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quarta-feira, abril 30, 2014

LILLIAN HELLMAN, SÔNIA CHOCRON, ANA KATZ & LINDA LOVELACE

 

REMEXENDO AS CATRACAS DO QUENGO E QUEIMANDO AS PESTANAS COM COISAS, COISITAS E COISÕES!!!!!! – O que aprendi nos volteios da vida, coisas que nem sei, coisitas que passaram, coisões que deixaram quase danos irreparáveis. Foi, nada mais. De bom ficou o menino travesso da beira do rio engolindo sapos, atravessando brejos e mares imensos, quase não tinha mais como catar pra contar história. Sempre quase o menino cresceu, pintou e bordou. Fez quase tudo: copista dos tomos e leis, bancário relapso, radialista folgazão e sorria driblando com jeito quedas e escorregões, barreiras intransponíveis, bunda arrastada no chão, esfolando a carne, livrando-se das lapadas, escapando aqui e acolá, escorregando quase ileso, quase condenado, sobrevivendo e coexistindo com desertos e infernos. Aprendeu um bocado, parece. Leitor compulsivo de horas a fio sem bater a pestana e era nos livros o melhor de tudo. O que imaginou quase tudo deu certo. Quase. Depois da escola caiu na vida e pras bancas retornou um tanto de vezes para sacar o que havia dado errado. Virou mundo, conheceu muita gente, muitas ou quase todas se foram ou deram as costas, restando alguns gatos pingados na consideração. Parentes tudo longe ou do outro lado das coisas e do mundo. Teve que aprender por si só: levando tudo nos peitos e na raça, do jeito que desse. De relevante mesmo quase nada restou aqui ou ali uma coisinha que seja. Recomeçou um tanto de vezes, ainda hoje, todo dia parte da estaca zero. Assumiu fracassos, cônscio de sua inutilidade pro que prestasse. Bom de conversa e serventia pra mais nadica. Falante que só o homem da cobra, até que impressionava, mas é só: nada mais que só primeira impressão. Com o eterno retorno vai e volta, nunca é tarde para reaprender. O que fez e o que foi feito, a mesma coisa que não fizesse. Vale o que viveu e se aprendeu, pelo menos, parece que leva jeito para contar hestórias. E só. Jogar conversa fora. Afinal tudo é efêmero: a vida passa, a gente não sabe de onde veio nem pra onde vai, e o que fica, no fim mesmo, lembranças e aprendizagens que um dia virarão cinzas e ninguém mais nem saberá. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOSO mundo com suas regras, cada vez mais rígidas, e as pessoas pequenas ou anãs tentando realizar um sonho. Resumindo, acho que os problemas não são tantos, o problema é como nos imergimos neles e a sinceridade com que os enfrentamos... O tempo é um elemento fundamental para mim: ir, voltar, mudar, retomar… Mas estou falando de um período ativo em que muito trabalho é feito. Gosto de pesquisas aprofundadas, não dou muito espaço para desculpas: que ontem tive frio, que hoje estou atrasado, que não voltarei amanhã... Procuro sempre sair desses lugares que te atolam, aquelas áreas superficiais que costumam ser encontradas com frequência no teatro independente. Não gosto nada desses lugares opacos. A gestão deve ser um lugar de compreensão, mas também de promoção do trabalho com consciência... O teatro é um compromisso constante, mobiliza, aproxima as pessoas com quem você trabalha e longos períodos de pesquisa e busca. Preciso de tempo para desenvolver um projeto de teatro. Pensamento da escritora, atriz e diretora argentina Ana Katz. Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Se não gerarmos resposta, as sacolas não ficarão tão cheias na despensa... Pensamento da atriz e ativista estadunidense Linda Lovelace (Linda Susan Boreman - 1949-2002), que no seu livro Ordeal (Citadel, 2006), expressa: [...] Quando alguém precisa de ajuda, é hora de ajudar. Não no dia seguinte. Não quando é seguro. [...] Ela fez coisas para manter seu homem feliz. Fiz coisas para evitar que meu homem me matasse [...] Eu era o tipo de garota que gostava de ir à beira-mar e dar as mãos. Eu ainda estou. [...] Embora eu tenha ficado terrivelmente decepcionada depois disso, houve um lado bom na experiência. Quanto mais as pessoas decentes se interessavam por mim por razões decentes, mais forte eu me tornava. [...]. A vida dela foi uma tragédia: aos 19 anos, ela engravidou sem querer e teve o bebê, que sua mãe repressora entregou para adoção. Pouco depois, sobreviveu a um terrível acidente de carro. Foi aí, enquanto se recuperava do acidente, que a deixou com um fígado em frangalhos, costelas e mandíbula quebradas, que ela conheceu Chuck Traynor, seis anos mais velho que ela. Ela se casou outras duas vezes e teve dois filhos, mas sempre enfrentou problemas de saúde. Em 87, precisou fazer uma mastectomia dupla para retirar os seios, contaminados pelo silicone que Chuck a forçou a colocar antes de Garganta. Durante a preparação para a mastectomia, os médicos perceberam que seu fígado não dava mais, consequência da transfusão de sangue após o acidente de carro de 69. Ela teve que se submeter a um transplante de fígado. Um só remédio para a não-rejeição do novo órgão custava 2,500 dólares por mês, que Linda não tinha como pagar. Afinal, tudo que Linda havia recebido pela super bilheteria de Garganta foi US$ 1,250 -- que foi direto pro bolso de Chuck. Sem ter como pagar as contas, sem conseguir emprego por causa de sua fama/infâmia, Linda tentou ganhar um pouco de dinheiro vendendo produtos referentes à Garganta, como uma camiseta escrito "I made Linda Lovelace gag". Linda morreu em 2002, num outro acidente de carro. Ela tinha apenas 53 anos. Veja mais aqui.

 

PENTIMENTO – [...] A tinta velha sobre uma tela, à medida que envelhece, às vezes torna-se transparente. Quando isso acontece é possível, em algumas fotos, ver os traços originais: uma árvore aparece através do vestido de uma mulher, uma criança dá lugar a um cachorro, um grande barco não está mais em mar aberto. Isso se chama pentimento porque o pintor “se arrependeu”, mudou de ideia. Talvez fosse melhor dizer que a concepção antiga, substituída por uma escolha posterior, é uma forma de ver e depois ver novamente. Isso é tudo que quero dizer sobre as pessoas neste livro. A tinta envelheceu e eu queria ver o que estava lá para mim uma vez, o que está lá para mim agora. [...]. Trecho extraído da obra Pentimento (José Olympio, 2010), da escritora estadunidense Lillian Hellman (1905-1984). Veja mais aqui.

 

DOIS POEMAS - COMO UMA NUVEM - Estou passando sem passar \como uma nuvem \Leve, tênue, insubstancial \ como uma nuvem \ Fazendo uma sombra fugaz \ como uma nuvem \ Mudando minha solidão \ como uma nuvem \ Vaga muito branca \ como uma nuvem \ Estou passando sem passar. ORDEM - Você tem que arrumar a casa \ lavar os azulejos vestir a cama \ você tem que arrumar a casa \ plantar as flores de abóbora \ apagar o rastro do mato \ procurar a música das coisas \ fazendo ordem arrumando a casa \ com as palavras para formá-las \ colocar a ordem \formar a casa \ com um exército de palavras \ que ninguém sabe que ninguém vê \ que os gazebos estão caindo \ temos que colocar ordem na casa \ para que o pássaro da tristeza \ vá ao parque ou à avenida \ colocar ordem dentro de casa \ e que deixa crescer a angústia \ cega que cresce nela quando amanhece, banha cada fenda dos cantos \ com açúcar e sangue ímpio. Que Deus a proteja e a favor da melancolia traiçoeira do mau-olhado e da vilania que deve ser cometida, \ ordenar, tirar o rastro, varrer a poeira todos os dias \ limpar a casa dar a ordem que se nos derrotar \ nos venderia a morte eterna a pena na vida matar a ordem cegar a ferida. Poema da escritora, dramaturga e roteirista venezuelana Sônia Chocron.

 

HOMEM SOU E NADA HUMANO ME É ESTRANHO –Anexim atribuído ao dramaturgo e poeta romano Públio Terêncio Afer (195 a.C-159 a.C), originalmente: "Homo sum, humani nihil a me alienum puto". A história dele é curiosa: teve uma infância de escravo do senador Terentius Lucanus, tendo excelente educação. Suas comédias tratam problemas morais, sempre com mentalidade de humanista. A sua obra prima é a peça teatral Os Irmãos que compara os efeitos de duas maneiras diferentes de educar os filhos: a severidade paternal e a compreensão liberal. Outras frases atribuídas ao comediógrafo romano: “Nada é tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução”, ou “É sábio experimentar todos os caminhos antes de chegar ás armas”. Melhor ainda: “Nada é tão fácil que, feito de má vontade, não se torne difícil”. Veja mais Momentos de Reflexão.

O FAUSTO DE GOETHE – Oriundo de uma lenda popular alemã a respeito de um pacto feito pelo alquimista e mágico Dr. Johann Georg Faust (1460-1549) com o demônio, tornou-se a inspiração para diversas peças teatrais, entre as quais, o poema trágico homônimo de Johann Wolfgang Goethe (1749-1832), tornando-se umas das grandes obras primas da literatura alemã. No texto encontramos um dos personagens, Mefistófeles dizendo: De sol e de mundos nada sei dizer, vejo apenas como os homens se atormentam. O pequeno Deus do mundo continua na mesma e está tão admirável assim como no primeiro dia. Um pouco melhor ele viveria, não lhe tivesses dado o brilho da luz celeste; ele chama isto razão e lança mão dela somente para ser mais animalesco do que cada animal”. Noutra ocasião Fausto menciona que: “Temos necessidade justamente daquilo que não sabemos e sabemos aquilo que não sabemos utilizar”. Mais adiante faz menção: “Sou velho demais para somente me divertir; moço demais, para ser sem desejos. Que pode o mundo bem proporcionar-me? A existência é um fardo”. Em seguida ele confessa que: “Eu nunca soube adaptar-me à sociedade. Diante dos outros sinto-me tão pequeno que serei eternamente um acanhado”. Por fim, arremata: “Quem aspirar, lutando ao alvo / À redenção traremos”. Veja mais Goethe.

ÉTICA – A ética no Brasil é na base da consanguinidade e do compadrio, como diz o Doro: “Pra família e pros amigos, tudo! Pros inimigos, a lei!”. A propósito já dizia Sérgio Buarque de Holanda no seu Raízes do Brasil: "O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularizadas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o circulo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição". Será o Fecamepa? Veja mais Doro.

SAÚDE NO BRASIL – Enquanto a Constituição Federal determina no art. 196 que “[...] A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, Zé Corninho fica coarando meses para ser atendido por um médico para lhe curar da hérnia que faz com seus colhões desçam ao joelho, Vera Indignada chora a morte do sobrinho da prima por falta de atendimento médico numa emergência, a avó de 93 anos de idade do Robimagaiver em estado grave recebe alta porque o hospital está precisando do leito para acomodar outro paciente endinheirado, a bisavó de Doro é dada por morta quando ainda estava vivinha esquecida num canto duma UTI, afora desvio de medicamentos da glaucoma, má gestão pública, malversação do erário pública, uma praga a saúde no Brasil! Por isso, Ruben Araujo de Mattos diz: “[...] não é aceitável que os serviços de saúde estejam organizados exclusivamente para responder às doenças de uma população, embora eles devam responder a tais doenças. Os serviços devem estar organizados para realizar uma apreensão ampliada das necessidades da população ao qual atendem. [...] Um paciente não se reduz a uma lesão que nesse momento lhe provoca sofrimento. Tampouco não se reduz a um corpo com possíveis lesões ainda silenciosas, escondidas à espera de um olhar astuto que as descubra. Tampouco se reduz a conjunto de situações de risco. O profissional que busque orientar suas práticas pelo princípio da integralidade busca sistematicamente escapar aos reducionismos. [...] Como também não se reduzem às necessidades de informações e de intervenções potencialmente capazes de evitar um sofrimento futuro. As necessidades não se reduzem àquelas apreensíveis por uma única disciplina como a epidemiologia, ou como a clínica. Novamente, o princípio da integralidade implica superar reducionismos. [...] As respostas aos problemas de saúde devem abarcar as suas mais diversas dimensões. Analogamente, devem oferecer respostas aos diversos grupos atingidos pelo problema em foco. [...] Há profissionais que, impossibilitados de tratar com sujeitos, tratam apenas das doenças. Lidam com os sujeitos como se eles fossem apenas portadores de doenças, e não como portadores de desejos, de aspirações, de sonhos. Há modos de organizar os serviços que tomam certas percepções de necessidades (percepções necessariamente subjetivas) como se fossem reais. Reificando suas próprias percepções, tornam-se insensíveis aos desejos e aspirações de outros sujeitos, quer estejam eles como pacientes como usuários, quer como profissionais. Há formuladores de política que concebem os sujeitos que sofrerão as consequências das políticas que formulam como objetos, alvos das intervenções. (Ruben Araújo de Mattos, Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que merecem ser defendidos). Confira mais Saúde no Brasil.

MAIOR ARRANCA-RABO! – Depois duns xingamentos regados a tabefes, empurrões e deixa-disso, a dupla das desavenças Zé Peiúdo e Zé Bilôla dá de novamente se agarrar num estrupício sob o teor da rixa. Um gritou pro outro: “Enquanto inzistir genti da sua laia na face da terra o mundo nunca vai prestá!”. O riscado das peixeiras chega espirrar fogo nas calçadas. Esses nunca se entenderam. Melhor seria o que diz Débora Massmann: “[...] é no espaço da controvérsia que a argumentação se consolida à medida que se estabelece a interação entre os interlocutores, ou seja, à medida que se considera o outro como um sujeito capaz de reagir e de interagir discursivamente pelo exercício da negociação e do entendimento através do debate”. (Débora Massmann, Argumentação em busca de um conceito). Ou mesmo o que diz Boaventura de Souza Santos no seu “A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência”: "[...] a incapacidade de estabelecer uma relação com o outro a não ser transformando-o em objeto". Ah, danou-se! Será tudo isso é coisa do Big Shit Bôbras?!?!?!?


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segunda-feira, dezembro 24, 2012

ANNE SEXTON, KAMA KAMANDA, ANNA GREEN, MARY WIGMAN, LITERÓTICA & CRÔNICAS NATALINAS


CRÔNICAS NATALINAS – Reunião de crônicas bem humoradas para você curtir durante o seu Natal, veja abaixo. O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: Cuidado para não se engasgar ou se embolar de rir até morrer enquanto estiver curtindo essas crônicas impagáveis na hora do jantar de Natal. Quem avisa amigo é. Depois não diga que não alertei, viu? Veja tudo aqui e aqui.
 


A VIDA VENTRALMA DELA – A cútis dela refulge pela ternura de seus olhos lânguidos, as mãos atrevidas me chamam para que eu deslize sua pele sedosa, toda exposta estonteante doçura escondendo inquietante deprecação. Logo se exalta inquieta e clama porque sou o seu meu amor e ela mais requer o conforto da entrega, arriada ao meu ombro, quase desolada com o alisado da língua a lamber meu pescoço e omoplata, a beijar meu tórax e a vibrar comovida a boca insaciável aquecendo meu sexo raivoso para que transborde brasa viva todo seu indomável apetite ventral de possuída que retém o gozo para se apoderar do que sou mais que estabanado. Aliso seus cabelos em desalinho e é dela o púbis e o deleite inesperado, úmida de desejos ousados na oferenda da paixão, para mais se agitar desvairada dorso servido, arqueada pro decúbito e mais me farto nela, torso alado, ancas reboladeiras, pelve dilatada e o ventre inchado dela é a vida no concúbito, aconchego de paz. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Sei que já morri antes... uma vez em novembro. Eu sou uma coleção de quase desmontados. Às vezes a alma tira fotos de coisas que desejou, mas nunca viu. Deus tem uma voz morena, suave e cheia como cerveja. Pensamento da escritora estadunidense Anne Sexton (1928-1974). Veja mais aquiaqui.

 

ALGUÉM FALOU: A arte é comunicação falada pelo homem para a humanidade em uma língua levantada acima do que todos os dias vem acontecendo. Se eu pudesse dizer com palavras o que minha dança expressa, eu não teria motivo algum para dançar. Pensamento da bailarina, coreógrafa e professora de dança alemã Mary Wigman (1886-1973). Veja mais aqui e aqui.

 

AQUELE CASO AO LADO - [...] Embora não tenha tido aventuras, sinto-me capaz delas.[...] Nunca seria bom para mim perder o juízo na presença de um homem que não tinha muitos. [...] Sou um tipo de pessoa confortável quando estou sozinho e não encontrei dificuldade em passar esse tempo de maneira proveitosa. Sendo muito ordeiro, como você deve ter notado, tenho tudo à mão para fazer uma xícara de chá a qualquer hora do dia ou da noite [...] Uma donzela, tão independente quanto eu, não precisa invejar a nenhuma moça a duvidosa bênção de um marido. Escolhi ser independente, e sou, e o que mais há a dizer sobre isso? [...]. Trechos extraídos da obra That Affair Next Door (Putnam's, 1897), da escritora estadunidense Anna Katharine Green (1846-1935), autora da frase: Existem dois tipos de artistas neste mundo; aqueles que trabalham porque o espírito está neles, e eles não podem se calar se quisessem, e aqueles que falam por um desejo consciente de mostrar aos outros a beleza que despertou sua própria admiração. Veja mais aqui.

 

CONGOEu venho de longe, tendo atravessado o país, / raças, continentes e culturas./ Derramei a minha alma, lágrimas, suor,/ e o sofrimento das gerações. / Eu amei, odiei, mas nunca trai. / Do príncipe ao rei, o profeta do mago./ Eu conheci guerras, / experimentei o nascimento de desertos / e os reinos dos faraós. / Meu sangue é feito de mares do mundo. / Eu vi lagos, rios de nascimento e nações. / Sou um viajante do infinito, / o mensageiro do invisível / e o poeta de fontes interiores. Poema do escritor congolês Kama Sywor Kamanda. Veja mais aqui.

 


FECAMEPA – Num é que depois da minha participação na mesa de debates Temáticas e Linguagens na Prosa Lusófona Contemporânea no III Encontro Luso-Brasileiro de Escritores, ocorrido em 2008 na cidade de Blumenau, Santa Catarina, promovido pelo PortalCEN e Sociedade de Escritores de Blumenau, ocasião que tracei uma linha acerca do desenvolvimento do processo civilizatório no Brasil, desde da chegada dos portugueses até os tempos atuais, sob a ótica literária das obras A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro e o Romance da Besta Fubana, de Luiz Berto, que o negócio do Fecamepa pegou e, agora, virou até análise acadêmica, quando a mestranda da Universidade Autónoma de Lisboa, Maristher Moura Vasconcelos teceu comentários a respeito. Confira mais aqui.


FAUSTO, VAIDADE E VINGANÇA DO POVO ESCANDINAVO – Junto com o orgulho caminha a inclinação pelo fausto, espadas de ouro niqueladas, selas luxuosas, calções de linho, cinturões de prata, casados de pele, gorros de pelo de cordeiro, capas de peliças, rendas e pesados anéis, moveis esculpidos, tapeçarias e baixelas de prata. O orgulho também é acompanhado do horror à sátira e à qualquer critica. E como diz o Havamal, “ponto fraco desses homens fortes, a quem, no entanto, não falta o senso de humor. Matam por causa de um dito espirituoso: não existe pior desgraça para o homem inteligente, do que não estar satisfeito consigo mesmo. [...] A fama não morrerá jamais e a que se fez for boa”. Fazer com que falem dele é crucial para o nórdico, cuja honra é realização e reputação. A censura e a vergonha destroem o sentido da vida; e as ocasiões de desonra são muitas: jurar em falso, fugir, e mesmo suportar um insulto ou ainda não matar um adversário. No cerne da moral viking encontra-se a vingança, porque o homem não tem direito de perder o prestigio. A vingança é um dever imediato. “Não se vingar é passar para a classe do homem de segunda categoria”. (Fonte: PATRICK, Louth. A civilização dos germanos e dos vikings. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979). Enquanto isso, veja a mulher escandinava aqui e mais aqui


PALMARES CITY – Já cantavam os amigos Marko Ripe & Juhareiz Correya: “Preciso urgentemente voltar pra Palmares City, dundarunderadedê, preciso dessa urgência como de uma meningite! Ruas, gentes coisas, retratos ilusões, doces vidas bestas se dispõem, põe, põe, põe!”. E enquanto o Marko solfejava a melodia ao violão, o Juareiz ufanava: “Melhor do que Palmares, só Paris e de noite, porque de dia, a gente mata a pau!”. Veja mais Crônicas Palmarenses e Poetas de Palmares.


ELEGIA, DE CASSIANO RICARDO – “[...] (Ah, enquanto houver uma criatura humana que mereça ser levada ao patíbulo e outra, que lhe dê um nó à garganta, não poderemos nos tratar por irmãos) [...] Que haverá de mais doloroso que este estado de graça criado em nós por aqueles que foram os escolhidos do destino, pra perseguir, matar; pra que não fôssemos nós os escolhidos? Por aqueles que só conseguem ser felizes desde que os outros não o sejam? Por aqueles que expulsaram os seus próprios irmãos para além da fronteira – feridos a caminhar sobre suas feridas – por aqueles que lá se foram, rútilos, triunfantes, arrastando o rumor das máquinas de guerra por um campo de luto? Ah, por todos, sem exceção, que contribuíram para faer crescer a árvore da injustiça e das lágrimas e arrancaram os filhos pequenos às mães, e as flores aos altares? [...]”. (do livro A flauta que me roubaram, coletânea poética de Cassiano Ricardo, por Julio Ottoboni, 2001). Veja mais aquiaqui


FREDERICO SPENCER & ABRIL SITIADO – O poeta, sociólogo e psicopedagogo Frederico Spencer, é autor do livro Abril Sitiado, obra que me trouxe a satisfação de reviver memórias do meu Recife. Confira mais aqui.



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Aprendendo com a lição do Natal aqui.

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Renascendo das cinzas na véspera de natal, Goethe, Federico Fellini, Zygmunt Bauman, Harvey Spencer Lewis, Ana Maria Machado, Olivia Byington, Yuri Krotov, Nikolaj Wilhelm Marstrand, Da Priapeia, Clara Redig & Maria Eduarda Rodrigues aqui.
Crônica natalina, John Keats, Lampedusa, Gregório de Matos Guerra, Betinho, Chet Baker, Paulo Cesar Sandler, Franco Zeffirelli, Willy Kessels, Hans Makart & Teatro Renascentista aqui.
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