MINHA NOSSA, QUANTA POLUIÇÃO!!! – Pronde
me viro, não tem saída: é só sujeira. Parece mais que não fazemos outra coisa
senão fabricar mais bosta! Sim, além de Fabos, aumentamos a merda na maior
fedentina. É porqueira demais na patriamada: estrume das cagadas ministeriais,
esterco e descartes industriais, detritos hospitalares, despejos comerciais, resíduos
domésticos, pornografia, fotografias, glamour, celebridades e grifes; pastiche,
sirenes, motores; odores, esgotos, monturos; nascituro, excrementos e venenos; escapamentos,
políticos e reputações; medicações, imundícies e bulas; medula, rótulos e manuais
de instruções; evacuações, santinhos e novenas; legislações, bisnagas e
cachetes; maquetes, roldanas e utensílios; supercílios, bótons e chavões;
escoriações, colchetes e simpatias; aleivosias, modas e tolotes; brebotes, imundícies
e bagas; pragas, tampas e roscas, toucas, logomarcas e ligas, intrigas, parafusos
e arruelas, sequelas, honras e cadarços, bagaços, arames e pantins; panelinhas,
maleitas e molambos; escambos, catotas e tacos, pitacos, chacotas e retalhos,
paspalhos, cunhas e perebas, amebas, fardos e tocos, cotocos, cabaços e
bombons, cupons, pregas e arreatas, sapatas, maleitas e metralhas, gentalha,
trapos e lajotas, pirocas na bandeja do congresso, começo a jogar pulha na
rata, as latas, picotes e coletes, colchetes, odores e fivelas, favelas,
cabides e arengas, merendas, tranqueiras e chués, babéis na tuia dos trejeitos,
confeitos de bosta a granel, presilhas pra cus e bocetas, capetas de afanagens
e surrupios, corrupios de costelas ineivadas, macacadas de trejeitos oficiais,
ai Brasil, Breazil, da minha mãe e da puta que o pariu! Um discurso no
parlamento e um papel higiênico usado, a gestão de um prefeito e um absorvente
jogado, um bueiro de usina na Câmara de Vereadores, o lixão e a Assembleia
Legislativa, um depósito dos dejetos nucleares e os laços entre o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário. Tudo lixo, lixo na terra, na água, no ar, lixo,
lixo, lixo! Onde é que vamos parar? Que não seja na esterqueira de um golpe,
nem na alfurja da injustiça, nem na lixeira da impunidade. Se a canoa não virar,
olé, olé, olá! Entrando por uma perna de pinto e saindo por uma perna de pato,
a vida não é novela pra ter só final feliz; um dia atrás do outro e o empeno só
quebra nas costas do infeliz! Pelo menos uma boa parcela da população
brasileira está bem acordada e persevera pro filme não reprisar, oxalá – do jeito
que vai, ninguém sabe; infelizmente, o resto do nosso povo ainda vai na
conversa pra boi dormir das manchetes teleguiadas! E vamos aprumar a conversa
& tataritaritatá! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aqui e aqui.
Curtindo
cd/dvd Symphony - Live In Vienna (2009),
do concerto ao vivo da atriz e cantora soprano inglesa Sarah Brightman, oriundo do seu álbum homonimo,
PESQUISA: A TEIA DA VIDA
[...] Nos ecossistemas, a complexidade da rede é
uma consequência da sua biodiversidade e, desse modo, uma comunidade ecológica
diversificada é uma comunidade elástica. Nas comunidades humanas, a diversidade
étnica e cultural pode desempenhar o mesmo papel. Diversidade significa muitas
relações diferentes, muitas abordagens diferentes do mesmo problema. Uma
comunidade diversificada é uma comunidade elástica, capaz de se adaptar a
situações mutáveis. No entanto, a diversidade só será uma vantagem estratégica
se houver uma comunidade realmente vibrante, sustentada por uma teia de
relações. Se a comunidade estiver fragmentada em grupos e em indivíduos
isolados, a diversidade poderá, facilmente, tornar-se uma fonte de preconceitos
e de atrito. Porém, se a comunidade estiver ciente da interdependência de todos
os seus membros, a diversidade enriquecerá todas as relações e, desse modo,
enriquecerá a comunidade como um todo, bem como cada um dos seus membros. Nessa
comunidade, as informações e as idéias fluem livremente por toda a rede, e a
diversidade de interpretações e de estilos de aprendizagem — até mesmo a
diversidade de erros — enriquecerá toda a comunidade. São estes, então, alguns
dos princípios básicos da ecologia — interdependência, reciclagem, parceria,
flexibilidade, diversidade e, como consequência de todos estes, sustentabilidade.
À medida que o nosso século se aproxima do seu término, e que nos aproximamos
de um novo milênio, a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização
ecológica, da nossa capacidade para entender esses princípios da ecologia e
viver em conformidade com eles.
Trecho extraído
da obra A teia da vida: uma nova
compreensão científica dos sistemas vivos (Cultrix, 1997), do físico e
escritor austríaco Fritjof Capra,
propondo a visão de uma interligação ecologica de todos os eventos que ocorrem
na Terra. Veja mais aqui e aqui.
LEITURA
Eles não
sabem que o sonho / é uma constante da vida / tão concreta e definida / omo
outra coisa qualquer, / como esta pedra cinzenta / em que me sento e descanso, /
como este ribeiro manso / / rm serenos sobressaltos, / como estes pinheiros
altos / que em verde e oiro se agitam, / como estas aves que gritam / em
bebedeiras de azul. / Eles não sabem que o sonho / é vinho, é espuma, é
fermento, / bichinho álacre e sedento, / de focinho pontiagudo, / que fossa
através de tudo / num perpétuo movimento. / Eles não sabem que o sonho / é
tela, é cor, é pincel, / base, fuste, capitel, / arco em ogiva, vitral, / pináculo
de catedral, / contraponto, sinfonia, / máscara grega, magia, / que é retorta
de alquimista, / mapa do mundo distante, / rosa-dos-ventos, Infante, / caravela
quinhentista, / que é Cabo da Boa Esperança, / ouro, canela, marfim, / florete
de espadachim, / bastidor, passo de dança, / Colombina e Arlequim, / passarola
voadora, / pára-raios, locomotiva, / barco de proa festiva, / alto-forno,
geradora, / cisão do átomo, radar, / ultra-som, televisão, / desembarque em
foguetão / na superfície lunar. / Eles não sabem, nem sonham, / que o sonho
comanda a vida. / Que sempre que um homem sonha / o mundo pula e avança / como
bola colorida / entre as mãos de uma criança.
Pedra filosofal, poema extraído da obra Movimento perpétuo (1956), do poeta e professor português António
Gedeão (1906-1997), poema este que se tornou hino e bandeira da resistência
contra a ditadura.
PENSAMENTO DO DIA:
[...] nós, os seres vivos, somos sistemas autopoéticos moleculares, indicando
que o que nos define como a classe particular de sistemas auopoiéticos que
somos, isto é, o que nos define como seres vivos, é que somos sistemas auopoiéticos
moleculares, e que entre tantos sistemas moleculares diferentes, somos sistemas
autopoiéticos.
Trecho
extraído da obra De máquinas e seres
vivos – autopoiese: a organização do vivo (Artmed, 2002), do neurobiólogo
chileno e criador da teoria da autopoiese e da biologia do conhecer, Humberto Maturana, e do biólogo e filósofo
chileno Francisco Varela
(1946-2001). Veja mais aqui, aqui e aqui.
IMAGEM DO DIA:
A arte do fotógrafo Stefan
Kuhn.
Veja mais sobre Nascente Poético, Konstantínos Kaváfis. Herança de si
mesmo de Raumsol, O Panchatantra, Patti Austin, Ingrid Koudela, Jonathan
Glazer, Mário Villares Barboza, Scarlett Johansson & Ana Pirolo aqui.
DESTAQUE
A arte
da artista visual Kézia Talisin.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Nude Woman – da artista plástica Patricia
Awapara.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra – The Peace Project by The Whole
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.