INEDITORIAL: O
QUE TIVER DE SER, SERÁ! (Imagem: Il
labirinto (2000), do artista plástico italiano Mino Lo Savio) - Salve, salve, gentamiga! O Brasil está rachado no
meio das bandas aos cacos, de cabeça pra baixo e sem a menor noção do que vai
dar quando tudo acabar! No final, se sobrar alguma coisa, valha-me! Parece mais
aquela do: urge arriar as portas do país com as tripas do último brasileiro!
Tem gente que quer ver o circo pegar fogo, tem gente que quer se aproveitar da
derrocada toda, tem gente que não está entendendo nada, outras que não estão
nem aí pra quem pintou a zebra, mais tantas que estão naquela do tanto faz como
tanto fez, e muitos e muitos outros tantos que estão de queixo caído na maior boca
aberta assistindo a melecada toda! Vamos ver aonde vai dar. Afinal, não é só o
Brasil, mas o mundo Ocidental todo está meio que se desmanchando sem ter nem
como juntar os pedaços do que sobrar. Destá. O que tiver de ser, será! E como
hoje é Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, aqui nossa
homenagem: vocês merecem mais que um simples dia de festa e reflexão! No mais,
vamos pras novidades do dia: na edição de hoje destaque para o pintor e
escultor Pavlos Samios, a Sociedade dos Indivíduos de Norbert Elias, a música
de Lola Astanova, a dança de Nadja Sadakova, a socialização da professora Maria
Lúcia Rodrigues, a escultura de Zhang Yaxi, a literatura de Ana Maria Shua, o
teatro do Tá na Rua, o cinema de Cristoph Stark & Lavínia Wilson, o
Congresso de Resiliência, a entrevista de Clara Redig, a pintura de Gustav
Klimt, a palestra Brincar para aprender & a Sedução da Serpente. No mais, vamos aprumar a conversa & veja mais aqui.
Veja mais sobre:
A vida de cada um de nós, Italo Calvino, William Blake, Gilberto Mendes, Gil Vicente, Peter Greenaway,Francesco
Hayez, Lambert Sigisbert Adam, O terapeuta & o Shaman aqui.
E mais:
Platão, Toninho Horta, Albert Sánchez Piñol, Amos Gitai,
Helena Yaralov, Paul Helleu, Ricardo Cabus, Aracaju, Biritoaldo, Fronteiras, Cidadania
& Direitos Políticos aqui.
As trelas do Doro: no fuzuê da munheca aqui.
Aprumando a conversa, Poetas dos Palmares, Fecamepa,
Vapapu & Big Shit Bôbras aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando o urubu tá numa de caipora, não há pau que escore: o de debaixo caga
no de cima aqui.
Segura a onda, Fecamepa, Acharam a Vapapu & piadas
despropositais aqui.
DESTAQUE:
Imagem: arte do pintor e escultor grego Pavlos Samios.
A SEDUÇÃO DA
SERPENTE – Quando visitei os mundos de Gulliver pude
viver o quão importante é o amor. Foi ali que surgiu de tudo: sonhos, vida,
paixão. Ela surgiu com seu jeito cadenciado e lento na minha direção e, tal
qual Vênus me hipnotizou até se aproximar rastejando pelos cantos sob o meu
assobio na noite. Movia-se ao meu redor, rondou meus dias e temores e se
apossou de todos os meus temores. Cresceu em mim arrancando os meus medos, e seu
prazer se animou no meu sangue quente para me devorar na sua ferocidade. Depois
jiboiou no reino das suas pedras e me prendeu entre suas garras ocultas. Escravo
de sua sanha ela me atacou mortalmente com os seus guizos - os guizos que sempre
quis roubar para curar meu quebranto e a viola amaciar o som. Logo eu que não
tenho as favas-de-santo-inácio, logo eu que sigo amante do Bastão-de-Asclépio, fui
rendido à sua língua que alcançou meu poço mais fundo e se apoderou de mim com
sua peçonha e seu veneno me paralisou e paralisado me devorou qual fertilidade,
qual orixá avagã, Oxumaré, arco-íris, deus quetzacoalts dos astecas, qual
serpente emplumada, a sacra egípcia que por não ter mais idade é sempre
sedutora, cujo rabo branco quando não mata mas aleija, tão má de matar seu
próprio filhote, que a espinha também carrega veneno e o seu beijo me levou por
mundos impossíveis. E à sua mercê, minha boicorá, vivo atado para sempre, contaminado
para sempre, condenado a morrer de amor. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
Veja mais aqui.
Curtindo as interpretações personalíssimas da
premiada pianista russa Lola Astanova
sobre as obras de Gershwin, Liszt, Rachmaninoff e Chopin, entre outros.
A SOCIEDADE DOS
INDIVÍDUOS - […] cada pessoa singular está realmente presa; está por viver em permanente
dependência funcional de outras; ela é um elo nas cadeias que ligam outras
pessoas, assim como todas as demais, direta ou indiretamente, são elos nas
cadeias que as prendem. Essas cadeias não são visíveis e tangíveis, como
grilhões de ferro. São mais elásticas, mais variáveis, mais mutáveis, porém não
menos reais, e decerto não menos fortes. E é a essa rede de funções que as
pessoas desempenham umas em relação a outras, a ela e a nada mais, que chamamos
“sociedade” [...]. Trecho extraído da obra A sociedade dos indivíduos
(Zahar, 1994), do sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1900). Veja mais
aqui e aqui.
Imagens: a arte da bailarina russa Nadja Sadakova.
PENSAMENTO DO
DIA – [...] a
socialização do saber não fere a especificidade das profissões e tampouco seus
campos de especialidade. Muito pelo contrário, requer a originalidade e a
diversidade dos conhecimentos que produzem e sistematizam acerca de determinado
objeto, de determinada prática, permitindo a pluralidade de contribuições para
compreensões mais consistentes deste mesmo objeto, desta mesma prática. Trecho
extraído do artigo Caminhos da
transdisciplinaridade: fugindo às injunções lineares (Cortez, 2000), da
professora doutora Maria Lúcia Rodrigues.
Veja mais aqui.
Imagem: a arte do escultor chinês Zhang Yaxi.
A MORTE COMO
EFEITO COLATERAL - [...] Suas marchas das quintas-feiras, na Praça de
Maio, converteram-se em um símbolo internacional da luta pela justiça.
[...] Com o tempo, chegaram a ser mais um
atração turística, como Bariloche ou as Cataratas do Iguaçu. As agencias de
turismo se encarregavam de substituir com extras as mães que iram morrendo de
doença ou velhice. [...]. Trecho da obra A morte como efeito colateral (Globo, 2004), da escritora argentina
Ana Maria Shua. Veja mais aqui.
TÁ NA RUA (foto Licko Tyrle)– O Grupo de Teatro Tá na Rua faz parte de um conjunto de
iniciativas, ao lado da Escola Carioca do Espetáculo Brasileiro, do Instituto
Tá na Rua, que atua já há 33 anos para artes e cidadania no Rio de Janeiro e em
todo país, participando de forma intensa e variada dos momentos históricos,
políticos e culturais. Entre as suas atividades estão aulas, seminários,
ensaios, oficinas e apresentações em vias públicas e no teatro. Veja mais aqui.
JULIETTA – O drama/romance Julietta:
não é como se você acha que é (2001), dirigido por Cristoph Stark, conta a
história de uma jovem estudante que viajam de Stuttgart para Berlim, com duas
amigas e o namorado de uma delas, para comemoração do Love Parade. No evento,
dançam e experimentam drogas e sexo, perdendo-se uns dos outros numa busca
desesperada e que recebe o auxilio de um DJ envolvido no meio das festas até
adormecerem drogados. No dia seguinte não se lembram de nada, até que semanas
depois descobrem a jovem está grávida e, a partir daí, começa todo o desenrolar
dramático do filme. O destaque do filme fica por conta da atuação da atriz
alemã Lavínia Wilson. Veja mais
aqui.
AGENDA: CONGRESSO
BRASILEIRO DE RESILIÊNCIA – Acontecerá no dia 12 de novembro, no Mercure SP Central Towers (Rua Maestro Cardim, 407, Liberdade São Paulo, SP), o III
Congresso Brasileiro de Resiliência, promovido pela Sociedade Brasileira de
Resiliência (SOBRARE), com os temas “Desafios do desenvolvimento pessoal por
meio da resiliência” e “Foco no negócio – Estratégias em resiliência que
fortalecem a sua gestão”. Esses temas têm como objetivo trazer uma perspectiva
pessoal e profissional para avançar na investigação, pesquisa e intervenção nos
complexos e atuais desafios do desenvolvimento humano em diversos contextos,
abordando o desenvolvimento pessoal e profissional nas empresas, nas
organizações da saúde, nas escolas, na família e na sociedade/cidadania. Veja
mais aqui e aqui.
ENTREVISTA: CLARA
REDIG – Tive a honra e o prazer de conhecer o trabalho
musical da cantora Clara Redig. Por
conta disso, entrei em contato com ela e, por resultado, ela gentilmente me
concedeu uma entrevista contando sua trajetória e projetos. Confira a
entrevista aqui.
REGISTRO – BRINCAR
PARA APRENDER
Dentro das
atividades desenvolvidas na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Maceió, 2011, atendendo convite da Universidade
Federal de Alagoas/EdUfal, desenvolvi a palestra Brincar para aprender, proferida para professores, estudantes e
profissionais das áreas de Psicologia, Educação e Letras, voltada para o
destaque da atividade do brincar com arte, Brincarte, contribuindo para o
desenvolvimento social da criança. Confira detalhes aqui, aqui, aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem:
arte do pintor simbolista austríaco Gustav
Klimt (1862-1918).
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.