DORO PRESIDENTE –
NESSE VOCÊ CONFIA, TENHO CERTEZA!!! – Doro é um menino bom. Hoje é, como
sempre, candidato a presidente de não sei quê. Diz ele que é do Brasil. Tem
gente que diz que ele é candidato a presidente das Américas. Outros, do
planeta!!! Sei não, acho que ele não é presidente nem das ventas dele. Mas como
vem eleição ano que vem, ele sempre atravessa o ritmo, chega na hora errada,
faz merda que só e bate nos peitos: melhor que eu, só eu mesmo! Confira tudo do
melhor (segundo ele mesmo) candidato da porratoda! Vamos lá: O perfil do candidato Doro & o Curriculo do rapaz, esse é o cara... & A biografia do sujeito... & A campanha do desinfeliz... & Mais campanha do desgraçado... & Doro e a Marcela Tedeschi Temer... (Ih, num pode... mas o cara lá é suspeito, hem? Tem cara de golpista, né não? Gaia nesse cara de vampiro, vai, empurra tudo, porra!) & O escambau do cara-lisa... & Doro no Big Shit Bôbras, o BBB da verdade! & Teibei,a batida do que não tem amor à vida (muito menos ao furico!)... & Doro falando das bufunfas... & Umdiscursozinho do famigerado... & Doro fulo da vida com a Real (não seria o real?)... & Doro fala de política!!! & Doro e Obama... & A sogra do melepeiro! & Doro no carnaval vindouro... & Tiradas do fuleiro... & Como já dizia o Doro... & Em quem você vai votar nas próximas eleições? & A milagrosa tiro-e-queda ! E
vem aí as previsões do Doro para todos os signos, política e a vida de todo
mundo paraa o ano que vem. Aguarde, você não perde por esperar, hahahahaha! Veja mais Doro aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS – Se
todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens? É preciso
sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado. O
correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Deus
nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e
pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos... Essa... a alegria
que ele quer. Infelicidade é uma questão de prefixo. Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa. O mais importante e bonito do mundo é isso: que
as pessoas não estão sempre iguais, mas que elas vão sempre mudando. Felicidade
se acha é em horinhas de descuido. Viver é etecetera. Pensamento do escritor,
médico e diplomata João Guimarães Rosa
(1908-1967). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: A desconfiança a respeito da tradição transforma-se
em desconfiança quanto ao texto em si, em seu caráter de uma herança passada de
geração à geração. Uma vez que a revelação não pode ir de encontro à razão, a
prova de que uma passagem é irracional é suficiente para o reconhecimento da ilegitimidade
da mesma. Expressão do filósofo
português Uriel da Costa (Gabriel da Costa Fiuza – 1585-1640).
Veja mais aqui.
O DISCURSO DA DIFERENÇA – [...] é constituído através
do locus do Outro, o que sugere que o objeto de identificação é ambivalente e
ainda, de maneira mais significativa, que a agência de identificação nunca é pura
ou holística, mas sempre constituída e num processo de substituição, deslocamento
ou projeção. [...]. Trechos extraídos da obra O local da diferença (EdUFMG, 1998), do
estudioso professor e teórico crítico indiano Homi K. Bhabha.
A INVENÇÃO DO
COTIDIANO – [...] ao homem ordinário. Herói comum. Personagem disseminada. Caminhante
enumerável. Invocando, no limiar de meus relatos, o ausente que lhes dá princípio
e necessidade, interrogo-me sobre o desejo cujo objeto impossível ele representa. A este
oráculo que se confunde com o rumor da história, o que é que pedimos para nos fazer crer ou
autorizar-nos a dizer quando lhe dedicamos a escrita que outrora se oferecia em
homenagem aos deuses ou às musas inspiradoras? Este herói anônimo vem de muito
longe. É o murmúrio das
sociedades. De todo o tempo, anterior aos textos. Nem os espera. Zomba deles.
Mas, nas representações escritas, vai progredindo. Pouco a pouco ocupa o centro de nossas cenas científicas [...]. Trecho extraído da obra A invenção do cotidiano (Vozes, 1994), do
historiador francês Michel de Certeau (1925-1986). Veja mais aqui.
LITERATURA ERÓTICA NA ANTIGUIDADE - BIBLIOTECA
EROTOLÓGICA: RELATOS E REGISTROS NO TEMPO - O
erotismo e a literatura erótica se confunde no tempo, sendo, pois, mencionado e
praticado desde a mais remota antiguidade. NA
ANTIGUIDADE – Cultivado desde as mais remotas eras, é
registrado há quinze séculos a.C., no poema religioso indiano Rig Veda que “E o homem deseja a mulher / Tão naturalmente
/ Quanto a rã sedenta deseja a chuva”. O Rig Veda é o Livro dos Hinos, o
primeiro Veda, que foi escrito durante o período védico em Punjabe, por volta
de 1700-1100 a.C. Cerca de 1750 a.C, na vigência de Hamurabi, eram permitidas
as prostitutas sagradas que serviam nos templos, conforme registrado pelo
historiador grego Heródoto: “Cada mulher
nativa do país deve ir ao templo uma vez na vida e lá entregar-se a um homem
estranho”. Os hebreus seguiam o Torá que não admitia o coitus interruptus, exigindo práticas alternativas das mulheres que
não pudessem ou não quisessem engravidar, saltando para que o sêmen fosse
expelido. Onan, um dos filhos de Judá e neto de Jacó, que desafiou o Torá na
prática do coitus interruptus, perdeu a vida no ato. Além do mais, o onanismo
era reprimido, sendo, então Onan acusado de originar o horrível pecado da
masturbação. Este relato é mencionado na Gênesis, no Velho Testamento. Também
encontra-se registrado no bíblico Cântico dos Cânticos, nos livros poéticos do
Antigo Testamento: “(...) - Ah! Beija-me
com os beijos de tua boca! Porque os teus amores são mais deliciosos que o
vinho, e suave é a fragrância de teus perfumes; o teu nome é como um perfume
derramado: por isto amam-te as jovens”. É atribuído a Salomão, filho do Rei
Davi, que foi escrito por volta de 400 a.C., inserido no Velho Testamento e
constituído de uma coletânea de hinos nupciais. Veja mais aqui e aqui.
QUATRO POEMAS – MINHA DAMA: Minha senhora, devo implorar / perdão
por ficar parado, / se o que eu quis dizer como tributo / correu ao contrário
da sua vontade. / Por favor, não me censure / se o curso que eu mantive / na
ânsia do meu amor / deixou meu silêncio inexplicável. / Eu te amo com tanta
paixão, / nem grosseria nem negligência / pode explicar por que amarrei minha
língua, / ainda deixou meu coração desmarcado. / O assunto para mim era
simples: / o amor por você era tão forte, / Eu pude ver você na minha alma / e
falo com você o dia inteiro. / Com essa ideia em mente, / Eu vivia em deleite
absoluto, / fingindo meu subterfúgio / encontrou favor à sua vista. / Dessa
maneira estranha e engenhosa, / Eu permiti que a esperança fosse minha / que eu
ainda possa ver como humano / o que eu realmente concebi como divino. / Oh,
quão bravo eu fiquei / no meu feliz amor por você, / pois mesmo fingindo, seu
favor / fez toda a minha loucura parecer verdadeira! / Quão imprudentemente meu
amor ardente, / que seu sol glorioso inflamava, / procurou se alimentar do seu
brilho, / embora o risco de seu incêndio fosse claro! / Perdoe-me se, assim
encorajado, / Eu me atrevi com esse fogo sagrado: / não há santuário seguro / quando
as transgressões do pensamento conspiram. / Assim, eu continuei me entregando /
essas minhas esperanças imprudentes, / desfrutando dentro de mim / uma
felicidade sublime. / Mas agora, por sua oferta solene, / suspendo este
silêncio, / para sua convocação desbloqueia em mim / um respeito que nenhum
tempo pode terminar. / E, apesar de amar sua beleza / é um crime além do
reparo, / pelo contrário, o crime seja castigado / do que meu fervor deixa de
ousar. / Com esta confissão em mãos, / Eu rezo, seja menos severo comigo. / Não
condene à angústia / alguém que gostava de felicidade tão livre. / Se você me
culpa por desrespeito, / lembre-se, você me deu licença; / assim, se a
obediência estava errada, / seu comando deve ser meu alívio. / Que meu amor
esteja sempre condenado / se culpado em sua intenção, / por amar você é um
crime / dos quais nunca vou me arrepender. / Isso eu descrio em meus
sentimentos. / e mais que não posso explicar; / mas você, pelo que eu não
disse, / pode inferir quais palavras não conterão. MY LADY – Eu te amo com
tanta paixão, / nem grosseria nem negligência / pode explicar por que amarrei
minha língua, / ainda deixou meu coração desmarcado. / O assunto para mim era
simples; / o amor por você era tão forte, / Eu pude ver você na minha alma / e
falo com você o dia inteiro. / Quão imprudentemente meu amor ardente, / que seu
sol glorioso inflamava, / procurou se alimentar do seu brilho, / embora o risco
de seu incêndio fosse claro! / Que meu amor esteja sempre condenado / se
culpado em sua intenção, / por amar você é um crime / dos quais nunca vou me
arrepender. II - como o ar é atraído para o que é oco, / e fogo para alimentar
a matéria, / como pedregulhos caem na terra, / e intenções ao seu objetivo; / de
fato, como toda coisa natural / todos unidos pelo desejo / para suportar e,
assim, amarrado / em laços de amor mais próximo - /- Mas com que fim eu
continuo? / Só assim, minha Phyllis, eu te amo; / e com seu valor considerável,
/ isso é apenas um carinho. / Ser mulher, estar em outro lugar: / estes não
podem atrapalhar meu amor por você, / para quem sabe melhor que nossas almas / não
conhece geografia nem sexo. III - Mas, Phyllis, por que continuar? / Somente
para você, eu amo você. / Considerando seus méritos, / O que mais há pra dizer?
/ Que você é uma mulher distante / não é obstáculo ao meu amor: / para a alma,
como você bem sabe, / distância e sexo não contam.… / Você pode imaginar que
meu amor te procurou? / Por que preciso enfatizar que sou verdadeiro, / quando
todos os seus recursos / prova minha escravização? Poemas extraídos das
Obras completas da poeta barroca, dramaturga e filósofa sóror Juana Inés da la Cruz (1651-1695), tradução
Amanda Powell.
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