terça-feira, março 08, 2016

TEREZA COSTA REGO, HYPATIA, CHARLES WILLIAM MITCHELL & TODO DIA É DIA DA MULHER


TODO DIA É DIA DA MULHER – Desde as mais remotas eras que as mulheres têm enfrentado o predomínio do homem, principalmente com a adoção do patriarcalismo. Contudo, tem-se observado que até na vertente criacionista, dá-se a existência de Lilith, como aquela que não se curvou ao jugo de Adão. Além do mais, há registros históricos na antiguidade, de exemplos como o de Nefertiti, Cleópatra, entre outras tantas mulheres que desde o período antigo se tornaram rainhas e assumiram postos de comando, exercendo o poder e o mando em pé de igualdade com o homem, conforme já registrado nos estudos aqui publicados e que estão logo abaixo relacionados com seus respectivos links de acesso.


Imagem: Hipátia antes de ser morta na igreja (1885), do pintor inglês Charles William Mitchell (1854-1903).

Um caso simbólico das lutas das mulheres desde os mais antigos registros históricos, é o da filósofa neoplatonista grega Hypatia (351-415), chefe da escola de Alexandria e que lecionava filosofia e astronomia. Ela foi assassinada por uma multidão enfurecida de cristãos, arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja, onde foi cruelmente torturada até a morte, depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre o governador Orestes e o bispo Cirilo de Alexandria. Depois de morta, o seu corpo foi lançado a uma fogueira e o seu assassinato, segundo historiadores, marcou o fim da antiguidade clássica, efetivando a queda da vida intelectual em Alexandria. Veja mais a respeito aqui e aqui.
Diversos acontecimentos se sucederam durante a Idade Média e Moderna, conforme registrado e verificável nos links abaixo, bem como em outros posts aqui publicados.
Já no século XX, deu-se o movimento do operariado estadunidense iniciado em 1903, proporcionando a criação da Women’s Trade Union League, enfrentando as crises industriais de 1907 e 1909, redundando na grande manifestação realizada em 1908, quando as mulheres socialistas denominaram esse movimento de Dia da Mulher.
As greves de 1910 levadas a cabo por protestos étnicos e políticos, levaram ao atendimento de uma série de reivindicações da classe trabalhadora.
Em 1911, um grande incêndio irrompeu na Triangle Shirtwaist Company, no qual morreram 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, a maioria deles judeus.
Já em 1917, exatamente no dia 8 de março, trabalhadoras russas do setor de tecelagem entraram em greve por melhores condições de vida e trabalho, e contra a entrada do czar na Primeira Guerra Mundial. A partir de então, passou-se a defender essa data como o dia que deveria ser dedicado à mulher, abrangendo as lutas delas tanto no continente americano, como no continente europeu e asiático, por melhores condições de vida e de trabalho, como também pelo direito de voto.
Nas décadas seguintes uma série de acontecimentos foi deflagrada e até os dias hoje, as mulheres mantêm em pleno século XXI, o combate a eventos de natureza sórdida e misógina.
Faz-se necessário mencionar que todas as lutas das mulheres incorporaram não só as suas reivindicações, como a das crianças, dos idosos, dos oprimidos, de sufrágio, da educação para todos e de todas as pautas contendo as condições necessárias para o respeito à dignidade do ser humano.


Imagem. A arte da pintora Tereza Costa Rego. Veja mais aqui e aqui.

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Imagem. A arte da pintora Tereza Costa Rego. Veja mais aqui e aqui.

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Imagem. A arte da pintora Tereza Costa Rego.
Veja aqui e aqui.


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