DITOS & DESDITOS: [...] Quando uma pessoa morre, ela sai do reino da
liberdade e entra no reino da escravidão. Vida é a liberdade e a morte é a
negação gradual da liberdade. A consciência primeiro enfraquece e depois
desaparece. Os processos da vida – respiração, metabolismo, circulação –
continuam por algum tempo, mas foi feito um movimento irrevocável em diração à
escravidão, a consciência e a chama da liberdade se extinguiram. As estrelas
desapareceram do céu noturno. A Via Láctea desvaneceu-se; o Sol apagou; Vênus,
Marte e Júpiter se extinguiram; milhões de folhas morreram; o vento e os
oceanos se dissparam; as flores perderam suas cores e seus perfurmes; o pão
sumiu; a água sumiu/ até o mesmo o propprio ar, o ar às vezes fresco e às vezes
abafado sumiu. O universo dentro da pessoa parou de existir. Esse universo é
surpreendetemente parecido com o universo que existe fora das pessoas viventes.
Mas ainda mais surpreendente é o fato de que esse universo tinha algo em si que
diferenciava o som de seu oceano, o cheiro de suas flores, o farfalhar de suas
folhas, os tons de seu granito e a trsiteza de seus campos no outro tanto
daqueles (sons de oceanos, cheiro de flores, farfalhar de folhas, tons de
granito e trsiteza de campos de outono) do universo que existe externamente
fora das pessoas. O que constitui a liberdade, a alma de uma vida individual, é
o seu carater único. O reflexo do universo na consciencia de alguem é abase de
seu poder, mas a vida só se transofrma em felicidade, só é dotada de liberdade
e sentido, quando alguem existe como um mundo inteiro que nunca foi repetido em
toda eternidade. Só então se pode experimentar o prazer da liberdade e da
bondade, encontrando nos outros aquilo que já foi encontrado em si mesmo.
[...]. Trechos extraídos da obra Vida e Destino (Leya, 2012),
do escritor e jornalista ucraniano Vasily Grossman (1905-1964), tratando
sobre a incidência da Segunda Guerra Mundial na Rússia soviética, numa família
de classe média que se dispersa no destino, retratando o horror e a esperança
diante do genocídio dos judeus.OUTROS DITOS
Eu
pretendo combater o cinismo intelectual...
Pensamento da socióloga canadense Michèle Lamont,
que na sua obra Money, Morals, & Manners: The Culture of the French and
the American Upper-Middle Class (University of Chicago Press, 1994),
expressa que: [...] Embora o impacto da classe social, etnia
e socialização religiosa na escolha conjugal tenha diminuído, a homogamia
educacional tem aumentado. Em geral, a população com ensino superior (que
abrange a classe média alta, conforme definida no presente estudo) continua a
apresentar um alto grau de similaridade em suas práticas e atitudes culturais
em uma ampla gama de áreas. O fato de um diploma
universitário continuar sendo o melhor preditor de alto status ocupacional
sugere que os limites que essa população constrói entre si e os outros são
particularmente significativos. Esses limites provavelmente serão mais
permanentes, menos transponíveis e menos resistidos do que os limites
existentes entre grupos étnicos, por exemplo. Eles também têm maior
probabilidade de sobreviver em diferentes contextos, ou seja, de serem
transferidos da comunidade para o local de trabalho e vice-versa. Vemos
novamente, portanto, a importância de estudar de forma sistemática os limites
produzidos por pessoas com ensino superior. [...]. Veja mais aqui, aqui e
aqui.
O HOMEM QUE SE PERDEU DE SI
MESMO, DE PAPINI
[...] Desde
aquele dia, nunca mais tive coragem de despir-me, e permaneço sempre em casa, sozinho,
com o meu dominó branco no corpo, com minha máscara negra no rosto, para ter
certeza de nunca mais perder-me.
[...].
Trecho do conto O
homem que se perdeu de si mesmo, do
escritor italiano Giovanni Papini
(1881-1956), autor do controvertido livro El Diablo
(Epoca, 2017), no qual expressa que: [...] Este livro não é: Uma história das opiniões e crenças do
Diabo; uma incursão mais ou menos erudita ou mais ou menos divertida pelas
lendas antigas e modernas do Diabo; um estudo conceitual árido, seguindo o
tradicional jornal escolar; um manual ascético para proteger as almas dos
ataques e investidas do diabo; uma coleção de invectivas sagradas ou discursos
oratórios sobre o velho adversário; uma história dos representantes terrenos do
Diabo, que explica mágicos, ocultistas e coisas por estilo: uma orgia romântica
de literatura satanista, com seus correspondentes homens negros e outros
imbecis brutais; uma elucubração metafísica sobre o problema do mal, como a
encontrada pelo kantiano Ehrard; e, no final, é exatamente como pode parecer a
qualquer leitor apreciador, uma defesa do Diabo. [...]. Veja mais aqui & aqui.
O AMOR DE UM LADINO, DE CHRISTI
CALDWELL
[...] Temo que se você realmente acredite nisso, você
viverá uma existência muito solitária e triste. [...] Você pode ter esquecido como usá-lo porque ele foi
muito machucado, mas ele está lá e um dia você encontrará a pessoa que ensinará
esse órgão a bater novamente.
[...] Ele deixou de acreditar pelas mãos de seu pai, a pessoa que deveria
amá-lo incondicionalmente, em vez disso lhe ensinou que o amor, na verdade, tem
condições. [...].
Trechos extraídos do livro The
Love of a Rogue (Spencer
Hill Press, 2018), da escritora estadunidense Christi Caldwell.
Bebamos, companheiros, / Bebamos, companheiros, / O suco da uva, O vinho verdadeiro.
A arte da bailarina, coreógrafa, atriz e diretora de ballet russa Maya Plisetskaya (1925-2015), prima ballerina assoluta do Teatro Bolshoi. Veja mais aqui.
O artista precisa do reconhecimento do seu povo, porque ele vive disso. É muito importante o trabalho que vimos desenvolvendo esse tempo todo, fazendo a cidade dançar, fazendo com que a cidade reconheça seus valores artísticos mais profundos, e estamos hoje sendo coroados por este valor. Esse reconhecimento vem abrir portas, consolida nosso trabalho, e nos posiciona como um legítimo representante da cidade do Recife. Isso nos inventiva e dá mais vontade de lutar, de continuar a levar nossa cultura e nossa arte para a sociedade.







