A arte
da artista francesa Cécile Desserle.
ELA, DELA & NELA EU SOU – Ela não sabe que enlouqueço de tesão quando se expõe
vestes mínimas com toda a graça da sua arquitetural expressão sedutora para
minhas mãos e garras inquietas prontas para pegá-la com todos os afagos e a
violência extrema do meu querer. Ela não sabe que me incendeia quando desfila e
vira de costas para que eu tenha ideia de suas ancas abissais mais que formosas
e cobiçadas, prontas para serem tomadas pela vontade louca que tenho de me
apropriar de toda sua gostosura gratuita. Ela não sabe que endoideço mais que a
loucura quando se mostra no maiô com as suas exaltadas formas de me dar exposta
toda sensualidade jamais alcançada e por mim mais que ambicionada todo dia e o
dia todo. Ela não sabe que ficou maior que a mim mesmo quando ela expõe suas
pernas no jeito coxuda de quase insinuar a intimidade servida para minha
priápica inflamação de me agarrar nela e nunca mais soltar. Ela não sabe que
sou pronto indomável quando retoma pose na veste transparente quase toda à
mostra e sensualmente enfeitiçante como se fosse um turbilhão no qual sou mais
que convidado e já dono de todas as pulsações dos prazeres mais includentes de
gozo estabanado. Ela não sabe que revivo cada instante que estive na sua carne
por horas e dias quando se mostra na calcinha do segredo excelso das coxas
convidativas que me fizeram rosnar bruto dentro dela fôlego por fio noite
adentro. Ela não sabe que a quero muito mais que a gula e a sede da minha carne
quando insinua ir para praia que sou eu com o biquíni e bustiê espremendo toda
sua imponente abundância prazerosa e vou invadí-la com a inundei antes e
sempre. Ela não sabe que viro a noite sem bater a vista quando se ajeita e
deixa os seios e a calcinha à mostra para minha volúpia pronta para canibalizá-la
com o meu sexo babento e rijo que já sentiu o hálito quente de sua boca da
língua inquieta e aveludada que o lambeu e engoliu de quase me levar ao ápice
do gozo, como não se lembrasse que tantas manhãs sorvi na sua vulva o gosto do
sabor de sua anímica gruta prazerosa; como se ignorasse que deslizei suas
pernas e alcancei suas coxas com sumo do meu sexo esfregado na sua pele para
alcançar o seu segredo e penetrar com a invasão de quem vai desvelar suas
múltiplas fragrâncias; como se desconhecesse que vou ímpeto todo para cima da
sua geografia no afã de contorná-la deslizante até encontrar o abrigo mais
profundo de sua grandiosa fartura de me dar o que quero e mais quero vidadentro
todo nela. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais abaixo, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS – O tempo é
infinito, mas as coisas no tempo, os corpos concretos, são finitas. Elas podem
de fato se dispersar nas menores partículas; mas essas partículas, os átomos,
têm seus números determinados, e também é determinado o número das
configurações que são formadas a partir delas. Agora, por mais que o tempo
possa passar, de acordo com as leis eternas que governam as combinações desse
jogo eterno de repetição, todas as configurações que existiam anteriormente
nesta terra devem ainda se encontrar, atrair, repelir, beijar e corromper novamente...
Pensamento do poeta romântico alemão Heinrich Heine (1797 –
1856). Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Os pássaros
guardam entre nós alguma coisa do canto da criação. Pensamento do poeta
e diplomata francês Saint-John Perse (Alexis Leger – 1887-1975). Veja
mais aqui.
O QUE É ARTE? – [...] Havia limites para o que a arte –
composta por gêneros como retrato, paisagem, natureza morta e pintura histórica
(a última das quais, nas academias reais, gozava de maior estima) – poderia
fazer para mostrar movimento [...]. Trecho extraído
da obra What Art
Is (Yale University, 2013), do filósofo e crítico de arte estadudinense Arthur Danto (1924—2013), que também se
expressou assim: Na minha própria versão da ideia 'que arte da versão', o
fim e o cumprimento da missão da arte é uma compreensão filosófica de que arte
é a história, um entendimento de que é avaliado em cada uma das nossas versões
como vidas alcançadas, a saber, a partir dos erros que fazemos, os falsos
caminhos que seguimos, como as nossas imagens que vão abandonando até que
aprendemos onde os limites são consistentes e dentro, em seguida, como viver
esses limites.
UMAS DO ALAN PARSONS - Enquanto as crianças riam / Eu sempre tive medo / Do
sorriso do palhaço / Então eu fecho meus olhos / Até não poder ver a luz / E eu
me escondo do som / Somos dois iguais / Silêncio e eu / Precisamos de uma
chance para conversar coisas sobre Two of a kind Silêncio e eu... de música Silence and I, from
the album Eye In The Sky (Written by
Alan Parsons and Eric Woolfson.) & Tempo, fluindo como um
rio Tempo, me chamando Quem sabe quando nos encontraremos novamente Se alguma
vez Mas o tempo Continua fluindo como um rio Para o mar, de "Time", from the album The Turn Of A Friendly Card. (Written by
Alan Parsons and Eric Woolfson.), ambas expressando a arte do compositor, engenheiro
e produtor musical ingles Alan Parsons.
AUTONAUTS OF THE
COSMOROUTE - […] Muito mais tarde, puxo um canto da cortina e olho pela
janela. Como refugiado contra
Fafner, (o combi Wolkswagen) que o recebe da forma mais paternal possível, um
jovem motociclista de Berna dorme em sua motocicleta, como uma estranha
criatura de outro mundo. Com medo da chuva, ele transformou o plástico que carrega
consigo em uma grande bolha que agora protege a máquina e seu motorista. Sob uma luz fraca que
vem de longe, ele tem o ar de um anjo mal formado, visão turva através do
plástico transparente. Não sabia se Marselha é uma cidade grande, nem a que
distância fica, e explicou, um pouco tímido, que não conhece ninguém em
Marselha, no mesmo tom de quem diria: "Não não conheço ninguém no mundo.
». Mas agora ele dorme, a
cabeça apoiada no saco de dormir, os pés no guidão, o rosto adolescente
iluminado por um sorriso pacífico. [...]. Trecho extraído da obra Autonauts of the Cosmoroute (Saqi, 2008), da escritora, tradutora,
fotógrava e ativista canadense Carol
Dunlop (1946-1982), em parceria com o escritor argentino Julio
Cortázar. Veja mais aqui e aqui.
OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO - Chega um
tempo em que não se diz mais: meu Deus. / Tempo de absoluta depuração. / Tempo
em que não se diz mais: meu amor. / Porque o amor resultou inútil. / E os olhos
não choram. / E as mãos tecem apenas o rude trabalho. / E o coração está seco.
/ Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. / Ficaste sozinho, a luz
apagou-se, / mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. / És todo certeza,
já não sabes sofrer. / E nada esperas de teus amigos. / Pouco importa venha a
velhice, que é a velhice? / Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais
que a mão de uma criança. / As guerras, as fomes, as discussões dentro dos
edifícios / provam apenas que a vida prossegue / e nem todos se libertaram
ainda. / Alguns, achando bárbaro o espetáculo / prefeririam (os delicados)
morrer. / Chegou um tempo em que não adianta morrer. / Chegou um tempo em que a
vida é uma ordem. / A vida apenas, sem mistificação. Poema
do poeta, contista e cronista Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987). Veja mais aqui e aqui.
O DIREITO - Sendo o Direito - objeto cultural - construído
pelo homem, também as normas são construídas pelo homem. O sentido é dado por
quem interpreta. Exemplifica o professor Gabriel Ivo - como na música, sem
alguém que a execute, uma vez pronta, não teria sentido. A validade de qualquer
norma jurídica não se constitui num atributo que possamos deduzir um
intrinsecamente. As normas jurídicas não são válidas em si. A validade depende
do relacionamento da norma produzida com as demais normas do sistema. A
validade é a relação de pertinencialidade. Segundo Ferraz (1991:164), a
validade de uma norma jurídica depende do ordenamento do qual está inserida.
Por isso, uma lei que proclamar em seu texto sua auto-validade, de nada
adiantará. Apenas será válida se o fato jurídico de sua criação for suficiente.
A noção de sistema jurídico - segundo Lourival Vila Nova em seu livro Estrutura
lógica e o sistema do direito positivo, capítulo V -, sistema jurídico é
expressão ambígua que, em alguns contextos, pode provocar a falácia do equívoco.
Com esse nome, encontramos designados tanto o sistema da ciência do Direito
quanto o do direito positivo, instaurando certa instabilidade semântica que
prejudica a fluência do discurso, de tal modo que, mesmo nas circunstância de
incorrência de erro lógico, a compreensão do texto ficará comprometida,
perdendo o melhor teor de sua consistência. Ainda, segundo a concepção de
Lourival Vila Nova, enquanto o conjunto de enunciados de prescritivos que se
projetam sobre a região material das condutas interpessoais, o direito posto há
de ter um mínimo de racionalidade para ser compreendido pelos sujeitos
destinatários, circunstância que lhe garante, desde logo, a condição de
sistema. Da Lei da Improbidade, urge esclarecer previamente o pano de fundo da
norma a ser interpretada, para melhor desenvolver a exegese de seus relevantes
aspectos. Muito importante é a consciência nítida do fenômeno legislativo,
consistente na inoculação de ambigüidades nos textos legais. Conjugado a este
fenômeno, encontra-se o da freqüente e inflacionada aprovação de textos feitos
mais para constar, ou seja, a introdução de normas nascidas sob a égide de um
congênito ceticismo dos seus próprios elaboradores. A junção dos fenômenos
acima amplia os mananciais de ambigüidade exacerbadas, cujas origens não devem
ser olvidadas pelo aplicador maduro. O exsurgimento de dispositivos francamente
contraditórios cujos fatores evidenciam-se neste contexto percebe-se quando
lidos a partir de um enfoque impessoal e científico, pois no processo da produção
normativa, para êxito de tramitação, várias antinomias e dubiedades foram sendo
inseridas para viabilizar a votação em uníssono de grupos rigorosamente rivais.
Todos os comandos normativos, por serem dotados de inarredável pluralidade e
indeterminação de significados, o legislador insistente vezes, utiliza a
polissemia com técnica para converter em realidade a norma, extraída, impura,
da arena dos interesses conflitantes. A fenomenologia comporta múltiplas
angulações, algumas desfavoráveis, outras surpreendem o lado benigno trazido
pelo acento da flexibilização. O intérprete chamará para si, a ambigüidade,
desde sempre, na técnica legislativa, convertendo-a em instrumento de
negociação, ainda que tal prática prossiga sem maiores explicações e consequentemente
com certos inconvenientes. Relativamente à flexibilidade na sua aplicação, um
texto de ambigüidade potenciada, quanto mais indeterminado e impreciso for,
maiores reclamos suscitará para que, pela via interpretativa, resultado
adaptado às realidades novas e, em razão disso, menores apresentar-se-ão os
riscos de minar a credibilidade do sistema jurídico em suas conexões, ou seja,
o legislador permite pelo excesso de ambigüidade uma sensível abertura à
razoabilidade do intérprete para dar cobro às antinomias, às incongruências ou
para desfazer nebulosas terminológicas e nominais, assim como para afirmar os
conteúdos orientados a granjear a adesão do maior número de interessados no
êxito do princípio e da norma para lhe conferir a inadiável concretude. Como
partida desvantajosa tem se que parcelas dos interesses em jogo, que se deixam
acomodar pela ambigüidade, podem estar compostas de inimigos não declarados da
efetividade dos princípios. Anseiam por deixar frestas entre as quais possam
ser escamoteadas teleologias superiores. Noutros momentos, desejam aprovar um
determinado comando para lograr obter este ou aquele proveito particularista
sem imprimir à norma a universalização de sua eficácia. Por essa razão, as
características de generalidade e de imantação pelo interesse público - sem as
quais a lei nunca seria reconhecida como tal - restam, em boa medida,
obnubiladas quando se dá a imposição de uma dose excessiva de ambuigüidade, por
meio de forças políticas contraditórias, vocacionadas, por definição, para
hegemonias tópicas e conjunturais. Nestes moldes, a prescrição legislativa
costuma vir à lume sob o signo da dubiedade quanto a seus fins maiores, o que
representa uma distorção a ser, precipuamente, evitada e coibida no âmbito do
parlamento. A clareza e a coerência teleológica, bem como o completo acatamento
dos princípios superiores, como o da probidade administrativa, seguem
paradigmas irrenunciáveis de avaliação da qualidade etiológica da norma ou do
sistema de normas de princípios e de valores, devidamente hierarquizados. Ao
que parece, segue à regra a Lei n.º 8.429/92. Em face de numerosas aporias que
residem na lei da improbidade administrativa, em especial as resultantes, a um
só tempo, dos fenômenos da ambigüidade exacerbada e do ceticismo originário,
cumpre resolver a matéria em favor da plausibilidade, da coerência e da
efetividade, do mesmo modo que se deve enfrentar os fenômenos do lapso, do erro
e das contradições por falhas de técnica jurídica. A aplicação deve ser
realizada naturalmente respeitando os limites impostos pelo sistema, sem nunca
decidir contra a lergem, senão que a favor do Direito. Para combater o eventual
déficit de racionalidade dialógica do texto legal demasiado ambíguo, instado se
encontra o interprete a supri-lo com a racionalidade indispensável à
preservação do direito como efetivo sistema axiológico. Deve-se sempre
persistir na busca do ideal, ao menos regulador, viver reduzidos ao mínimo,
quando não elididos, os fenômenos da ambigüidade sem limites e da originária
descrença ou indiferença quanto à execução das leis, pois a coerência e a
efetividade, sobremaneira no plano dos princípios, conquanto impossível de se
atingir de modo absoluto - o que torna constantes e inelimináveis as tarefas de
interpretar e de promover aprimoramentos legislativos -, são metas que não
podem ser descuradas no fazer hermenêutico lúcido e fiel à juricidade. O
saneamento hermenêutico, desde que observadas as fronteiras do sistema,
representa o préstimo mais nobre e irrenuniável da exegese, ainda que não se
possa traduzí-lo como garantia plena de um direito unitário e coerente.
Necessário se faz em suma, interpretar a lei da improbidade à base da
inteligência conducente à verdadeira efetivação e cumprimento dos princípios
supremos, avultando entre os quais, o da probidade administrativa, obrando por
sua máxima afirmação, no afã de contribuir com realismo, para evolver
satisfatório da ciência jurídica e do Direito constituído. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIA
CRUZ, Flávio da; VICCARI
JUNIOR, Adauto; GLOCK,José Osvaldo; HERZMANN, Nélio; TREMEL, Rosângela. Lei de
responsabilidade fiscal. São Paulo: Atlas, 2001.
FERRAZ, Tércio Sampaio.
Introdução do Estado de Direito. São Paulo: Atlas, 1991
FIGUEIREDO, Marcelo. Probidade
administrativa. São Paulo: Malheiros,1998.
FREITAS, Juarez. Doutrina
pareceres e atualidades. Boletim de Direito Administrativoo. Porto AlegreL
UFRGS, pp.435-437, julho, 1996
IVO, Gabriel. Constituição
Estadual: competência para criação do Estado membro. Maceió: UFAL,
OLIVEIRA, Regis Fernandes de.
Responsabilidade fiscal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
PAGLIARO, Antonio; COSTA
JÚNIOR, Paulo José da. Dos crimes contra a administração pública. 3 ed. São
Paulo , 1997.
Veja
mais sobre:
Segunda
nova, Gilles Deleuze, Manuel Puig, Mário Quintana, Paulo Freire, Pérsio, Juan de Mena, Pupi Avati,
Vanessa Incontrada, Fulvio Pennacchi, Walasse Ting & Sarinha Freitas aqui.
E mais:
Quando o
amor é azul aqui.
Psicopatologia
& Feira Coopercam aqui.
Sociedade
dos poetas mortos aqui.
Três
poemas devassos de amor por ela aqui.
Crônicas
palmarenses: as presepadas de Marquinhos e Marcelo aqui.
Primeiro
poema de amor pra ela aqui.
Crônicas
palmarenses: Ginário de Palmares aqui.
Ximênia,
a prinspa do Coité aqui.
Segundo
poema de amor pra ela aqui.
Decameron
de Boccaccio & 30 anos de arte cidadã aqui.
O Rádio
& a Radiodifusão no Brasil aqui.
Efetividade
no processo aqui.
Crônicas
palmarenses: o começo das arteirices aqui.
Terceiro
poema de amor pra ela aqui.
Quando o
Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
A
croniqueta de antemão aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.
DIA NACIONAL PELO DIREITO À VIDA –
Hoje, 08 de outubro, é comemorado o Dia Nacional pelo Direito à Vida!