
Curtindo os álbuns Aboio (Continental, 1975), da Orquestra Armorial, e Raízes brasileiras (2004), do Grupo
Orange, sob a regência do compositor, violinista e regente Cussy de Almeida (1936-2010). Veja mais aqui.
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A arte do advogado, escritor, crítico literário,
jornalista, dramaturgo, diretor, teatrólogo e tradutor Hermilo Borba Filho (1917-2017) aqui, aqui,
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&
DESTAQUE: A QUEDA DAS ATRIZES
[...] Um dia em São
Paulo, um empresário conseguiu reunir num mesmo elenco as duas vedetas mais em
voga na época. Custou-lhe muito trabalho, porque teve de enfrentar árduas
reuniões sobre remunerações, cartazes, publicidade, etc.,: as duas queriam
tirar o melhor partido possível da publicidade. Durante todo o espetáculo havia
uma única cena em que as duas atrizes, sozinhas no palco, se enfrentavam. Por
isso não havia grande problema: quando uma estava em cena, os outros atores
retiravam-se prudentemente para a periferia e as damas ficavam no centro do
palco e na sua parte alta, mais distante do público. No dia da estreia, a
disputa pelos favores do público foi dura e intensa. O espetáculo progredia
prevendo-se um honroso empate para ambas, quando começou a famosa cena, um
longo diálogo entre as vedetas. Tudo era muito bonito no cenário, que
representava um enorme salão de baile, tendo ao fundo uma grande janela aberta
sobre uma maravilhosa noite cheia de estrelas. A cena começou e o público
conteve a respiração: pela primeira vez na história do teatro paulista as duas
maiores damas, as mais ilustres, trajadas com vestidos mais dernier cri europeu
e com as joias mais sul-africanas, pisavam o mesmo palco. Ao princípio, tal
como nas lutas de boxe, as duas contendoras analisaram-se durante as primeiras
trocas de palavras. Depois começou uma árdua luta pelo centro da cena, as duas
aproximando-se perigosamente uma da outra (até sentirem reciprocamente as
respectivas respirações), cada uma procurando forçar a outra a abandonar a área
“teatral” do palco. Depois, quando uma delas conseguiu afirmar-se no centro, a
outra, muito esperta, começou a recuar, colocando-se quase de costas para a
primeira; esta viu-se então forçada a torcer o seu delicado e sensível pescoço
para poder dialogar. Ambas se agarraram à mesma tática. Em cada troca de
palavras, a vedeta que falava recuava algunas passos, colocando-se mais atrás e
submetendo a adversária a uma posição incômoda. O diálogo progredia,
progredindo a luta: uma troca de palavras dois passos atrás, outra frase e era
a outra que recuava, novo diálogo e novos passos, mais poesia e mais passos
atrás, tudo isto no cenário belamente iluminado, com a sua formosa janela que
mostrava uma linda noite cheia de estrelas mas que tinha o parapeito baixo
demais: na sua ânsia de recuar e conquistar o centro do palco, as duas damas
caíram de costas, precipitando-se na bela noite...[...].
Trecho extraído da obra 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer
algo através do teatro (Civilização Brasileira, 1983),
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do pintor britânico Joshua Reynolds (1723-1792).
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