quinta-feira, outubro 18, 2012

MARTIN AMIS, CECILIA PAYNE-GAPOSCHKIN, PHYLLIS WHITNEY, BANDEIRA, ROSANA PALAZYAN & SAÚDE NO BRASIL

E A SAÚDE? JÁ ERA, MEU!




Um dia Zé-Corninho aparece fazendo umas caretas esquisitas.
- Qué qui tá acuntecendo, Zé-Corninho? -, perguntou o Doro.
- Tô cum dô aqui no pé do estômbo!
- Vixe! Tá prenho, desgraçado?
- Tô morreno! Tôo morrenuuuuuuuuu! -, e começou a berrar feito bicho ferido se contorcendo todo.
Doro amuntou-lo na cacunda e carregou-lo pro posto de saúde. E ele só: - Ôi, ôi, ôi. Tô morrenu.
Enquanto ele gemia, no posto não havia médico.
- Ué! E o cabra vai batê as botas aí agora, é? -, reclamou Doro.
- Leve pro hospital, oxe -, respondeu a atendente desaforada.
Lá vai Doro carregando o agonizante ladeira arriba até chegar na emergência do hospital e começar o teitei.
- Adonde qui boto esse muribundo? -, perguntou pela primeira enfermeira que viu.
- Tem maca não!
- Oxe! E fico como? Cum esse morrente pindurado no pescoço, é?
- Bote ele no chão ou procure outro hospital.
- Vôte!
Doro rodou, rodopiou e achou um canto pra despejá-lo no chão.
Aí foi procurar médico, enfermeiro o que tivesse.
Nada.
Eis que surge um zarolho que lhe aplica uma injeção no braço e ele berra na hora:
- Eita! Tá doido, tá? Sou eu que tô morreno não, é aquele ali!
- Adisculpa, moço.
E seguiu para aplicar o analgésico no inquieto Zé-Corninho que não se aguentava mais de tanta dor.
Doro ficou com o braço dormente com a picada da injeção.
- Pronto, não posso ajudá mais o rapaiz. Ocê mim lascou seu zaroio. Cadê o médico?
- Tem médico não.
- Aí, lascou.
Uma enfermeira franzina puxa o Doro e confidencia aos cochichos:
- Si quisé cuidá do seu amigo, leve pra outra cidade. Aqui num tem médico nem enfermeira. A gente é tudo só ajudante e aprendiz. Os médico da pediatria já fugiru tudo doido. É qui só tem 10 leito na UTI de lá e tem 30 criança morre-mas-num-morre. Eles tavam apostano no cara-coroa pra vê quem se salva, o resto tudo morri. Ficaru tudo di depressão, inchendo a cara na cachaça e endoidaru tudo de ficá só brincano de bru-bru nos beiços...
- Vixe, minha santa disgraça!
- A coisa tá tão abirutada aqui qui operaru mulé de fimose e homi de cesariana.
- Aí, tá certo!
- Além do maisi num tem remediu, os leito tudo se desmanchano, tão acusano a genti de uma tá di infecxação hospitalá, é pingueira pru todo lado, os equipamentu tá tudo arrebentado, as maca si arriano de véia cum peso do povo, uma lástima!
- Valei-me, meu padim Pade Ciuço!
- Se avie, ora, pegue uma banda da bunda e saia rebatendo ca outra cum seu amigo na cacunda e arribe proutro hospitá na ridondeza qui aqui o negóço tá feiím dimai. Aqui ele só vai murrer e mai nada.
Assim foi. Zé-Corninho passou horas se debatendo até que arriou num sono brabo. Desconfiaram que ele tinha morrido. Aí quando roncou, viram que estava só dormindo.
Lá pras tantas Doro não aguenta e acorda o parceiro que se levanta com dificuldade. Já era de tarde e ele estava morrendo de fome. Compraram uns mata-fome com caldo de cana e encheram a pança, sob os reclamos do adoentado que ainda se ressentia de muitas dores, agora suportáveis.
Dali foram prum consultório médico. Consultas só daqui mais três meses.
- Vixe, eu morru e num sô atendido!
Por via de dúvidas, deixaram registrada sua consulta na data marcada. E foram encher o mundo de perna vendo se davam conta de algum atendimento. Nada. Findaram na farmácia se automedicando com um vendedor do balcão.
Dali mais adiante, chegou o dia da consulta. O médico não veio porque está fazendo um congresso lá não sei onde. Remarcaram mais 2 meses depois.
Quando foi pra atendê-lo, perguntaram-no:
- Qual seu plano?
- Suisi.
- Cuma?
- Suisi, suisi, do guvêrno!
- Ah, SUS. Só daqui 20 dias.
Mais dias, finalmente, a vez dele. Meio mundo de exames. Como não tinha dinheiro para tudo, lá se foram quase um semestre. E mais 90 dias depois foi atendido com o diagnóstico de apendicite. Cirurgia encaminhada pra dali mais 180 dias.
No dia aprazado chega ele no hospital. Volta, não tem leito. Mais 45 dias: faltou o médico. Mais 6 meses: o equipamento tá quebrado. E 90 dias depois, ele já saiu de casa pensando: - Qual vai ser a bronca hoje? -, não deu outra, avisaram: os anestesistas estão de greve.
Nessa brincadeira lá se vão mais de 3 anos e o Zé-Corninho abatido, cambaleando e choramingando com tudo.
Outro dia mesmo avistei o coitado:
- Como vai, Zé?
- Sou um morto-vivo, já mandei fazê o tistamentu das poicarias qui tenho, insperando só a hora di mim interrá.
- E a cirurgia, ficou pra quando?
- Pru dia de são nunca.
E tudo continua, a história se repete todo santo dia. Isso é o Big Shit Bôbras do Fecamepa!

Veja mais da Saúde no Brasil aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOSNão empreender uma carreira científica em busca da fama ou dinheiro. Existem maneiras mais fáceis e melhores para alcançá-las. Empreender-se apenas se nada mais lhe satisfaz... Por mais nada é provavelmente o que você receberá. Sua recompensa será a ampliação do horizonte enquanto você sobe. E se você conseguir essa recompensa, você não fará outro... A recompensa do jovem cientista é a emoção de ser a primeira pessoa na história do mundo a considerar algo ou a entender algo. Nada se pode comparar a essa experiência… a recompensa do cientista mais velho é o sentimento de transformar um vago esboço numa paisagem principal. Pensamento da astrônoma e astrofísica britânica Cecilia Payne-Gaposchkin (1900-1979), que em 1920 graduou-se em química e física sem receber o seu diploma por ser mulher. Ela descobriu que as estrelas eram compostas por gases leves como Hidrogênio e Hélio, foi a primeira pessoa a mostrar que o Sol é composto primariamente de hidrogênio, quando acreditava-se que possuísse uma composição similar à da Terra. Integrou o Observatório de Harvard numa área dominada por homens. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Um bom livro não é escrito, é reescrito... Você deve querer o suficiente. O suficiente para aguentar todas as rejeições, o suficiente para pagar o preço da decepção e do desânimo enquanto você está aprendendo. Como qualquer outro artista, você deve aprender seu ofício – então você pode adicionar todo o gênio que quiser... Pensamento da escritora estadunidense Phyllis Ayame Whitney (1903-2008).

 


O LUGAR DO SONHO - FILHAS DA DOR & VÍTIMAS DA VIOLÊNCIASão as características mais evidentes na minha arte... Incomoda-me a relação meio taxativa entre o que exibo e a morte trágica do meu irmão, ou a afirmação de que só falo de violência... Depoimento da artista visual e arquiteta Rosana Palazyan, por ocasião da exposição O Lugar do Sonho (2004), reunindo 24 peças construídas em uma década e, depois reunida numa antologia da produção da artista, levando a se deparar com a doçura de histórias contadas sobre um mundo perverso. Entre os trabalhos expostos está a instalação Hóstias que reuniu cerca de 3.000 retratos de crianças mortas de forma violenta impressos sobre hóstias que foram dispostas em fios tencionados do chão ao teto. A respeito do tema ela asseverou que: [...] a violência sempre esteve presente no meu inconsciente, ainda que na infância eu a percebesse de forma indireta, como algo que não me pertencesse (de um passado distante) e que eu não queria ter contato naquele momento: a memória do genocídio armênio, contada mesmo que de forma muito fragmentada, sempre relembrada nas reuniões de família, para que nunca mais acontecesse. Além disso, nos anos 80 e 90 no auge da juventude, a violência urbana nos subúrbios do Rio estava sempre por perto, ali, a espreita... Até que um dia aconteceu... Em 1992, a perda do único irmão como uma das vítimas da violência, quase me fez desistir. Pensar em deixar o Rio, nunca pensei. Continuei no Rio e com a arte, processando criticamente perdas, traumas sociais e a violência. Naquele momento, falar sobre essa questão, era um perigo de vida - existiam ameaças veladas. Na arte, era um perigo de exclusão e não aceitação. Mas insisti e resisti. Nunca esquecida, hoje cada vez mais essa memória reacende, a cada notícia de vitimas. Não dá pra viver na cidade linda que amo tanto e que nunca abandonei, sem fazer nada [...]. Veja mais aqui & mais de suas obras no blog: Rosana Palazyan - Catálogos, críticas e artigos selecionados aqui.

 

OUTRA BEATRICE, DA LENDAConta-se que todos os anos, na noite anterior ao aniversário de sua morte, ela volta à ponte onde foi executada, carregando sua cabeça decepada. Quem? Esta a assombrosa história de Beatrice Cenci (1577-1599), a jovem nobre romana que assassinou seu pai abusivo antes de ser decapitada em uma ponte em Roma. Filha do Conde Francesco Cenci, Beatrice tinha sete anos quando sua mãe Ersilia Santacroce morreu. A família morava no Palazzo Cenci, nos limites do gueto judeu, no centro de Roma, junto com a segunda esposa do conde, Lucrezia Petroni. Os crimes sexuais do violento e depravado Conde Cenci envolveu inclusive o estupro da própria filha. Ela tentou por diversas vezes informar às autoridades, porém por ele ser nobre, era liberado. Ao descobrir as denúncias dela, baniu-a de casa. Foi então que ela urdia a trama de matar o próprio pai, contando com o apoio de outros três irmãos e dois servos. A primeira tentativa falhou, mas conseguiram espanca-lo até a morte, jogando o corpo dele por uma varanda para que parecesse acidental. As autoridades papais não se convenceram do acidente, abriram uma investigação e a sentenciaram de morte. E ela e os demais membros da família foram presos, condenados à morte. A população protestou por conhecimento das razões por trás do assassinato, porém o Papa Clemente VIIII ordenou as execuções públicas diante dele. A pena foi cumprida na madrugada de 11 de setembro de 1599, na Ponte S. Ângelo e todos decapitados, evento que foi testemunhado pelo Caravaggio. A lenda do fantasma se desenvolveu: Todos os anos na noite anterior ao aniversário de sua morte, o fantasma de Beatrice volta para assombrar a ponte onde ela foi executada, carregando sua cabeça decepada. Ela tornou-se um símbolo para o povo de Roma de resistência contra a aristocracia arrogante, e uma lenda surgiu. Ao longo dos séculos sua história passou a ser propagada por Shelley e Hawthorne, tornando-se tema da peça The Unnatural Combat (1619), de Philip Massinger, personagem central de um conto de Stendhal (1837), do drama do poeta Juliusz Slowachi, do romance de Domenico Guerrazzi (1854), do poeta de Sarah Piatt (1871), da ópera de Alberto Ginastera e outra de Berthold Goldschmidt e mais uma de Havergal Brian, da peça de Artaud, do ensaio de Alexandre Dumas, do musical de Alessandro Londei e Brunella Caronti, afora obras de Astolphe de Custine, Alfred Nobel, Alberto Moravia, Gonçalves Dias, Stephan Zweig, Lizzie Hopley, F. R. Scott, Frederic Prokosch e Sabrina Gatti. O pintor Guido Reni a retratou como uma melancólica e malfadada Sibila, além de obras esculturais de Harriet Goodhue Hosmer, da fotógrafa Julia Margaret Cameron, afora filmes de David Lynch e um outro de Lucio Fulci.

 


A PROSTITUIÇÃO SAGRADA – Na obra Kathāsaritsāgara – O mar formado pelos rios de histórias, uma famosa coleção do século 11 de lendas indianas, contos de fadas e contos folclóricos recontados em sânscrito pelo Shaivite Somadeva. Nela encontra-se a história de Rūpiikā, que se passa na cidade de Mathurā, local do nascimento de Krsna. A senhora é descrita como uma cortesã que na hora do culto entrava no templo para cumprir seu dever. Desta passagem fica bastante claro que Rūpiikā combinava as profissões de prostituição e serva do templo, que consistia principalmente em dançar, abanar o ídolo e manter o templo limpo. Ela era, de fato, uma dēva-dāsī, ou “serva do deus” ou “mulheres sagradas”. A cidade de Mathura é o moderno Muttra, situado na margem direita do Jumna, trinta milhas acima de Agra. Desde pelo menos 300 aC, quando Megasthenes escreveu, era sagrado para Kṛṣṇa, e ouvi-a de viajantes chineses confiáveis que em 400 e 650 dC era um importante centro do Budismo e, posteriormente, tornou-se especialmente associado à adoração de Kṛṣṇa, devido ao fato de que Mathura foi o cenário das aventuras e milagres de sua infância, conforme descrito no Viṣṇu Purāa. Assim Mathura sempre foi um dos lugares mais sagrados da mitologia hindu. Sofreu com os invasores maometanos mais do que qualquer cidade da Índia, pois foi saqueada em 1017-1018 pelo sultão Mahmud de Ghazni, e novamente em 1500 por Sikander Lodi, em 1636 por āh Jahān , em 1669-1670 por Aurangzēb, por cujas ordens o magnífico templo de Këśavadēva foi arrasado, e por Atimad āh em 1756. Por esta altura todos os templos, imagens e santuários foram destruídos e uma grande parte da população abraçou o Maometismo. A história de Mathura é típica do que ocorreu em muitas cidades da Índia onde ocorria a prostituição sagrada. Na data em que Somadeva escreveu a cidade deve ter recuperado do seu primeiro saque e a vida religiosa teria assumido o seu curso normal. Foi depois da época desse autor que a destruição sistemática e completa começou. Em vista da importância antropológica da conexão entre religião e prostituição, e do interessante ritual, costumes e cerimônias que ela incorpora, observou que a curiosa instituição do dēva-dāsī ou devadasi, era constituída por mulheres conhecidas em Goa por bailadeiras, ou seja, eram mulheres jovens que eram "dedicadas" à adoração e ao serviço de um deus ou de um templo para o resto de sua vida. A dedicação das mulheres ocorria normalmente entre os 18 e os 36 anos numa cerimónia Pottukattu, semelhante em alguns aspetos ao casamento. Originalmente, para além de cuidarem do templo e realizarem rituais, estas mulheres aprendiam e praticavam danças tradicionais da Índia, tais como a Bharatanatyam e a Odissi, desfrutavam de um elevado estatuto social, uma vez que a dança e a música eram essenciais à oração no templo. Tradicionalmente, as devadasis casavam com homens ricos e empregavam o tempo a aprimorar a sua arte, não assumindo responsabilidades na lida da casa. Tinham filhos dos seus maridos, a que também ensinavam a dançar e a cantar. Muitas vezes, os seus maridos tinham outra mulher, que tratava da casa. Durante o domínio britânico na Índia, os príncipes, que eram os patronos dos templos e das artes, perderam o seu poder e patrimônio, deixando as devadasis sem os seus meios tradicionais de sustento e patrocínio. Durante a época colonial, os reformistas britânicos tentaram proibir a tradição devadasi, afirmando que fomentava a prostituição. Os britânicos eram incapazes de distinguir as devadasi das raparigas que dançavam nas ruas por outras razões que não apenas uma devoção espiritual às divindades. O sistema devadasi começou a extinguir-se, depois de ter sido banido em toda a Índia, em 1988. As devadasis eram também conhecidas por vários outras designações locais, tais como jogini. Além disso, a prática devadasi era conhecida como basivi em Karnataka, matangi em Maharashtra e Bhavin e Kalavantin em Goa. As devadasi eram por vezes referidas como uma casta; no entanto, alguns questionam o rigor da utilização do termo. Assim, a Prostituição sagrada ou prostituição religiosa são termos gerais para um ritual que consiste em relações sexuais ou outras atividades sexuais realizadas no contexto de um culto religioso, como uma forma de rito de fertilidade ou casamento divino (hierosgamos). Alguns estudiosos preferem o termo sexo sagrado à prostituição sagrada nos casos em que o pagamento por serviços não acontece. Essa prática também foi detectada por estudiosos como comum no Antigo Oriente Próximo e na antiguidade greco-romana. Segundo Heródoto, entre os ritos realizados nos templos da Babilônia incluíam-se relações sexuais, ou aquilo a que os acadêmicos posteriormente chamariam de ritos sexuais sagrados: A tradição babilônica mais obscena é a que obriga todas as mulheres do país a sentarem-se no templo de Afrodite e a terem relações sexuais com um estrangeiro pelo menos uma vez na vida. Mesmo as mulheres ricas e altivas, que evitam misturar-se com o povo, deslocavam-se ao templo, conduzidas em carruagens fechadas, e ali ficavam, rodeadas por uma grande quantidade de servidores. Mas a maior parte das mulheres sentavam-se no altar sagrado de Afrodite, com coroas de corda na cabeça; há sempre uma grande multidão de mulheres a irem e a virem; os homens passam por entre a multidão em corredores marcados por linhas, para fazerem a sua escolha. Depois de tomar o seu lugar, as mulheres não podem regressar a casa até que um qualquer estranho lhes tenha jogado dinheiro para o colo e tenha tido relações sexuais com elas no exterior do templo; ao atirarem o dinheiro, os homens têm de dizer: "Convido-te em nome de Milita". As mulheres não podiam recusar o dinheiro, fosse ele muito ou pouco; aliás, as mulheres nunca podiam recusar, pois tal seria um pecado uma vez que, por este ato, aquele dinheiro passara a ser sagrado. É por isso que elas seguem o primeiro homem que lhes oferece dinheiro e não recusam ninguém. Depois das relações sexuais, tendo cumprido o seu dever sagrado para com a deusa, as mulheres regressavam às suas casas; e daí em diante, nenhum dinheiro, por muito que fosse, as obrigaria ao mesmo. Por isso, as mulheres que eram altas e belas rapidamente ficavam livres para partir, mas as mais feias tinham muito que esperar por terem dificuldade em cumprir a lei; algumas delas obrigadas a permanecer no templo durante três ou quatro anos. Existem tradições parecidas com esta nalgumas parte de Chipre. O Kathāsaritsāgara, como visto, foi escrito por Somadeva por volta de 1070. A história principal gira em torno do príncipe Naravāhanadatta e sua busca para se tornar o imperador dos Vidhyādharas ('seres celestiais'). A obra é uma das adoções do agora perdido Bhatkathā, um grande conto épico indiano que se diz ter sido composto por Guāhya em nada menos que 100.000 dísticos (que por sua vez afirma ser parte de outra obra ainda maior, composta por 700.000 versos!), e está reunido numa edição britânica contando com os seus 18 livros. Veja mais aquiaqui e aqui.

 

PALÁCIO DO FIM – [...] Existem duas regras de guerra que ainda não foram invalidadas pela nova ordem mundial. A primeira regra é que a nação beligerante deve estar bastante certa de que suas ações melhorarão as coisas; a segunda regra é que a nação beligerante deve estar mais ou menos certa de que suas ações não irão piorar as coisas. [...]. Trecho extraído da obra O segundo avião (Quetzal, 2011), do escritor britânico Martin Amis, autor da célebre frase: O amor é um substantivo abstrato, algo nebuloso. E, no entanto, o amor acaba sendo a única parte de nós que é sólida, pois o mundo vira de cabeça para baixo e a tela fica preta. Em uma entrevista concedida ele expressou que: É como se o mundo se acelerasse em tal dimensão que não podemos diminuir o ritmo o suficiente para ler poesia. A poesia perdeu seu poder na imaginação porque não só desacelera o tempo, como de fato para o relógio. Um poema lírico pede que você examine um determinado momento. E não se gosta mais dessa introspecção.

 

AUTO-RETRATOProvinciano que nunca soube  / Escolher bem uma gravata; / Pernambucano a quem repugna / A faca do pernambucano; / Poeta ruim que na arte da prosa / Envelheceu na infância da arte, / E até mesmo escrevendo crônicas / Ficou cronista de província; / Arquiteto falhado, músico / Falhado (engoliu um dia / Um piano, mas o teclado / Ficou de fora); sem família, / Religião ou filosofia; / Mal tendo a inquietação de espírito / Que vem do sobrenatural, / E em matéria de profissão / Um tísico profissional. Poema do poeta, tradutor, critico literário e de arte, Manuel Bandeira (1886-1968). Veja mais aqui e aqui.

 


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Quando o amor é azul aqui.
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HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...