo da água, a origem da
visão, Paracelso: um fenômeno espiritual, as duas fontes do saber: a luz da
natureza e a luz da revelação, magia, alquimia, doutrina secreta, o homem
primordial, De vita longa: uma exposição do ensinamento secreto, o iliastro, o
aquastro, Ares, Melusina, o filius regius como substância arcana, o
estabelecimento do uno ou centro por destilação, a conjunção na primavera, o
mistério da transformação natural, a luz da escuridão, a união das duas
naturezas do ser humano, a quaternidade do homo maximus, a aproximação do
inconsciente, comentário de Gerardo Dorneo, a melusina e o processo de
individuação, o hierosgamos do homem eterno, espírito e natureza, o sacramento
da igreja e a opus alquímica, o espírito mercurius, o conto do espírito na
garrafa, esclarecimentos sobre a floresta e a árvore, o espírito na garrafa, a
relação entre o espírito e a árvore, o problema da libertação de Mercurius,
observações preliminares, o Mercurius como mercúrio, ou seja, água, Mercurius
como fogo, Mercurius como espírito e alma, Mercurius como espírito do ar,
Mercurius como alma, Mercurius como espírito em sentido incorpóreo, metafísico,
Mercurius como natureza dupla, Mercurius como unidade e trindade, as relações
de Mercurius com a astrologia e com a doutrina dos arcontes, Mercurius e o deus
Hermes, o espírito mercurius como substância arcana, a árvore filosófica,
representações individuais do símbolo da árvore, contribuições à história e
interpretação do símbolo da árvore, a árvore como imagem arquetípica, a árvore
no tratado de iodocus greverus, a tetrassomia, sobre a imagem da totalidade na
alquimia, sobre a natureza e a origem da árvore filosófica, a interpretação da
árvore em Gerardo Dorneo, o sangue rosa e a rosa, o estado de espírito do
alquimista, diversos aspectos da árvore, localização e origem da árvore, a
árvore invertida, pássaro e serpente, o nume feminino da árvore, a árvore como
pedra, a periculosidade da arte, compreensão como meio de defesa, o tema do
suplício, a relação do suplício com o problema da conjunção, a árvore como ser
humano, interpretação e integração do inconsciente. MYSTERIUM CONIUNCTIONES – No livro Mysterium coniunctiones, Carl G. Jung trata dos componentes da
coniunctio (união), os opostos, o quatérnio (grupo de quatro), o órfão e a
viúva, alquimia e maniqueísmo, os paradoxa, a substância do arcano e o ponto, a
scintilla (centelha), o enigma
bolognese, as personificações dos opostos, Sol, Sulphur (enxofre), Luna (Lua),
a A importância da Lua, o cão, allegoria alchymica (alegoria alquímica), a
natureza da Lua, Sal, o sal como substância do arcano, o amargor, o Mar
Vermelho, o quarto dos três, subida e descida, a viagem pelas casas dos
planetas, regeneração na água do mar, interpretação e significado do sal, Rex e
Regina, ouro e espírito, a transformação régia, a
cura do rei, o lado sombrio do rei, o rei como Ánthropos, a relação do símbolo do rei com a consciência, a
problemática religiosa da renovação do rei, Regina, Adão e Eva, Adão como substância do arcano, a estátua,
Adão como o primeiro adepto, a natureza contraditória de Adão, o “velho Adão”,
Adão como totalidade, a transformação, o redondo – cabeça e cérebro, a
conjunção, a concepção alquímica da união dos opostos, etapas da conjunção, a
produção da quintessência, o sentido do processo alquímico, a interpretação
psicológica do processo, o autoconhecimento, o Monocolus, conteúdo e sentido dos dois primeiros graus da
conjunção, o terceiro grau da conjunção: o unus mundus, o si-mesmo e a restrição da parte da teoria do
conhecimento, os dois unípedes, a “revelação do oculto”, o poder civil e o
eclesiástico, o par régio, a nigredo, o motivo do olho em representação
moderna, o motivo do olho em representação moderna, a tradição, as fontes, o
problema da datação, os manuscritos, Aurora Consurgens, início do Tratado do
Beato Tomás de Aquino: “O surgir da aurora”, o que é a sabedoria, dos que
ignoram e negam esta ciência, do nome e do título deste livro, da estimulação
dos insensatos, primeira Parábola: da Terra negra, na qual sete planetas
criaram raízes, segunda Parábola: do dilúvio das águas e da morteque a mulher
introduziu e expulsou, terceira Parábola: da porta de aço e do ferrolho de
ferro do cativeiro da Babilônia, quarta Parábola: da fé filosófica, que
consiste no número três, quinta Parábola: da casa dos tesouros que a Sabedoria
construiu sobre a pedra, sexta Parábola: do céu e do mundo e do lugar dos
elementos, sétima Parábola: do diálogo do Amado com a Amada, será Tomás de
Aquino o autor de “Aurora Consurgens”?. A
PRÁTICA DA PSICOTERAPIA – No livro A
prática da psicoterapia, Carl G. Jung trata sobre os problemas gerais da
psicoterapia, princípios básicos da prática da psicoterapia, medicina e
psicoterapia, psicoterapia e atualidade, o valor terapêutico da ab-reação, a
aplicação prática da análise dos sonhos, a psicologia da transferência, a fonte
de mercúrio, o rei e a rainha, a verdade nua, a imersão no banho, a coniunctio,
a morte, a ascensão da alma, a purificação, o retorno da alma, o novo
nascimento. O DESENVOLVIMENTO DA
PERSONALIDADE – No livro O
desenvolvimento da personalidade, Carl G. Jung trata sobre os conflitos da
alma infantil, a importância da Psicologia Analítica para a Educação, o
bem-dotado, a importância do inconsciente para a educação individual, da
formação da personalidade, o casamento como relacionamento psíquico. A VIDA SIMBÓLICA – No livro A vida simbólica, Carl G. Jung trata
sobre os fundamentos da Psicologia Analítica, conferências e discussões,
símbolos e interpretação dos sonhos, o sentido dos sonhos, as funções do
inconsciente, a linguagem dos sonhos, o problema dos tipos na interpretação dos
sonhos, o arquétipo no simbolismo dos sonhos, a função dos símbolos religiosos,
a cura da divisão, a vida simbólica (Seminário Guild of Pastoral Psychology),
sobre o ocultismo, sobre fenômenos espíritas, psicologia e espiritismo,
psicogênese das doenças mentais, o estado atual da psicologia aplicada, sobre
Dementia Praecox, um exame da psique do criminoso, a questão da intervenção
médica, Freud e a psicanálise, resenhas da literatura psiquiátrica, a
importância da teoria de Freud para a neurologia e a psiquiatria, duas cartas
sobre psicanálise, sobre a ambivalência (1910), contribuições ao simbolismo
(1911), individuação e coletividade (1916), sobre alucinação (1933), a
psicologia profunda (1948), cartas sobre sincronicidade, entre outros assuntos.
SINCRONICIDADE – O livro Sincronicidade, de Carl G. Jung, trata
do princípio de conexões acausais, experimento astrológico, os precursores da
sincronicidade e exposição. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
JUNG, Carl. Obras completas. Petrópolis: Vozes, 1961.
______. A natureza da psique. Petrópolis: Vozes, 1980.
______. A psicologia do inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1980.
______. Os arquétipos e o inconsciente coletivo.
Petrópolis: Vozes, 2000.
______. Sincronicidade. Petrópolis: Vozes, 2005.
______. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986,
______. Memória, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1986
______. Aspectos do drama contemporâneo. Petrópolis:
Vozes, 1990.
______. O problema psíquico do homem moderno.
Petrópolis, Vozes, 1993.
______. Símbolos de transformação. Petrópolis: Vozes,
1986.
______. Psicologia e religião. Petrópolis :Vozes, 1978.
PROGRAMA
TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá
que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado
pela poeta e radialista Meimei
Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação
desta terça aqui. Logo mais, a
partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá Especial
Ariano Suassuna, com apresentação de Meimei Corrêa e na programação a
voz, a poesia e arte armorial de Ariano Suassuna e Quinteto Armorial. Veja mais aqui.
SERVIÇO:
O que?
Programa Tataritaritatá Especial Ariano Suassuna
Quando? Hoje,
terça, 29 de julho, a partir das 21hs
Onde? Aqui no
blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação:
Meimei Corrêa
Veja mais sobre:
Inutescência & Maria
Luísa Persson aqui.
E mais:
Ulysses Gaze, Eleni Karaindrou & Kim
Kashkashian, Tunga & Giuseppe Gioachino Belli aqui.
Steven Pinker & Lou Vilela aqui.
Psicanálise & Roger Cruz aqui.
Nélida Piñon, Oduvaldo Vianna Filho &
Júlio Pomar aqui.
O pensamento de Arthur Schopenhauer aqui
e aqui.
Dia Branco, Ítalo Calvino, Isaac Newton,
Henrich Heine, Mark Twain, Moisés, John Watson, Meio Ambiente & Programa
Tataritaritatá aqui.
As muitas e tantas do Rei Salomão aqui.
Cantiga de amor pra ela & Programa
Tataritaritatá aqui.
Haroldo de Campos & Jacques Lacan aqui.
Tempo & Expressão Literária de Raúl
Castagnino & Totem e Tabu de Freud aqui.
Todo dia é dia
da mulher aqui.
A croniqueta de
antemão aqui.
Palestras: Psicologia,
Direito & Educação aqui.
Livros Infantis
do Nitolino aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by Ísis Nefelibata
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.