A arte da artista multidisciplinar,
performer, cineasta, autor e artista conceitual polonesa Iwona Lemke Konart, autora das experiências cinematográficas Os limites das possibilidades humanas
(1984) e da exposição Women's art (1980)
, e do seu trabalho na área
de livros artísticos, uma série de
complexas relações intermédias entre desenho, arte performática, fotografia e
filme, colocando questões mais universais sobre a condição da humanidade
contemporânea e, em particular, questões sobre a agência das mulheres, sua
relação com o mundo, sua relação com sua própria fisicalidade, imaginação e
imagem.
A DANÇA DA SERPENTE – Quando ela chegou era Marie Louise e nem havia
Fullesburg no meu coração. Capricorniana altiva, embalou meus sonhos e sexo
como se nada mais houvesse na vida. Ao se tornar Loïe dançou nua com seda iluminada na minha serpente e dela se fez
multicoloridas luzes para realizar em mim Les Féeries Fantastiques e as proezas performáticas escancaradas a me
abarcar por inteiro, todo seu, rodopiando ventre, pernas e braços sob os véus
de seus lábios como um iridescente caracol espiralando-se sobre meus limites e
dimensões. E mais bailou para
que a acolhesse calorosa tempestade a se contorcer em redemoinho na aurora do
gozo de fogo, porque eu era o seu Folies
Bergère preferido aos seus tempestuosos crepúsculos vermelhos. E me trouxe Isadora com seus seios floridos para
que eu provasse de tudo e dela se fizesse borbulhante e hipnótica serpentine dance esvoaçante para nunca
mais me afastar do fascínio de sua emanação. Hoje Hinsdale é festa e ela depois
do Quinze ans de ma vie, feita Ma vie et la danse - Autobiographie suivie de écrits sur
la danse, adormeceu apoteótica escultura de luz no meio do meu
coração como se ali fosse o Père-Lachaise.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui,
aqui e aqui.
Hommage a Loie
Fuller - Large Nude Woman in Pink, art by Louis Fabien.
DITOS & DESDITOS – Não lamento os homens, os homens refazem-se; não lamento
o ouro destes tesouros, os tesouros voltam a encher-se; mas quem restituirá a
estes povos os anos que vão passando? O que hoje é para nós um paradoxo, será
para a posteridade uma verdade demonstrada.
Pensamento do filósofo e escritor francês Denis Diderot
(1713-1784), que em seu Peensées Détachées sur la peinture, la
sculpture, l’architecture et la poésie pour servir de suite aux salons - Oeuvres
complètes de Diderot (Garnier Frères, 1876), sapecou outras: Todos dizem que o gosto é anterior a todas
as regras; poucos sabem o porquê. O gosto, o bom gosto é tão velho quanto o
mundo, o homem e a virtude; os séculos apenas o aperfeiçoaram. Veja mais
aqui.
ALGUÉM FALOU: O figurino é a
segunda pele do ator. Expressão do
dramaturgo russo Alexander Tairov
(1885-1950), que foi o criador do Teatro Sintético, incorporando balé, ópera,
circo, música e elementos dramáticos. Ao relatar um incidente onde um espectador atirou contra o
ator que desempenhou o papel de Iago no Otelo de Shakespeare, expressou: Um teatro pro-O pagão depois de uma revolução é como a
mostarda depois de ter comido. Veja mais aqui e aqui.
OUTRA SOBRE O
TAL DO CINEMA - Eu gostaria que a indústria cinematográfica estivesse
mais ciente do que está fazendo para influenciar as pessoas para o bem e para o
mal. Não há dúvida de que somos afetados por nosso meio ambiente. Pensamento da cineasta estadunidense Dorothy Arzner (1897-1979),
que atuou durante a era do cinema mudo, tornando-se a única mulher diretora de
cinema trabalhando nos anos 1930 e uma das poucas a estabelecer uma reputação
na indústria cinematográfica nesta época. Ela foi a primeira a se tornar membro
do Sindicato dos Diretores Americano e, também, uma das primeiras a dirigir um
filme, em 1927, com Fashions for Women.
Também ela foi a única
a fazer passagem do cinema mudo pra o cinema falado, tendo sido motorista de
ambulância, datilógrafa, cortadora, cursou medicina e abandonou a faculdade
pelo cinema, tornando-se montadora, editora, roteirista e, posteriormente,
diretora, para inventar o microfone tratando sempre sobre emancipação
financeira da mulher. Lésbica assumida, usava roupas masculinas e se envolveu
com atrizes como Marilyn Morgan, Billie Burke, Lucille Ball, Loïe Fuller, entre outras. Entre seus filmes mais famosos
estão Christopher Strong (1933),
Paramount on Parade (1930) e Sarah and Son (1930). Veja mais
aqui e aqui.
NEVE - [...] Depois que Ka e Ïpek fizeram amor, ficaram
na cama abraçados; por algum tempo, nenhum dos dois se mexeu. O mundo estava
envolto em silêncio. A felicidade de Ka era tão grande que o abraço parecia
durar um tempo muito longo. Só isso pode explicar por que ele foi tomado de
súbita impaciência e pulou da cama para ir olhar pela janela. Mais tarde, iria
considerar aquele demorado momento de silêncio compartilhado como sua mais
feliz recordação e se perguntaria por que interrompera tão bruscamente aquela
felicidade inigualável, saindo dos braços de Ipek. A resposta é que ele se
deixou dominar pelo pânico. Era como se alguma coisa estivesse prestes a
acontecer do outro lado da janela, na rua coberta de neve, e ele precisasse
estar lá antes que acontecesse. “Então do que estamos falando afinal?”,
perguntou Necip. “O que Deus, em sua sabedoria, pretende quando me faz pensar
tanto em Kadife?” Com um ar infantil que surpreendeu Ka, ele abriu os grandes
olhos verdes, um dos quais iria ser estourado dentro de cinqüenta e um minutos.
“Não sei”, disse Ka. “Sim, você sabe, só não quer me dizer.” “Eu não sei.” “Oh,
um escritor devia ser capaz de falar sobre tudo o que é importante”, disse
Necip teimosamente. “Se eu fosse um escritor, iria querer falar sobre todas as
coisas sobre as quais as pessoas não falam. Você não pode me dizer tudo, só
desta vez?” “Então pergunte.” “Há uma coisa que todos queremos na vida, não é?”
“É verdade.” “Então, você pode me dizer o que é?” Ka sorriu e não disse nada.
“Para mim, é bem simples”, disse Necip com orgulho. “Eu quero me casar com
Kadife, viver em Istambul e me tornar o primeiro escritor islâmico de ficção
científica. Eu sei que nenhuma dessas coisas é possível, mas mesmo assim as
desejo. Se você não puder me dizer o que deseja, tudo bem, porque eu o entendo.
No futuro serei como você. E meu instinto me diz o seguinte: quando você olha
para mim, vê sua própria juventude, e é por isso que gosta de mim.” Um sorriso
feliz e espero começou a aflorar em seus lábios, causando um certo desconforto
em Ka. “Quer dizer que você seria como a pessoa que eu fui vinte anos atrás?”,
perguntou ele. “Sim. Vai haver uma cena exatamente igual a esta no romance de
ficção científica que um dia ou escrever. Desculpe-me, posso pôr a mão em sua
testa?” Ka inclinou um pouco a cabeça para frente. Com a facilidade de um gesto
costumeiro, Necip pôs a palma da mão na testa de Ka. “Agora vou lhe dizer o que
você estava pensando vinte anos atrás”. [...]. Trechos extraídos da obra Neve (Cia. das Letras, 2006), do
escritor e professor turco Orhan Pamuk, ganhador do Nobel de Literatura
de 2006 e autor das obras: Meu Nome é Vermelho (Companhia das Letras,
2004), Istambul (Companhia das Letras, 2007), O Castelo Branco (Companhia
das Letras, 2007), A Maleta do Meu Pai (Companhia das Letras, 2007), O
Livro Negro (Companhia das Letras, 2008), entre outros. Veja mais aqui.
DOIS POEMAS - CARTA
AO TEMPO: Estimado senhor: / Escrevo
esta carta em meu aniversário. / Recebi seu presente. Não gostei. / Sempre e
sempre o mesmo. / Quando criança, impaciente o esperava; / vestia-me de festa /
e saía à rua a anunciá-lo. / Não seja tenaz. / Todavia o vejo / jogando xadrez
com o avô. / No início eram esparsas suas visitas; / logo se tornaram
cotidianas, / e a voz do céu / foi perdendo seu brilho. / E você insistia / e
não respeitava a humildade / de seu doce caráter / e seus sapatos. / Depois me
cortejava. / Era eu adolescente / e você com esse rosto que não muda. / Amigo
de meu pai / para ganhar a mim. / Pobrezinho do avô! / Em seu leito de morte / você
estava presente, / esperando o fim. / Um ar insuspeito / flutuava entre a
mobília. / Pareciam mais brancas as paredes. / E havia alguém mais; / você
fazia sinais. / Fechou os olhos do avô / e se deteve um instante a me
contemplar. / Proíbo-lhe que volte. / Cada vez que o vejo / corre-me pela
espinha um frio. / Não me persiga mais, / suplico-lhe. / Há anos que amo outro,
/ e já não me interessam suas oferendas. / Por que me espera sempre nas
vitrines, / na boca do sonho, / sob o céu indeciso do domingo? / Conheça sua
saudação cerrada. / Eu o vi outro dia com as crianças. / Reconheci seu traje: /
o mesmo tweed de sempre / quando eu era estudante / e você amigo de meu pai: / seu
ridículo traje de entretempo. / Não volte, / Repito. / Não se fique mais em meu
jardim. / Assustará as crianças / e as folhas caem: / Eu vi. / De que serve
tudo isso? / Se vai rir um pouco / com esse riso eterno / e seguirá vindo ao
meu encontro. / Os meninos, / meu rosto, / as folhas, / tudo extraviado em suas
pupilas. / Ganhará sem remédio. / Ao começar minha carta já sabia. DEIXA-ME ENTRAR: Deixa-me entrar em
tua dor, / não romperei o silêncio. / Levarei rosas frescas que o perfumem / e
meu amor como uma lamparina. / Para teu céu escuro / guardo fogo de estrelas, /
pássaros fluorescentes / e reinos de nuvens brancas. / Deixa-me entrar; / esperarei
até que me abras. / Estou sozinha na sombra / e o sopro do vento morde. Poema da escritora
nicaraguense Claribel Alegría
(1924-2018). Veja mais aqui.
O PROFESSOR & A INCLUSÃO - O
professor é o sujeito do processo de produção do conhecimento e uma referência
para o aluno, tendo em vista o seu papel na construção do conhecimento, na
formação de atitudes e valores do futuro cidadão que se forma dentro de uma
sala de aula. Neste tocante, é importante que o docente esteja desenvolvendo o
exercício constante de reflexão e o compartilhamento de idéias, sentimentos e
ações, acompanhado do aprimoramento e atualização dos seus conhecimentos e
formação, que seja capaz de se conceber como agente de mudanças do contexto
social, com uma atuação comprometida com as condições da escola e com a
qualidade de sua formação acadêmica, evitando os efeitos insatisfatórios das
práticas docentes perante a complexidade e impulsionando a busca de novos
saberes que, ao se cruzarem podem emitir sinais para a melhor compreensão da
escola e da prática nela realizada. Nesta tarefa, o professor vai enfocando o
processo de desenvolvimento com o objetivo próprio do processo de reconstrução
e reconstituição da experiência, caminhando na direção da melhoria do processo
permanente da eficiência individual. É preciso, então, entender que a prática
do professor, embora individual, sempre estará carregada das condições
político-sociais e institucionais, acompanhada sempre da compreensão do
contexto, numa visão mais ampla e alargada que deve estar presente na reflexão
sobre sua prática, além de seus esforços objetivando uma mudança de prática individual
que se articule com a mudança de sua situação profissional. Assim, à medida que
reflete sobre a sua ação, sobre sua prática, sua compreensão se amplia,
ocorrendo com análises, críticas, reestruturação e incorporação de novos
conhecimentos respaldando o significado e a escolha de ações posteriores,
sempre com o questionamento intrínseco de se saber por que ensina, para que
ensina, para quem e como ensina, ou sejam, o professor precisa refletir sobre
os objetivos e as conseqüências do seu ensino desde a formação, robustecido das
qualidades essenciais na capacidade de solidarizar-se com os educandos, a
disposição de encarar dificuldades como desafios estimulantes, a confiança na
capacidade de todos de aprender e ensinar, conhecendo os educandos, suas
expectativas, cultura, características e problemas e suas necessidades de
aprendizagem, buscando conhecer cada vez melhor os conteúdos a serem ensinados,
atualizando-se constantemente. É preciso que professor tenha sempre em mente a
necessidade de refletir permanentemente sobre sua prática, buscando os meios de
aperfeiçoá-la, com uma especial sensibilidade para trabalhar com a diversidade,
favorecendo a autonomia dos educandos, estimulando-os a avaliar constantemente
seus progressos e suas carências, ajudando-os a tomar consciência de como a
aprendizagem se realiza. Em sua prática, é preciso que se mantenha altivo e
flexível na condução de discussões,
tornando-se relevante os aspectos de levantar problemas e questões
desafiantes que levem o grupo discutir e trazer à tona às informações contidas
na aula; recuperando conhecimentos, assuntos e temas já vistos em etapas
anteriores, fazendo conexões entre informações e conceitos; estabelecendo
relações com outras áreas de conhecimentos; contrapondo as hipóteses diferentes
dos alunos, fazendo com que eles defendam seu ponto de vista e argumentem a
favor dele utilizando textos e materiais que sirvam de fonte para intermediar a
discussão; trazendo e comparando hipóteses iniciais apresentadas pelos alunos
com as informações posteriormente pesquisadas e analisadas nos diversos
materiais pesquisados; apresentando e
analisando o mesmo fenômeno ou fato a partir de diferentes interpretações ou
pontos de vista; fazendo generalizações procurando articular diversas informações;
problematizando para que os alunos possam apresentar novas hipóteses. Desta
forma, introduzindo o caráter regional do ensino e o fortalecimento da
cidadania, da solidariedade e do respeito ao outro, para que os alunos
sintam-se cidadãos de seu próprio país e cidadãos do mundo, possibilitando que
eles participem com as características como a cooperação, a interatividade e o
respeito às diferenças que são aspectos que precisam ser priorizados em todas
as instâncias e setores educacionais. Ademais, o professor precisa ter a
consciência de que sua ação profissional competente trabalhando, vez que a
formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de
complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que, inclui entre
outros, um razoável conhecimento em variadas e diferenciadas atividades de
aprendizagem. Isto quer dizer que é preciso que ele tenha conhecimentos
razoáveis e que esteja preparado para interagir e dialogar junto com seus
alunos com outras realidades fora do mundo da escola. Mais ainda que, em um
mundo que muda rapidamente, o professor deve estar preparado para auxiliar seus
alunos a analisarem situações complexas e inesperadas a desenvolverem suas
criatividades; a utilizarem outros tipos de racionalidades, tais como a
imaginação criadora, a sensibilidade táctil, visual e auditiva, dentre outras. O
respeito às diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos
básicos que o professor deve estar preparado para trabalhar com seus alunos,
para aprenderem a ser, ambos, professor e alunos, cidadãos do país e do mundo,
como um dos principais objetivos da educação atual. Essas competências não
excluem a obrigação primordial do professor e do ensino que é a de promover uma
sólida formação nas disciplinas básicas e uma boa cultura geral, encarando a si
mesmo e seus alunos como uma equipe de trabalho com desafios novos e
diferenciados a vencer e com responsabilidades individuais e coletivas a
cumprir no respeito mútuo, na colaboração e no espírito interno de grupo. Assim,
portanto, o professor assume a postura de um incansável pesquisador, que
reinventa a cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época
para melhorar-se cada vez mais e que procura conhecer-se para definir seus
caminhos a cada instante. Com isso,
precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la
e como utilizá-la, como um encaminhador de autopromoção e conselheiro da
aprendizagem dos alunos, estimulando o trabalho individual e apoiando sempre o
trabalho de grupos. Numa apropriada observação, Mercado (1999:91/3) traçou o
perfil do professor e as exigências de sua formação, que deve levá-lo a ser: (...)
Comprometido com as transformações sociais e políticas, com o projeto
político-pedagógico assumido com e pela escola; competente, evidenciando uma
sólida cultura geral que lhe possibilite uma prática interdisciplinar e
contextualizada, dominando novas tecnologias educacionais; crítico que revele,
através da sua postura, suas convicções, os seus valores, a sua epistemologia e
a sua utopia, fruto de uma formação permanente; aberto à mudanças, ao novo, ao
diálogo, à ação cooperativa e que contribua para que o conhecimento das aulas
seja relevante para à vida teórica e prática dos estudantes; exigente e que
promova um ensino exigente, realizando intervenções pertinentes,
desestabilizamdo e desafiando os alunos para que desencadeie a sua ação
reequilibradora; e interativo, que concorra para a autonomia intelectual e
moral dos seus alunos trocando conhecimentos com profissionais da própria área
e com os alunos, no ambiente escolar, construindo e produzindo conhecimento em
equipe, promovendo a educação integral, de qualidade, possibilitando ao aluno,
desenvolver-se em todas as dimensões: cognitiva, afetiva, social, moral, física,
estética. E assim, articulado com uma proposta que se baseie em princípios
educacionais construtivistas, pautada na cooperação, na autonomia intelectual e
social, na aprendizagem ativa e na cooperação propiciando o desenvolvimento
global de todos os alunos, bem como a capacitação e o aprimoramento
profissional dos professores, que o professor desenvolverá importante papel na
inclusão que implica no envolvimento, no fazer parte, no pertencer, de seus
alunos. Ou seja, por inclusão, deve-se entender como ação que envolve quem
estar excluído por falta de condições adequadas, significando trazer para
dentro de um conjunto alguém que já faz parte dele. E como disse Fávero (2002),
"a educação é um dos pilares para
alcançarmos essa almejada sociedade inclusiva. É começando pelas crianças, com
a conscientização delas sobre as diversidades que as necessidades especiais de
alguns alunos passarão a ser vistas como devem ser, como algo natural, que faz
parte da natureza humana". Isto de conformidade com a Resolução n.º 2,
de 11 de setembro de 2001, do Conselho Nacional de Educação e Câmara de
Educação Básica, que institui as diretrizes nacionais sobre a educação especial
na educação básica. Esta inclusão ocorrendo, conforme D'Antino (1998:16)
observa que: Pode-se dizer que a integração é um processo bilateral que
pressupõe a participação e a ação compartilhada, ao mesmo tempo dividida e
somada. É um movimento de conquista de espaço, interno e externo, tanto daquele
que pertence ao chamado grupo minoritário quanto dos demais membros
participantes da comunidade. Isto quer dizer que é necessário refletir sobre a
integração da pessoa com deficiência mental implica necessariamente repensar o
sentido atribuído à educação e em atualizar as concepções e dar significado aos
propósitos educacionais, compreendendo a complexidade e a amplitude que
envolvem o processo de construção de cada indivíduo, seja ou não deficiente. Carvalho
(1999d:51) trata que: A educação inclusiva é anunciada como a forma mais
recomendável de atendimento educacional para os alunos que apresentam,
deficiência, altas habilidades e condutas típicas de síndrome. É identificada
hoje, como o caminho eficiente para a construção da cidadania e da participação
social em consonância com a perspectiva da educação para todos e com todos. A
seu ver, os parâmetros curriculares nacionais constituem referências válidas
para guiar a educação dos alunos com necessidades especiais e, também, para
todos os demais alunos, tendo em vista que os seus pressupostos, objetivos e
indicações consideram questões pedagógicas atuais, admitindo a pluralidade de
concepções pedagógicas e do fazer educativo, de forma a atender à diversidade
dos alunos na escola e às particularidades de sua cultura. Além disso, a
vivência escolar tem demonstrado que a inclusão pode ser favorecida quando se
observam as seguintes providências: preparação e dedicação dos professores;
apoio especializado para os que necessitam; e a realização de adaptações
curriculares e de acesso ao currículo, se pertinentes. (Carvalho, 1999d) Foi,
portanto, a partir de tais questionamentos que, para melhor embasamento no
presente estudo de pesquisa, foi realizado uma pesquisa de campo, na tentativa
de investigar a real situação do professor que atua com PNE's nas escolas públicas
de Alagoas, com o objetivo de contribuir para uma atuação mais adequada junto à
sua clientela, identificando a problemática significativa apresentada pelos
professores, face a necessidade de adaptação a esta realidade. Veja mais aqui. aqui, aqui,
aqui,
aqui,
aqui
e aqui.
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de Alagoas, participei do lançamento da antologia Justiça à Poesia, reunindo
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