OUTRO AMANHÃ – Imagem: Monhegan. Maine, do
pintor, escritor, arqueologo e teosofista russo Nicholas Roerich (1874— 1947) – Dez horas no tempo do dia e a vida é uma aventura no
reino do Sol. Nada será como antes, nada será outra vez. O que foi do domingo
só na semana que vem do que se perdeu, nunca mais. desde tenra idade cata a
liberdade perdida pro trabalho, pras paixões, pros prazeres, doces ilusões pra
quem esqueceu de tudo e não sabe mais nada. Reina a tarde no tempo da Terra,
outros reinos transitam na cabeça dos que se apressam pras suas conquistas ao
domínio da mão, parindo sonhos aos trancos e barrancos, pés sobre cabeças,
degraus infindáveis como areias falsas e pisam em falso nas posses do mundo,
acumulando riquezas desfeitas ao vento da brisa noturna, embaixo da chuva de
outras quinzenas, outros meses, outros anos passados e futuros de agora. Quem
foi ou não foi, nunca é tarde demais. Por qualquer coisa, ou vai ou racha,
troca de marcha e tudo não se encaixa por dentro ou por fora, tudo se esvai
pela hora em que a morte se precipita, semente brota, o fruto perdido. Dez
horas no tempo da noite, estrelas cadentes no sono pesado, cansaço da carne, a
alma ao voo dos esquecidos e perde a segunda na terça que se foi, sem saber da
quarta tragada na quinta, pra sexta fazer o sábado outra semana de esperas,
janelas abertas se fecharam nos olhos e todo real escondido é quase nunca mais.
E a estrada mesma parece outra com novo dia de Sol. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais
com o músico, instrumentista, compositor, ator e cantor estadunidense Tom Waits: Greatst Hits; e a cantora e compositora Bárbara Eugenia: Vida
aventureira, Frou frou & Jornal Bad & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...]
O homo sacer não goza de existência
política nem da igualdade natural, eis a miséria absoluta da vida [...] O estado de exceção é um estado anômico, no
qual a vida é reduzida à dimensão meramente biológica, apolítica e, portanto,
destituída de direitos (sequer aos procedimentos judiciais, formalmente
assegurados universalmente [...]. Trechos extraídos de Estado de exceção (Espaço Acadêmico, 2010), da socióloga e
professora Angelita Matos Souza.
ESTADO DE EXCEÇÃO – [...]
A exceção é uma espécie de exclusão.
[...] Aquele que foi banido não é, na
verdade, simplesmente posto fora da lei e indiferente a esta, mas é abandonado
por ela, ou seja, exposto e colocado em risco no limiar em que a vida e
direito, externo e interno, se confundem [...]. Trechos extraídos da obra Homo sacer: o poder soberano e a vida nua
(UFMG, 2002), do filósofo italiano Giorgio Agamben. Veja mais aqui.
A OITAVA, EM 88 – Agora você não precisa mais perder tempo na
fila dos consulados pensando em deixar o Brasil. Chegou a nova coleção
primavera-verão de textos constitucionais! Se ao acordar hoje, olhou à volta e
experimentou a sensação de estar em outro país, você está mesmo. Continuamos
falando português, cantando o mesmo hino, oteenizando nossas dívidas mas quem
observar direitinho vai verificar que desde ontem o Brasil já não é mais
aquele. Agora você tem ao dispor a oitava versão da Carta Magna, que lhe
oferece mais economia, mais conforto, mais democracia e melhores serviços na
área de segurança e direitos humanos. Constituição 88, uma nova maneira de
viver! A Carta 88 (agora com habeas-data!) obedece às mais arrojadas técnicas
constitucionais. De linhas sóbrias e tradicionais, num estilo pós-moderno, possui
um texto superreforçado (o mais avançado em uso na América Latina), que
substitui a estrutura monobloco do Executivo por um sistema intercambiante com
perfeita harmonia entre os três poderes. Um texto feito para vencer os mais
duros desafios das crises institucionais e resistir a fortes pressões de golpes
e quarteladas. Verifique você mesmo. Passe no seu revendedor constitucional e
troque a velha Carta de 67 – cheia de emendas e remendos – pela novíssima
modelo 88, com cinco anos de garantia (primeira revisão só em 1993). Para ter
sucesso na vida, o cidadão precisa de uma ideia na cabeça e uma Carta 88 nas
mãos. Não saia de casa sem ela! Ou, se preferir, deixei-a sobre sua mesa de
trabalho. Feita em três modelos diferentes, ela é útil e decorativa. Uma
Constituição que vai bem em qualquer ambiente. Na fábrica, nos campos, nas
praias, na cozinha. Sinta a suavidade dos seus capítulos, a maciez dos artigos,
a doçura dos parágrafos, a fofura das alíneas. Os capítulos extra-suaves
penetram no tecido social retirando toda a sujeira e permitindo a você e sua
família uma existência mais digna e confortável. Não é sorteio nem loteria!
Basta ser brasileiro para ter direito a utilizar todos os serviços
constitucionais. Sem formulários, sem burocracia, sem entrada e sem mais nada!
Você anda cansado, sem ânimo, dormindo nas festas e condições porque trabalha
62 horas por semana? Pois agora sua vida vai mudar: trabalhe até 80 horas
semanais que a Carta estará zelando, minuto a minuto, por sua hora extra. Uma
hora extra 50% superior à normal! Não é formidável? Somente a Carta 88 oferece
mais proteção e melhor rendimento ao trabalhador. Carta 88, mais um servço de
utilidade pública do seu Poder Legislativo. Você está trista, aborrecido porque
não tem dinheiro para viajar nas férias? Pois deixe a tristeza de lado! Agora
você poderá sair pelo mundo com o adicional de um terço do seu salário. Carta
88, um texto novo e diferente de tudo o que existe por aí. A ultima palavra em
constituições com a garantia de qualidade Nova República. Verifica a marca na
aureola. Se você é um cidadão exigente, eis a Carta dos seus sonhos. Uma
Constituição simples, de fácil manejo, e um sistema exclusivo de interpretação.
Texto de categoria interncioal com todos os artigos testados pelo Controle de
Qualiade Constitucional em Brasília. A primeira Constituição brasileira que
preserva a beleza e toma cuidados especiais com sua cútis: ninguém mais será
submetido à tortura. Você, detento, que foi preso ilegalmente, pode agora
começar a gritar: “Tirem-me daqui”. Você presidiária que amamenta, agora não
precisará mais fazê-lo através das grandes. Você, mulher, que acabou de parir,
agora terá 120 dias – repito: 120 dias – para permanecer em casa ouvindo o
maravilhoso chorinho do seu revento. Não é formidável? E tem mais: o papai
orgulhoso que às vezes só via o filho quando ele completava 18 anos, agora terá
5 dias de licença para limpar o cocozinho verde do seu bebê. Quem? – eu
pergunto. Quem mais, além da Carta 88, poderia oferecer tantas vantagens? Carta
88. A Constituição que está ao seu lado! Você, querida cozinheira, que tem
deixado queimar a comida do patrão, preocupada com férias, licença, aviso
prévio, aposentadoria, agora poderá preparar saborosos quitutes: a Carta 88
aboliu a escravidão. E quanto a você, caro pobre, em crise existencial por não
poder pagar para obter registro civil, certidão de óbito e outros documentos,
agora poderá dormir tranqüilo debaixo da ponte. A Carta 88 vai lhe permitir
exercer seu direito de cidadania sem desenbolsar um tostão. Não é formidável? É
por isso que nós dizemos: fora da Carta 88 não há salvação! Só ela oferece mais
pelo seu dinheiro. Vem pra Carta você também, vem! Extraído da obra O país
dos imexíveis (Nórdica, 1990), do advogado, cronista, romancista e dramaturgo Carlos
Eduardo Novaes. Veja mais aqui.
UMA VIDA PELA PAZ – Desnecessário é dizer,eu
não sou um poeta. Mas,de tempos em tempos,numa tentativa de expressar minhas
emoções pessoais ou idéias,produzi meu próprio estigma poético,dando-lhes uma
expressão tão livre quanto possível. Uma vez Goethe disse: 'Todos os meus
poemas,são poemas ocasionais,sugeridos pela realidade cotidiana e, estão
contendo um firme alicerce.' Posso dizer também,que os meus poemas emergem da
realidade cotidiana ou mais especificamente,do redemoinho de atividades diárias
que eu, como qualquer pessoa comum,com ele encontra-se comprometido. Incorporando
os sentimentos que me vem à tona no contato com amigos ou meus diálogos com
jovens, estes poemas têm sido anotados há anos em meu diário ou nos diversos
cantos de minhas anotações. Muitos deles foram compostos enquanto eu viajava
pela Causa da Paz ou, em momentos de repouso,antes de retirar-me à noite. Do poeta, filósofo, fotógrafo e líder budista
japonês Daisaku Ikeda.
A ARTE DE LISA YUSKAVAGE
A arte
da pintora estadunidense Lisa Yuskavage.
Veja mais:
Endecha: carpe diem, mutatis mutandis, o pensamento de Nikolai Roerich, a
fotografia de Antonella Fabiani & a arte de Leon Zernitsky aqui.
Samira,
a ruivinha sardenta, Yann Martel, Philippe Blasband, Cristina Braga, Tom
Tykwer, Franka Potente, He
Jiaying, August Macke, Hernani Donato, Interatividade
na Ciberarte, Ana Bailune & Susie Cysneiros aqui.
Chiquinha
Gonzaga & Todo dia é dia da mulher aqui.
Nélida
Piñon & Todo dia é dia da mulher aqui.
Parábola
Budista, Darcy Ribeiro, Yes & August Macke aqui.
O
recomeço a cada dia aqui.
Pra
saber viver não basta morrer, Leonardo
Boff, Luchino Visconti, Emerson &
Lake & Palmer, Núbia Marques, Felicitas, Pedro Cabral, Psicodrama
& Teatro Espontâneo aqui.
Literatura
de Cordel: História da princesa da Pedra Fina, de João Martins de Athayde aqui.
Robimagaiver:
pipoco da porra aqui.
Dhammapada,
Maslow, Educação & Responsabilidade civil da propriedade aqui.
O
romance e o Romantismo aqui.
Literatura
de Cordel: Brasi caboco, de Zé da Luz aqui.
Dos dias, a mulher,
Albert Einstein, Viktor Frankl, Henri
Matisse, Gilberto Gil, Mark
Twain, Milos Forman, Rita
Guedes, Natalie Portman, Naoki
Urasawa, Kátia Velo & Alfredo Rossetti aqui.
Cleópatra
& Todo dia é dia da mulher aqui.
Gaia –
Mãe Terra, Isaak Azimov, Caetano Veloso & Teresa Filósofa aqui.
Michel
Foucault, A poesia dos deuses, Antropologia Jurídica, Educação Ambiental,
Fecamepa & Psicologia Social aqui.
Os seios
da mulher amada aqui.
Junichiro Tanizaki, Sandra Werneck, Louis
Jean Baptiste Igout, Asha Bhosle, Heloisa Maria, Márcio Baraldi, Lucy Lee, Vilmar Lopes, Raimundo Fontenele, Internet & Inclusão, A mundialização da
cultura & a Gestão
do Capital Humano aqui.
A deusa
Inanna & a mulher suméria, Poema em voz alta, Mallarmé, Paul Cézanne, Marquês de Sade, Pasolini, Karina Buhr, Maryam Namazie, Leroy
Transfield, Frederico Barbosa, Olivia
de Berardinis & Mozart Fernandes aqui.
&
PERFORMANCE DE
AMOR: PELA NATURALIZAÇÃO DA NUDEZ
A cantora Bárbara Eugenia durante a turnê do show Frou frou, no Sesc
Belenzinho, em São Paulo, em 2015, realizando a Performance de Amor pela Naturalização
da Nudez. Veja mais aqui.