EM
MIM A VIDA & O ESTOURO DOS CONFINS DE TUDO - O meu coração pulsa e com ele tudo é
pulsante na Terra que sou eu com todas as rotações e translações do planeta a
cumprir a sua missão entre as sístoles e diástoles e em consonância com o
movimento cósmico vibratório de todo Universo. O meu coração pulsa e com ele
toda galáxia gira e vibra em torno do Sol como um fogo que é vivo e que é vida.
E mais pulsa com o milagre das águas até o espetáculo das cachoeiras que formam
brejos, lagos, lagoas, rios e sou até a imensidão dos mares que banham e me
lavam na festa da vida, por sinapses com as sementes que sou brotando do chão pras
raízes, troncos, galhos, folhas e flores e frutos na imensidão de todas as
matas e florestas com todas as cores da vida. E pulsa nos ventos que sopram as
águas e as árvores levando a vida pelos interstícios das fissuras na distinção
dos continentes do Oriente ao Ocidente, que em dois foram formados pelo corte do
corpo caloso e sou desorioentado de meus hemisférios agora perdido entre os
quatro pontos cardeais, pra ser retalhado em muitas redomas da lei de cada país.
E sou até minha América do meu coração pele vermelha asteca, maia, inca e tupi,
disposto em postas da Groenlandia até a Patagonia, com o abraço da brancura do
cara pálida e a doçura da negra pra recompor os fragmentos equatoriais da minha
carne tropical Brasil de todos os sons, danças e loucuras paradoxais, de
Colônia preada para um Império de sopapos e República de amorfa banana pegando
carona nos trens atrasados das chegadas e partidas e à deriva pelo elo perdido
do fio da meada do desvario humano, até que um dia um porto seguro possa
discernir entre as tantas trilhas que se desbravam das tão poucas veredas no
horizonte escancarado, até ser-me apenas um coração que pulsa quase mínimo grão
invisível no coração do Universo que sou eu e todas as coisas. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Gaia Onbashira (Domo Records General, 1998), do compositor, músico e
multi-instrumentista Kitaro. Veja mais aqui.
PESQUISA
Ísis sem
véu: Uma chave-mestra para os mistérios
da Antiga e Moderna Ciência e Teologia (1877),
obra da filosofia esotérica da escritora e ocultista russa Helena Blavatsky (1831-1891). Veja mais
aqui, aqui e aqui.
LEITURA
O livro O
jardinheiro do amor (Thesaurus, 1983), do poeta e músico indiano, ganhador
do Prêmio Nobel de Literatura, Rabindranath
Tagore (1861-1941). Veja mais aqui, aqui e aqui.
PENSAMENTO DO DIA:
[...] agora, é
necessário que laceres pouco a pouco a túnica que te reveste, o tecido da
corrupção, o suporte da malícia, a cadeia da corrupção, a prisão tenebrosa, a
morte vivente, o cadáver sensível, a tumba que levas para todos os lados
contigo, o assaltante que habita em tua casa, o companheiro daquelas coisas que
ama te odeia e pelas coisas que te odeia, tem ciúme de ti. Tal é o inimigo que
revestiste como uma túnica, que te estrangula e atira sob si, de modo que,
tendo elevado os olhos e contemplado a beleza da verdade e o bem que nela
reside, venhas a odiar a malícia do inimigo, tendo compreendido todas as
ciladas que preparou contra ti, tornando insensíveis os órgãos dos sentidos que
não aparecem e não são tidos por tal, tendo-os obstruído pela massa da matéria
e preenchido de uma voluptuosidade desgostante, a fim de que não possuas
oouvidos para as coisas que deves ouvir, nem visão para as coisas que precisas
ver.
Extraído do
capítulo VIII – O maior dos males entre os homens constitui a
ignorância relativamente a Deus
-, da obra Corpos Hermeticum: discurso de iniciação / A Tábua
de Esmeralda
(Hemus, 1978), de Hermes Trismegistus.
Veja mais aqui.
Veja mais Eurídice, Alan Watts, Mário de Andrade, Augusto
de Campos, Pedro Kilkerry,
Machado de Assis, Doris Lessing, Walter Hugo Khouri, Jean-Baptiste Camille, Joseph Edgar Boehm,
Willibald Gluck, Patrick Nicholas, Vera Fischer & Meimei Correa aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte da fotógrafa Jovana Rikalo.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá