sexta-feira, agosto 26, 2016

TERESA DE CALCUTÁ, ORMAN QUINE, ALICIA DUJOVNE, DORI CAYMMI, HENRY MONNIER, TANJA OSTOJIĆ, ROBERTO RIPER & LUCIAH


CARTA DE AMOR – Imagem: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez. – Ah, quem dera fosse a vida a arte do encontro e eu tivesse à mão espalmada o poder do agasalho nos momentos mais propícios: quentura do afago na pele enregelada pelo solstício da solidão. Ah, quem me dera e ergueria o punho da vitória na conquista da espera engessada na demora, quase intransponível e rompida quese inquebrável: nada resiste a quem insiste, persiste, persevera, labora. Nem tudo dura tanto, nem pra toda vida. O tempo nada respeita e tudo passa amontoado na desvalida. Eu giro monte, corro vales, meu coração maior que o mundo nas veredas do destino, empunha a lira e canta uma canção de amor praquela que incendeia no meu peito as minhas loucas ilusões: aquela que acende a pira da vida e me faz o deus maior e único de sua teogonia. É dela que irradia todas as benesses: o olhar cândido do dia, o riso de Sol que a tudo de mim alumia, o corpo vapora bálsamos inebriantes e a alma nua em flor, é dela e nela inspirado empunho a lira e sou cheio de louvores e preces – ah, quem me dera o prêmio de sua graça, os dotes da sua ventura deleitosa, ah quem me dera o seu afeto materno e amante que me segura com seus desejos sãos a me coroar no seu reinado, a me galardoar com todas suas posses e a me laurear dono de toda as fortunas que de si se espraiam só pro meu prazer. É ela a estrela guia que pra minha sorte irradia eterno voo, asas abertas à força do amor. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.


Curtindo o álbum Mundo de dentro (Horipro/Universal, 2010), do cantor, compositor e músico Dori Caymmi.

PESQUISA 
[...] Vivendo como vive, tanto de ciência básica como de pão, o homem se vê dilacerado. [...] O homem chegou até aí, desenvolvendo sistemas modificados de espécies, portanto, padrões de similaridade modificados para fins científicos. Pelo processo de teorizar por ensaio e erro, reagrupou as coisas em espécies novas que se mostraram mais convenientes do que as antigas, para muitas induções. [...].
Trecho do ensaio Espécies naturais, extraído da obra Ontological relativity and other ensays (Columbia, 1969 – Abril Cultural, 1980), do filósofo lógico estadunidense Willard Van Orman Quine (1908-2000).

LEITURA 
 [...] O que ela nunca se atrevia a dizer foi: “Sou a modelo do quadro de Toulouse-Lautrec”. Tinha ganhado dinheiro, com todos esses ministros e outros homens chiques que conheciam o pintor. Mas existiam coisas sagrada na vida. [...].
Trecho extraído do romance Mulher da cor do tango (Record, 2000), da escritora e jornalista argentina Alicia Dujovne Ortiz, contando a epopeia imaginária da real loura prostituta Mireille, amiga do pintor francês e retrada por ele no quadro Au salon de la rua des Moulins, partindo depois pra Argentina sob a promessa de fortuna.

PENSAMENTO DO DIA: COMO DIZIA MONSIEUR PRUDHOMME
Não se pode substituir uma mãe; todos os homens são iguais, salvo as diferenças que possam existir entre eles.
Trecho extraído da obra Memoires de monsieur Joseph Prudhomme (Memórias do Sir Joseph Prudhomme, 1857), personagem caricato da burguesia francesa, criado cartunista, ilustrador, dramaturgo e ator francês Henry Monnier (1799-1877).

IMAGEM DO DIA;
“Filho, um dia isso tudo será seu”
A arte do fotógrafo, documentarista e fotojornalista João Roberto Riper: Criança carvoeira trabalhando na Fazenda Financial, em Ribas do Rio Pardo – Mato Grosso do Sul (1988), que sonhava em ser jogador de futebol.

Veja mais sobre Revista A Região, Julio Cortázar, Guillaume Apollinaire, Psicodrama e Neurociência, Playback Theatre, Barbet Schroeder, Alfredo D'Andrade, Claudia Telles, Sunny von Bülow & Thiago Cóstackz aqui.

DESTAQUE
A arte da artista feminista perfomática iuguslava Tanja Ostojić, uma cidadã do mundo que se recusa a ter qualquer nacionalidade particular.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
I ... não é somente um bolero é o amor se fazendo paixão quando em suas mãos eu me rendo em delírio e tesão ...não é somente um bolero é a paixão sem razão é a sua mão me tirando o chão ...não é somente um bolero é o amor se fazendo paixão inebriante sensação de querer-te além da ilusão ...não é somente um bolero é a paixão se fazendo amor me tirando do chão me prendendo em suas mãos na mais louca paixão. ...não é somente um bolero, não é paixão ...não é somente um bolero, não é o amor sem razão II ...e as suas mãos me fazem nua e minha lua/alma tão sua que a música não separa o meu corpo do seu as roupas pelo chão os copos e a marca do meu batom a sua boca Que mais me importa?! Nada! Nada mais importa só o seu cheiro seu calor suas mãos no meu corpo me fazendo gemer de prazer e minhas pernas nuas se abrem em você e o seu sexo me procura e me tortura até não mais querer  _________e essa música nos meus ouvidos a me dizer que sou sua pra sempre sua que mais posso fazer?! Ah, eu cravo as unhas na sua pele macia e me deixo no extase de ter voce dentro de mim ah, são dois pra lá, dois pra cá...
Bolero à meia luz, poemas/imagens: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A coisa mais fácil? Equivocar-se. O obstáculo maior? O medo. O erro maior? Abandonar-se. A raiz de todos os males? O egoísmo. A distração mais bela? O trabalho. A pior derrota? O desalento. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade? Comunicar-se. O que mais faz feliz? Ser útil aos demais. O mistério maior? A morte. O pior defeito? O mal humor. A coisa mais perigosa? A mentira. O sentimento pior? O rancor. O presente mais belo? O perdão. O mais imprescindível? O lar. A estrada mais rápida? O caminho correto. A sensação mais grata? A paz interior. O resguardo mais eficaz? O sorriso. O melhor remédio? O otimismo. A maior satisfação? O dever cumprido. A aforça mais potente do mundo? A fé. As pessoas mais necessárias? Os pais. A coisa mais bela de todas? O amor.
Poema da Paz, da religiosa indiana e ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 1979, Madre Teresa de Calcutá (1910-1997).
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.