DITOS & DESDITOS - A ciência definitivamente precisa de
espontaneidade. A ciência precisa desse tipo de interação casual entre as
pessoas. E tanta coisa acontece por causa disso. Mesmo conversas formais podem
desencadear ideias em algumas pessoas, mas elas tendem a não produzir os tipos
de interações de que precisamos. Eles acontecem muito mais um a um, durante um
café ou vagando pelas ruas, enquanto você observa as vistas de onde está. E
essa interação casual é amplamente subestimada, eu acho, por muitas pessoas,
como importante para o modo como a ciência funciona. Pensamento do físico canadense William Unruh, criador do Efeito
Unruh, em 1976, cuja previsão expressa que um observador acelerado observará
radiação de corpo negro onde um observador inercial não observaria nada. Em
outras palavras, o observador em aceleração se encontrará em um ambiente
quente, cuja temperatura é proporcional à aceleração, o mesmo estado quântico
de um campo, que é considerado o estado fundamental para observadores em
sistemas inerciais, é visto como um estado térmico para o observador
uniformemente acelerado. O efeito Unruh, portanto, significa que a própria
noção de vácuo quântico depende do caminho do observador através do
espaço-tempo.
ALGUÉM FALOU: Lembre-se, hoje é o amanhã sobre o qual você se preocupou ontem. A
felicidade não depende do que você é ou do que tem, mas exclusivamente do que
você pensa. As ideias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de
Sócrates, recebi-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar
das idéias deles, quais seriam as idéias que você usaria? Uma das trágicas
coisas que eu percebo na natureza humana é que todos nós tendemos a adiar o
viver. Estamos todos sonhando com um mágico jardim de rosas no horizonte, ao
invés de desfrutar das rosas que estão florescendo do lado de fora de nossas
janelas hoje. A maior parte das coisas importantes no mundo foram realizadas
por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver esperança de modo
algum. Pensamento do escritor estadunidense Dale
Carnegie (1888-1955).
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO - [...] Ficar sentado miserável o dia todo não vai te deixar mais feliz. [...] O problema da
exploração é que você precisa saber se vale a pena encontrar o que encontrou. Algumas coisas estão
apenas sentadas lá, cuidando de seus próprios negócios, esperando para serem
descobertas. Como a América. E outras coisas
provavelmente são melhores deixadas sozinhas. Como um rato morto no
fundo do armário. [...] somente as vítimas e sobreviventes podem
realmente compreender o horror daquele tempo e lugar; o resto de nós vive do
outro lado da cerca, olhando através de nosso próprio lugar confortável,
tentando de nossas próprias maneiras desajeitadas entender tudo isso. [...] Suas vozes
perdidas devem continuar a ser ouvidas. [...] Só porque um homem olha
para o céu à noite não faz dele um astrônomo, você sabe [...]. Trechos extraídos da obra The Boy in the Striped Pajamas (David Fickling, 2006), do escritor irlandês John Boyne. Veja mais aqui.
TRÊS POEMAS - ANIMAL QUE DESPERTA - sou a gata que caminha dentro de mim. \ minhas patas leves de pelúcia.\ desci
pelo rio\ conservando meu gosto pela caça\ o ambíguo miado.\ quando fecho os olhos
atravesso o século.\ areias lhe deram cor\ a esta pele suave que esconde\ uma
flor molhada entre o maxilar.\ o ouro egípcio é refletido na pupila\ desta gata\
que várias vezes\ recorda sua verdadeira condição de fera. \ A Rainha de Sabá \
teria dado a metade de sua terra\ para ter estas garras. COMO JÁ
PERCORRESTE A ESTRADA MAIS LARGA - Como já
percorreste \ A estrada mais larga\ Não tens mais interesse\ Nos seus peixes
nem nos seus peitos.\ Colado ao teu pedestal\ Porque tu também\ Tens um desses\
Te moves nos trilhos\ Da sua trama.\ E te esqueces\ Que até ontem\ O que te
empurrava era sentimento. VOCÊ LIMPOU O ESPERMA - Você limpou o esperma \ E entrou no chuveiro.\ Deu uma limpa nas provas
\ Mas não nas memórias.\ Agora eu aqui, frustrada\ Sem permissão para estar,\ Devo
esperar\ E acender o fogo\ E limpar os móveis\ E encher de manteiga os pães. \ Você
comprou com sujos\ Bilhetes\ Seu capricho\ Passageiro \ A mim cansa um pouco
tudo isso\ Onde deixo de ser humana\ E viro de novo coisa velha. Poemas da premiada escritora e jornalista guatemalteca Ana María
Rodas.