DOS BEIJOS E BEIJARES – Imagem: The Kiss of Love, art by Soaring Turkeys. - O beijo não é só um
beijo, é entrega, benesse. Beijo de mãe que nos abriga, enternece, enche de
afeto e delicadeza, desse nunca se esquece. Beijo de pai que nos faz ser gente
e nos fortalece, nos faz pertencer e nos enaltece. Beijo de irmão que se
solidariza beijo de tia que é a promessa e trouxesse o respeito da madrinha que
de longe já resplandece. O beijo de quem chega e viesse com a alegria que é bem
chegada. O beijo de partida, a despedida que não se quisesse. O beijo da sorte
que livra da morte e oferece a ventura de dias melhores. O beijo partido que
não tem nem sentido, melhor seria que nunca me desse. O beijo de Casablanca que segue A um passo da eternidade até a cena
final de Cine Paradiso, feito o beijo
de Rodin ou o de Francesco Hayez, e eu propusesse o dos amantes de Ain Sahkri
ante o de Klimt ou de Magritte, e qualquer um daqueles que mais enfurece a
paixão e nada adoece. O beijo guloso que muito apetece, em bocas de festas,
beijus e beijinhos, doces e brigadeiros, melados sobejos e escorresse o desejo
e muito soubesse a língua na ferida viva, nos lábios da vagina, a quermesse, um
buquê de gerânio no botão desabrochado da flor do ânus e o que mais desse de
mãos beijadas, como quem beija mão da fulaninha que acende a libido e me aquece,
a felatriz e sua veneração que beija meus pés como se fosse prece e se fizesse
como quem ama e adora, o beijo da mulher amada, a ternura, a finesse, o beijo
bem dado que tudo arvora e nunca arrefece a aurora aos carinhos e mais beijos eu
desse nos lábios do mundo, bocas da vida. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Cartaz
da peça teatral O beijo no asfalto: tragédia carioca em três atos (1960
- Nova Fronteira, 1995), do escritor, jornalista e dramaturgo Nelson
Rodrigues (1912-1980). Veja mais aqui.
Veja
mais sobre:
O beijo
que se faz poema aqui.
E mais:
O beijo
dela de sol na minha vida de lua aqui.
Itinerário
do final de semana num lugar que não existe, O beijo
de Théodore Géricault & Carla Carson, Cartografia
Rumos, a pintura de Luis Rodolfo & James
Ensor aqui.
Georg Lukács, Jacques Lacan, Samuel Beckett, a literatura
de Henry James, a música Morton Subotnick, o cinema de Jane
Campion & Nicole Kidman, a pintura
de Aurélio D'Alincourt, o desenho
Fady Morris & a poesia de Dorothy Castro aqui.
O Cravo
& a Rosa, a literatura de Antônio Torres, Clitemnestra
& Oréstia, A música de Elis Regina,
Antônio Maria & Clara Redig, o cinema de Bernardo Bertolucci & Maria Schneider, a pintura de Antoine-Jean Gros & Pierre-Narcisse
Guérin & Programa Tataritaritatá aqui.
Brincarte
do Nitolino, a poesia de Stéphane Mallarmé, a literatura de John Updike, a música de Guerra-Peixe, o teatro de Ingrid Koudela,
a pintura de Frank Frazetta, o cinema
de Luc Besson & Scarlett
Johansson aqui.
Pesquisa & Cia., O Big Bang de Marcelo Gleiser, a literatura de Fernando
Sabino & Minna Canth, Juno/Hera, a música de Eliane Elias, a pintura de Alonso
Cano, o cinema de Bigas
Luna & Francesca Neri aqui.
A vida
por uma peínha de nada, As mil e
uma noites, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a crise da atualidade de Ivo
Tonet, a violência de Necilda de Moura Santana, a pintura de Vincent van Gogh
& Umberto Boccioni, o teatro de Caryl Churchill, a música de Eveline Hecker,
a coreografia de Angelin Preljocaj, a escultura de Kaleb
Martyn, o cinema de Christine Jeffs, Luciah Lopez & Sonho real
amanhecido aqui.
Dia de
São Nunca: tem dia pra tudo, até pro que eu não sei, A mulher
fenícia & os fenícios, Uso e abuso histórico de Moses Finley, A era do
globalismo de Octavio Ianni, A grande transformação de Karl Polanyi, a
literatura de Antonio
Tabuchi, o teatro de Sarah Kane, Béjart Ballet Lausanne, o cinema de Eliane Caffé, a música de Clara
Sandroni, a entrevista de Mano Melo, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a
arte de Sueli Finoto, a pintura de Shahla Rosa & Arthur Hunter-Blair aqui.
De perto
ninguém é mesmo normal, O coração
do homem de Erich Fromm, A civilização
asteca de Jean Marcilly, a literatura de Edgar Allan Poe
& Euclides da Cunha, a música de Maya Beiser, a escultura de Auguste Clésinger, o
teatro de José Celso
Martinez Corrêa, o cinema de Peter Greenaway & Federico Fellini, a
entrevista de Geraldo Carneiro, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a
pintura de Jean-Paul Riopelle & Beatriz Milhazes, a dança de Martha Graham, a fotografia de Luiz
Garrido, a arte de Paul-Albert Besnard & As mil faces do disfarce aqui.
História
da mulher: da antiguidade ao século XXI
aqui.
Palestras:
Psicologia, Direito & Educação aqui.
A
croniqueta de antemão aqui.
Livros
Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda
de Eventos aqui.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra: Eu quero é botar meu bloco na rua
(Phillips, 193/Mercury Universal Music, 2001), do cantor e compositor Sérgio Sampaio (1947-1994)
Recital
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