INEDITORIAL: A
SOLIDÃO DE TOULOUSE - A penumbra da noite francesa nas pernas
sedosas que se arqueiam no Moulin Rouge. A crise nervosa nas calcinhas fofas
das bundas tesudas a rodopiar no salão do Moulin Rouge, esbanjando sexo, fumaça
e bebida no ar quente. A lembrança de Malromé cintila nas coxas impunes ameaçando
um grande amor. Tudo ameaça um grande amor: a excentricidade nos devaneios de
putas ébrias esperando príncipes em fodas coloridas nos quartos escuros de
Paris. A boêmia na obsessão da loucura comandando as cores e as telas de um
cenário viciado para o templo do Louvre e o artista sucumbe a um grande amor. A
escadaria e um estigma nas pernas miúdas e desajeitadas, a escadaria e o puto
aristocrata do pai, a escadaria e a doce divorciada da mãe, a escadaria e o
tombo, o tombo e o último gole, o último gole e a loucura, a loucura e Gironde e
o artista sucumbe a um grande amor. © Luiz Alberto Machado. (In: Primeira
Reunião. Recife: Bagaço, 1992). Agora vamos pras novidades do dia: na edição de
hoje destaque para A mulher celta, a literatura de Elfriede Jelinek, a
entrevista de Gilberto Mendonça Teles, a pintura de Toulouse-Lautrec, a música
de Jonatha Broke, a arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, a arte de rua de
Michael Aaron Williams, o Encontro de Educação Ambiental, o Salgadinho &
Psicologia Ambiental, a fotografia de Marcos Vilas Boas & o cantarau
Tataritaritatá! Para ver mais aprume a conversa aqui.
Veja mais sobre:
Confissões
de perna-de-pau, Arthur Rimbaud, Nina
Simone, John French Sloan, Eliane
Giardini, Guy
Green, Alexis Smith, Yénisett Torres, Lendas Alemãs, Psicologia &
compromisso social aqui.
E mais:
A música de Ruthe London aqui.
Constitucionalização do Direito Penal aqui.
Do espírito das leis de Montesquieu aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando as mazelas dão um nó, vôte! A bunda de fora parece mais tábua de
tiro ao alvo aqui.
A pingueluda aqui.
A arte de Marcya Harco aqui.
DESTAQUE: DESEJO DE JELINEK
[...] As mulheres,
enxertadas de esperanças, vivem da lembrança; os homens, entretanto, vivem do
momento, que lhes pertence e, se cuidadosamente cultivado, se deixa compor e
formar um montinho de tempo, que igualmente lhes pertence. [...] O homem está sempre pronto e anima-se de
antemão consigo mesmo. O dia animado é tolerado tanto para pobres como para
ricos, mas infelizmente os pobres não toleram vê-lo desfrutado pelos ricos. A
mulher ri, nervosa, quando o homem, ainda de sobretudo, se desnuda objetivo de
frente dela. A mulher ri mais alto e, assustada, leva a mão à boca. É ameaçada
de tomar uma surra... O diretor fala tranquilo da xoxota e de como dali a pouco
irá rasgá-la [...] A mulher quer ir
embora, escapar desses fétidos grilhões em que definha a madeira à frente de
sua choupana. A mulher foi furtada da insignificância e todo dia é novamente
invalidada com o carimbo do marido. Está perdida. [...].
Trechos da obra Desejo
(Alaude, 2013), da novelista e autora de peças teatrais austríaca e Prêmio
Nobel de Literatura de 2004, Elfriede Jelinek.
Curtindo o álbum
(cd/DVD) Live in New York (Bad Dog,
2006), da cantora e compositora estadunidense Jonatha Broke.
Pensamento do
dia: Estamos nos transformando em uma
sociedade monstruosamente cínica e ignóbil, que aceita de forma conformista o
desastre dos moradores de rua, do premiado arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha. (Imagem: Criança moradora de rua, do artista de
rua Michael Aaron Williams)
A MULHER CELTA - OS CELTAS - Os Celtas é o povo que existiu por cerca de dois mil anos
entre o II milênio a.C até o advento do Império Romano por volta do sec. I d.C,
no norte da Europa ocidental. Era um povo da família linguística indo-europeia
que ocupavam desde a Península Ibérica até a Anatólia. Entre as suas tribos
estão os Gauleses, os Bretões, os Caledônios, os Escotos, os Trinovantes, os
Batavos, os Eburões, os Gálatas, entre outros. Foram eles que introduziram as
calças na indumentária masculina. Suas tradições são identificadas na Irlanda,
Pais de Gales, Cornualha, Gália, Galiza e norte de Portugal. Os celtas,
conforme Launay (1978) elevavam muito alto um ideal da perfeição humana, na
aparecia fisica e no comportamento em sociedade. Um defeito físico era
contrário à beleza, ele desqualificava sem apelação. Eles foram os primeiros a
escrever romances de amor na cultura ocidental. Seu amor à beleza física
elevava entre eles o erotismo ao nível estético e culminava na obra de arte.
Para os celtas o sexo é o retorno ao paraíso e o orgasmo é a porta de entrada
para o paraíso. Nos contos míticos das tribos celtas pré-cristãs encontrava-se
a pederastia entre as atividades sexuais, entretanto, registra-se que a
homossexualidade era punida em certas tribos pela influencia cristã. Tambem são
detectadas bissexualidade no relato de luta entre os heróis e irmãos Cúchulaim
que foi instruído militarmente pela mulher Scáthach, e Ferdiah, com narrativas
de beijos e compartilhamento de camas entre ambos. Dessa luta, Cúchulaim atinge
com sua arma misteriosa Gáe Bulg o ânus do irmão. Muitas mulheres nuas são
enviadas diante dele para acalmar seu furor e se opor à carnificina. Diodoro da
Sicilia assinala que embora as mulheres sejam belas, os homens se entregam à
paixão contra a natureza pelo sexo masculino. Deitados em terra sobre peles de
animais selvagens, têm por habito de cada lado um companheiro no leito,
acusando-os não só de pederasta, mas de proxenetismo homossexual. Era um povo
excessivo tratados na literatura como brutos ébrios de sangue, antropófagos,
incestuosos e pederastas. Guerreavam nus, brandindo seus escudos num ritual que
concedia à nudez um poder de imunização contra os ferimentos e a morte. Entre
os celtas a união sexual desempenha papel decisivo na entronização que se segue
à eleição. O Rei Cormac não foi verdadeiramente rei da Irlanda, já que não
dormiu com a rainha Méve que participava da divindade. O rei, diante de um
grande número de pessoas, pratica uma união sexual com uma égua branca,
sacrificada a seguir. O rei se banhava no caldo do cozimento da carne da égua e
a bebia. Era o rito de fecundidade indo-europeu. O chefe Cathal certa vez
reuniu num espaço descoberto as mulheres cativas e obrigou-as a andar de
quatro, cada uma carregando nas costas um dos jovens vencedores. Nas festas
celtas, as mulheres volúveis encontravam amantes, os moços, esposas; e os reis,
soldados. Há, inclusive, a cena onde Cuchulainn é obrigado a ceder ao direito
de cuissage de seu rei que, segundo o costume, se outorga a primeira noite de
toda jovem casada, o que não é um privilégio e, sim, uma obrigação para com
ele. Conchobar não está entusiasmado, pois teme a cólera do marido. Assim,
aceita de bom grado que dois druidas se deitem entre a jovem e ele. Também
estava previsto o caso de uma mulher casada tomar um amante com autorização do
marido. No século XI, a igreja irlandesa segue ainda preceitos célticos em
matéria de casamentos e divórcios. O Papa Alexandre II se indigna que eles
desposem suas madrastas e não tenham pudor de delas terem filhos; de que um
homem possa viver com a mulher de seu irmão, quando este ainda vive, que um
outro possa viver em concubinato com duas irmãs e que muitos deles, repudiando
a mãe, desposem as próprias filhas. Enfim, os celtas se amavam e se
entrematavam, trocavam presentes e cometiam atos facínoras uns contra os outros.
A MULHER CELTA - As mulheres celtas
eram belas e exibiam vestes e adereços para se embelezarem mais. Possuíam igualdade
de direitos e cediam sua virgindade aos prazeres de outros e se ofendiam quando
eram recusadas pelos homens. Atendiam assim as exigências da natureza copulando
abertamente com seus homens. Também atuavam incestuosamente na iniciação sexual
dos irmãos. As mulheres celtas possuíam aptidões de ensinar aos jovens
guerreiros aperfeiçoando os seus conhecimentos das armas. Entre os aprendizes está
Cuchulainn. A sexualidade feminina, segundo Markale (1977), era tratada
naturalmente e sem ser reprimida, uma vez que se encontrava inerente à natureza
humana. O corpo da mulher é a fonte do prazer dela e de seu homem, por posssuir
os ciclos da natureza e é senhora do seu próprio corpo. Entre esse povo a
mulher oferecia prazerosamente a amizade de suas coxas, transformando a
vida com o prazer do sexo ao conduzir seu homem ao outro mundo, uma vez que
pelo sexo ela era iniciada nas artes divinatórias, tomando consciência do
próprio corpo ao prazer. Exemplos estão em Isolda, Grainné e Desidré, além de
outras que se tornaram sacerdotisas, druidesas e xamãs, bem como magistas,
guerreiras e comandantes de batalha. Não havia entre os celtas a condenação
pelo adultério nas relações sexuais extraconjugais, possuíam o direito ao
divorcio, herdavam propriedades, portavam armas e exercia atividades médicas.
Só quando o Cristianismo imperou entre os celtas por volta do séc. V, por meio
do bispo Patrício, que todos esses direitos adquiriram feições pecaminosas e
foram combatidos. As mulheres lendárias não recuam diante de nada para
conseguir o homem de sua escolha. Conta-se que as mulheres respondem aos
romanos: “Nós damos satisfação às exigências da natureza de maneira preferível
à de vocês, ó romanas. Nós nos unimos em pleno dia aos melhores homens,
enquanto vocês deixam-se perverter em segredo à noite pelos mais vis”. As
mulheres celtas são assim descritas na literatura: “[...] então a jovem desatou
os cabelos para lavá-los e pegou-os com as duas mãos, deixando-os tombar sobre
o busto. Suas mãos eram mais brancas que a neve de uma noite e suas faces mais
rosadas que uma dedaleira. Tinha uma boca fina e regular com destes brilhantes
como pérolas. Mais cinzentos que o jacinto eram seus olhos. Vermelhos e finos
seus lábios. Seus ombros eram esbeltos e suaves, ternos, doces e alvos os seus
braços. Seus dedos eram compridos, delgados e brancos. Tinha lindas unhas
rosadas. Seus flancos era deslumbrante, mais branco que a espuma do mar. Suas
coxas eram suaves e nacaradas, sua panturrilhas estreitas e vivas, seus pés
finos de pele delicada, sadios e firmes seus calcanhares brancos e redondos
seus joelhos...”. O MOSTEIRO DE SANTA BRÍGIDA, EM KILDARE – Templo misto em que
as mulheres realizavam diversas funções sacerdotais e vigiando o fogo que não
podia se apagar. Assim, era conhecida como Minerva na Gália, abadessa de
Kildare. A sua festa cai no dia de Imbolg, a festa pagã da primavera. A jovem
Brígida, que não era ainda a santa, mas que dava em partilha aos pobres seus
rebanhos e seus bens, atraira sobre si a cólera de seus pais, que decidiram
desfazer-se de uma filha indifgna que dava o exemplo do desregramento.
Fizeram-na subir para uma carruagem não para um passeio, mas para vendê-la ao
rei Leinster. A REVOLTA DA RAÍNHA BOUDICA – É a rainha dos Icenos, uma tribo
druida e caçadores, líder guerreira de uma das mais violentas rebeliões que
enfrentou o Império Romano ao ser atacada por ordem de Nero, libertando as
tribos da Britania, que ocorreu entre 59 e 60 a.C, após a morte do seu marido,
o rei Iceni Prasutagus. Segundo o historiador romano Tácito, Boudica resistiu e
foi capturada, torturada e açoitada, teve suas filhas estupradas na sua frente,
sua casa e tribos foram pilhadas como prêmio da guerra, todos os membros da
tribo foram transformados em escravos. Ela foge e jura vingança, assumindo o
controle dos Icenos e dos Trinobantes, atacando e incendiando Londres e cidades
bretãs, conseguindo unir as tribos celtas. Os romanos só venceram os guerreiros
da rainha depois de muitas batalhas sangrentas. Ela sobreviveu a todas as
batalhas, retonando a sua casa com suas filhas, cometendo o suicídio por
envenenamento para não se deixarem ser capturadas pelos inimigos, preferindo a
morte ao domínio romano. Tornou-se o símbolo romântico de revolta e vitória à
vista da adversidade, existindo uma estatua dela, em bronze, com longos cabelos
e um perfil desafiador na frente da Casa do Parlamento inglês. A RAÍNHA
RHIANNON, A DIVINA RAINHA DAS FADAS – A Grande Rainha Rhiannon era casada com
Pwyll, um mortal, que dera-lhe um filho que desaparecera ao nascer. Quando as
donzelas acorreram, esfregando o sangue de um animal de estimação no rosto
dela, acusaram-na de ter comido o filho, sendo condenada a carregas todos os
hóspedes do marido nas costas. Ocorre que sete anos depois, o filho reapareceu.
Ela vivia acompanhada de três pássaros mágicos que encantavam os vivos e
acordava os mortos, tornando-se a deusa dos encantamentos, da fertilidade e do
submundo. Também é a deusa gaulesa da morte e tida como a deusa-cavalo gaulesa
do inferno, que se identifica com a noite, a emoção, a lua e o drama. Era filha
de Hefaid, senhor do outro mundo. Conta-se que ela, certa vez, tornou-se uma
cavaleira, vestindo um hábito de ouro e montando um corcel branco que vai
tentar o príncipe. Mas sua carreira é tão rápida que nenhum mensageiro enviado
em seu encalço conseguia alcançá-la. O príncipe então parte em sua perseguição
e a interpela. Ela pára pedindo que a salve de um casamento imposto, tomando-a
por esposa. A BELA DECHTIRÉ - O rei mítico Conchobar, deus da fertilidade pelo
fao de sua iniciação e de suas funções reais, ouve falar de uma mulher muito
bela Dechtiré, num palácio do outro mundo. Cônscio de suas prerrogativas, ele a
pede para a noite. Mas ela está grávida e, uma vez no leito, queixa-se das
dores do parto. Conchobar resolve dormir e, de manhã, encontra um
recém-nascido entre a mulher e ele. Lá em cima, Dechitiré volta a ser virgem e
esposa Sualtam de quem tem um filho, que se confunde com o primeiro. Porém, uma
vespa que ela engoliu em sonho lhe revela que o verdadeiro pai é o deu
Lugh-Braço-Longo. O menino recebe o nome de Setanta e será mais tarde
cognominado Cuchulainn. Entende-se que ele nasceu duas vezes e que tem quatro
pais, o do outro mundo, o da fertilidade, o deus solar e um pai terrestre.
Trata-se de um herói sobrecarregado. A MÃE DO REI MONGAN – O rei fiachna,
Iegal, fora guerrear em Alba contra os saxões. Deixou sua esposa na Irlanda
quando esta recebera a visita de um homem imponente que lhe revela que seu
marido será morto em combate no dia seguinte, a menos que ela consinta que ele
lhe dê um filho. Para salvar o marido, a esposa consente e ele é
miraculosamente salvo. Nasce, então, o rei Mongan que nada tinha de mítico,
pois viveu na época história e morreu em 615, tendo três pais, dois dos quais
deuses. ÉTAIN – é uma mulher indefinível, reaparece em ciclo com o mesmo nome e
a mesma aparência, como se simbolizasse uma permanência, entretanto, ela é a
esposa de um rei de Tara, Eochaid Airem, de quem tem uma filha muito parecida
consigo mesmo, que Eochaid a toma por ela. Muito tempo depois ela aparece como
mulher de Cormac Conn Loinges, de quem tem filhos. Evidencia-se a seguir que
Mess Buachalla, sua neta, foi mãe de seu irmão e de seu pai. Mas Etain teria
sido a reprodução da Rainha Méve que dirigiu os exércitos do Connaught contra
os do Ulster. Méve possuía caráter divino, pois praticava licenças sexuais
acusando seu dom de fetilidade. Pois, para os celtas, a mulher que se oferece
insolentemente ao homem de sua escolha não é uma desavergonhada, é uma deusa
desfrutando de suas prerrogativas soberanas. SCATACH – é a feiticeira escocesa
que ensinou a Cuchulainn a ciência e proeza de vencer o inimigo. Cuchulain
desafia a feiticeira que tem dois filhos, ele mata um deles e leva a cabeça
para a mãe que reconhece a sua vitoria e o recebe em casa para cuidar de seus
ferimentos. À noite, sua filha Uatach, que se enamora do herói, vem
esgueirar-se nua em seu leito. Ele a repele, pois existe um géis, um tabu, que
proíbe a um ferido ter contato com uma mulher. Contudo, a jovem, em troca de
seu amor, lhe indica como obter de sua mãe que ela lhe ensine os três truques
de que ela detem o segredo e que farão dele um combatente invencível.
Cuchulainn surpreende Scatach, conforme sua filha Uatach lhe havia ensinado.
Sob ameaça de morte, ele exige que ela lhe ensine os truques secretos, que ela
lhe conceda a filha por um ano e também “a amizade de suas coxas”, isto é, o
complemento de sua iniciação pela união carnal. CHIOMARA – Era a mulher de um
rei gaulês e prisioneira dos romanos. Violada por um centurião, ela é revendida
por 40 libras de prata a seu marido, que aceita o ajusta para salvá-la do
cativeiro. Chiomara, no ponto de encontro, manda os homens de seu marido, que
tinham ido levar o resgate, abaterem o centurião. Manda que lhe cortem a cabeça
que ela leva numa dobra do manto. No momento em que ela reencontra o marido,
este observa que é bonito respeitar um compromisso. Ela deixa rolar a cabeça do
centurião aos seus pés: “Há uma coisa mais bela do que cumprir um contrato.
Dois homens vivos não podem gabar-se de me haver possuído”. No reino lendário
dos celtas ainda são encontradas outras mulheres que merecem destaque. Exemplo
disso é a raínha Maedbh, esposa do rei Ailil que mantinha amantes e conta-se
que ela jamais se deitou com um homem sem que houvesse outro lhe esperando na
sombra. Os mitos de Erc compreendem a mulher mais forte do mundo Fianna
Éireann, ou Aife, que demonstrava atividades guerreiras às mulheres celtas. Os
registros da rainha Cartimandua que era Era a rainha dos brigantes, ex-mulher
de Venútio, casada com Vellocatus, quando o ex-marido investiu numa guerra
contra ela, dando por seu desaparecimento. O RITO DE BELTANE – Festival celta
que ocorria no verão com danças em volta das fogueiras, nas homenagens ao deus
Bellenos. Está relatada na obra “As brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley.
Na antiguidade era destinado às práticas despudoradas do sexo, celebrando a
fertilidade, quando a donzela vira a caça dos caçadores. A festa se realiza até
o presente, agora na primavera. BBLIOGRAFIA: ARNOLD, Bettina; GIBSON, D. Blair.
Celtic Chiefdom, Celtic State. New Directions in Archeology. Cambridge
University Press. Cambridge, 1991. BELE, Gaueko. O mundo celta e outras
sexualidades. Red Druidica, 2012. BRANSTON, Brain. Mitología germánica
ilustrada. Barcelona: Vergara, 1960. DAVIDSON, Hilda. Deuses e mitos do norte
da Europa. São Paulo: Madras, 2004. DUMEZIL, Georges. Do mito ao romance. São
Paulo: Miguilin Livros, 1992 ELIADE, Mircea. Aspectos do Mito. Edições 70.
Lisboa, 1989. GUYONVARCH, Christian; LE ROUX, Françoise. A civilização celta.
Lisboa: Publicações Europa-América, 1993. JUBAINVILLE, Arbois. Os druidas :os
deuses celtas com formas de animais. São Paulo: Madras, 2003 KOCH, John. Celtic
Culture; a historical encyclopedia. Santa Barbara, ABC-CLIO, Inc., 2006. LAUNAY,
Olivier. A civilização dos celtas. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978 MARKALE,
Jean. La femme celte: mythe et sociologie. Paris Payot, 1977. MOGK, Eugen.
Mitologia nórdica. Barcelona: Labor, 1932. POWELL, T.G.E. Os Celtas. Lisboa:
Verbo, 1965. TANNAHILL, Reay. O sexo na história. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1980. ZEIDLER, J. Ancient and Medieval Celtic Myths of Origin 17
Conference of Medievalist. Kieran’s College. Killerny, 2003. Veja mais aqui e
aqui.
Imagem: a arte do pintor pós-impressionista e litógrafo francês Henri Toulouse-Lautrec (1864-1901).
Veja mais aqui.
AGENDA: ENCONTRO
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Acontecerá
entre os dias 17 e 19 de maio, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Encontro
Paranaense de Educação Ambiental (EPEA 2017), com eixo temático dos debates voltados para análise de
alternativas sociais como resposta aos problemas ambientais, pretendendo discutir
caminhos possíveis que emergem da ação coletiva e dos processos de participação
em diversos âmbitos da sociedade, problematizando limites e valorizando avanços
e possibilidades. O evento que se constitui em uma importante instância de
diálogo e cooperação no campo da educação e das ações relacionadas ao meio
ambiente e a sociedade, está com as inscrições para submissão de trabalhos até 11
de novembro de 2016. Informações (21) 2576-1447 / 2576-2137 –
Fax (21) 3879-5511 | Email: anped@anped.org.br. Veja mais aqui e aqui.
ENTREVISTA: GILBERTO
MENDONÇA TELES - Alguns
anos atrás, ainda enquanto me dedicava à edição do Guia de Poesia do Projeto
SobreSites, tive a grata satisfação de entrevistar o poeta, advogado e
professor Gilberto Mendonça Teles, entrevista essa que foi incluída na sua obra
A plumagem dos nomes – Gilberto: 50 anos de literatura (Kelps, 2007). Confira a
entrevista aqui.
REGISTRO: SALGADINHO
E A PSICOLOGIA AMBIENTAL
Em novembro passado, apresentei o projeto de estágio
sobre a temática Psicologia ambiental: a
arte na educação e direitos das comunidades do Riacho Salgadinho – Maceió – AL,
como exigência da disciplina Estágio Básico II do curso de Psicologia do Centro
Universitário Cesmac, ministrada pela professora doutora Daniella Botti Rosa.
Veja detalhes aqui, aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: Sexo
Ágil – Karina Buhr, Naná Rizzini, Mariah Teixeira & Marina Gasolina – do fotógrafo Marcos Vilas Boas.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.