quinta-feira, abril 13, 2017

BEIJOS & BEIJARES, RODIN, NELSON RODRIGUES, SÉRGIO SAMPAIO & MUITO MAIS!

DOS BEIJOS E BEIJARES – Imagem: The Kiss of Love, art by Soaring Turkeys. - O beijo não é só um beijo, é entrega, benesse. Beijo de mãe que nos abriga, enternece, enche de afeto e delicadeza, desse nunca se esquece. Beijo de pai que nos faz ser gente e nos fortalece, nos faz pertencer e nos enaltece. Beijo de irmão que se solidariza beijo de tia que é a promessa e trouxesse o respeito da madrinha que de longe já resplandece. O beijo de quem chega e viesse com a alegria que é bem chegada. O beijo de partida, a despedida que não se quisesse. O beijo da sorte que livra da morte e oferece a ventura de dias melhores. O beijo partido que não tem nem sentido, melhor seria que nunca me desse. O beijo de Casablanca que segue A um passo da eternidade até a cena final de Cine Paradiso, feito o beijo de Rodin ou o de Francesco Hayez, e eu propusesse o dos amantes de Ain Sahkri ante o de Klimt ou de Magritte, e qualquer um daqueles que mais enfurece a paixão e nada adoece. O beijo guloso que muito apetece, em bocas de festas, beijus e beijinhos, doces e brigadeiros, melados sobejos e escorresse o desejo e muito soubesse a língua na ferida viva, nos lábios da vagina, a quermesse, um buquê de gerânio no botão desabrochado da flor do ânus e o que mais desse de mãos beijadas, como quem beija mão da fulaninha que acende a libido e me aquece, a felatriz e sua veneração que beija meus pés como se fosse prece e se fizesse como quem ama e adora, o beijo da mulher amada, a ternura, a finesse, o beijo bem dado que tudo arvora e nunca arrefece a aurora aos carinhos e mais beijos eu desse nos lábios do mundo, bocas da vida. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

 Cartaz da peça teatral O beijo no asfalto: tragédia carioca em três atos (1960 - Nova Fronteira, 1995), do escritor, jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Veja mais aqui.

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Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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