
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de
especial com o pianista, maestro e
compositor Marlos Nobre: Yanomami for choir & guitar com o Coro Cervantes,
Passaglia for Orchestra & Três Cantos de Yemanjá for cello & piano; a Sonata
for cello & piano nº 1 op 38 de Brahms, Grand Tango de Astor Piazzolla,
Água e Vinho de Egberto Gismonti & O canto do cisne negro de Villa-Lobos,
da violoncelista francesa Ophélie Gaillard & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog
& nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – Sermões
e lógica jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo em minha alma.
Pensamento do poeta, ensaísta e jornalista estadunidense Walt Whitman
(1819-1892). Veja mais aqui.
CIÊNCIA ATUAL - [...] A
cisão cartesiana penetrou fundo na mente humana nos três séculos após
Descartes, e leverá muito tempo para ser substituída por uma atitude diferente
diante do problema da realidade. [...]. Trecho extraído da obra Física e filosofia (EdUnB, 1995), do
físico e Prêmio Nobel de 1932, Werner Heisenberg (1901-1976), laureado
pela criação da mecânica quântica, cujas aplicações levaram à descoberta, entre
outras, das formas alotrópicas do hidrogênio. Veja mais aqui.
É ASSIM QUE ACONTECE A BONDADE - [...] A
solidariedade é a forma visível do amor. Pela magia do sentimento de
solidariedade, meu corpo passa a ser morada do outro. É assim que acontece a
bondade. [...] Para isso as palavras
do conhecimento são inúteis. Seria necessário fazer nascer ipês no meio de
gelos e das areias! E eu só conheço uma palavra que tem esse poder: a palavra
dos poetas. Ensinar solidariedade? Que se façam ouvir as palavras dos poetas
nas igrejas, nas escolas, nas empresas, nas casas, na televisão, nos bares, nas
reuniões políticas, e, principalmente na solidão... “O menino me olhou com
olhos suplicantes. E, de repente, eu era um menino que olhaca com olhos
suplicantes”. Extraído da obra As
melhores crônicas (Papirus, 2008), do psicanalista,
educador, teólogo e escritor Rubem Alves (1933-2014). Veja mais aqui e
aqui.
O SENHOR ALBERTO, AMIGO DA NATUREZA – O livro é impresso em Prudentópolis, no interior do Paraná, e se chama
Manual do caçador ou Caçador brasileiro. Seu autor, é o sr. Alberto de
Carvalho, que não tem prática de escrever, mas de caçar tem. Fala de cães, e
como usá-los; e dos bichos do mato, e como mata-los. O sr. Carvalho nos avisa
que os poetas têm falaod do mavioso canto do sabiá, mas não dizem nada de sua
saborosa carne. Ele, o sr. Carvalho, come sabiá, de resto come tudo, inclusive
macaco. Para caçar rolas, aconselha-nos fazer cevas com milho, quirera ou
arroz. As rolinhas se acostumam a ir comer toda manhã, e uma bela manhã – pum!
O sr. Carvalho conta, com exclamações deliciadas, que já viu um só tiro matar
dezesseis rolas. Mais difícil é caçar papagaios, cuja carne, aliás, não presta.
Mas assim mesmo vale a pena, porque “a chehada de um caçador carregado de
papagaios é sempre aplaudida em conseuqneicta da beleza da plumagem”. (É um
esteta, o sr. Carvalho). Falando-nos de tucanos ele não informa se a carne é
boa ou má, mas a verdade é que fala bem dos tucanos. “Pela beleza da plumagem
constituem um belo alvo”. Garante que é possível mestiçar uru com galinha
garnisé, e que é mesmo infalível a receita de desentocar tatu com o auxilio de
um pauxinho ou do dedo aplicado em certo lugar, convindo “segurá-lo fortemente
com a outra mão pela cauda, porque do contrário ele espirrará pela porta afora
com assombrosa agilidade”. Quanto aos veados, não há dificuldade: “Em geral
eles têm seu lugar de morada ou paradouro, de onde não se afastam para longe,
exceto quando corridos”. O sr. Carvalho ensina também como asfixiar cutias com
fumaça, no oco do pau. Enfim, o sr. Carvalho é, como ele mesmo diz, um amante
da Natureza! Extraído da obra As boas coisas da vida (Record, 2010),
do escritor Rubem Braga (1913-1990). Veja mais aqui.
GRAFITO PARA IPÓLITA - 1 –
A tarde consumada, Ipólita desponta. / Ipólita, a putain do fim da infância, /
nascera em Juiz de Fora, a família em Ferrara, / seus passos ferminantes fundam
o timbre. / Marcha, parece, ao som do gramofone. / A cebeleira-púbis,
perturbante. / Os dedos prolongados em estiletes. / Os lábios escandindo a
marselhesa / do sexo. Os dentes mordem a matéria. / Os olhos meduseu sacode o
espaço. / O corpo transmitindo e recebendo / o desejo o chacal a praga o
solferino. / Pudesse eu decifrar sua íntima praça! / Expulsa o sol-e-dó, a
professora, o ícone. / Só de vê-la passar, meu sangue inobre / desata as rédeas
ao cavalo interno. 2 – Quando tarde a revejo, rio usado, / já a morte lhe
prepara a ferramenta / deixa o teatro, a matéria fecal. / Pudesse eu livertar
seu corpo (Minha cruzada!) / Quem sabe, agora redescobre o viso / da sua
primeira estrela, esquartejada. 3 – Por ela meus sentidos progrediram. / Por
ela fui voyeur antes do tempo. 4 – O dia emagreceu. Ipólita desponta. Poema
extraído da obra Melhores poemas
(Global, 2000), do poeta e prosador
do Surrealismo brasileiro, Murilo Mendes (1901-1975). Veja mais aqui e
aqui.
A FOTOGRAFIA DE LOLA ÁLVAREZ BRAVO
A arte
da fotógrafa mexicana Lola Álvarez Bravo
(1903-1993).
Veja mais:
No país da sabiduria, só sabido ganha jogo!, a literatura de Alfosno
Hernández Catá, a fotografia de Sebastião Salgado, a
escultura de Michael Malfano, a música de Zé
Paulo Becker & o
grafite de Pedro Sangeon aqui.
Cheiro da felicidade & Segunda feira
do Trâmite da Solidão aqui.
Caboclinhos aqui.
O frevo aqui.
Martin Buber, Julio Verne, Rick Wakeman,
Pier Paolo Pasolini, Abelardo & Heloisa, Vangelis, Gustave Courbert &
Arriete Vilela aqui.
Empreendedorismo & o empreendedor aqui.
Uma cachaçada e uma casa no meio da rua aqui.
O trânsito e a fubica do Doro aqui.
A obra de Pedro Abelardo, Projeto Carmin
& Cruor Arte Contemporânea aqui.
Recontando Caetano Veloso & Podres
Poderes aqui.
&
Recitando Castro Alves & O Navio
Negreiro aqui.
A
ARTE DE BRUCE TIMM
A arte do ilustrador,
animador, escritor e produtor estadunidense Bruce Timm.