REPÚBLICA E
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA – [...] Uma sociedade não se inventa e, como se sabe desde Maquiavel,
são várias as modalidades de república. E se é verdadeiro que os países, como as
pessoas, têm biografias, tal como afirma Norbert Elias, imaginar a república no
Brasil, a par da necessidade de retomar criticamente o repertório conceitual das
repúblicas antigas e modernas, implica uma indagação sobre a nossa própria
história, a fim de esclarecer sobre o que pode vir a ser o estatuto singular de
uma república brasileira. Nesses termos, entende-se que a sua fundamentação não
se encontra em uma ruptura do moderno com a tradição, mas no desvelamento das marcas
que estabelecem linhas de continuidade no esforço civilizatório brasileiro, e
que parece encontrar no direito e em suas instituições uma das suas
idéias-força. A democratização social brasileira, desde meados dos anos 80, vem
confirmando essa trajetória na crescente tentativa dos seres subalternos da
sociedade de converterem interesses em direitos. E tem sido ela que, ao se encontrar,
pela primeira vez, com as instituições da democracia política, tem promovido um
processo de incorporação de todos à cidadania, inclusive a “ralé de quatro
séculos”, da expressão de Maria Silvia de Carvalho Franco, como se faz presente
no Movimento dos Sem Terra (MST), em suas lutas por deslocar, efetivamente, as
bases societais do patrimonialismo brasileiro. É o Estado democrático de
direito, pois, que tem tido êxito onde falharam, durante o Império e a Primeira
República, o liberalismo, e, na Segunda e Terceira Repúblicas, o
comunitarismo-organicista, matrizes que inspiraram processos civilizatórios
fragilizados pela ordem patrimonial, sem cuja remoção não há cidadão e sim um indivíduo
dependente da vontade de outro. [...]. Trecho extraído de República e civilização
brasileira (Estudos de Sociologia – Unesp, 2000) dos pesquisadores
do Instituto Universitário de Pesquisas
do Rio de Janeiro (IUPERJ),
Luiz Werneck Vianna & Maria Alice Rezende de Carvalho. Veja mais aqui e
aqui.
INCLUSÃO – [...] A inclusão significa que uma
ordem política permaneça aberta à emancipação dos que são vítimas de
discriminações e à integração daqueles que são marginalizados, sem os encerrar
na uniformidade de uma comunidade homogênea do povo [...] as relações de reconhecimento jurídico de uma cidadania livre e igual
não se reproduzem por elas mesmas –– elas requerem esforço cooperativo de uma
prática civil a que ninguém possa ser constrangido pelas normas jurídicas
[...] o papel do cidadão deve estar ancorado
no contexto de uma cultura política fundada sobre a liberdade [...].
Trechos extraídos da obra Direito e Democracia – Entre Facticidade e Validade (Tempo Brasileiro, 1997), do
filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas. Veja mais aqui e aqui.
DORO ANALISANDO
A SITUAÇÃO – Gentamiga, nessa brincadeira de cai-cai de
ministro disso, ministro daquilo, o Doro chegou com seus pantins: - Ué? Tão
caindo de podre! A política no Brasil é uma gangorra: o cabra sobre feito
meteoro e vira mandão. Piscou um ôio: o fodelão já caiu enrolado de corrupção!
Eita, Brasilzão véio, arrevirado e de porteira escandarada. Daqui só dá pra
gente ficar só na torcida pela moralização da política brasileira. Enquanto
isso não acontece, a gente só pode cantar na mangação dos defestrados: Cai,
cai, balão!!! E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!
EITA, AÍ O DORO
MANDA VER!!!! – Aí, quando o incançável e eterno candidato Doro viu essa manchete
jogada num lixo, sapecou em cima da bucha a sua indignação: - Esse povim das Alagoa,
não tá nem aí pra quem pintou a zebra! Aveve tudo com a cabeça nas nuve, pronto
só mermo pruma boca-livre no finá de sumana. Ô povim festero esse, num tem dia
qui num tenha um assustado, um batizado, um aniversáro, qui num teja tudo
incoloiado num comi-e-bebe afulosado. Abasta só um gabiru, sanguessuga ou
taturana desse convocá a mundiça, que tá tudo lá ancho feito boca-de-ponche com
o circo pegano fogo e o pão rolano adoidado! Vixe! O desbocado estava ingicado mesmo. Não sei pra quê fui dar
trela prestando atenção na baforada: - É isso mermo! -, rebateu injuriado: - eu que adefendo essa
gentinha, nunca que tive consideração quarqué. Pudera. Vancê já foi nas
biblioteca de quaiquer escola pública? Só tem livro de editora da Bahia. Purisso
quesse povo guarda mania monarquista! Ainda tão no tempo de 1817, tangidos pelo
Conde dos Arcos. Chega inté a pensá qui esse povo aveve de sê súdito sirvil, maria-vai-com-as-outras!
Vai gostá de beijá pé chulezento de pulitico bandido assim na casa dum babaovo
discarado, vai!!! Danou-se! Explico: é que mesmo enviezado nas campanhas mais
erradas, metido a prefeito na campanha de presidente e vice-e-versa, o Doro
nunca teve um voto sequer (nem o dele mesmo, nem dos dele), por isso esse
vociferar todo desajeitado. Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!! Veja
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