LITERÓTICA: COMO A QUERO E COMO – É dela todas as poses e versos que me
instigam ser-lhe sempre disposto e pronto a cada toque de sua mão terna a
percorrer-me insana e aquecendo a volúpia de querê-la mais que a si mesmo. É
dela que sou entre os beijos paradisíacos dos seus lábios úmidos a nos despir
mais que a revelação amorosa, enquanto sua língua ansiosa alcança todas as
vitórias e conquistas além de vividas e renunciadas. É dela a minha vontade de
tê-la mais que a imensidão do universo, ao me jogar inteiro na sua infinita
ousadia de se entregar em meio as nossas intensas carícias eletrizadas
corpalma, sangue e imprecações recolhidas nos abraços agoniados e carentes que
fundem as batidas uníssonas de nossos corações exaltados, enquanto ela me
envolve entre suas coxas ansiosas pro ápice de seu ventre mais que ofertado às
nossas declarações mutuamente iluminadas e nos sujeitamos desnudeitados e
indestrutíveis aos gemidos insaciáveis de nossa multiplicada noite de amor na
ternura fascinante do seu gozo e na emoção enlouquecida dos seus orgasmos que
desvendam nossos mais íntimos segredos para a suprema satisfação realizada da
plena explosão do amor. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais
aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Eu acredito na
imaginação. O que eu não posso ver é infinitamente mais importante do que o que
posso ver. Eu acredito no invisível. Eu não acredito na realidade definitiva
das coisas ao nosso redor. Para mim, a realidade é a intuição e a imaginação e
a voz quieta dentro da minha cabeça que diz: Isso não é extraordinário? As
coisas em nossas vidas são as sombras da realidade, assim como nós mesmos são
sombras. Tirar fotografias e escrever é a minha maneira de dizer que eu estava
aqui, vi isso, eu senti isso, eu ouvi isso. Pensamento do fotógrafo
estadunidense Duane Michals.
ALGUÉM FALOU: Aqueles que falam de revolução sem compreender o que há de subversivo no
amor e na ausência de restrições tem na boca um cadáver... Pensamento do escritor e filósofo belga Raoul
Vaneigem, que ao integrar o movimento artístico internacional
situacionista na década de 1960, também expressou que: O poder de compra
é uma licença para comprar poder, autor da obra Traité de savoir vivre à
l’usage des jeunes générations, publicada em 1967.
ESTÉTICA – [...] a
revolução estética é a extensão do domínio da linguagem e da poesia ao infinito...
[...]. Trecho extraído da obra Politics
and Aesthetics - an Interview, (Angelaki, vol. 8, 2003), do filósofo e
professor francês Jacques Rancière, que em outra obra, A
partilha do sensível (EXO/34, 2009), expressou que [...] identificar os sintomas de uma época,
sociedade ou civilização nos detalhes ínfimos da vida ordinária, explicar a
superfície pelas camadas subterrâneas e reconstituir mundos a partir de seus
vestígios [...]. Veja mais aqui e aqui.
O OLHAR E O QUE SE VER – [...] O
que vemos só vale, só vive em nossos olhos pelo que nos olha. [...]. Trecho extraído da obra Devant l'image (Les editions de
Minuit, 1990), do filósofo, historiador, crítico de arte e professor
francês Georges Didi-Huberman.
Veja mais aqui e aqui.
GRANDE LIVRO DA MULHER - [...] A última grande revolução é a
feminista... Entre luzes e sombras e vezes tão calados ou tão pouco explícitos
que muitas mulheres que hoje confortável e irreversivelmente instalado nas
conquistas. Graças a ela, eles nem reconhecem sua existência ou aceitam seu nome. [...] Enquanto os homens não abraçar profundamente o seu respeito às mulheres
e não considerar realmente igual, enquanto as próprias mulheres acredito que
eles são insubstituíveis privado e ficar com medo do que público, não se deve
presumir que o divisão de tarefas é extremamente injusto e baseado em
princípios antigos que hoje não têm base ou razão de ser [...] as mulheres estão se defendendo de outra maneira. Sem rancor, mas com
eficácia. Eles têm decidido ter menos filhos [...] Esta é uma ameaça social, política e econômica: o envelhecimento da
população preocupa Estados em todos os níveis. Não se trata de um
vingança ou uma estratégia coletiva, é simplesmente o único método de
sobrevivência que resta para as mulheres em uma sociedade [...] Enquanto os
governos não entenderem que a única maneira de superar preconceitos e
mentalidades adversa ao trabalho das mulheres é a introdução de ações
positivas, desde que os estados não assumam que a representação muito baixa das
mulheres nos poderes públicos e privados supõe um déficit democrático devido à
sub-representação de interesses da metade da população, nossa sociedade não
evoluirá para atitudes mais favoráveis e respeitosas, e as
mulheres continuarão a sofrer uma frustração a combinação
casamento/maternidade/trabalho, mesmo que este seja seu aspiração mais profunda
para a realização de todos seus potenciais [...]. Trechos extraídos da obra The great book of the woman (Today's Topics, 1997),da escritora e médica espanhola Elena
Arnedo Soriano (1941–2015). Veja mais aqui.
SOCIALISMO – [...] Por fim
presenciamos o espetáculo de homens que estudaram realmente o problema e
conhecem a vida – homens cultos do East End – virem a público implorar à
comunidade que refreie seus impulsos altruístas de caridade, benevolência e
coisas desta sorte. Fazem-no com base em que essa caridade degrada e
desmoraliza. No que estão perfeitamente certos. A caridade cria uma legião de
pecados. E há mais: é imoral o uso da propriedade privada com o fim de mitigar os
males horríveis decorrentes da instituição da propriedade privada. É tão imoral
quanto injusto. [...] A evolução do homem é lenta, e é grande a
injustiça dos homens. Foi preciso mostrar a dor como uma forma de se alcançar a
perfeição de si mesmo. [...] O Prazer
é a medida da natureza, seu sinal de aprovação. Quando um homem está feliz, ele
está em harmonia consigo mesmo e com seu meio. O novo Individualismo – a serviço
do qual, quer queira, quer não, está o Socialismo – será a harmonia perfeita.
Será o que o Grego buscou, mas não pôde alcançar completamente, a não ser no
plano das Ideias, porque tinha escravos, e os alimentava; será o que a
Renascença buscou, mas não pôde alcançar completamente, a não ser no plano da
Arte, porque tinha escravos e os entregava à fome. Será completo e, por meio
dele, cada homem atingirá a perfeição. O novo Individualismo é o novo Helenismo.
[...]. Trechos extraídos da obra A alma
do homem sob o socialismo (L&PM, 2011), do escritor e
dramaturgo irlandês Oscar Wilde (1854-1900). Veja mais aqui e aqui.
PEQUENO POEMA
DIDÁTICO - Todos os poemas são um mesmo poema, Todos os
porres são o mesmo porre, Não é de uma vez que se morre… Todas as horas são
horas extremas! Poema do poeta, tradutor e jornalista Mário
Quintana (1906-1994). Veja mais aqui e aqui.