PELO
JEITO, O DORO AGORA VAI! - A campanha eleitoral já andava de vento em
popa e nada do Doro dar o ar de sua graça. Pra quem como eu sempre dera de cara
com as suas mesuras nada convencionais nos últimos embates, já me dava por sua
candidatura no rol dos desistentes. É que mesmo sem partido e, acredito, sem
registro no Tribunal Eleitoral, ele se esgueirava a fazer comícios com
discursos de candidato presidenciável em pleito municipal e vice-versa, nunca
augurando êxito por amargar a contagem de nenhum um voto pingado na urna. Nem o
dele mesmo? É que quando a votação se dava por meio de cédulas, os seus
eleitores escreviam seu nome descartando os demais. Resultado: seus votos
restavam todos anulados. Quando as urnas entraram em vigência, sequer havia
como o seu eleitorado se manifestar, daí nem ele mesmo poder votar no próprio,
muito menos seu nome era sequer mencionado ao findar os resultados. Mesmo assim
ele arrotava que tivera tantos votos quanto os maiorais nomes polarizados no
turno, só que consagrado pelo engano, ele errara de pleito: candidatar-se a
presidente quando as eleições eram para escolha de prefeito e assim sempre,
nunca acertando o pleito da ocasião. Mas já no meio da chatura da propaganda
eleitoral gratuita, quando cada coisa aparece para cúmulo do risível, eis que o
vi avexado nos seus afazeres, quando interpelei: - E aí, Doro, desistiu? E ele
com a maior cara de festa: - E eu sou broco, meu! Tô inteiraço na candidatura.
E agora vai ser prefeito de Alagoinhanduba? Sou lá pinto, ora. Ué? Hômi, seu
mínimo, depois que golpearo a presidente, tô insperando a queda do prisidente e
pelo andá da carruage, vou me dá bem nessa! Como? Ué, ninguém acridita mai nos
político dos partido. E como eu num tenho partido algum, vô findá sendo aceito
pelo TSE e vô sê o futuro prisidente! Ah, agora vi conversa. Esse o Doro, sempre
com uma resposta na ponta da língua pra esmagar qualquer dúvida. Pelo jeito,
agora vai! E vamos aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais da campanha do Doro aqui e aqui & mais aqui.
Curtindo o álbum Stòras
(Turtlemusik, 2005), da premiada cantora, compositora e artista celta-canadense
Mary Jane Lamond.
PESQUISA:
NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
A neurociência cognitiva é a mais
nova divisão da biopsicologia. [...] Os
neurocientistas cognitivos estudam as bases neurais da cognição, termo que
geralmente se refere a processos intelectuais superiores, como o pensamento, a
memória, a atenção e os processos perceptivos complexos. [...] Como a teoria e os métodos da neurociência
cognitiva são tão complexos e interessantes para as pessoas de diversificados
campos, a maior parte da pesquisa neurocientifica cognitiva é uma cooperação
interdisciplinar entre indivíduos com diferentes tipos de formação. [...] envolve registros eletrofisiológicos não-invasivos
e, às vezes, concentra-se em patologias cerebrais [...].
Trecho
extraído da obra Biopsicologia
(Artmed, 2005), do premiado professor Ph.D. da University British Columbia, John P. J. Pinel. Veja mais aqui.
LEITURA
[...]
Durante muito
tempo a nacionalidade viveu da mescla de três raças que os poetas xingaram de
tristes: as três raças tristes. A primeira, as caravelas descobridor as
encontraram aqui comendo gente e desdenhosa de "mostrar suas
vergonhas". A segunda veio nas caravelas. Logo os machos sacudidos desta
se enamoraram das moças "bem gentis" daquela, que tinham cabelos
"mui pretos, compridos pelas espadas". E nasceram os primeiros
mamelucos. A terceira veio nos porões dos navios negreiros trabalhar o solo e
servir a gente. Trazendo outras moças gentis, mucamas, mucamas, munibandas,
macumas. E nasceram os segundos mamelucos. E os mamelucos das duas fornadas
deram o empurrão inicial no Brasil. O colosso começou a rolar. Então os
transatlânticos trouxeram da Europa outras raças aventureiras. Entre elas uma
alegre que pisou na terra paulista cantando e na terra brotou e se alastrou
como aquela planta também imigrante que há duzentos anos veio fundar a riqueza
brasileira. Do consórcio da gente imigrante com o ambiente, do consórcio da
gente imigrante com a indígena nasceram os novos mamelucos. Nasceram os intalianinhos.
O Gaetaninho. A Carmela. Brasileiros e paulistas. Até bandeirantes. E o colosso
continuou rolando. No começo a arrogância indígena perguntou meio zangada:
Carcamano pé-de-chumbo Calcanhar de frigideira Quem te deu a confiança De casar
com brasileira? O pé-de-chumbo poderia responder tirando o cachimbo da boca e
cuspindo de lado: A brasileira, per Bacco! Mas não disse nada. Adaptou-se.
Trabalhou. Integrou-se. Prosperou. E o negro violeiro cantou assim: Italiano
grita Brasileiro fala Viva o Brasil E a bandeira da Itália!
Trecho do Artigo
de fundo, extraído da obra Brás,
Bexiga e Barra Funda (Melhoramentos, 1962), reunião de contos do escritor Antônio Alcântara Machado (1901-1937).
Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA:
O que dói não é um álamo. / Não é a neve nem a raiz / da alegria
apodrecendo nas colinas. / O que dói / não é sequer o brilho de um pulso / ter
cessado, / e a música, que trazia / às vezes um suspiro, outras um barco. / O
que dói é saber. / O que dói é a pátria, que nos divide e mata antes de se
morrer.
A Casais Monteiro, podendo servir de epitáfio, poema extraído da obra Poesia e Prosa (1940-1979 - Casa da Moeda, 1980), do poeta português Eugénio
de Andrade (1923-2005).
IMAGEM DO DIA
A arte do fotógrafo subaquático Harry Fayt.
Veja mais sobre Nascente, John Rogers Searle, Ludovico Ariosto, Antonín Dvořák, Michael Frayn, Kimberly Peirce, Yayoi Kusama, Literatura Infantil, Matthew
William Peters, Mara Altman, Chloë
Sevigny & Hilary Swank aqui.
E mais: A praga do voto vendido aqui.
Exórdio, João Guimarães Rosa, Sofia Gubaidulina, Quintiliano, Carlo
Goldoni, Tsai Ming-liang, Howard Rogers, Revolução de 1817, Alberta Watson,
Zinaida Serebriakova & Sandra Magalhães Salgado aqui.
Guilherme
Vaz, José de Alencar, Mariza Lacerda, Stela
Freitas, Sergio Bernardes, Moira Kelly & Simone Moura e Mendes aqui.
Hermeto
Pascoal, Jorge de Lima, Djavan, Arriete Vilela, Pedro Cabral & Íbys Maceioh aqui.
DESTAQUE: GRUPO DE PESQUISA NEUROFILOSOFIA
& NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
Realizou-se na
última segunda, 05/09, mais uma reunião do Grupo de Pesquisa Neurofilosofia
& Neurociência Cognitiva, definindo-se pela realização do mini-curso de
Introdução à Fenomenologia, a ser ministrado pelo professor Álvaro Queiroz
nos dias 04 e 05/10/2016; o andamento dos estudos acerca da Epidemiologia do
Suicídio, da professora Janne Eyre Mello Sarmento de Araújo, entre
outros assuntos administrativos, com a presença do pós-graduado Weverky Farias
Vieira & do graduando em Filosofia & Psicologia, Maurício Gomes.
Ficou definida a próxima reunião para o dia 24 de setembro. Veja mais aqui,
aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Croqui
de fusain (2008), da premiada arquiteta, designer e
artista visual Ana Maia Nobre.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.