DEVOÇÃO DE AMOR - Imagem: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez - As minhas mãos e
a sua efígie nos meus olhos é tão real, ah, sua presença, doce presença, porque
sou o que dela me vem em carne viva, alma e coração. E se não fosse aquele
instante a mais, eu haveria de me atrasar, como sempre, perder de vez, ah, de
novo consumado a errar de sem fim. Felizmente a tarde, não sei mesmo se dia ou
noite, pouco importa, era a sua espera no portão, leve e solta como a brisa, a
segurar da minha mão numa guinada, enquanto eu em queda livre nas minhas
errâncias abissais. De jeito levou-me aos seus lábios a me dizer de beijos em
versos de sedução e a me chamar pra si, como se fosse a vida nascendo na barra
do dia e eu aos desajeitos com os deleites de sua face colada na minha, eu bem
juntinho dela pra não me deixar mais ir embora e eu não quero jamais dali sair,
segurando em suas vestes para arrancá-las e eu pegar a pele a segurar sua
feitura e a me chamar de vida e eu vivendo no seu semblante a poesia do abrigo
revelado e eu mais que agarrado ver o futuro vivo por seus olhos acesos na
minha perdição envolvida por seu encaracolado cabelo, a recusar de acordar
daquele sonho mais que real, a beijar seus lábios, seios, alma, e a me chamar
de amor preu deitei a cabeça cansada ao seu ventre, inebriado pelo aroma de flores
e frutos que emanam de sua fonte minando para matar minha sede e lavar minha
alma, vassalo do seu império, e mais a beijar as suas mãos, louvada seja, no
meu sangue quente e destras ao meu sexo robusto na espessura exata da sua palma
ambidestra com afinco ao meu regalo, pra sua carne adusta em pirotecnia no
nosso festim obsceno, em que me faz seu altar devotado às preces e juras, agachando-se
sobre as minhas pernas e a deslizar a seiva do seu desejo por minhas coxas como
se fosse recompensa do poço dos prazeres a me alcançar o peito em chamas, até
vergar em brasa a se deixar vencer por minha prontidão. Vencida e extravasada,
ela se dispõe pronta a me servir indenizado pela expectação de tantas demoras na
esperança de vê-la plena e tê-la inteira na volta do braço, aos beijos e ela a
me chamar de deus e eu a possuí-la viva e a me chamar pra si pra ser minha e só
minha mais que definitivamente. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
AS PESSOAS DE PHILIP ROTH
[...] Combatemos nossa superficialidade, nossa
falta de profundidade, de modo a tentarmos nos aproximar dos outros livres de
expectativas reais, sem uma sobrecarga de preconceitos, de esperanças,
arrogância, da forma menos parecida com o avanço de um tanque, sem canhão, sem
metralhadoras e sem chapas de aço de quinze centímetros de espessura; a gente se
aproxima das pessoas da forma menos ameaçadora, de pés descalços, em vez de vir
rasgando o capim com as esteiras do trator, recebe o que elas dizem com a mente
aberta, como iguais, de homem para homem, como dizíamos antigamente, e mesmo
assim a gente sempre acaba entendendo mal as pessoas. A gente pode também
possuir o cérebro de um tanque. Já estamos entendendo errado as pessoas antes
mesmo de encontrá-las, enquanto ainda estamos prevendo o que vai acontecer;
entendemos errado enquanto estamos diante delas; e depois vamos para casa e
contamos a alguém sobre o encontro, e de novo entendemos tudo errado. Uma vez
que a mesma coisa acontece com os outros em relação a nós, tudo vira uma ilusão
desnorteante, destituída de qualquer percepção, uma espantosa farsa de
incompreensões. E, como tudo isso, o que é que vamos fazer a respeito dessa
questão profundamente significativa que são as outras pessoas, que se vêem
drenadas de toda a significação que julgamos ser a delas e adquirem, em vez
disso, um significado burlesco, o que vamos fazer se estamos tão mal equipados
para distinguir os movimentos interiores e os propósitos invisíveis uns dos
outros? Será que tomo o mundo devia trancar a porta de casa e ficar quieto,
isolado, como fazem os escritores solitários, em uma cela a prova de som,
invocando as pessoas por meio de palavras e depois sugerindo que essas pessoas
feitas de palavras estão mais próximas das coisas reais do que as pessoas reais
que deturpamos todos os dias com a nossa ignorância? Persiste o fato de que
entender direito as pessoas não é uma coisa própria da vida, nem um pouco.
Viver é entender as pessoas errado, entendê-las errado, errado e errado, para
depois, reconsiderando tudo cuidadosamente, entender mais uma vez as pessoas
errado. É assim que sabemos que continuamos vivos: estando errados. Talvez a
melhor coisa fosse esquecer se estamos certos ou errados a respeito das pessoas
e simplesmente ir vivendo do jeito que der. Mas se você é capaz de fazer
isso... bem, boa sorte. [...].
Trecho
extraído do livro Pastoral americana
(Companhia das Letras, 1998), do escritor estadunidense Philip Roth. Veja
mais aqui.
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mais sobre:
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de amor por ela, Os 120 dias de Sodoma de Marquês de Sade, a poesia de Ana Cristina
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técnicos de Gilbert Simondon, A dialética de Leandro Konder, A poética
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educação por água abaixo pra farra dos mal-educados, A metáfora
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Guattari, A ilusão jurídica de István Mészarós, A morte sem nome de Santiago
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Judicialização
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Koellreuter & Sérgio Villafranca, a escultura de João Sotero, o cinema de Frances
François Ozon, a fotografia de Eduardo Ramirez & Juan Esteves, a arte de
&
FOFOCAS DE MARIA CLARA MACHADO
CENA: 1 –
(Atendendo) Alô! Oi Patrícia. O quê?... Não... Não... não é possível! (Faz
caras de alegria e fingida decepção) Não! Mas a Vânia é tão santinha... Que
escândalo! Tá... tá... tá... Claro que não vou fofocar. Detesto essas coisas...
Beijo. (Desliga e fica pensando por uns momentos). Mas a Vânia! Fingida. (Liga
rápido; atende o número 2). 2 – Alô! Oi, Maria. 1 – Tenho uma ótima para te
contar. Sabe a Vânia, a santinha? 2 – Sei. Sei... e daí? 1 – Menina, eu soube
de uma... 2 – Conta logo Maria, você já está me deixando nervosa. 1 – Imagine
que a Patrícia me contou que viu a Vânia no cinema com um homem muito mais
velho do que ela. De mãos dadas! 2 – O quê? De mãos dadas? Deve ser o pai. 1 –
Ela não tem pai. O pai morreu, saca? 2 – Mas não foi o pai da Helena que
morreu? 1 – Bafo. Foi o da Vânia, sim. Safadinha, hem? E bancando a santa de
pau oco. 2 – Mas ela não está namorando aquele sebo do Fernando? 1 – está.
Justamente por isto é que fico mais espantada. Ele já era. Tá ferrado mesmo. 2
– Merece. Surfa mal paca. Quero só ver a cara dele hoje, quando souber, no
colégio. Mas a Vânia, hem? 1 – Nem pensar!... 2 – Mas você vai dedurar? 1 – Eu
hem? Mas essas coisas ocorrem... Então tchau, Lurdinha. 2 – Tchau. (Desliga e
pensa um pouco) Essa não... Vou ligar para Eliana. Ela é irmã do Fernando. Deve
saber (Liga). 3 – Alô! 2 – Eliana? 3 – Tudo bem, Lurdinha? 2 – Tudo jóia. Como
vai o Fernando? 3 – Meu irmão? 2 – Quem poderia ser? 3 – Ora, poderia ser o
Fernando Sabóia. 2 – Aquele emplastro? Não. É seu irmão mesmo. 3 – Deve ir bem,
por quê? 2 – Continua o namoro dele com a Vânia? 3 – Acho que sim. Ontem mesmo
estavam agarradinhos na praia. 2 – Ah é? É um espanto! 3 – Por quê? 2 – Nada
não. 3 – Fala, ora. O que é que há? Que papo furado é esse? 2 – Pergunta à
Patrícia. 3 – Caramba! Tu ta esquisita, hem? 2 – Não gosto de fuxicos, mas é
bom você telefonar para a Patrícia. (Desliga e fica feliz) Quero só ver. 3 –
Lurdinha ta tão estranha. Vou ligar para a Patrícia. (Liga) 4 – Alô? 3 –
Patrícia? Eliana. 4 – Oi, Eliana. 3 – Que papo é este da Vânia com o Fernando?
4 – Com o Fernando? 3 – É. 4 – Ele não é seu irmão? Pergunte a ele. 3 – A
Lurdinha me disse para perguntar a você. 4 – Bem. Já que você sacou... Mas
promete que não vai contar nada ao Fernando? 3 – Prometo. 4 – A Vânia tava
beijando um cara mais velho no cinema outro dia. 3 – Não! É bafo. 4 – Não é
não. Eu vi. 3 – Meu irmão tá ferrado. 4 – Tá mesmo. 3 – Nunca pensei. A Vânia,
hem? Com aquela cara de freira do Colégio Sion, hem? 4 – Eu nunca fui com a
cara dela. 3 – Aquele visual de santinha nunca me enganou também. 4 – Nem a
mim. 3 – Bem, Patrícia, então tchau. 4 – Tchau, Eliana. Não fica espalhando
não, viu Eliana. Detesto fofocas... 3 – Tchau! (desliga) 3 – Será que a Helena
já sabe? (liga depressa) 5 – Alô? 3 – Aqui é a Eliana. 5 – Oi, Eliana. 3 –
Tenho uma ótima para te contar. 5 – Conta. 3 – Promete não espelhar? 5 –
Prometo. 3 – Sabe a Vânia? 5 – Sei... Sei claro! 3 – Sabe o que eu soube? 5 – Claro
que não sei, ora, você ainda não contou. 3 – Promete mesmo não espalhar? 5 –
Prometo. Desembucha logo, Eliana. estou verde de curiosidade. 3 – A Lurdinha me
contou que a Maria contou prá ela que a Patrícia viu a Vânia agarrada com um
velho no cinema. Depois telefonei prá Patrícia e ela me confirmou tudo. 5 – O
quê? A Vânia namorada do Fernando? 3 – Ela mesma. 5 – ... 3 – Alô... alô...
vocês está aí, Helena? 5 – Estou... estou muda de espanto! A Vânia? 3 – Ela
mesma. A fingidinha... 5 – Mas ela não é namorada do seu irmão, Eliana? 3 – Jura
que não conta nada prá ninguém? 5 – Juro. Mas estou de boca aberta. 3 – Fecha a
boca e tchau. (desliga). 5 -A Vânia com um velhinho. É demais. Aos beijos...
(liga rápido para Carmem.) 6 – Alô! 5 – Aqui é a Helena. 6 – Oi! Por que você
não foi à praia ontem? 5 – Não muda de assunto, Carmem. Tenho uma ótima para te
contar. 6 – Que assunto? 5 – A Vânia vai se casar com um velho. 6 – O quê? 5 –
Pode cair da cadeira. 6 – Mas eu estou em pé. 5 – Então cai de bunda. 6 – Não
brinca. O que foi? 5 – É isto mesmo. A Eliana me telefonou e disse que a
Lurdinha ouviu da Maria que ouviu da Patrícia que ouviu da... não, foi a própria
Patrícia que confirmou que recebeu a participação... 6 – Participação de quê?
De quê? Desembucha logo, Helena! 5 – Que a Vânia ia se casar com um sujeitinho
velho caquético e milionário. 6 – Não... não pode ser... E o Fernando? 5 –
Dizem que ele mata o velho...também duvido...Bobo como ele é, não mata nem uma
mosca, muito menos um velho milionário... 6 – Ainda por cima surfa mal paca. 5
– A galera vai delirar quando souber... 6 – Estou de boca aberta. 5 – Então
fecha a boca, porque é verdade. E até logo. Tô atrasada prá caramba. Tenho que
ir a um dentista que minha mãe inventou. Tchau. 6 – Vou contar tudo prá
Silvinha. Ela que se diz tão amiga da Vânia. Quero só ver. 7 – (atendendo) Oi,
Carmem. Tudo bem? 6 – Tudo maravilhoso. 7 – Pois prá mim não. Você soube que
minha avó morreu ontem? 6 – Oh... Meus pêsames. 7 – Estava muito velhinha. 6 –
Coitada. 7 – O que é que ia contar? 6 – (animando-se) Por falar em velha, sabe
da última? 7 – Morreu mais alguma avó? 6 – Sabe a Vânia? 7 – Também perdeu a
avó? 6 – Nada disso. A avó dela está espertinha. Mas eu soube que ela vai casar
com um velho milionário. 7 – O quê? 6 – É isto aí. E o pior é que soube também
que o Fernando, namorado dela, disse que mata o velho. 7 – Mata? 6 – Deve ser
de ciúmes. 7 – Que horror! Quem te contou? 6 – Toda a turma já sabe. 7 – Mas a
Vânia? Ontem mesmo ela estava na casa da Maria Lúcia com o Fernando. 6 – Tudo
hipocrisia. Toda a turma e toda a cidade só comenta isto. (De repente todas
falam ao mesmo tempo suas falas, menos Sílvia que fica pensativa. Silêncio.) 7
– Vou ligar para a Vânia. 8 – Oi, Sílvia. Tudo bem? 7 – Então que história é
essa que estão espalhando por aí que você vai se casar com um velho
milionário... 8 – Não me consta que o Fernando seja velho ou milionário, nem me
consta que eu vou me casar. 7 – Pois é, mas a Carmem me contou que soube pela
Helena, que a Eliana disse que... 8 – Isto está me cheirando a Patrícia... 7 –
O quê? 8 – Ela me olhou com uma cara outro dia no cinema que vi logo que ia dar
galho. 7 – O quê? 8 – Eu estava outro dia no cinema com meu pai que chegou da França.
7 – Mas você tem pai? 8 – Tenho, ora. Só que não gosto de falar nele. Ele é
separado de minha mãe e vive na França. 7 – Ahhhh, então o velho... 8 – Velho
coisa nenhuma; meu pai está bem enxuto e estávamos mesmo de mãos dadas...Puxa
que fofoqueiras vocês são...
Fofocas, extraído da obra Exercícios
de Palco (Agir, 1995), da escritora e dramaturga Maria Clara
Machado (1921-2001). Veja mais aqui, aqui e aqui.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
A evolução do
pensamento capaz de reproduzir a origem do Tempo e tudo que nele está contido,
mas não de forma estática, e, sim em constante movimento. A visão da sua imagem
até a 'primeira vez' nunca se perdeu, e os seus traços sempre foram os mesmos -
familiares ao meu coração e alma. E tantas vezes eu chamei por você em nossa
infância recente que era imperativo reencontrá-loe mesmo que que estas
revelações se tornem parte dos experimentos da vida, mesmo assim, a aspereza da
solidão terá sido válida por tudo aquilo que de você fluiu para mim e me fez
verdadeiramente mulher em toda concepção da palavra. Por longo tempo
permanecemos à porta dos sonhos e eu andei pelas horas, carregando nas mãos
todos os signos que traduzem o essencial para que possamos ser aquilo que
desejamos. Pela primeira vez, senti a paz ressurgindo, ao vê-lo sorrir/menino
que é e sempre foi.
Primeiro dia –
texto, poema & imagens - arte da poeta, artista
visual e blogueira Luciah Lopez
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.