
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de
especial com o
compositor, professor e regente João Guilherme Ripper: Canntiga e
Desafio & Jogos Sinfônicos; e a pianista argentina Martha Angerich:
Concerto nº 1 in E minor, op. 11, de Chopin, Libertango de Astor Piazzolla
& Concerto nº 3 de Rachmaninoff; &
muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte
Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] quem
é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de
leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um
inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser
continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis. [...]. Trechos
extraídos da obra Seis propostas para o
próximo milênio (Vozes, 2000), do
escritor italiano Ítalo Calvino (1923-1985). Veja mais aqui.
A CIÊNCIA & O SER HUMANO – [...] A
ciência é provavelmente o melhor que temos do ponto de vista epistemológico, ou
seja, do ponto de vista do conhecer, mas ao mesmo tempo é a mais perigosa das
atividades humanas do ponto de vista da moral. O principal perigo reside na
meljhor ciência, no que chamamos de tecnociência, ou seja, precisamente no que
nos proporciona o melhor conhecimento da estrutura da matéria, do universo da
vida. Quanto mais sabemos da estrutura da matéria e da vida e melhor aplicamos
esse conhecimento para melhorar a vida do ser humano, maior é o perigo da
desumanização. [...]. Trecho extraído de Sobre tecnociencia y bioética: los arboles del paraiso (Bioética,
2008), do filósofo e ensaísta espanhol Francisco
Fernandes Buey (1943-2012).
O MITO DE URASHIMA – Conta-se
que Urashima pescava há três dias, mas não conseguia apanhar nenhum peixe.
Subitamente percebeu que uma tartaruga qie, capturada, logo se transformou numa
formosa donzela. Ela pediu-lhe que fechasse os olhos e o conduziu para uma ilha
maravilhosa, situada no meio do amor, onde o solo se achava cheio de pérolas e
jóias pendiam das árvores. A jovem levou Urashima para seu palácio onde fizeram
muitas festas. Urashima, apaixonado pela formosa e misteriosa jobem,esqueceu
todo o seu passado. Depois de três anos, começou a sentir saudade de sua terra,
do seu povo, da sua antiga vida. O amor da divina princesa já o cansara e esta
consentiu que ele partisse. Ofereceu-lhe um cofrezinho e suplicou-lhe que
jamais o abrisse, pois se o fizesse ficariam separados por toda a eternidade.
Urashima fechou os olhos e quando os reabriu estava em sua terra natal. Em vão
procurou os parentes e amigos; tudo estava mudado. Ouviu numa aldeia, a lenda
de um tal Urashima que há mais ou menos trezentos anos mergulhara no mar e
nunca mais aparecera. Desesperado, abriu o cofrezinho. Dele saiu uma nuvem de
fumaça que penetrou em seu corpo. Urashima compreendeu que jamais veria a
princesa do mar. Voltou-se em direção da ilha misteriosa inutilmente. O infeliz
Urashima correu como um louco. Sua pele branca se tornou enrugada, seus cabelos
tornaram-se grisalhos e ele morreu chamando a formosa princesa. Extraído da
obra A Fisherman of the Inland Sea (HaperPrism, 1994), da escritora norte-americana Ursula K. Le Guin.
O QUE PASSOU, PASSOU? – Antigamene,
se morria / 1907, digamos, aquilo sim / é que era morrer. / Morria gente todo
dia, / e morria com muito prazer, / já que todo mundo sabia / que o Juizo,
afinal viria, / e todo mundo ia renascer. / Morria-se praticamente de tudo. /
De doença, de parto, de tosse. / E anda se morria de amor, / como se amar morte
fosse. / Pra morrer, bastava um susto, / um lenço no vento, um suspiro e
pronto, / lá se ia nosso defunto / para a terra do pés juntos. / Dia de anos,
casamento, batizado, / morrer era um tipo de festa, / uma das coisas da vida, /
como ser ou não ser convidado. / O escândalo era de praxe. / Mas os danos eram
pequenos. / Descansou. Partiu. Deus o tenha. / Sempre alguém tinha uma frase /
que deixava aquilo mais ou menos. / Tinha coisas que matavam na certa. / Pepino
com leite, vento encanado, / praga de velha e amor mal curado. / Tinha coisas
que tem que morrer, / tinha coisas que tem que matar. / A honra, a terra e o
sangue / mandou muita gente prauqele lugar. / Que podia um velho fazer, / nos
idos de 1916, / a não ser pegar pneumonia, / deixar tudo para os filhos / e
vira fotografia? / Ninguem vivia pra sempre. / Afinal, a vida é um upa. / Não
deu pra ir mais além. / Mas ninguém tem culpa. / Quem mandou não ser devoto /
de Santo Inácio de Acapulco. / Menino Jesus de Praga? / O diabo anda solto. /
Aqui se faz, aqui se paga. / Almoçou e fez a barba, / tomou banho e foi no
vento. / Não tem o que reclamar. / Agora, vamos ao testamento. / Hoje, a morte
está difícil. / Tem recursos, tem asilos, tem remédios. / Agora, a morte tem
limites. / E, em caso de necessidade, / a ciência da eternidade / inventou a
crônica. / Hoje, sim, pessoal, a vida é crônica. Extraído da obra La vie em close (Brasiliense, 1991), do
escritor, critico literário, tradutor e professor Paulo Leminski
(1944-1989). Veja mais aqui.
A ARTE DE ANA PELUSO
A arte da
poeta, ilustradora e artista plástica Ana
Peluso.
Veja mais:
Dos
desmantelos que deixam qualquer um de cangalha pro ar, o pensamento de John Ross Macduff, a pintura de Salvador Dali, a música de Stan
Getz & a arte de Despina Stokou aqui.
Cikó Macedo & Santa Folia, James
Joyce, Marilena Chauí, Charles Darwin,
Auguste Rodin, Henri Matisse, Arto
Lindsay, Frank Capra, Mademoiselle George, Donna Reed, Revista Acervum, Graça Graúna
& Irina Costa aqui.
James
Joyce, Ayn Rand, Enrique Simonet, Lenine, Alina Zenon, Elisa Lucinda, Paula
Burlamaqui & O sonho de Orungan aqui.
Platão,
Literatura Pernambucana, As várias vidas da alma, Padre Bidião & Oração do
Justo Juiz, Serpente de Asas, Educação, Psicologia & Sociologia,
Responsabilidade Civil & Crimes Ambientais aqui.
As
mulheres soltam o verso: Joyce
Mansour, Elizabeth Barret Browning, Lya Luft, Laura Amélia Damous, Ana Terra,
Gerusa Leal, Rosa Pena, Lilian Maial, Clevane Pessoa, Branca Tirollo, Mariza
Lourenço, Xênia Antunes, Soninha Porto, Aíla Sampaio & muito mais aqui.
Psicologia
no Brasil, Armélia Sueli Santos, Carmen Queiroz, Bárbara Rodrix, Verônica
Ferriani, Paula Moreno & Liz Rosa aqui.
Mesmer
& o mesmerismo, Nara Salles, Mirianês Zabot, Elaine Gudes, Eleonora
Falcone, Juliana Farina & Dani Gurgel aqui.
Martin
Buber & Elisabeth Carvalho Nascimento, Celia Maria, Adryana BB, Ivete
Souza, Sandra Vianna & Elisete aqui.
Ayn Rand
& Teca Calazans, Danny Reis, Tatiana Rocha, Valéria Oliveira, Natalia Mallo
& Dani Lasalvia aqui.
István
Meszaros & Tetê Espíndola, Luciana Melo, Fhátima Santos, Thaís Fraga, Ana
Diniz & Patty Ascher aqui.
&
A ARTE DE ANNA MARIA MAIOLINO
A arte da gravadora, pintora, escultora,
desenhista e artista multimídia italiana Anna
Maria Maiolino.