segunda-feira, julho 21, 2008

STEVENSON, WOODY ALLEN, ROGERS, CLIFFORD GEERTZ, EDUCAÇÃO, VOYEURISMO & ZÉ BILOLA



DITOS & DESDITOSQue mundo! Poderia ser maravilhoso se não fossem as pessoas. Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto. O outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher. O homem explora o homem e por vezes é o contrário. Os seres humanos são divididos em mente e corpo. A mente abraça todas as nossas aspirações nobres, como a poesia e a filosofia, mas o corpo é que tem todo o divertimento. Você pode viver até os cem anos se abandonar todas as coisas que fazem com que você queira viver até os cem anos. Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido. Talvez os poetas estejam certos. Talvez o amor seja a única resposta. Interessa-me o futuro porque é o lugar onde vou passar o resto de minha vida. A liberdade é o oxigênio da alma. Não quero atingir a imortalidade com meu trabalho, mas sim não morrendo. Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer. O meu único arrependimento na vida é de não ser outra pessoa. Pensamento do cineasta estadunidense Woody Allen. Veja mais aqui.

ALGUÉM FALOU: A época mais obscura é hoje. A política é talvez a única profissão para a qual se pensa que não é precisa nenhuma preparação. Temos tanta pressa de fazer algo, escrever, amontoar bens e deixar ouvir a nossa voz no silêncio enganador da eternidade que esquecemos a única coisa em relação à qual as outras não são mais do que meras partes: viver. Devoção perpétua ao que o homem chama de seu negócio, somente é mantida pela perpétua negligência de muitas outras coisas. Todas as pessoas que chegaram onde estão tiveram que começar por onde estavam. Guarde seus medos para si mesmo; com os outros, compartilhe a coragem. Se os teus princípios morais te deixam triste, podes estar certo de que estão errados. Não julgue cada dia pela colheita que você obtém, mas pelas sementes que você planta. As mentiras mais cruéis são frequentemente ditas em silêncio. Um objetivo na vida é a única fortuna valiosa que se encontra; não se deve procurá-lo em terras estranhas, mas dentro do coração. Nenhuma oração é em vão; o pedido pode ser recusado, mas acredito que quem o fez sempre será recompensado com uma graça. O homem que venceu na vida é aquele que viveu bem, riu muitas vezes e amou muito. A marca de uma boa ação é que, retrospectivamente, parece inevitável. Nenhum homem é inútil enquanto ele tem um amigo. Os amigos são presentes que damos a nós mesmos. Ter muitas aspirações é ser espiritualmente rico. Não há dever que subestimemos mais do que o dever de ser feliz. Sermos o que somos e tornar-nos o que somos capazes de ser é a única finalidade da vida. Pensamento do escritor humanista escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894). Veja mais aqui.


INTERPRETAÇÃO DAS CULTURAS – [...] Não estamos cercados (é verdade, não estamos cercados) nem por marcianos, nem por edições humanas menos favorecidas que as nossas; uma proposição que faz sentido seja qual for a“nossa” origem –a de etnógrafos, juízes marroquinos, metafísicos javaneses ou dançarinos balineses.Ver-nos como os outros nos vêem pode ser bastante esclarecedor. Acreditar que outros possuem a mesma natureza que nós possuímos é o mínimo que se espera de uma pessoa decente. A larguesa de espírito, no entanto, sem a qual a objetividade é nada mais que autocongratulação, e a tolerância apenas hipocrisia, surge através de uma conquista muito mais difícil: a de ver-nos, entre outros, como apenas mais um exemplo da forma que a vida humana adotou em um determinado lugar, um caso entre casos, um mundo entre mundos. [...]. Trecho extraído da obra A interpretação das culturas (Zahar, 1978), do antropólogo e professor estadunidense Clifford Geertz. Veja mais aqui.


RACIONALIDADE HUMANA - [...] Sinto pouca simpatia pela ideia bastante generalizada de que o homem é fundamentalmente irracional e que os seus impulsos, quando não controlados, levam à destruição de si e dos outros. O comportamento humano é extremamente racional, evoluindo com uma complexidade sutil e ordenada para os objetivos que o seu organismo se esforça por atingir. A tragédia, para muitos de nós, deriva do fato de as nossas defesas nos impedirem de surpreender essa racionalidade, de modo que estamos conscientemente a caminhar numa direção, quando organicamente seguimos outra. [...]. Trecho extraído da obra Liberdade para aprender (Interlivros, 1973), do psicólogo norte-americano Carl Rogers (1902-1987). Veja mais aqui, aqui e aqui.

EDUCAÇÃO & POLÍTICA - A educação é política. [...] No espírito dos fundadores da escola laica, laicidade não significa, portanto, neutralidade política. A escola laica se quer fundamentalmente republicana, em oposição às opções monárquicas da escola católica. Ela associa o engajamento republicano à recusa de toda intervenção nas querelas partidárias e eleitorais. Reivindicar a laicidade para apresentar a neutralidade política como fundamento da escola é esquecer a origem dessa escola. Ela só é neutra no quadro de uma concordância prévia a respeito de sua vocação republicana. [...] Tudo é política, pois a política constitui uma certa forma de totalização do conjunto das experiências vividas numa sociedade determinada. Eleições, uma greve, a aposta em corrida de cavalos, a seca, um jogo de futebol, uma bofetada, etc., todos esses acontecimentos tem uma significação política. [...] A saturação em política e as modalidades de politização, apesar de todos, direta ou indiretamente, terem implicações políticas. Não basta portanto afirmar que a educação é política. O verdadeiro problema é saber em que ela é política. [...]. Trechos extraídos da obra A mistificação pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos na teoria da educação (Guanabara, 1986), do professor e filósofo da educação francês Bernard Charlot.

VOYEURISMO – Voyeurismo é o gesto de alguém excitar-se e sentir prazer em observar a nudez ou vislumbrar partes íntimas de outras pessoas. Trata-se de uma excitação natural para o voyeur, pela compulsão de sempre estar buscando olhar ou descobrir formas de ver um pouco da intimidade do corpo do outro. É uma fixação nesta prática, na qual perde o controle, programa-se para observar cenas sexuais e estar sempre se esforçando nesse sentido. O olhar pode ser discreto, escondido ou aberto, sem preocupar-se com que seu alvo esteja percebendo. A atração excessiva em olhar pode ser por fotografias, filmes, utilizando lentes para observação a distância, ou diretamente a olho nu, concentrando o olhar para determinadas partes do corpo, para a própria nudez ou atos sexuais. A ansiedade para olhar pode vir associada à pratica de masturbação. O adolescente de modo natural passa pela fase de sentir prazer em olhar cenas sexuais ou de nudez, porém é uma fase passageira que não caracteriza voyeurismo.

ZÉ BILOLA ACENDE O FACHO & TOMA NA TARRAQUETA
Com a tuia de cassações – a Justiça tarda, se vende, rasteja, queima o filme, mas num falha – e a eleição duma vereadora de Anadia, em Alagoas, com apenas 1 voto, oxente, o Zé Bilola tomou ânimo na campanha e agora engole uma corda da porra! Abriu o zoadeiro da campanha política e ele agora faz comício relâmpago em tudo que é canto, encampando as idéias do candidato Doro e das orientações insofismáveis do Padre Bidião.
Desta feita, Zé Bilola achou de arrotar imbróglios despauterados sacudidos ao léu, quando arreou a lenha num tanto de coisas que ao mesmo tempo elogiava, dando curvas na idéia dos 3 gatos pingados que escutavam sua loucura ideológica, quando achou por bem de nem sei quem, meter o bedelho inflamado num agiotão poderoso que andava querendo ser candidato a prefeito. Não deu outra. Uns 3 mal-encarados suspenderam suas vociferações, carregado o maluvido pelos cós da calça, pelas orelhas e pentelhos, até dar numa viela escura e malsinada.
Foi lá que os 3 parrudos arrearam as calças e mandaram que ele ficasse de 4.
Õxe, Zé esperneou, jurou por todos os santos a sua homência e que não abria o catimbofá dele para seu ninguém. Vixe!
Como ele não ia por bem, foi por mal. Os caras pegaram-no, botaram ele de cabeça pra baixo e arrancaram as calças dele. Quando estavam removendo a cueca encardida, subiu um fedor de bosta inaguentável.
- Eita cu fedorento!
Os recalcitrantes taparam as ventas e perguntaram o que era aquilo:
- A-rá! Ninguém come meu quiba não, viu? Eu nem lavo direito já me prevenindo disso! Sou macho e num abro pra seu ninguém. Quero ver quem tem coragem de encarar meu cu catingoso. Duvido!
Aí, os caras resolveram encarar a fedorência do intrépido assim mesmo: na marra. E quando foi na hora de enfiar a arupema da rudia no oiti-goroba dele, o cabra afrouxou-se todo e soltou um peido antigo daqueles de décadas passadas, a ponto de incensar tudo uns 4 quarteirões de dimensão. Vôte! Resultado: caíram desmaiados. Zé Bilola então se aproveitou e partiu com mais de mil e as calças nas mãos.

CURRICULUM PODRE: MAIOR FICHA SUJA!!!!!
Gente, essa eu não entendo não. Estão falando aí que andam cassando um bocado de político. Verdade. Os puladores de cerca, os traidores, os caboetas e os trambiqueiros, esses tomaram no papeiro e estão a ver navios. Mas num tô sabendo de nenhuma cassação por ficha suja. Alguém já viu? Além do mais, tô vendo candidato aí que tem uns 10 mil quilômetros de curriculum podre devendo até a alma à justiça e anda na maior gritando suas sandices nos carros-de-som e comícios sacais por ai. Pode? Vixe! Onde é que anda a justiça, hem?



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  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...