sexta-feira, novembro 13, 2015

FLIMAR, MANGUABA, JORGE DE LIMA, NANDO CORDEL, NITOLINO & FLIMARZINHA.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? FLIMAR – A Lagoa Manguaba só me traz emoções inenarráveis. Desde 1994, quando tive o primeiro contato com a nascente lá em Pilar, ocasião em que minha alma comungou com as suas águas e nos fizemos um só, compus o frevo Manguaba, e, a partir daí, só estreitamos nossa unidade a cada ano que se passou por momentos inesquecíveis. Exemplo disso foi a minha participação na Festa Literária de Marechal Deodoro – Flimar I, por ocasião do convite do escritoramigo e Secretário de Cultura do Município, Carlito Lima, quando fui levado a me apresentar nas mais diversas escolas da cidade, dos bairros e da área rural, uma correria de dois dias para lá de emocionante. Na II Flimar, já na orla da lagoa, o meu segundo contato em uma festa maravilhosamente linda que foi realizada com a estudantada na minha tenda, brincando, contando história e pulando muito frevo. Na Flimar III, repetiu-se a dose, como da mesma forma ocorreu na Flimar IV, sempre participando da Flimarzinha e de outros eventos da Festa. Este ano, não foi diferente. Participando da VI Flimar, sinto-me envaidecido de participar mais uma vez dessa que é a festa que está entre os mais importantes eventos literários do país. Daqui minha eterna gratidão ao amigo Carlito, à Secretaria de Educação e ao povo deodorense pela oportunidade de ter registro tão importante na minha trajetória. Obrigado e vamos aprumar a conversa aqui e aqui.


NITOLINO NA FLIMAR – Nesta quinta estreei na VI Flimar, uma festa lindíssima com muitas atrações. A organização me deu a tenda de sempre, agora denominada de Mundo da Imaginação, na qual recebi a estudantada e professores das mais diversas escolas de Marechal Deodoro e de cidades circunvizinhas. Merece destaque a turma do Ensino Fundamental de uma escola de Atalaia, com a qual batemos um papo regado a muita cantoria, contação de história e brincadeiras que muito me emocionou. Veja detalhes aqui.

ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Jorge de Lima

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
— Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!


JORGE DE LIMA – Foi num belo dia das minhas visitas à Biblioteca Pública Fenelon Barreto, que a memorável professora e bibliotecária Jessiva Sabino de Oliveira, me passou às mãos, um volume organizado por Afrânio Coutinho, reunindo a poesia de Jorge de Lima: Obra completa (Aguilar, 1958). Pronto, mesmo ainda adolescente, fui iniciado na obra densa desse grande poeta. Aliás, poeta que passou a fazer parte do panteão daqueles que eu sempre gostei de apreciar e que consegui, anos depois, reunir alguns volumes na minha modesta biblioteca particular, apreciando sua grandiosidade poética. Veja mais aqui.

VOCÊ ENDOIDECEU MEU CORAÇÃO
Nando Cordel

Você endoideceu meu coração
Endoideceu
Agora o que é que eu faço sem o teu amor
Agora o que é que eu faço sem um beijo teu

Eu nem pensei já estava te amando
Meu corpo derretia de paixão
Queria estar contigo todo instante
Te abraçando, te beijando
Te afogando de emoção
Ficar na tua vida eu quero muito
Grudar pra nunca mais eu te perder
Você é como água de cacimba
Limpa, doce, saborosa
Todo mundo quer beber

Você endoideceu ...


NANDO CORDEL – Conheci Nando Cordel pessoalmente no início dos anos 1980, pelas mãos da amiga Fatima Lins que à época namorava com ele. Papos e papos, Nando logo viajou para lançar seu primeiro álbum, emplacando, tempos depois, um sucesso nas paradas. Só em finais dos anos 1980 que reencontro Nando nos corredores da RCA Victor, em Recife, e logo entabulamos uma entrevista dele para o meu programa Panorama, que eu apresentava na emissora Quilombo dos Palmares FM, fazendo um destaque de uma hora e meia com os seus sucessos. Só bem depois, já em meados dos anos 1990, em Recife, é que ocorreu novo encontro com este consagrado nome da música brasileira. Nessa ocasião ele me concedeu uma entrevista que foi publicada no meu tabloide Nascente Publicação Lítero-Cultural. Daqui meu abração fraterno pro Nando e desejos de muitos sucessos. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA