VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
FLIMAR – A Lagoa
Manguaba só me traz emoções inenarráveis. Desde 1994, quando tive o primeiro
contato com a nascente lá em Pilar, ocasião em que minha alma comungou com as
suas águas e nos fizemos um só, compus o frevo Manguaba, e, a partir
daí, só estreitamos nossa unidade a cada ano que se passou por momentos
inesquecíveis. Exemplo disso foi a minha participação na Festa Literária de
Marechal Deodoro – Flimar I, por ocasião do convite do escritoramigo e
Secretário de Cultura do Município, Carlito Lima, quando fui levado a me
apresentar nas mais diversas escolas da cidade, dos bairros e da área rural,
uma correria de dois dias para lá de emocionante. Na II Flimar, já na orla da
lagoa, o meu segundo contato em uma festa maravilhosamente linda que foi
realizada com a estudantada na minha tenda, brincando, contando história e
pulando muito frevo. Na Flimar III, repetiu-se a dose, como da mesma forma ocorreu
na Flimar IV, sempre participando da Flimarzinha e de outros eventos da Festa. Este
ano, não foi diferente. Participando da VI Flimar, sinto-me envaidecido de
participar mais uma vez dessa que é a festa que está entre os mais importantes
eventos literários do país. Daqui minha eterna gratidão ao amigo Carlito, à
Secretaria de Educação e ao povo deodorense pela oportunidade de ter registro
tão importante na minha trajetória. Obrigado e vamos aprumar a conversa aqui e
aqui.
NITOLINO NA FLIMAR – Nesta quinta estreei na VI Flimar, uma festa lindíssima com
muitas atrações. A organização me deu a tenda de sempre, agora denominada de Mundo da Imaginação, na qual recebi a
estudantada e professores das mais diversas escolas de Marechal Deodoro e de
cidades circunvizinhas. Merece destaque a turma do Ensino Fundamental de uma
escola de Atalaia, com a qual batemos um papo regado a muita cantoria, contação
de história e brincadeiras que muito me emocionou. Veja detalhes aqui.
ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Jorge de Lima
Lá
vem o acendedor de lampiões da rua!
Este
mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar
o sol e associar-se à lua
Quando
a sombra da noite enegrece o poente!
Um,
dois, três lampiões, acende e continua
Outros
mais a acender imperturbavelmente,
À
medida que a noite aos poucos se acentua
E
a palidez da lua apenas se pressente.
Triste
ironia atroz que o senso humano irrita:
—
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez
não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta
gente também nos outros insinua
Crenças,
religiões, amor, felicidade,
Como
este acendedor de lampiões da rua!
JORGE DE LIMA – Foi num belo dia das minhas visitas à
Biblioteca Pública Fenelon Barreto, que a memorável professora e bibliotecária
Jessiva Sabino de Oliveira, me passou às mãos, um volume organizado por Afrânio
Coutinho, reunindo a poesia de Jorge de Lima: Obra completa (Aguilar, 1958).
Pronto, mesmo ainda adolescente, fui iniciado na obra densa desse grande poeta.
Aliás, poeta que passou a fazer parte do panteão daqueles que eu sempre gostei
de apreciar e que consegui, anos depois, reunir alguns volumes na minha modesta
biblioteca particular, apreciando sua grandiosidade poética. Veja mais aqui.
VOCÊ ENDOIDECEU MEU CORAÇÃO
Nando Cordel
Você endoideceu meu coração
Endoideceu
Agora o que é que eu faço
sem o teu amor
Agora o que é que eu faço
sem um beijo teu
Eu nem pensei já estava te
amando
Meu corpo derretia de
paixão
Queria estar contigo todo
instante
Te abraçando, te beijando
Te afogando de emoção
Ficar na tua vida eu quero
muito
Grudar pra nunca mais eu te
perder
Você é como água de cacimba
Limpa, doce, saborosa
Todo mundo quer beber
Você endoideceu ...
NANDO CORDEL – Conheci Nando Cordel pessoalmente no
início dos anos 1980, pelas mãos da amiga Fatima Lins que à época namorava com
ele. Papos e papos, Nando logo viajou para lançar seu primeiro álbum,
emplacando, tempos depois, um sucesso nas paradas. Só em finais dos anos 1980
que reencontro Nando nos corredores da RCA Victor, em Recife, e logo
entabulamos uma entrevista dele para o meu programa Panorama, que eu
apresentava na emissora Quilombo dos Palmares FM, fazendo um destaque de uma
hora e meia com os seus sucessos. Só bem depois, já em meados dos anos 1990, em
Recife, é que ocorreu novo encontro com este consagrado nome da música
brasileira. Nessa ocasião ele me concedeu uma entrevista que foi publicada no
meu tabloide Nascente Publicação
Lítero-Cultural. Daqui meu abração fraterno pro Nando e desejos de muitos
sucessos. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA