UMA VEZ & QUANDO MAIS,
YANA... – Ah, Lyuba, poderia eu ser o último dos pagãos que ouvira seu nome
ecoar entre amanheceres nos meus versos anoitecidos, enquanto os seus de Dams
singravam minhas vísceras incendiando o meu sangue. Quem a Ana Dulgerova na pena transcrita de Lyuba
Todorova, quem o capitão que trilhou a trilogia balcãs de sua prodigiosa
invenção. Sou mais que erradio seguindo seus passou. Rejeitada por todos,
obrigada a desaparecer. Sumiu no mundo e era Lyuba Gancheva para as crianças da
Blok em festa na reclusão rebelde diante da pressão comunista. Quem Levsky
ameaçava-lhe a morte para sumirem todos os manuscritos sem deixar o menor
vestígio: A obra constrói o seu criador.
A treva de um destino dramático, não se sabe direito a razão, assassinada
irrespondivelmente, heroína das sombras - vi-lhe Salt Gulf e era só Yana
Yzova... Veja mais abaixo e mais aqui, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Nossos
filhos, quando pequenos, são parte de nós mesmos. Quando crescem, são apenas
outras pessoas... Mal era uma palavra estúpida. Tinha o mesmo tipo de sentido,
em grande parte sem sentido, amorfo, difuso, confuso, aplicado ao “amor”. Todos
tinham uma vaga ideia do que significava, mas ninguém poderia defini-lo com
precisão. Parecia, de certa forma, implicar algo sobrenatural... Existe visão
mais triste do que uma biblioteca incendiada?... Pensamento da escritora
britânica Ruth Rendell (Ruth Barbara Grasemann – 1930-2015), escrevia
com o pseudônimo Barbara Vine. Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Não
suporto pensar em seguir os passos dos outros. E é isso que estão nos ensinando
a fazer aqui na Ilustração... Muitas vezes penso: "e se meus leitores e
várias pessoas que aparentemente têm uma opinião elevada sobre mim, e se
soubessem que posso sentir amor por mais de um homem ao mesmo tempo, que
durante anos houve três homens no meu amor- horizonte, que eu me entregue a
ritos de amor bizarros e esotéricos com meus amantes! Será que eles, sabendo
disso, me considerariam menos bom?... Pensamento da desenhista, escritora e
artista estadunidense Wanda Gág (1893-1946). Veja mais aqui e aqui.
ENTENDER O MUNDO – [...]. entendemos
o mundo em relação a um pano de fundo fornecido pelos paradigmas, que são essencialmente
históricos e definem as estratégias de restrição e seleção da pesquisa, até
mesmo o léxico das categorias que podem ser empregadas nas representações
teóricas e nas descrições empíricas [...]. Trecho extraído da obra Valores
e atividade científica (Scientiae Studia, 2008), do filósofo australiano Hugh
Lacey. Veja mais aqui.
NO JARDIM DO OGRO - [...] Pessoas que
nunca estão satisfeitas destroem tudo ao seu redor. [...]
Se ela tivesse
dito sim em voz alta, se tivesse concordado em participar voluntariamente da
cena de amor, a excitação teria diminuído. Porque o que
excitou a alma foi justamente ser traída pelo corpo que agiu contra a sua
vontade, e testemunhar essa traição [...]
Cada estação,
cada aniversário, cada acontecimento na vida de alguém corresponde a um amante
com o rosto borrado. em sua amnésia
flutua a sensação reconfortante de ter existido mil vezes através do desejo dos
outros. [...] Ela sempre gostou de estar com fome. Sentindo-se dobrar,
mas não quebrar, ouvindo seu estômago gemer vazio e então conquistando sua
necessidade, provando-se acima de tudo isso. A magreza tornou-se
um modo de vida. [...] O amor é apenas
paciência. Uma paciência
piedosa, fanática e tirânica. Uma paciência
excessivamente otimista. Ainda não
terminamos. [...]. Trechos da obra Dans le
jardin de l'ogre (Gallimard, 2014), da escritora e jornalista marroquina Leïla
Slimani.
UM POEMA – Cores - minhas músicas, role \ minhas pedras
afiadas. \ Meu povo é pequeno, está \ no campo, ele não consegue ouvir! \ E eu
tenho peste neles, \ vampiros, lhamas… \ Mas minhas canções não podem, não
querem \ morrer tão em vão!… Poema da escritora búlgara Yana Yazova
(1912-1974), que também se assinava sob o pseudônimo de Liuba Todorova Gancheva
e Liuba Gantcheva, autora dos livros Yazove
(1931), Revolt (1934), Crosses (1935), Ana Dyulgerova (1936), The Captain (1940),
Balkans (1987-1989), Alexander of Macedon (2002) e Salt Gulf (2003). Dela
as frases recolhidas: O perdedor da
batalha nem sempre é derrotado. Um homem que não conhece a história não tem
olhos. Ele nunca pode lucrar com os bons exemplos e perde o trabalho em mil
erros que foram cometidos antes dele. Os escravos só podem esperar algo bom se se tornarem soldados! Estar com
frio e passar fome ao perseguir um objetivo, sim!... Não apenas ficar sentado
em um moinho de vento e passar fome. Isso é miséria!... Ele pode congelar e
morrer de fome o quanto quiser por apenas um ideal! Todo objetivo é alcançado
por meio de atividades comuns e cotidianas. De vocês, cientistas, os simples
devem entender o que é humanidade, honestidade, perseverança, amor ao próximo e
finalmente aprender o que é pátria, liberdade! Se nossa vida servil for uma
floresta impenetrável, nela nos tornaremos lobos! Se a natureza nos dá o
direito natural de nos defendermos quando somos atacados, havia alguma lei aqui
em seu país que desse esse direito a um escravo? A queda não é assustadora, mas
é assustador aceitar a queda e justificá-la. Ninguém diga: é destino humano
pisar na lama! Um homem inquieto não deve ter uma boa casa, mas uma cabana que
dê pouca alegria aos seus inimigos.
É jóia do Xá retina de um mar
De olhar verde já derramante
Abriu-se Sézamo em mim
Ah! meu irmão aqualouca tara que tem ímã
Mergulha no ar me arrasta me atrai
Pro fundo do oceano que dá
Prá lá de Bagdá prá cá de além
Pedra que lasca seu brilho
E que queima no lábio um quilate de mel
E que deixa na boca melante
Um gosto de língua no céu
Luz talismã misterioso cubanacã
Delícia sensual de maçã
Saborosa manhã
Vou te eleger vou me despejar de prazer
Essa noite o que mais quero é ser
1001 pra você....
Jade...Jade...Jade...