segunda-feira, outubro 31, 2011

CHOCANO GASTAÑODI, SEACOLE, B. C. FORBES, COLFER, LA BRUYERE, PROFESSOR, INCLUSÃO & CORDEL


 

A arte de salvar vidas da enfermeira jamaicana Mary Jane Seacole (1805-1881), mais conhecida como Mãe Seacole, que atuou por conta própria durante a Guerra da Crimeia, alojando militares doentes e convalescentes no British Hotel e socorrendo feridos no campo de batalha, ao ser recusada para participar da equipe de enfermagem de Florence Nightingale. A sua história está registrada na autobiografia Wonderful Adventures of Mrs. Seacole in Many Lands (Penguin, 2005), demonstrando sua atuação no tratamento de doentes e combatendo epidemias nas Bahamas, Haiti, Cuba e Panamá. Ela foi ignorada e seu nome esquecido durante décadas, até que a enfermeira Elsie Gordon, no Nursing Mirror, resgatou sua história tornando-a nome da sede da Associação Jamaicana de Enfermagem.


 

UMA CANÇÃO PARA MARIANNE - Ela chegou com seu ar de atriz francesa, assim seria das feições ao jeito dela, como se aparecesse no Money de Bresson, depois de aulas de teatro como se fossem na Amandiers em Nanterre. E me enfeitiçou como se fosse Julienne em La Belle Noiseuse e se fez a minha cobiça como se fosse Luise cantando e dançando no Haut bas fragile, e eu fosse Rivette para premiá-la protagonista da minha paixão. E mais se fez, qual assistente do doutor em Passage à l'acte, e me servisse como se fosse Marie-Constance, amante do marquês em Le Sade de Jaquot. Mais idolatrei como se eu tivesse entre meus braços a Isabel de Me Whithout You, ou a Lili de Une folle envy, porque era a estrela do palco do meu coração Shakespeare e das minhas cenas de Marguerite Duras, de Tchekhov, Camus, Harold Pinter, Yasmina Reza, Kleist, Schnitzler, Hare, Honegger, Crimp, a deusa da ribalta que era a minha madrinha do Afeganistão Amanhã. E mais que feliz me contasse as escritas do seu Bad genius com Judith Perrignon, mais que um desabafo e depois dormisse linda para sonhar todas as cenas ao meu lado. Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

A arte da atriz francesa Marianne Denicourt.

 

DITOS & DESDITOS - A História tem demonstrado que os mais notáveis vencedores normalmente encontraram obstáculos dolorosos antes de triunfarem. Eles venceram porque se recusaram a se tornarem desencorajados por suas derrotas. Pensamento do jornalista e escritor britânico Bertie Charles Forbes (1880-1954), fundador da revista Forbes, em 1917.

 

ALGUÉM FALOU: Eu uso um crachá para ajudar as pessoas a me encontrar. Isso economiza tempo quando você está lidando com idiotas. Eu sou o louco! Pensamento do escritor irlandês Eoin Colfer.

 

OS PERSONAGENS OU MODOS DESTE SÉCULO – [...] O homem que diz não ter nascido feliz, podia ao menos vir a sê-lo mediante a felicidade dos amigos e parentes. A inveja priva-o deste ultimo recurso. [...]. Trecho extraído da obra Les Caractères ou les Mœurs de ce siècle (Le Livre de Poche, 1976), do escritor francês Jean de La Bruyere (1645-1696), que também é autor de célebres frases como: A maior parte dos homens utiliza a melhor parte da vida para tornar a outra infeliz. A maioria dos homens emprega a primeira metade de sua vida a tornar a segunda metade miserável. É alcançar muito de um amigo se, tendo subido ao poder, ainda se recorda de nós. Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão. A demasiada atenção que se emprega em observar os defeitos dos outros, faz que se morra sem ter tido tempo de conhecer os próprios. O prazer de criticar priva-nos de sermos profundamente tocados por coisas bonitas. Cada virtude apenas requer um homem; apenas a amizade requer dois. O amor dispensa palavras, já que os olhos sabem falar uma língua muito mais convincente.

 

A INSÔNIA DO RIO - Um relâmpago escapa pela floresta sombria: / assim é como, à noite, seu frio / cintilante tece , em meio a um gesto de pedras, o rio ... / Rio negro luta na abrupta ravina, / com um rugido de sombras e faíscas, que, a cada / passo, explodem em torno de uma rocha afiada. / Dividida em duas, a floresta sofre o pesadelo / de um luto e uma legião feroz que a apunhala, em / meio a um desejo de aços como um tremor brilhante ... / O barulho da folhagem se encolhe e se estende; / e o lamento do rio soa sob a / lápide da emoção religiosa extática. / Há algo em que os olhos vão para as / estrelas distantes , que falam, como boas irmãs,/ Talvez a tristeza das vidas humanas ... / Há algo que assombra e atormenta e oprime, / e que depois suspende e estimula e remixa: / é um fervor que explode sob um terror sublime ... / Eles fluem do rio, às vezes visões decompostas: / larvas, águas-vivas, hidria, presas de convulsões: / raiva e agonias e desespero ... / Súbita, abalada, por trás da massa / truncada da floresta, / a Lua emerge, de uma explosão de gaze, no carro de uma nuvem o que acontece. / E à luz do Luna, uma ponte traça seu / perfil conciso (sob o qual o rio sufoca seus alertas) como / se fosse a enorme visão do esqueleto / de um vampiro pregado com asas abertas... Poema do poeta peruano José Santos Chocano Gastañodi (1875-1934), conhecido El Cantor de América. Veja mais aqui.

 

FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL - A educação tem trilhado vários caminhos e cada um com sua história e suas mudanças, influenciadas e regidas por esta histórias. As transformações significantes, bem como a tecnologia avançada, têm exigido do educador uma qualificação capaz de atender as escolas do futuro, necessitando dele uma avaliação de qualificação profissional e a auto-avaliação como pessoa. Não se pode esquecer que o professor do novo século é o mesmo que vem atuando como educador, porém é preciso ter a consciência da busca de conhecimentos, do estudar e reciclar para o enquadrar e adaptar às novas realidades, identificando-o como sujeito dessa nova geração através de seus saberes. Conforme enfatiza Kullok (1999:70), "A formação não se contrói por acumulação (recursos, conhecimentos ou técnicas), mas sim, através de um trabalho de flexibilidade crítica sobre as práticas e de reconstrução permanente de uma identidade pessoal". Com as transformações surgidas no final do século passado, passou-se a exigir da educação o seu envolvimento nas mudanças que emergiram mediante os novos paradigmas, quebrando a visão obsoleta da formação como atualização científica, didática e psicopedagógica, oferecendo uma formação e atualização fundamentada em adotar um conceito que consiste em descobrir, organizar, fundamentar, revisar e construir a teoria. A sociedade, então, passou a exigir do sujeito discernimento, imaginação e capacidade de cuidar do seu destino, ou seja, o conhecimento alicerçado no aprender a conhecer, aprender a fazer para poder agir; aprender a viver em comum, cooperar; aprender a ser. Com isso, evidenciou-se a necessidade dos seres reflexivos e ativos para que pudessem não conservar o que encontram na sociedade, mas interferir nela, buscando melhorias significativas. Daí, surgem questões interrogativas atinentes a que forma ou modelo se deve usar para ensinar um sujeito ativo e transformador, enquanto forem educados para a passividade e para tornar alunos obedientes. Isto prova que nenhuma mudança acontece por acaso e que é necessário, em primeiro lugar, que se tome consciência da necessidade de mudar para, a partir daí, lutar-se para a efetivação das mudanças. A necessidade de aprender a aprender, ou mesmo re-significar o sentido de aprender, passando para educar de verdade no aprendizado com as coisas, pessoas ou idéias e encontrando no real e no imaginário a aprendizagem, levando em consideração o presente, o passado e o futuro e utilizando a razão e a emoção. Após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, no tocante à formação do professor, ressurge uma nova postura, por conta das exigências apresentadas no art. 62, que estabelece: A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal (Brasil, 1999:70). Isto quer dizer, portanto, que, conforme previsto no art. 61, a formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamento a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço, e o aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades (Brasil, 1999).Neste tocante, Demo (1997:45), enfoca que a LDB: (...) trata o professor como o eixo central da qualidade da educação. Modernas teorias da aprendizagem conseguiram estabelecer alguns parâmetros de seu processo constitutivo e evolutivo, podendo-se destacar: (...) que papel essencial desempenha o professor na condição de orientador, não só porque não se aprende sozinho, mas sobretudo porque a aprendizagem precisa da motivação humana e decorrente avaliação. Observa-se, entretanto, que serão muitas as exigências para o professor, tendo ele que vencer a sua própria acomodação a partir para a busca de novos conhecimentos, o que se leva a afirmar que o profissional que o mercado de trabalho procura para atendimento da clientela educacional, estará pautado nas exigências e requisitos da boa formação, da independência, da iniciativa, do saber arriscar e não ter medo de desafios, da facilidade para relacionamento interpessoal, do ser um bom ouvinte, da atenção às novidades tecnológicas, da dedicação para ser um estudante incansável, do falar idiomas fluentemente, das aberturas a críticas e mudanças, da criatividade e rapidez para sugerir soluções e novas propostas, da ambição de carreira para alcançar um ideal de um novo profissional necessário na participação de cursos, na disciplina, na organização, na autonomia individual para resolver problemas e oferecer sugestões, no respeito às visões, valores e às tradições dos outros indivíduos; na curiosidade para aprender e apreender o mundo, na preparação para o trabalho em grupo, enfim, como observa Kullok (1999:82/3) que "(...) sabe-se que a formação dos professores tem que ser vista como um processo contínuo, mas deve ocorrer ao longo de todo curso de formação inicial e estende-se continuamente". Tais preceitos encontram-se articulados aos pressupostos da Declaração de Salamanca, onde se reuniram na Espanha, em 1994, vários profissionais e representantes de entidades que assistem a portadores de necessidades especiais, mostrando a verdadeira importância da inclusão dos PNE's na sociedade, com seus direitos, suas necessidades e seus deveres como cidadãos, para que estes sejam tratados como verdadeiros seres capazes de produzir e de terem igualdade de oportunidades independentemente de suas diferenças. Desse documento, ressaltam-se as questões à atenção especial que deverá ser dispensada à preparação de todos os professores, para que exerçam com autonomia e apliquem suas competências na adaptação dos programas de estudos e da pedagogia, a fim de atender às necessidades dos alunos. Enfatiza, também, que a capacitação de professores especializados deverá ser reexaminada com vista a lhes permitir o trabalho em diferentes contextos e o desempenho de um papel-chave nos programas relativos às necessidades educacionais especiais. Considera, ainda, que deve ser levada a importância da língua de sinais - LIBRAS - como meio de comunicação para os surdos, além de ser assegurado a todos acesso ao ensino da língua de sinais de seu país de origem. E, finalmente, estabelece que o corpo docente, e não apenas cada professor, deverá partilhar a responsabilidade do ensino ministrado à crianças e adolescentes com necessidades especiais. Assim, a partir da Declaração de Salamanca e da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, tais dispositivos legais possibilitam estabelecer o horizonte das políticas educacionais, de modo que se assegure a igualdade de oportunidade e a valorização da diversidade no processo educativo. Neste sentido, tais dispositivos convertem-se em um compromisso ético-político de todos nas diferentes esferas de poder e uma responsabilidade bem definida para a realidade escolar. Por conta disso, o professor é o sujeito do processo de produção do conhecimento e uma referência para o aluno, tendo em vista o seu papel na construção do conhecimento, na formação de atitudes e valores do futuro cidadão que se forma dentro de uma sala de aula. Neste tocante, é importante que o docente esteja desenvolvendo o exercício constante de reflexão e o compartilhamento de idéias, sentimentos e ações, acompanhado do aprimoramento e atualização dos seus conhecimentos e formação; que seja capaz de se conceber como agente de mudanças do contexto social, com uma atuação comprometida com as condições da escola e com a qualidade de sua formação acadêmica, evitando os efeitos insatisfatórios das práticas docentes perante a complexidade e impulsionando a busca de novos saberes que, ao se cruzarem, podem emitir sinais para a melhor compreensão da escola e da prática nela realizada.Nesta tarefa, o professor vai enfocando o processo de desenvolvimento com o objetivo próprio do processo de reconstrução e reconstituição da experiência, caminhando na direção da melhoria do processo permanente da eficiência individual. É preciso, então, entender que a prática do professor, embora individual, sempre estará carregada das condições político-sociais e institucionais; acompanhada sempre da compreensão do contexto, numa visão mais ampla e alargada que deve estar presente na reflexão sobre sua prática, além de seus esforços objetivando uma mudança de prática individual que se articule com a mudança de sua situação profissional. Assim, à medida que reflete sobre a sua ação e sobre sua prática, a sua compreensão se amplia, ocorrendo com análises, críticas, reestruturação e incorporação de novos conhecimentos respaldem o significado e a escolha de ações posteriores, sempre com o questionamento intrínseco de se saber por que ensina, para que ensina, para quem e como ensina, ou seja, o professor precisa refletir sobre os objetivos e as conseqüências do seu ensino desde a formação, robustecido das qualidades essenciais na capacidade de solidarizar-se com os educandos, a disposição de encarar dificuldades como desafios estimulantes; que identifique a confiança na capacidade de todos de aprender e ensinar; conhecendo ele os educandos, suas expectativas, cultura, características e problemas e suas necessidades de aprendizagem, buscando conhecer cada vez melhor os conteúdos a serem ensinados, atualizando-se constantemente. É, entretanto, preciso que professor tenha sempre em mente a necessidade de refletir permanentemente sobre sua prática, buscando os meios de aperfeiçoá-la, com uma especial sensibilidade para trabalhar com a diversidade, favorecendo a autonomia dos educandos, estimulando-os a avaliar constantemente seus progressos e suas carências, ajudando-os a tomar consciência de como a aprendizagem se realiza. Em sua prática, é preciso que se mantenha altivo e flexível na condução de discussões,  tornando-se relevante os aspectos de levantar problemas e questões desafiantes que levem o grupo a discutir e trazer informações contidas na aula; recuperando conhecimentos, assuntos e temas já vistos em etapas anteriores; fazendo conexões entre informações e conceitos; estabelecendo relações com outras áreas de conhecimentos; contrapondo as hipóteses diferentes dos alunos, fazendo com que eles defendam seu ponto de vista e argumentem a favor dele utilizando textos e materiais que sirvam de fonte para intermediar a discussão; trazendo e comparando hipóteses iniciais apresentadas pelos alunos com as informações posteriormente pesquisadas e analisadas nos diversos materiais pesquisados;  apresentando e analisando o mesmo fenômeno ou fato a partir de diferentes interpretações ou pontos de vista; fazendo generalizações, procurando articular diversas informações; problematizando para que os alunos possam apresentar novas hipóteses. Desta forma, introduzindo o caráter regional do ensino e o fortalecimento da cidadania, da solidariedade e do respeito ao outro, para que os alunos se sintam cidadãos de seu próprio país e cidadãos do mundo, possibilitando que eles participem com as características como a cooperação, a interatividade e o respeito às diferenças que são aspectos que precisam ser priorizados em todas as instâncias e setores educacionais. Ademais, o professor precisa ter a consciência de que sua ação profissional competente esteja trabalhando para o fim comum, uma vez que a formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que, inclui entre outros, um razoável conhecimento em variadas e diferenciadas atividades de aprendizagem. Isto quer dizer que é preciso que ele tenha conhecimentos razoáveis e que esteja preparado para interagir e dialogar, junto com seus alunos com outras realidades fora do mundo da escola. Mais ainda: em um mundo que muda rapidamente, o professor deve estar preparado para auxiliar seus alunos a analisarem situações complexas e inesperadas; a desenvolverem suas criatividades; a utilizarem outros tipos de racionalidades, tais como a imaginação criadora, a sensibilidade táctil, visual e auditiva, dentre outras. O respeito às diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos básicos de que o professor precisa estar ciente para trabalhar com seus alunos, para aprenderem a ser, ambos, professor e alunos, cidadãos do país e do mundo, o que constitui um dos principais objetivos da educação atual. Essas competências não excluem a obrigação primordial do professor e do ensino, que é a de promover uma sólida formação nas disciplinas básicas e uma boa cultura geral, encarando a si mesmo e seus alunos como uma equipe de trabalho, com desafios novos e diferenciados a vencer e com responsabilidades individuais e coletivas a cumprir no respeito mútuo, na colaboração e no espírito interno de grupo. Assim, portanto, o professor assume a postura de um incansável pesquisador, que reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época para melhorar-se cada vez mais e que procura conhecer-se para definir seus caminhos a cada instante. Com isso, precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e como utilizá-la, como um encaminhador de autopromoção e conselheiro da aprendizagem dos alunos, estimulando o trabalho individual e apoiando sempre o trabalho de grupos. Numa apropriada observação, Mercado (1999:91/3) traçou o perfil do professor e as exigências de sua formação, que deve levá-lo a ser: (...) Comprometido com as transformações sociais e políticas, com o projeto político-pedagógico assumido com e pela escola; competente, evidenciando uma sólida cultura geral que lhe possibilite uma prática interdisciplinar e contextualizada, dominando novas tecnologias educacionais; crítico que revele, através da sua postura, suas convicções, os seus valores, a sua epistemologia e a sua utopia, fruto de uma formação permanente; aberto às mudanças, ao novo, ao diálogo, à ação cooperativa e que contribua para que o conhecimento das aulas seja relevante para a vida teórica e prática dos estudantes; exigente e que promova um ensino exigente, realizando intervenções pertinentes, desestabilizamdo e desafiando os alunos para que desencadeie a sua ação reequilibradora; e interativo, que concorra para a autonomia intelectual e moral dos seus alunos trocando conhecimentos com profissionais da própria área e com os alunos, no ambiente escolar, construindo e produzindo conhecimento em equipe, promovendo a educação integral, de qualidade, possibilitando ao aluno, desenvolver-se em todas as dimensões: cognitiva, afetiva, social, moral, física, estética. É assim, articulado com uma proposta que se baseie em princípios educacionais construtivistas, pautada na cooperação, na autonomia intelectual e social, na aprendizagem ativa e na cooperação, propiciando o desenvolvimento global de todos os alunos, bem como a capacitação e o aprimoramento profissional dos professores, que o professor desenvolverá importante papel na inclusão que implica o envolvimento, o fazer parte, o pertencer, de seus alunos. Ou seja, por inclusão deve-se entender ação que envolve quem está excluído por falta de condições adequadas, significando trazer para dentro de um conjunto alguém que já faz parte dele. É, neste sentido, que disse Fávero (2002), (...) a educação é um dos pilares para alcançarmos essa almejada sociedade inclusiva. É começando pelas crianças, com a conscientização delas sobre as diversidades que as necessidades especiais de alguns alunos passarão a ser vistas como devem ser, como algo natural, que faz parte da natureza humana. Isto, de conformidade com a LDB e a Resolução n.º 2, de 11 de setembro de 2001, do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Básica, que designam as diretrizes nacionais sobre a educação especial na educação básica. D'Antino (1998:16), sobre esta abordagem, observa que: Pode-se dizer que a integração é um processo bilateral que pressupõe a participação e a ação compartilhada, ao mesmo tempo dividida e somada. É um movimento de conquista de espaço, interno e externo, tanto daquele que pertence ao chamado grupo minoritário quanto dos demais membros participantes da comunidade. Isto quer dizer que é necessário refletir sobre a integração da pessoa com deficiência, o sentido atribuído à educação e em atualizar as concepções e dar significado aos propósitos educacionais, compreendendo a complexidade e a amplitude que envolvem o processo de construção de cada indivíduo, seja ou não deficiente. A propósito, Carvalho (1999d:51) afirma: A educação inclusiva é anunciada como a forma mais recomendável de atendimento educacional para os alunos que apresentam deficiência, altas habilidades e condutas típicas de síndrome. É identificada hoje como o caminho eficiente para a construção da cidadania e da participação social em consonância com a perspectiva da educação para todos e com todos. A seu ver, os parâmetros curriculares nacionais constituem referências válidas para guiar a educação dos alunos com necessidades especiais e, também, para todos os demais alunos, tendo em vista que os seus pressupostos, objetivos e indicações consideram questões pedagógicas atuais, admitindo a pluralidade de concepções pedagógicas e do fazer educativo, de forma a atender à diversidade dos alunos na escola e às particularidades de sua cultura. Além disso, a vivência escolar tem demonstrado que a inclusão pode ser favorecida quando se observam as seguintes providências: preparação e dedicação dos professores; apoio especializado para os que necessitam; e a realização de adaptações curriculares e de acesso ao currículo, se pertinentes (Carvalho, 1999d). Foi, portanto, a partir de tais questionamentos que, para melhor embasamento no presente estudo de pesquisa, realizou-se uma pesquisa de campo, na tentativa de investigar a real situação do professor que atua com PNEs surdos nas escolas de Alagoas, com o objetivo de contribuir para uma atuação mais adequada junto à sua clientela, identificando a problemática significativa apresentada pelos professores, na necessidade de adaptação a esta realidade. Veja mais a respeito aquiaqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
ALVES, Nilda (Org.). Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez, 1999
ALONSO, Myrtes. Formar professores para uma nova escola. In: O trabalho docente: teoria & prática. São Paulo: Pioneira, 1999
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Bases legais. Brasília: Ministério da Educação, 1999
______. Constituição do Brasil. Recife: CEPE, 1989
______. Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/Secretaria de Educação à Distância, 1999
BRZEZINSKI, Iria (Org.). LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1998
CANDAU, Vera Maria. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997
CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva. Petrópolis: Vozes, 1998
CARVALHO, Erenice Natália. Adaptações curriculares: uma necessidade. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999d
CARVALHO, Rosita Edler. O direito de ter direitos. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999
______. Integração e inclusão: do que estamos falando? In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999b
______. Removendo barreiras para a aprendizagem. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999c
D'ANTINO, Maria Eloisa Famá. Integração, deficiência mental e educação. In: Deficiência mental & Deficiência física. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação a distância, 1998
DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. São Paulo: Papirus, 1997
DORNAS, Roberto. Diretrizes e bases da educação nacional. Belo Horizonte: Modelo, 1997
FÁVERO, Eugênia Augusta. Inclusão da pessoa portadora de deficiência. O que é? Educação inclusiva: principal documento. São Paulo: Mario's Homepage. 08/03/2002
FORREST, Marsha & PERAPOINT, Jock. Inclusão: um panorama maior. In: A intregração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: SENAC, 1971
FRANCO, Monique. A sala de aula inclusiva: o currículo e a diversidade lingüistica e identitária. Revista Espaço. Ruio de Janeiro: INES n.13, jan-jun, 2000
GODOY, Maria de Fátima Reipert. Formação de profissionais na educação especial. In: Anais do Seminário. Surdez para o próximo milênio. Rio de Janeiro: INES/Divisão de Estudos e pesquisas, 2000
GOFFREDO, Vera Lúcia. Educação: direito de todos os brasileiros. In: Educação especial: Tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999
______. A escola como espaço inclusivo. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999b
______. Como formar professores para uma escola inclusiva. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999c
IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2001
KULLOK, Maisa Gomes Brandão. Formação de professor: do nível médio ao nível superior. Maceió: Catavento, 1999
LOURO, Aline Kátia de Morais. A formação de professores: um desafio a mais na integração de alunos com deficiência. Brasília: Integração, ano 7 n.º 19 (35-37), 1997
MALBRÁN, Maria del Carmem. Modelos comunitários e deficiência. Desafios para os profissionais. Brasília: Integração, ano 7 n.º 19 (9-15), 1997
MAZZOTA, Marcos José. Educação inclusiva - uma escola para todos. In: Anais do Seminário. Surdez para o próximo milênio. Rio de Janeiro: INES/Divisão de Estudos e pesquisas, 2000
______. Educação especial - significado de termos. In: Anais do Seminário. Surdez para o próximo milênio. Rio de Janeiro: INES/Divisão de Estudos e pesquisas, 2000b
MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Formação continuada de professor e novas tecnologias. Maceió: Edufal, 1999
QUELUZ, Ana & ALONSO, Myrtes (Orgs.). O trabalho docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, 1999
RIBEIRO, Antonio Carrilho. Formar professores: elementos para uma teoria e prática da formação. Lisboa: Texto, 1997
RODRIGUES, David (Org.). Educação e diferença: valores e práticas para uma educação inclusiva. Porto: Porto, 2001
SANTOS, Marlene Ribeiro. Programa de municipalização da educação especial: desafio de educação para todos passa pela integração do aluno com deficiência. Brasília: Integração, ano 7 n.º 19 (6-8), 1997
SANTOS, Monica Pereira. A família e o movimento pela inclusão. In: Educação especial: tendências atuais. Brasilia: MEC/SEED, 1999
SASSAKI, Romeu Kazumi. Educação para o trabalho e a proposta inclusiva. In: Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC/SEED, 1999.

LITERATURA DE CORDEL NA V BIENAL DO LIVRO DE ALAGOAS – Na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, muitos poetas populares se apresentaram e realizaram performances nos mais diversos estandes e espaços do evento. Eis alguns que destaco:


O DVD do cordel “O matuto Zé Cará”, do poeta popular Jorge Calheiros. Um curta-metragem de Luiz Gustavo Sales e Manuele Gouveia.

A parceira dos poetas populares Jorge Calheiros e Demis Santana no cordel “A austríacada apaixonada em cordel”.

Os folhetos de cordéis da dupla de poetas da Paraiba, Marinalva Bezerra (Querindina) e Fernando Rocha (Macambira).

O cordel da dupla de poetas Heleno Alves Rodrigues e Ruy Rodrigues: “Cordel: uma história puxa outra e mais outra”.

  
Veja mais o Projeto Cordel na Escola aqui e aqui.


Veja mais sobre:
Das decepções com as mazelas na vidaLuís da Câmara Cascudo, Noam Chomsky, Hector Babenco, Frieze Magazine, Marília Pêra, Maria Luísa Mendonça, Xuxa Lopes, Sara Bareilles, Danielle Winits, Enki Bilal & O rabicho da Geralda aqui.

E mais:
A explosão do prazer & Zine Tataritaritatá aqui.
Desenvolvimento Psicossocial & Justiça à Poesia aqui.
A mulher e as relações de gênero aqui.
A mulher, a Lei Maria da Pena & Ginocracia aqui.
Paulo Freire & a Pedagogia do Oprimido aqui.
Satyricon de Petrônio aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá
Veja aqui, aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: 
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.



PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

  Imagem: Foto AcervoLAM . Ao som do show Transmutando pássaros (2020), da flautista Tayhná Oliveira .   Lua de Maceió ... - Não era ...