segunda-feira, julho 08, 2013

LEA GOLDBERG, ROTHFUSS, LAJOS EGRI, MAX AUB, ABELARDO, ARTE EM PALMARES, CARMIN & CRUOR


 

BREVE HISTÓRIA DA ARTE EM PALMARES - Tudo começa com o Club Litterario, em 1882, em conformidade com o narrado no livro Letrados & Ufanos (Bagaço, 2011), escrito pelo poeta e historiador Vilmar Antônio Carvalho. Entre os nomes dessa legendária instituição surge o de Miguel Jasseli (1902 - 1964), personagem que emerge na província e se torna responsável pelo desenvolvimento não só da atividade teatral, como de toda a vida cultural palmares. É dele que surgem nomes do teatro palmarense, como Hermilo Borba Filho, Lelé Corrêa (José de Barros Corrêa) e Fenelon Barreto. Outra celebridade nacional na área é também a do compositor, radialista, humorista e ator Aguinaldo Batista (1930-1980), que atuou com figuras como a do Chico Anísio e no cinema nacional. É no Club Litterario que surgem as figuras de Ascenso Ferreira, com a sua poesia parnaso-simbolista e modernista, bem como a poesia de Jayme Griz que prossegue seus passos. Outra figura de relevo na vida cultural local é a do poeta e enciclopedista Artur Griz. Estes poetas e muitos outros do território palmarense foram descatados na publicação Poetas de Palmares (1972), organizada pelo poeta Juareiz Correya. Nas artes Visuais destacam-se nomes como o de Murillo La Greca, Darel Valença Lins e Tunga (Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão). Na poesia popular o destaque vai pro poeta Manoel Bentevi (1911-1999), que desmanchou o nordeste em poesia, a exemplo da premiada obra do escritor Luiz Berto, que entre outras obras e ações, também levou o grupo teatral palmarense Terra, para encenação da sua peça Pei Bufe Etc & Tal. Na música a tradição herdada pelo maestro José da Justa possibilitou eclosão de nomes como o de Manoel Carvalho – Mancini, afora os nomes de compositores como Ozi dos Palmares e Zé Ripe, bem como a emergência do ilustre Santanna O Cantador. Nas últimas décadas destacam-se o aparecimento do Instituto de Belas Artes Vale do Una, um projeto do poeta e artista plástico Paulo Profeta e a poesia do poeta Picapau (José Maria Sales). Veja mais aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Dois ou três milhões de anos atrás, a Terra era uma bola de fogo, girando em torno de seu próprio eixo. Demorou milhões de anos para esfriar sob o aguaceiro constante da chuva. O Processo foi lento, imperceptível, mas a mudança gradual - a transição - aconteceu. O mesmo para geração após geração de evolução na Terra. A natureza nunca pula. Ela trabalha de forma descontraída, experimentando continuamente. A mesma transição natural pode ser vista no homem. Essa mudança gradual, transição, funciona em todos os lugares, construindo silenciosamente tempestades e destruindo sistemas solores. Existe apenas um domínio em que os personagens desafiam as leis naturais e permanecem os mesmos - o domínio da escrita ruim. E é a natureza fixa dos personagens que torna a escrita ruim. Pensamento do escritor e dramaturgo húngaro Lajos Egri (1888-1967). Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU - Há três categorias de homens: os que contam a sua história; os que não a contam; e os que não a têm. Pensamento do escritor espanhol Max Aub (1903-1972), que em Manuscrito cuervo: Historia de Jacobo (Cuadernos del Vigía, 2011), considera sobre o boato: [...] O boato é o principal alimento dos homens. Aumenta com inaudita rapidez. Basta uma frase, e pronto: corre, envolve, gira, domestica, cresce, baralha, mistura notícias e configurações, procura apoios, dá explicações, resolve qualquer contradição: é panaceia. São diversos os seus progenitores: velhos, guardas, cartas, rádio, externos, viajantes, fugitivos, camponeses dos arredores, vestíbulos, esperas, filas. Abala os mais cépticos, exalta os abatidos, corre, voa e agita-se, desconhecido. De onde parte? Do ar e sempre com um saborzinho de verdade escondida. Cada boato tem o seu pequeno grão minúsculo, a questão é dar com ele, o sabor está na interpretação. Disseca-se e desdobra-se como uma célula qualquer, mais parideiro do que uma coelha. Forma grupos, desfaz reuniões, indo cada qual formar um novo centro, rede nervosa, rapidez de luz, toque de imaginação, vanguarda de desejos, fruto natural do sonho, pimenta da reclusão, erupção das noites, desgosto dos íntegros, calafrio de tolos, sonho incarnado de fracos. Desvanece-se com outro, e de boato em boato passa o tempo, boato de boatos. Faz-se noite, chega o sono e a morte: outro boato. [...]

 

O NOME DO VENTO - [...] Depois que descobri o que estava me incomodando, a maior parte do meu mal-estar desapareceu. O medo costuma provir da ignorância. Uma vez que eu soube qual era o problema, ele se tornou apenas um problema, nada a temer. [...] Porque o orgulho é uma coisa estranha, e porque a generosidade merece ser retribuída com generosidade. Mas foi sobretudo por me parecer a coisa certa, e essa é uma razão suficiente. […]. A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade. Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta. Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas de mais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio 'O tempo cura todas as feridas' é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta. Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás. Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram. […]. Trechos extraídos da obra The Name of the Wind (DAW, 2008), do escritor estadunidense Patrick Rothfuss, autor de frases célebres como: Eu sempre leio. Você sabe como os tubarões têm que continuar nadando ou morrem? Eu sou assim. Se eu parar de ler, eu morro... Também esta pérola: Amamos aquilo que amamos. A razão não entra nisso. Sob muitos aspectos, o amor insensato é o mais verdadeiro. Qualquer um pode amar uma coisa por causa de. É tão fácil quanto pôr um vintém no bolso. Mas amar algo apesar de, conhecer suas falhas e amá-las também, isso é raro, puro e perfeito.

 

SOU - Sou única no firmamento \ e múltipla dentro do abismo. \ Do fundo rio me contempla\ a imagem refletida. \ Sou a verdade no firmamento,\ sou o imaginário abismo.\ Do fundo do rio me contempla\ a minha imagem, no seu enganoso destino.\ Lá no alto estou rodeada de silêncio;\ no abismo sussurro e canto.\ No firmamento sou um deus,\ no rio sou uma oração. Poema da escritora e tradutora israelense Lea Goldberg (1911-1970). Veja mais aqui.


LÓGICA PARA PRINCIPIANTESPara aqueles dentre nós que se iniciam no estudo da lógica digamos algumas palavras sobre as suas propriedades, e comecemos por tratar do gênero a que ela pertence, ou seja, a filosofia. Boécio não denomina qualquer ciência filosofia, mas só aquela que consiste no estudo das coisas mais elevadas. De fato, não damos o nome de filósofos a quaisquer estudiosos, mas apenas aos sábios cuja inteligência se aprofunda na consideração das questões mais sutis. Boécio distingue três espécies de filosofia, isto é, a especulativa, que investiga a natureza das coisas; a moral, que considera a questão da vida honesta; e a racional, denominada lógica pelos gregos e que trata da argumentação. Alguns autores, entretanto, separam a lógica da filosofia com afirmar que ela constitui mais um instrumento, de acordo com Boécio, do que uma parte da ciência filosófica, uma vez que todas as outras disciplinas dela se utilizam de alguma forma, quando usam os seus argumentos para fazerem as próprias demonstrações. Quer se trate de uma investigação sobre o mundo físico, quer de um assunto moral, os argumentos procedem da lógica. O próprio Boécio rebate essa opinião com afirmar que nada impede a lógica de ser, ao mesmo tempo, instrumento e parte da filosofia, tal como a mão é, ao mesmo tempo, instrumento e parte do corpo humano. Às vezes, a própria lógica parece ser instrumento de si mesma, quando demonstra com os seus argumentos uma questão pertencente à sua área, como, por exemplo, a seguinte: o homem é uma espécie do gênero animal. [...] Na redação de um tratado de lógica impõe-se necessariamente certa ordem no tratamento dos assuntos, pois, uma vez que as argumentações se compõem de proposições, e já que estas são formadas por termos, quem escreve uma obra completa de lógica precisa primeiramente tratar dos simples termos, depois, das proposições e, por fim, coroar o seu estudo com o exame das argumentações, tal como o fez o nosso príncipe Aristóteles, que escreveu as Categorias  sobre a doutrina dos termos, o Peri Hermeneias sobre as proposições, e os Tópicos e os Analíticos sobre as argumentações. Esta obra de Porfirio, conforme o esclarece a indicação do título, constitui uma introdução às Categorias de Aristóteles, mas, como o próprio autor demonstra posteriormente, ela é necessária para toda a arte da lógica. Passaremos a examinar agora, de modo breve e preciso, a intenção do autor, a matéria de que trata, o método seguido, a utilidade do estudo, e a parte da dialética à qual se subordina esta ciência. A HISTÓRIA DAS MINHAS CALAMIDADES - [...] Caríssimo irmão em Cristo e íntimo companheiro de vida religiosa, esta é a história das minhas  calamidades, que venho sofrendo continuamente quase desde o berço. Penso que já é suficiente o que escrevi em vista da tua desolação e da injustiça que sofreste, para que julgues, como declarei no início de minha carta, que a tua provação é nula ou ínfima em comparação das minhas, e para que a suportes mais pacientemente, considerando-a pequena. E assim, encorajados por esses ensinamentos e por esses exemplos, suportemos mais tranquilamente estas provações quanto mais injustas elas são. Não duvidemos de que, se elas não servem para nosso mérito, pelo menos concorrem para a nossa purificação, e visto que todas as coisas ocorrem por disposição divina, que cada um dos fiéis se console com este pensamento de que a suprema bondade de Deus não permite jamais que nada aconteça desordenadamente, e que todas as coisas que se fazem de mal Ele próprio se encarrega de levar a um ótimo fim. PEDRO ABELARDO – O teólogo e filósofo escolástico francês Pedro Abelardo ou Pierre Abélard (1079-1142) foi um dos maiores pensadores do século XII, ocupando posição de destaque pela formulação do conceitualismo em que não se filia nem ao idealismo platônico nem ao materialismo aristotélico. É autor da obra denominada Dialética, com inspiração pelo pensamento de Boécio, utilizada como manual escolar pela introdução da sua lógica nas disputas metafísicas e teológicas. A dialética para ele é o único caminho da verdade, desfazendo os preconceitos e encorajando o pensamento livre e identificando o real ao particular e considerando o universal como o sentidos das palavras, ao rejeitar o nominalismo, permitindo o esclarecimento dos conceitos de forma e emancipando a lógica da metafísica. Ele defendia a abstração dos universais, se opondo aos conceitos reinantes de vox (nominalismo) e res (realismo), o sermo, função lógica do espírito. Para ele o conceito é universal, enquanto se aplica aos indivíduos que dele participam, representando portanto, uma situação e não uma coisa em si. Procurou aproximar a teologia da lógica, ligando a trindade cristã ao conceito de Uma-Alma-Mente do neoplatonismo. Acreditava na capacidade da mente humana de alcançar o verdadeiro conhecimento natural e supernatural, defendia o exame critico das Escrituras à luz da razão. Prestava especial atenção à linguagem, suscetível a tantas interpretações quanto a diversidade dos que a empregam. Com isso, renovou o método de ensino da escolástica com a sua obra Pró e contra, sobre a interpretação das Escrituras e dos dogmas, adotando o sistema por meio do método inquisitivo, opondo-se as afirmações positivas às afirmações contrárias, usando o exame critico e a discussão dialética para elucidar as controvérsias, afirmando que só da dúvida surge o conhecimento, procurando assim, dar base lógica à doutrina cristã, mas seus métodos foram considerados heréticos. O pensamento de Abelardo é todo fundamentado na lógica e na dialética, ignorando a matemática, desinteressado pelas ciências naturais, sua doutrina apesar de brilhante e profunda, não pode ser considerada completa. Aproxima-se em sua essência do conceitualismo moderno e por sua moral individualista foi precursor do racionalismo Frances. Entre as suas principais obras estão Teologia cristã (1123), Ética ou livro chamado Conhece-te a ti mesmo (1129) e Cartas que foram traduzidas em 1879. Escreveu também o Tratado sobre a unidade e a trindade divina, obra que foi condenada pelo Concilio de Soissons, em 1121. Obrigado a abandonar a abadia por contestar a identificação tradicional de Saint Denis com Dionisio, o Areopagia, fundou com seus discípulos o mosteiro do Paracleto, que mais tarde doou a Heloisa e suas freiras. Como abade de Saint-Fildas-de-Ruys, combateu a corrupção e quase foi assassinado pelos monges corruptos. Voltando a ensinar na escola de Saint-Genevoève, recrudesceram os ataques às suas doutrinas teológicas e viu-se condenado pelo papa e pelo Concilio de Sens. Pretendia apelar para Roma, mas morreu antes de realizar seu intento. HELOISA – Enquanto professor em Nortre-Dame conhecera a moça de grande beleza e atributos intelectuais, chamada Heloisa, então com dezesseis anos e sobrinha do cônego Fulbert que, muito depois, surpreendem os dois, o que passou a ser um escândalo. A população passa a maldizer de Heloisa por tomar somente para si um homem tão importante. Por outro lado, ela achava que o casamento não convém a um filosofo, pois o governo de uma casa é incompatível com o estudo e o ensino. Preferia ser amante e não esposa, para que as alegrias que eles experimentassem fossem tanto mais intensas quanto mais raros os encontros. Apesar disso, por insistência de Abelardo, eles se casam secretamente em Paris. O cônego sentindo-se ultrajado, pois para ele nada poderia reparar a vergonha sofrida, passando a ameaçar o casal, o que o faz a levá-la para o mosteiro de Argenteuil. O cônego e familiares se vingam atacando-o e, ao final, emasculando-o. Em razão disso, ele se torna monge em Saint-Denis, mesmo sendo figura indesejável dos outros monges da abadia. A história do casal redundou na obra História das minhas calamidades. Do relacionamento do casal nasceu o filho, Astrolábio. Abelarde falece em 1142 e, em sua homenagem, Heloisa manda erguer uma sepultura. Ela falece em 1164 e, a seu pedido, foi enterrada ao lado da sepultura dele. Conta-se que ao abrirem a sepultura de Abelardo para enterrar Heloísa, encontraram o seu corpo ainda intacto e de braços abertos como se estivesse aguardando a chegada de sua amada. STEALING HEAVEN (EM NOME DE DEUS) – No ano de 1988 foi lançado o filme Stealing Heaven (Em Nome de Deus), um drama baseado em fatos reais do romance medieval francês do século XII vivido por Pedro Abelardo e Heloísa, numa produção do Reino Unido/Yugoslávia, dirigido por Clive Donner e estrelado por Derek de Lint e Kim Thomson. Veja mais aqui e aqui.

REFERÊCIA
ABELARDO, Pedro. Lógica para principiantes (lógica ingredientibus). São Paulo: Abril Cultural, 1979.
______. A história das minhas calamidades (carta autobiográfica). São Paulo: Abril Cultural, 1979.


PROJETO CARMIN - Este ano o Cruor Arte Contemporânea pretende estrear o trabalho Carmin que tem como principal metodologia de criação para a cena a realização de intervenções urbanas desenvolvidas a partir de estudos entorno das obras da artista plástica Frida Kahlo e do cineasta Pedro Almodovar, além de pesquisas realizadas em torno de alguns pensadores do teatro e da dança como Antonin Artaud, Anne Bogart, Pina Bausch, entre outros. Trata-se de uma instauração cênica (termo desenvolvido na dissertação de doutorado da coordenadora do projeto) que aporta as mais diversas linguagens artísticas contemporâneas como: artes visuais, dança, música, teatro e perfomance. Carmin não conta uma história, mas provoca sensações naqueles que participam da encenação, fazendo-os “pintarem sua própria obra” a partir de suas percepções pessoais, sendo, pois, a segunda parte da trilogia “Almodovar e Kahlo: Estéticas Constituintes Para Encenações”, coordenada pela Profª.Drª Nara Salles, que teve seu início em Maceió-AL com a encenação “Rojo” realizada pelo “Coletivo Vermelho de Teatro".

CRUOR ARTE CONTEMPORÂNEA – Uma coligação composta por quinze artistas que moram no Rio Grande do Norte e investigam processos de criação, conceitos e procedimentos artísticos ligados às proposições da arte contemporânea, se deslocando desta forma do conceito de arte que esteve veementemente presente durante seis séculos no Ocidente e que era compreendida como uma representação de realidades seja exterior ou interior, nas quais as distorções e ilusões eram apenas reflexos de representações ditas reais. Trabalham com as noções de processos criativos colaborativos e de intervenção urbana propondo desta forma uma arte provocativa e catalisadora para novos significados a partir principalmente do olhar e da apropriação de imagens dos filmes de Pedro Almodóvar e da obra de Frida Khalo em interlocução com os cotidianos dos lugares, provocando estranhamentos e questionamentos. As técnicas corpóreo/vocais estudadas são, sobretudo pautadas nos estudos de Antonin Artaud: Teatro da Crueldade; Anne Bogart: Viewpoints, Amilcar Barros: Dramaturgia Corporal, Pina Bausch: Dança Teatro, Hans-Thies Lehmann: Teatro Pós Dramático; Rolando Toro: Biodança; Butho; estudos de performance e técnicas orientais como o Tai Sabaki.

Ficha Técnica: ENCENAÇÃO, DIREÇÃO E PESQUISA: Nara Salles, Sandro Souza Silva e Mauricio Motta INTÉRPRETES CRIADORES: Alexandre Américo, Celília Oliveira, Fernanda Estevão, Glênia Freitas, Heloisa Sousa, Josie Pessoa, Nara Salles, Pablo Vieira, Pedro Fasano, Sandro Sousa e Silva, Sussa Rodrigues,Yasmin Rodrigues Cabral. MÚSICA: Fernanda Estevão e Camilo Lemos DRAMATURGIA: Josie Pessoa, Sandro Sousa Silva e Pablo Vieira. PREPARAÇÃO CORPÓREO/VOCAL: Nara Salles, Sandro Sousa e Silva, Josie Pessoa, Mauricio Motta, Yasmin Rodrigues Cabral e Sol das Oliveiras Leão (Tai Sabaki) WEBDESIGN: Josie Pessoa e Marcelo Dantas Lago DESIGN: Marcelo Dantas Lago FOTOGRAFIA: Bebel Dantas e Fernando Siviero CINEM E VÍDEO: Marcelo Dantas Lago e Johann Jean ESTUDOS SÓCIOLÓGICOS E ANTROPOLÓGICOS: Nara Salles e Keila Campanelli ARTES VISUAIS: Sussa Rodrigues CENOGRAFIA: Nara Salles, Mauricio Motta, Marcelo Dantas Lago FIGURINOS: Nara Salles, Heloisa Sousa, Sussa Rodrigues e Yasmin Cabral EXECUÇÃO DE FIGURINOS: Heloisa Sousa, Sussa Rodrigues e Yasmin Cabral PRODUÇÃO CULTURAL: Heloisa Sousa e Cecília Oliveira ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: Pablo Roberto Vieira Ferreira, Yasmin Rodrigues Cabral CONSULTORIA DESIGN DE MODA: Carolina Moreira Salles. 

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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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