CARTA DE AMOR – Imagem: arte da poeta,
artista visual e blogueira Luciah Lopez. – Ah, quem dera fosse a vida a arte do encontro e eu
tivesse à mão espalmada o poder do agasalho nos momentos mais propícios: quentura
do afago na pele enregelada pelo solstício da solidão. Ah, quem me dera e
ergueria o punho da vitória na conquista da espera engessada na demora, quase
intransponível e rompida quese inquebrável: nada resiste a quem insiste, persiste,
persevera, labora. Nem tudo dura tanto, nem pra toda vida. O tempo nada
respeita e tudo passa amontoado na desvalida. Eu giro monte, corro vales, meu
coração maior que o mundo nas veredas do destino, empunha a lira e canta uma
canção de amor praquela que incendeia no meu peito as minhas loucas ilusões:
aquela que acende a pira da vida e me faz o deus maior e único de sua teogonia.
É dela que irradia todas as benesses: o olhar cândido do dia, o riso de Sol que
a tudo de mim alumia, o corpo vapora bálsamos inebriantes e a alma nua em flor,
é dela e nela inspirado empunho a lira e sou cheio de louvores e preces – ah,
quem me dera o prêmio de sua graça, os dotes da sua ventura deleitosa, ah quem
me dera o seu afeto materno e amante que me segura com seus desejos sãos a me coroar
no seu reinado, a me galardoar com todas suas posses e a me laurear dono de
toda as fortunas que de si se espraiam só pro meu prazer. É ela a estrela guia
que pra minha sorte irradia eterno voo, asas abertas à força do amor. ©
Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.
Curtindo o álbum Mundo
de dentro (Horipro/Universal, 2010), do cantor, compositor e músico Dori Caymmi.
PESQUISA
[...] Vivendo como vive, tanto de ciência básica
como de pão, o homem se vê dilacerado. [...] O homem chegou até aí, desenvolvendo sistemas modificados de espécies,
portanto, padrões de similaridade modificados para fins científicos. Pelo processo
de teorizar por ensaio e erro, reagrupou as coisas em espécies novas que se
mostraram mais convenientes do que as antigas, para muitas induções. [...].
Trecho do
ensaio Espécies naturais, extraído da
obra Ontological relativity and other
ensays (Columbia, 1969 – Abril Cultural, 1980), do filósofo lógico estadunidense
Willard Van Orman Quine (1908-2000).
LEITURA
[...] O que ela
nunca se atrevia a dizer foi: “Sou a modelo do quadro de Toulouse-Lautrec”. Tinha
ganhado dinheiro, com todos esses ministros e outros homens chiques que
conheciam o pintor. Mas existiam coisas sagrada na vida. [...].
Trecho extraído do romance Mulher da cor do tango (Record, 2000), da escritora e jornalista
argentina Alicia Dujovne Ortiz, contando a epopeia
imaginária da real loura prostituta Mireille, amiga do pintor francês e retrada
por ele no quadro Au salon de la rua des Moulins,
partindo depois pra Argentina sob a promessa de fortuna.
PENSAMENTO
DO DIA: COMO DIZIA MONSIEUR PRUDHOMME
Não se pode substituir uma mãe; todos os
homens são iguais, salvo as diferenças que possam existir entre eles.
Trecho extraído da obra Memoires de monsieur Joseph Prudhomme (Memórias do Sir Joseph
Prudhomme, 1857), personagem caricato da burguesia francesa, criado cartunista,
ilustrador, dramaturgo e ator francês Henry Monnier (1799-1877).
IMAGEM
DO DIA;
“Filho,
um dia isso tudo será seu”
A arte do fotógrafo, documentarista e fotojornalista
João Roberto Riper: Criança carvoeira trabalhando na Fazenda Financial,
em Ribas do Rio Pardo – Mato Grosso do Sul (1988), que sonhava em ser jogador
de futebol.
Veja mais sobre Revista A Região, Julio Cortázar, Guillaume Apollinaire, Psicodrama e Neurociência, Playback
Theatre, Barbet Schroeder, Alfredo D'Andrade, Claudia Telles, Sunny von Bülow
& Thiago Cóstackz aqui.
DESTAQUE
A arte
da artista feminista perfomática iuguslava Tanja
Ostojić, uma cidadã do mundo que se recusa a ter qualquer nacionalidade
particular.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
I ... não é somente um bolero é o amor se fazendo paixão quando em suas
mãos eu me rendo em delírio e tesão ...não é somente um bolero é a paixão sem
razão é a sua mão me tirando o chão ...não é somente um bolero é o amor se
fazendo paixão inebriante sensação de querer-te além da ilusão ...não é somente
um bolero é a paixão se fazendo amor me tirando do chão me prendendo em suas
mãos na mais louca paixão. ...não é somente um bolero, não é paixão ...não é
somente um bolero, não é o amor sem razão II
...e as suas mãos me fazem nua e minha lua/alma tão sua que a música não
separa o meu corpo do seu as roupas pelo chão os copos e a marca do meu batom a
sua boca Que mais me importa?! Nada! Nada mais importa só o seu cheiro seu
calor suas mãos no meu corpo me fazendo gemer de prazer e minhas pernas nuas se
abrem em você e o seu sexo me procura e me tortura até não mais querer _________e essa música nos meus ouvidos a me
dizer que sou sua pra sempre sua que mais posso fazer?! Ah, eu cravo as unhas na
sua pele macia e me deixo no extase de ter voce dentro de mim ah, são dois pra
lá, dois pra cá...
Bolero à meia luz,
poemas/imagens: arte da poeta, artista
visual e blogueira Luciah Lopez.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A coisa mais fácil? Equivocar-se. O obstáculo maior? O medo. O erro
maior? Abandonar-se. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distração mais
bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As
crianças. A primeira necessidade? Comunicar-se. O que mais faz feliz? Ser útil
aos demais. O mistério maior? A morte. O pior defeito? O mal humor. A coisa
mais perigosa? A mentira. O sentimento pior? O rancor. O presente mais belo? O
perdão. O mais imprescindível? O lar. A estrada mais rápida? O caminho correto.
A sensação mais grata? A paz interior. O resguardo mais eficaz? O sorriso. O
melhor remédio? O otimismo. A maior satisfação? O dever cumprido. A aforça mais
potente do mundo? A fé. As pessoas mais necessárias? Os pais. A coisa mais bela
de todas? O amor.
Poema da Paz, da
religiosa indiana e ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 1979, Madre Teresa de Calcutá (1910-1997).
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.