
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especial com a música do cantor, compositor e
pianista Ivan Lins: San Javier Jazz Live, Somos todos iguais nesta noite
& Quem saberia perder; da cantora Mônica Salmaso: Voadeira, Iaiá & Alma Lírica Brasileira; & muito
mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...]
algumas das coisas tidas previamente como
característica do universo que nos rodeia são na verdade propriedades da nossa
própria constituição interna. [...]. Trecho da introdução à obra On human nature and the undestanding
(Macmillan, 1962), do filósofo e professor britânico Antony Flew (1923-2010).
APRENDIZADO ÉTICO-AFETIVO - [...] a coesão social e a submissão às regras do Estado resultam do medo que
temos de vivenciar um mal maior e da esperança de um bem maior [...] Por serem as paixões constitutivas do nosso
viver, ou, em outras palavras, por não podermos ser guiadas por um pensar
constantemente ativo, haverá também, na organização e regulamento das associações
sociais produzidas pela educação, elementos ligados ao medo de punições e à
esperança de recompensas, cuja força varia conforme experienciemos ou não a
potência de nosso próprio pensar. [...] embora
paixões tristes participem da formação e exercício dos poderes da educação, é
também para próprio beneficio do todo social que a educação venha a promover a
ativação de nosso pensar. [...] O
princípio que movimenta a educação, tanto no exercício de seu poder produtor de
paixões alegres como de seu poder controlador por meio das paixões tristes, é
conatus da coletividade. [...] A
capacidade de agir com base no conhecimento e na virtude, e não no medo ou na
punição, é o que distingue uma educação sábia de uma educação que exerce um
poder que se mantém pela inadequação de suas paixões e de seus mecanismos
opressores. [...]. Trecho extraído da obra Aprendizado ético-afetivo:
uma leitura sponizana da educação (Alinea, 2009), da educadora, professora
e filósofa Juliana Merçon. Veja mais aqui.
PRIMAVERA - [...] Via-se literalmente nua, debaixo de vestes invisíveis. Parecia-lhe que
estava nadando sem rumor, e sem que ninguém pudesse vê-la, no fundo de um mar
de nevoeiro misturado com fumaça. Que lhe importava todo esse vaivém de gente
atarefada? E todas aquelas pessoas, nenhuma das quais lhe era conhecida? Esses
também escondiam, debaixo da roupa, um corpo nu, esses também tinha um “eu” que
para ela era invisível. Este pensamento parecia-lhe justificação o seu desejo
de solidão. Tentara, lealmente e com a melhor disposição do mundo, fazer
relaç~~oes, mas não o conseguira. Agora, quando descobria que todas essas
criaturas, além doq eu via delas, tinham um corpo, uma individualidade,
sentia-se justificada por ter tido aquela repulsa a quase todas as pessoas com
quem topara... “Tenho todo o direito de evitá-las e de exigir delas que não se
dispam diante de mim...” [...] “Sou
excluída das alegrias dos outros”, dizia consigo... “Os outros, esses possuem
alguem a quem amam, ou com quem privam, ouy de quem falam mal, ou com quem
fazem o mal, dançam, saem à rua. Quanto a mim, tenho pequenas alegrias
diferentes, só minhas, e protejo-as com estas mãos, como se fossem cálidos
passarinhoas”. [...] Sentira-se
profundamente humilhada ao saber que ele pudera, diante de uma oportunidade,
introduzir outra mulher em sua vida. Sabia hoje que uma mulher, se nada
concede, nem para o bem nem para o mal, àquele que a adora, não pode pretender
continuar sendo sempre a única. Pouco lhe falava, agora, para lamentar haver-se
esforçado por permanecer leal e honesta com ele, e não ter usado de coquetismo
ou de outras armas femininas para cativá-lo definitivamente. [...] Soava como uma música uma música
maravilhosa. Era pois isto, amar. Era isto, o amor. Tomou entre as mãos, num
arremesso, o rosto de Torkild e o contemplou demoradamente. Sim, era ele, o amado;
ele era assim. Atraiu para a cabeça dele e, desta vez, foi ela quem o beijou,
enquanto das árvores da rua tranqüila, erma, uma poeira branca e fina caia
sobre ambos. [...]. Trecho extraído do romance Primavera (Delta, 1964), da escritora norueguesa & Prêmio Nobel
de 1928, Sigrid Undset (1882-1949).
O AMOR – O
amor é sempre avesso às leis da observação. / Gaba o amante na aleita os dons
do coração, / nada sua paixão lhe acha de censurável. / Tudo, no amado ser, se
lhe afigura amável. / Os defeitos que tem, conta-os por perfeições, /
tornando-lhes gentis as denominações. / A pálida é ao jasmim, na alvura
comparada; / é uma boa morena a negra desbeiçada; / a magra tem, grácil, talhe
e desenvoltura; ] a que é desmazelada, imunda e displicente, / é, por
atenuação, beleza negligente; / a que é alta é uma deusa aos olhos dos mortais;
/ a anã resume em si as graças celestiais; / faz jus a uma coroa a fonte da
orgulhosa; / a hipócrita é engraçada; a idiota é generosa; / a faladeira tem
agradável humor / e a muda, a sonsa, guarda um honesto puder. / Quem sente no
seu peito arder do zelo a chama, / amara os erros, até da pessoa a quem ama.
Poema extraído da peça O Misantropo
(Zahar, 2014), cena IV, do ato I, da fala de Eliente a Celimène, do dramaturgo,
ator e encenador francês Molière
(Jean-Baptiste Poquelin – 1622-1673). Veja mais aqui e aqui.
INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Recepcionando
a garotada estudantil do Instituto Educacional São Francisco de Assis, com as
professoras Rosilda dos Santos Silva & Nataly Neves, na Biblioteca Fenelon
Barreto – Palmares – PE.
Veja mais:
O lobisomem de
Alagoinhanduba aqui.
Biritoaldo: a vingança
no formigueiro aqui.
Ferreira Gullar, Oscar Wilde,
Lisztomania, Michel de Montaigne, Louis Malle, Luhan Dias, Juliette Binoche,
Virginia Lane, O Morto & A Lua, Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva aqui.
Crimes contra a pessoa
aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando a adversidade
aperta, o biltre bota o rabinho entre as pernas aqui.
As trelas do Doro: o escambau aqui.
Antígona de Sófocles, Gradiva de Freud,
Seminário As Psicoses de Jacques Lacan & Cronquetas Tataritaritatá aqui.
Charles Baudelaire, Bem na Hora &
Noveletas Tataritaritatá aqui.
Jean-Paul Sartre aqui.
Francesco Petrarca,
Adrian Pãunescu, Erik Axel Karlfeldt, Carlos Santana, László Modoly-Nagy, Max
Liebermann, Luiz Edmundo Alves & Psicologia da Gestalt aqui.
Walter Benjamin, Philippe Ariès, Isaac
Stern, Charlotte Gainsbourg, Emil Orlik, Ruy Jobim Neto, Marco Leal,
Neuropsicologia & Educação Sexual aqui.
Basílio da Gama, Silviane Bellato, Odete
Maria Figueiredo, Edward Hopper, Mentes & Máquinas,
Gerontodrama & Neurociência, Zacarias Martins &
Programa Tataritaritatá aqui.
Gaston Bachelard, Steven Pinker,
Holística, Renato Borghetti, Antonio Rocco, Menalton Braff, Diego Lucas &
Mácia Malucelli aqui.
Carlos Drummond de Andrade, Antônio
Cândido, Adolphe-Charles Adam, Antonio Bedotti Organofone, Ana Mello &
Benedito Pontes aqui.
Aldous Huxley, Terceira idade &
envelhecimento, Jean-Baptiste Camille Corot, Armando José Fernandes, Ivaldo
Gomes, Monica & Monique Justino aqui.
Elias Canetti, Alfredo Casella, Gestão de
Pessoas, Paula Valéria de Andrade, Célia Mara & Lou Albergaria aqui.
Passando a Limpo & Zygmunt Bauman aqui.
Carl Gustav Jung, Ariano Suassuna &
Programa Tataritaritatá aqui.
O retorno da deusa de Edward C. Whitmont aqui.
A ESCULTURA DE RUY ROQUE GAMEIRO
A arte
do escultor português Ruy Roque Gameiro
(1906-1935).
A ARTE DE CARLA VAN DE PUTTELAAR
A arte da fotógrafa & artista
plástica holandesa Carla Van de
Puttelaar.