PROGRAMA TATARITARITATÁ – Tudo
começou na primeira metade dos anos 1980, nas tardes das terças, quintas e
sábados, quando apresentei ao lado de Gilberto Mélo, o programa HorAgá,
na Rádio Cultura dos Palmares, com entrevistas, notícias, debates, músicas e
entretenimento. Em 1986, assumi o Departamento de Jornalismo da Rádio Quilombo
FM, em Palmares – PE, redigindo e apresentando de manhã o Grande Jornal
Quilombo com a Crônica do Dia, ao meio dia a Tribuna do Povo e, nas tardes dos
domingos, o programa Panorama, com músicas, curiosidades
e entrevistas na seção Destaque, na qual tive a
oportunidade de entrevistar grandes nomes da música brasileira, como Milton
Nascimento, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Marina Lima, Beto Guedes, entre
outros. Nesse período assumi a direção regional do Sindicato dos Radialistas de
Pernambuco, na gestão de Roberto Calou. Na segunda metade dos anos 1990, editei
o Boletim
Nascente, oriundo do tablóide Nascente Lítero-Cultural,
transformado em 1998 no Boletim Tataritraitatá, até 2002, ocasião
em que ocorreu a criação do blog Tataritaritatá, numa parceria com a
poeta e webdesigner Mariza Lourenço e o cartunista Márcio Baraldi. Em 2004 foi
a vez da criação do Zine Tataritaritatá, uma parceria com a atriz Mirita Nandi, a
psicóloga Ana Bia Luz e a saudosa webdesiner Derinha Rocha. Em 2006
transformamos em sítio na internet, com croniquetas, noveletas e eventos
culturais e artísticos. Em 2007 passei a ministrar a palestra/oficina Tataritaritatá:
Vamos aprumar a conversa, sobre literatura de cordel e arte popular,
realizado em escolas e faculdades, a exemplo do Projeto Protejo do Ministério
da Justiça, culminando, em 2008, com o lançamento do folheto de cordel Tataritaritatá.
O resultado dessas atividades levou a criação e apresentação do programa Tataritaritatá,
inserido no Alagoas Frente & Verso, do jornalista João Marcos Carvalho, na
Rádio Difusora de Alagoas, em 2009. Por consequência, em 2010, transformei em
show poético-musical, apresentado no projeto Palco Aberto, ArtNor e em outros
eventos, tanto com a banda como em apresentação solo. Deu-se, então, em 2012, a
inserção do programa na grade da Rádio Cidade FM, em Minas Gerais, passando a
integrar o extinto Projeto MCLAM até 2015. Agora, completamente renovado e
revigorado, volta com todo pique, no formato de um programa envolvendo o universo
da arte com curiosidades, humor, música, notícias e entretenimento. A estréia
será na próxima sexta-feira, dia 09 de junho, a partir da meia noite e você,
pessoamiga, já está convidada a participar. Aguardo sua inestimável presença e
participação. Vamos aprumar a conversa? Vamos juntos & tataritaritatá! ©
Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui e aqui.
REPARAÇÃO DE IAN MCEWAN
[...] todo amor que não fosse fundado no bom senso
estava fadado ao fracasso. [...] Porém,
não havia gaveta oculta, diário com cadeado nem sistema de criptografia que
pudesse esconder de Briony a verdade pura e simples: ela não tinha segredos.
Seu desejo de viver num mundo harmonioso, organizado, negava-lhe as
possibilidades perigosas do mal. A violência e a destruição eram caóticas
demais para seu gosto, e além disso lhe faltava crueldade. Vivendo, na prática,
como filha única, e numa casa relativamente isolada, permanecia, ao menos
durantes as longas férias de verão, afastada das intrigas com as amigas. Não
havia nada em sua vida que fosse interessante ou vergonhoso que chegasse para
merecer ser escondido; ninguém sabia do crânio de esquilo debaixo de sua cama,
mas também ninguém queria saber. Nada disso era particularmente aflitivo; ou
melhor, só passou a ser visto assim em retrospecto, depois que uma solução foi
encontrada. [...] então o mundo, o
mundo social, era insuportavelmente complicado, dois bilhões de vozes, os
pensamentos de todo mundo a se debater, todos com igual importância, investindo
tanto na vida quanto os outros, cada um se achando o único, quando ninguém era
único. [...].
Trechos
da obra Reparação (Companhia das
Letras, 2001), do escritor britânico Ian McEwan, contando a história de
uma menina inocente que sonha em ser escritora e não entende o mundo adulto da
paixão e da sexualidade, acusando injustamente o seu irmão de criação. Esse
drama psicológico que trata de sentimento de culpa, arrependimento, esperança e
das tensões de classe da sociedade britânica durante a Segunda Guerra Mundial,
foi transformado para o cinema em 2007, com o título de Desejo & Reparação (Atonement),
dirigido por Joe Wright, premiado com o Globo de Ouro em 2008, e com destaque
para atuação da atriz e modelo britânica Keira
Knightley.
Veja
mais sobre:
Betúlia,
a belezura e os restos nos confins do mundo, Kadish
de Allen Ginsberg, Porto
calendário de Osório Alves de Castro, Evolução do
teatro de Francis Fergusson, a pintura
de Federico Beltrán Massés & Fayga Ostrower, a arte de Claudia Andujar, Iemanjá, Mãe D’Água de Petrolina – PE & a música
de Consuelo de Paula aqui.
E mais:
Terra do
que sou, vida que me cabe, O vento geral de Thiago de Mello, Elogio da madrasta de Mario Vargas Llosa, Galalaus & batorés de Mário Souto Maior, a pintura de Natalia Goncharova, a videoinstalação de Rachel Mascarenhas & Ana Paula Pessoa, a fotografia de Yan Pierre, a música de Eduardo
Ponti, a arte de Shelley Bain & Taha
Hassaballa Malasi aqui.
Uivo &
outros poemas de Allen Ginsberg aqui.
Brincarte
do Nitolino, Menino de engenho de José Lins do Rego, Noite & neblina de Alain
Resnais, a música de Charles
Lecocq, Canção de Allen Ginsberg, Signo Teatral, Choque das civilizações de Samuel
P. Huntington, a arte de Catherine
Deneuve, a pintura de Raoul Dufy,
Milton Nascimento & Fernando Brant aqui.
Velho
Chico, o Rio São Francisco, Virgulino Ferreira Lampião de Isabel
Lustosa, Violão
Brasil de Turíbio Santos, Música &
saúde de Even Ruud, Sonetos de Cláudio Manuel da Costa, Amor em campo minado de
Dias Gomes, Vai trabalhar, vagabundo de Hugo Carvana, Paulette Goddard, a
pintura de Natalia Goncharova, a arte
de Ítala Nandi & Neila Tavares aqui.
A
surpresa no reino do amor aqui.
Por um novo dia, O
evangelho segundo Padre Bidião, Nada de novo sob o Sol de Ayn Rand,
Elucubrações pós-modernas de Christopher
Hitchens, Iconoclastia de Mirian Macedo & Os lixões das cidades aqui.
LAM na
Educativa FM & Marco Antonio, Tributos & direito tributário aqui.
A teoria
política do individualismo possessivo de Hobbes a Locke aqui.
Direito:
teorias, interpretação e aplicação aqui.
A
qualidade na gestão escolar aqui.
Fecamepa no aluado mundo mágico aqui.
A poesia
de Catarina Maul aqui.
A vida
por uma peínha de nada, As mil & uma noites, A crise da
atualidade de Ivo Tonet, O leitor e a leitura de Roger Chartier, a pintura de Umberto
Boccioni, Violência & drogas de Necilda de Moura Santana, a coreografia de Angelin
Preljocaj, Um número de Caryl Churchill, a escultura de Kaleb
Martyn, o cinema de Christine Jeffs & Alicia Fulford-Wierzbicki, A
gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a música de Eveline Hecker, a arte de
Luciah Lopez & Sonho real amanhecido aqui.
Tem dia
pra tudo, até pro que eu não sei, Uso & abuso da história de Moses Finley,
A mulher fenícia & os fenícios, A era do globalismo de Octavio Ianni, A
grande transformação de Karl Polanyi, Tarde demais de Antonio Tabuchi, Blasted de Sarah Kane,
a coreografia de Béjart Ballet Lausanne, Narradores de Javé de Eliane Caffé, entrevista de Mano Melo,
A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a arte de Sueli Finoto, a música de Clara
Sandroni, a pintura de Shahla Rosa & Arthur Hunter-Blair aqui.
De perto
ninguém é mesmo normal, O coração do homem de Erich Fromm, A civilização dos astecas de Jean
Marcilly, A carta roubada de Edgar Allan Poe, Os sertões de Euclides
da Cunha & José Celso
Martinez Corrêa, o cinema de Peter Greenaway & Federico Fellini, A gaia
ciência de Friedrich Nietzsche, a pintura de Paul-Albert Besnard, Jean-Paul
Riopelle & Beatriz Milhazes, a música de Maya Beiser, a coreografia de Martha Graham, a escultura de Auguste Clésinger, a fotografia de Luiz Garrido,
entrevista de Geraldo Carneiro & As mil faces do disfarce aqui.
O
equilíbrio mortevida do malabarista, A divina comédia de Dante Alighieri, Educação &
contemporaneidade de Antonio Dias Nascimento & Tânia Maria Hetkowski, A
autobiografia de Vladimir Maiakovski, A
divina comédia de William Blake, entrevista de Silviane Bellato, A gaia
ciência de Friedrich Nietzsche, a pintura de José Manuel Merello & Camila
Soato, a arte de Victoria Soyanova, a música de Nádia Figueiredo, a coreografia
de Svetlana Zakharova, Teatro de Anônimo, Billion Dollar
Crop & Nega Besta aqui.
Todo dia
é dia da criança, Formação social da mente de Lev Vygotsky, Escrita
das crianças de Paulo Freire, Jogos infantis de Eliza Santa Roza, Futuro de
nossas crianças de Clara Bellar, entrevista de Rachel de Oliveira Pereira Lucena, Crônica de
amor por ela, Esculturas de Protásio de Morais & Dona
Irinéia, a Galeria do Dim, a
xilogravura de Amaro Francisco, Bumerangue do Grop, art naif de Ronaldo Mendes, Teatro infantil & Lobisomem Zonzo aqui.
&
GARATUJA DE ALLEN GINSBERG
Rexroth, seu rosto
refletindo a cansada
Bem-aventurança humana
Cabelo branco, sobrolho
vincado
Bigode tagarela
Flores jorrando
Da cabeça triste,
Ouvindo Edith Piaf e suas
canções de rua
Enquanto ela passeia com o
universo
E toda sua vida que passou
E as cidades que
desapareceram
Só ficou o Deus do amor
Sorrindo.
Poema extraído da obra Uivo, Kadish & outros poemas
(1953-1960, L&PM, 1984), do poeta estadunidense da geração beat Allen
Ginsberg (1926-1997), Uivo, Kadish e outros poemas
(L&PM, 1984). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
Imagens:
esculturas digitais do artista francês Jean-Michel Bihorel.
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.